Confissões de um Hétero

Um conto erótico de Igor
Categoria: Homossexual
Contém 2571 palavras
Data: 17/09/2010 13:58:14
Assuntos: Gay, Homossexual

• PRÓLOGO •

Apresentação

BOM LÁ VOU EU, ── PEÇO A COMPREENSÃO DE TODOS, POIS NUNCA FALEI DA MINHA VIDA abertamente ── meu nome é Igor, hoje tenho 17 anos, olhos castanhos escuro, cabelo preto, atualmente estudo, faço faculdade e moro em Pernambuco... é isso. Meu nome não é Igor, mas faço questão de manter o meu nome fictício. Quanto aos que estão envolvidos nessa minha história que vem acontecendo a bastante tempo? Bom, deles não prometo nada. Alguns pode ser o verdadeiro nome, outros não. Vocês são as primeiríssimas pessoas, fora as que fazem parte, a saber dessa minha história.

Se hoje continuo Hétero? Não vou adiantar o fim não é mesmo?

• CAPÍTULO UM •

Michelle ou Guilherme

HOJE É UM DIA DE GRANDE AGITAÇÃO AQUI EM CASA. MORO COM MINHA MÃE E MEU PADRASTO, ELE trabalha em uma Empresa governamental e foi transferido de setor, moramos em uma grande capital brasileira e estávamos indo para o Interior da mesma. Enfim, eu estava com muita raiva, primeiro por deixar meus amigos, minha escola e é claro a Thaíssa, minha namorada. Já havia me despedido de todos os amigos e conhecidos com esperanças de voltar e prestar vestibular na capital, já que ia começar a fazer o terceiro ano do ensino médio, este ano.

Em algumas horas chegamos na Cidade. Eu estava muito cansado e ainda um pouco chateado por estar ali, minha mãe ── Suzana ou Sú ── como chamavam meus amigos, estava mais estressada que eu e assim que chegamos me mandou arrumar meu quarto e depois comprar pão na padaria ── logo eu, que não sabia nem onde estava, quanto mais onde era a padaria.

Durante a viagem, um dos caminhões da mudança estava nos seguindo, com as coisas mais importantes, enquanto o outro iria chegar só no dia seguinte. Enfim arrumei meu quarto com muita raiva e fui tentar achar o pão, mais primeiro a padaria, é claro. Fui andando pelas ruas, muito bem pavimentadas e bonitas, ── morávamos em um bairro nobre ── e foi andando por essas ruas que conheci a Michelle, ela estava jogando vôlei com duas garotas quando me aproximei.

── Oi! Você poderia me informar onde fica a padaria? ── ela tinha aquela velha expressão de quem pergunta: 'Isso é comigo?'Depois que a ficha caiu, ela respondeu.

── Olá! Fica um pouco longe daqui. ── as duas garotas que estavam jogando com ela, passaram a observar, ficam rindo em intervalos de tempo. Na altura do campeonato eu já estava envergonhado, mas fazer o que? Eu precisava da padaria.

── É que sou novo aqui, você poderia me explicar mais ou menos onde é? ── eu estava corando.

── É difícil de explicar mais se você quiser posso te levar lá. ── uma garota se oferecendo para me ajudar, fiquei surpreso, não são todas as pessoas que se oferecem pra levar um estranho em algum lugar. Aceitei de imediato com um sorriso maroto nos lábios.

── Tá! Então vamos lá.

Quando íamos saindo uma das garotas foi falar no ouvido dela alguma coisa, não sei o que foi, mais acho que era para ela pedir permissão aos pais. A garota me olhou, como se estivesse me pedindo desculpas.

── Espera um pouco vou aqui em casa.

── Tudo bem, mais não demora. ── Eu poderia dizer que não precisaria se incomodar de me levar, mais eu não tinha amigos, a garota era uma gata, eu estava morrendo de fome e minha mãe mais ainda. Vi quando ela entrou na casa dela, fiquei esperando com suas amigas, estava uma situação estranha, os três calados, não puxei conversa por que não tinha o que perguntar, até por que elas não me interessavam. Após alguns minutos, Michelle apareceu na porta de sua casa e disse que sua mãe não permitiu que ela fosse, pois tinha que ajudar ela com os pratos.

Eu já tinha idéia de que ela diria aquilo.

── Tudo bem, não tem problema, eu pergunto a outra pessoa. Obrigado Mi! A gente se esbarra por ai. ── Sorri.

Resolvi testar ela com um pouco de intimidade. Mas ela apenas sorriu de volta.

── Olha se você quiser meu irmão pode te mostrar onde é, ele ta indo por lá mesmo.

── Não precisa, não quero dar trabalho eu pergunto a outra pessoa.

── Certeza? Ele está indo na mesma direção?

Eu sorria muito da insistência dela.

── Tá bom então, já que você insiste tanto, tudo bem!

── Espera um pouco vou chamar ele, foi um prazer te conhecer, meu nome é Michelle.

── O Prazer foi meu Mi. ── Eu já sabia que o nome dela era Michelle, pois estava na sua blusa, e continuei. ── Você vai fazer alguma coisa amanhã?

Michelle sorriu e não me respondeu, se despediu das garotas e entrou. Naquele momento, pensei: 'Levei um fora?' Fiquei ali confuso, quando saiu um cara pela mesma porta onde a Michelle havia entrado, ele era um pouco mais alto que eu, a tonalidade de sua pele era de um tom moreno claro, o rapaz era magro, seus cabelos negros caiam por seu rosto. Enfim, todo o conjunto lhe fazia um rapaz apreciável em beleza. Ele veio em minha direção, parando a alguns passos de mim.

── Fala cara, tudo bem? Meu nome é Guilherme, a Mi me contou que você é nosso novo vizinho. ── Guilherme tinha um sorriso contagiante no rosto.

── Fala, brother. Tudo bem sim! Me chamo Igor, e na verdade não chegamos a ser vizinhos, mais sou novo na vizinhança sim.

── Há massa cara, espero que já esteja gostando daqui, vamos nessa que ainda tenho que pegar minha gata.

── Beleza, vamos sim tô doido pra 'rangar' cara, e a coroa também. ── Uma coisa me impressionou tanto na Michelle quanto no irmão dela, os olhos. Ela tem olhos muito pretos, muito bonitos, uma menina realmente muito bonita. Já ele era a mesma coisa só que os olhos, difícil de explicar, os olhos dele eram puxados mais não tanto, e a cor era de um castanho bem claro, quase cor de mel, ele era realmente um cara bonito. Nunca tive problemas de afirmar que um cara é bonito, não iria deixar de ser homem por conta disso.

Eu estava caminhando e achei que ele estivesse atrás de mim, quando ouço ele me chamar.

── Calma Igor, tá com uma solitária na barriga? ── Novamente, ele estava sorrindo, a alegria de Guilherme me deixava anestesiado.

Guilherme voltou a sua casa, eu ── apesar de estar com muita fome não entendi a piada ── e esperei. Minutos depois, ele voltou, mas dessa vez ele trazia uma moto consigo, foi aí que entendi,

pois é, não íamos de pé.

── Cara, você não achou que íamos de pé não não é? A padaria é bem longe daqui, monta ai!

Eu estava querendo bancar o bonzão e montei, mais nunca tinha andado numa moto! Apesar de sempre ter vontade ── e foi ai que paguei um dos maiores micos da minha vida ── eu meio que extasiado de estar numa moto FODÁSTICA! A moto dele era muito bonita, era mostarda, era uma daquelas motos possantes, bem caras e bonitas. Sem saber o que fazer eu segurei no ombro dele, ( Claro que não ia segurar na cintura do cara não é? ) percebi que na hora ele tomou um susto.

── Se você preferir pode segurar no apoio de trás. ── O cara ainda foi educado, eu já iria pra grosseria.

── Caramba foi mal cara, esqueci. ── eu estava constrangido. E para meu espanto e surpresa ele completou.

── Mas não tem problema segurar ai, se quiser ficar mais confortável pode segurar na minha cintura.

Eu fiquei muito sem graça, e o meu espanto foi tão grande que só consegui dizer:

── Beleza, mas prefiro ficar com o apoio.

O percurso todo, até chegar a padaria, que realmente era bem longe, ficamos calados é salvos por alguns diálogos rápidos.

── Você é de onde? ── Voltei a realidade com a voz melodiosa de Guilherme.

── Da capital. ── respondi.

── Faz faculdade? ── Ele era categórico.

── Não vou começar o 3° ano.

Daí, fui mais rápido.

── E você?

── Que massa, eu também farei 3° ano. ── ele sorria.

── É mesmo? E você tem quantos anos? ── eu estava surpreso.

── Tenho dezoito, e você?

── Dezesseis.

Ficamos calados um pouco, era uma situação desconfortável e essa padaria que não chegava, parecia que ele estava andando em círculos.

Mas uma vez ele quebra o gelo.

── Você tinha namorada lá na capital?

── Tinha sim, aliás, espero que ainda a tenha. ── E rimos.

Guilherme encostou na esquina.

── É aqui a padaria cara, sabe voltar? ── E deu um sorriso já esperando a resposta que não. ── Se não souber, aprendo! Valeu mesmo pela carona.

── A cara, te dou carona quando você quiser. ── e estendeu a mão para apertar a minha.

Não sei se foi impressão da minha cabeça mais ele demorou muita a apertar minha mão, e olhando pra mim, desconfiei na hora mais deixei pra lá. Ele foi embora e dei graças a deus de estar na padaria. Adentrei à padaria fui comprei os pães e aproveitei pra comprar alguma outra coisa pois estava com muita fome. Foi ai que, de relance, vi que ele tava voltando. Logo pensei: “Esse cara é meio louco.” E ri comigo mesmo, saindo da padaria e fiquei sem saber pra onde ir. Foi quando lembrei a esquina por onde chegamos e era só voltar por lá. Mera ilusão, não era tão fácil assim. Passava-se das 16 horas e por mais que a cidade faça um pouco de frio tava um sol de rachar. Enfim, cheguei na esquina e continuei a andar quando escutei o assovio.

── Psiu!

Tomei um susto quando vi que era um cara assoviando pra mim, e o pior, era o Guilherme.

── Opa cara, mais já foi na casa da sua namorada? ── estava intrigado.

── Fui sim, só fui entregar algumas questões de história pra ela, a prova dela é amanha e ela iria se ferrar. ── naquele momento nós dois rimos.

Até que me lembrei de não tê-lo visto levando nada.

── Ué, mais eu não vi você levando nenhum caderno!?

Guilherme ficou um pouco sem jeito.

── Mais você em? Está achando que estou mentindo ‘Rapa’? Eu estava com as questões na cabeça, sou bom de guardar as coisas.

── É deve ser mesmo. Bom cara vou indo tenho que chegar antes que a coroa morra de fome.

── Tô indo pra lá, vamos nessa! Hoje é seu dia de sorte, sobe ai.

Por um momento eu pensei: “Será que foi sorte mesmo?” Mas preferi ir com ele, até por que, eu não sabia o caminho de volta, então brinquei:

── Ai de mim se não fosse você, cara. ── e sorri.

Na volta, conversamos bem mais do que na ida, e acabei sabendo de algumas coisas. Gui estava com uma camisa regata e não pude deixar de notar que ele realmente tem um corpo bem definido. Depois de um certo silêncio, resolvi puxar assunto.

── Cara, segunda-feira começa minhas aulas, não conheço ninguém. Sabe onde fica o Colégio 1° Opção?

── Acho que estudaremos na mesma sala. ── ele sorriu ── Também estudo lá, e naquele colégio, tá comigo? Tá com Deus ‘velhinho’.

── Sério? Então a carona já está certa segunda não é? ── arrisquei.

── Sim, sim. Mais se liga, amanhã eu vou pra pracinha que é perto lá de casa, aparece por lá, te apresento a galera, o pessoal é gente fina... tem umas gatinhas lá, ou gatinhos se preferir. ── ele concluiu.

Nossa, quase que pulei da moto quando ele disse aquilo, mas levei no bom humor e então respondi.

── Eu fico com a primeira opção. ── sorrimos. ── Acho que vou sim, que horas passo na tua casa?

── Estou só zoando cara! A gente vai umas 18:00, mais passa lá em casa mais cedo, se quiser tu almoça lá, e ficamos conversando.

── Certo, então passo umas 13:00?

── O.K., mas é pra aparecer, vou te esperar, viu?

Retornamos ao silêncio e logo chegamos na casa dele.

── Aparecerei sim. ── Dessa vez resolvi zoar. ── A gata da tua irmã vai estar também?

Percebi que naquela hora, ele ficou um pouco mais sério.

── Não cara, só vai estar nós dois, mais acho que ela chega um pouco mais tarde, pois vai estar na casa do meu pai amanhã.

── O.K. Obrigado pela carona Guilherme, amanhã passo aqui.

── Que isso cara, você faria o mesmo. E... me chama de Gui, beleza?

Fiquei meio constrangido, mas se ele quer, quem sou eu para dizer que não.

── Beleza, Gui. Agora vou indo nessa, abraço!

Ele acenou, dei as costas e vim embora. No caminho de casa, coisas se passaram em minha cabeça, coisa do tipo. “O povo dessa cidade gosta de ser bem direto, não tem essa de ficar enrolando não.” Eu não sabia definir o que estava direito, e pela primeira vez, fiquei feliz de estar ali, feliz por ter me mudado, feliz por ter conhecido o Gui, e a Michelle também. Caído em pensamentos, nem percebi que tinha chegado em casa, voltei ao mundo com minha mãe gritando por conta da demora, ela só faltou me esquartejar.

── Menino, você foi dar a volta ao mundo? Está ficando louco é? ── ela estava realmente irritada, acho que era a fome.

── Mãe, a senhora quer que eu faça o que? Não conheço nada daqui, e ainda ache bom que conheci uma galera que me ajudou. Se não, eu não chegaria tão cedo em casa. Aliás que lugarzinho longe essa padaria, viu? É melhor se acostumar com a demora, ou compre um carro para mim. ── sorri.

── É mais fácil você ganhar uma ‘sova’ na cara. A última vez que eu cogitei em comprar um carro pra você, seu pai só faltou me engolir.

Apesar de vivermos bem financeiramente, meu pai não gosta quando falo sobre ter um carro, pois meu irmão morreu em um acidente de carro ── fazendo ‘pega’ ── ele tinha vinte e seis anos, mais isso é uma longa história.

── Vou ficar pra sempre nessa, é?

── Quando você trabalhar, quem sabe?

Resolvi não dar trela, pois essa conversa iria longe, fui subindo e perguntando que horas o jantar estaria pronto. Minha mãe sorriu ao me responder.

── Você realmente está maluco, Igor? O jantar já está pronto é o pão que você comprou, se quiser faço ovos mexidos, quer?

── Quero não é, fazer o que? ── e subi.

Já no meu quarto, tomei banho, troquei de roupa e fiquei sem fazer nada. Não tinha nada pra fazer, estava um tédio. Foi que pensei em ir lá na casa da Mi, mas ficaria uma coisa chata, até porque, conheci eles hoje e chegar de surpresa assim, acho que não pegaria bem. Então resolvi ligar, mas como? Se não tenho o número. Muito menos sei o sobrenome deles.

Concluí que daria uma passadinha na ‘LAN house’, pois meu computador ainda não estava com internet. Na altura do campeonato, havia me esquecido dos ovos mexidos.

── Mãe, vou sair, ver se encontro uma ‘lan house’ por aqui.

── Não vai comer nada menino? E os ovos?

── Estou cheio de ovos, mãe. Beijo, até mais tarde!?

Eu não tinha definitivamente nenhuma idéia de onde ir, eu era novo por ali, não conhecia nada, como encontraria a ‘lan house’? Então, na maior cara de pau, resolvi ir até a casa da Mi, até por que, o máximo que poderia acontecer lá, era eles não me receber. No caminho, nem eu acreditava que estava fazendo aquilo, eu deveria estar louco mesmo. Chegando lá, percebi que a luz estava acesa, era uma casa muito bonita, a parte da frente era de vidro e sem muros, que modo que dava pra ver dentro. Enfim, criei coragem e apertei o botão do interfone.

( Continua ... )

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Comentários

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Pessoas, acabei de encontrar a história inteira no 4shared. Aí vai o link pra quem se interessar: http://www.4shared.com/zip/pdqPV3cX/CONFISSES_DE_UM_HETERO.html

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Caramba! Li esse conto no falecido orkut. Adorei a estória, mas acabei perdendo de vista e não vi o final. Lá você escreveu bem mais que um capítulo. Não devias ter desistido de concluir.

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Caramba! Eu li esse conto no falecido orkut a alguns anos. Mas perdi ele de vista e não vi o final. Lá vc passou em muito o primeiro capítulo. Não devia ter parado. Sua estória é ótima.

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Ei cara, tu num vai terminar ñ é , ta otima mas tem que terminar né ?

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Perfeito... mais mais mais... eu quero ler mais continue logoooo... =D

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continue seu conto, adorei o inicio da historia =)

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otmo, excelente...nota 1000.. continua mermaun.... estou ansioso d+...

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Interessante, esperando continuação..

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Ótimo conto, você escreve bem ... Estou ansioso pra ver, onde vai dar essa história.[2]

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muito bom gostei, espero a continuaçaõ

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Ótimo conto, você escreve bem ...

Estou ansioso pra ver, onde vai dar essa história.

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