Amanda estava sozinha em casa. Fazia quarenta graus e seu ar condicionado estava quebrado. Não aguentava mais de calor. Ligara para o técnico, havia marcado horário, mas ele ainda não havia dado qualquer retorno. Deveria ter estado lá às 16h. Eram 18h30 e nada. Amanda achou que ele não iria mais. Para suportar o calor, resolveu tirar toda a roupa e sentar-se perto do ventiladorzinho velho que havia tirado do guarda-roupa. Aquilo quase não fazia vendo e ela estava toda suada. Gostas de suor escorriam de seus peitos, testa, axilas... enfim, todo o corpo estava molhado.
Ela deitou-se no sofá e começou a acariciar a vagina com a ponta dos dedos. Passou os dedos pelos lábios, procurando um ponto de maior prazer. Depois introduziu dois dedos no orifício e começou e começou a mexê-los lá dentro. Cinco meses sem transar. Havia sofrido muito com o fora levado pelo último namorado, Tiago.
Tiago era um estudante de Educação Física de 22 anos, no auge da juventude e da forma física. Lutador profissional de jiu-jitsu. Fazia também escalada, karatê e boxe. Amanda o havia conhecido em uma festa. Ele usava uma camiseta preta justa, delineando seu peito e abdome esculturais. Vestia também um jeans surrado e um tênis. Em cinco minutos de conversa, ele já estava pondo a mão em seus peitos por baixo do vestido. Ela então com 18 anos e virgem, querendo se guardar para o homem com quem realmente fosse casar, achou-o abusado. Tentou em vão tirar aquela mão enorme de seus seios, mas não consegui. Também não ofereceu muita resistência: descobrira naquele momento que adorava ser agarrada com força por um homem forte, sentir o peso de uma mão grande machucando sua pela macia e delicada.
Em menos de uma hora, ele a estava levando para casa em seu carro. Ao sair do carro, colocou-a em um dos ombros como se ela fosse feita de papel e levou-a para cama. Seu pênis imenso entrou rasgando em suas carnes e ela urrou de dor e prazer.
A partir daquele momento, não conseguia mais viver sem Tiago. Sabia que ele tinha outras mulheres, amantes, mas não aprendera a conviver com aquilo: um homem como ela não era um homem de uma única mulher e ela entendia perfeitamente. Contentava-se com o quinhão de atenção que o rapaz podia dar-lhe. O que não era pouco. Tiago era insaciável.
Às vezes chegava em sua casa, tirava-lhe a roupa, jogava-a no sofá e transavam. Depois ele ia embora sem dizer muita coisa. Amanda sentia-se querida, amada, completa. Não era mais a flor murcha de antes de conhecê-lo. Vestia-se melhor, sabendo aproveitar sua sensualidade natural, estava mais segura de si, com a pele mais macia, mais feliz. Todos notavam a diferença.
Se ela tentava interromper algo que ele estivesse fazendo, como assistir a uma partida de luta na tevê ele jogava-a longe com um safanão. Às vezes aplicava-lhe alguns tapas na cara ou umas palmadas na bunda. Isso a excitava tanto que às vezes ela o provocava de gosto só para apanhar um pouco. Havia dias em que ficava tão dolorida com os tabefes ou palmadas que levava, que nem podia se levantar no outro dia. Mas aquilo a excitava ainda mais do que doía.
Um dia ele simplesmente a deixou de procurar. Ela ficava ligando para ele desesperada. Um dia, apareceu em sua casa. Disse-lhe que não iria mais procurá-la, que ela não o interessava mais. Ela se jogou a seus pés, chorando. Pediu que ficasse, que faria tudo por ele. Ele levantou-a pelos cabelos, deu-lhe uma surra como nunca lhe havia dado antes e foi embora. Ela ficou no chão durante horas até conseguir erguer-se. Não teve coragem de ligar mais, mas não tinha medo.
Voltara a muchar por dentro novamente. Sentia-se infeliz como antes. Até mais infeliz que antes, pois, sem conhecer Tiago, não sabia o que era o prazer. Agora sabia e não tinha mais.
Amanda estava perdida nessas reminiscências quando a campanhinha tocou. Correu para abrir a porta. Seria o Tiago, que resolvera, depois desses meses todos, colocá-la de novo em sua vida?
O homem que estava do outro lado da porta não era Tiago. Era um homem forte, musculoso de quase um metro e noventa. Trazia na mão uma caixa com ferramentas. Anunciou ser o técnico do ar condicionado. Olhou-a de cima a baixo com a expressão de um lobo ao encarar sua presa e pediu para entrar. Vestia uma camiseta branca surrada, puída em algumas partes, uma calça larga cheia de bolsos e botinas.
Amanda deixou-o entrar. Só então percebeu que ainda estava nua.
_ Agora dane-se, pensou. Não adianta mais me vestir. Ele já viu tudo mesmo. O jeito é fingir naturalidade e continuar.
Ele entrou, pediu para ver o ar condicionado. Ela mostrou. Ele abriu-o e começou a examiná-lo.
Amanda era uma jovem de dezenove anos, com peitos grandes e duros, mamilos rosados, barriguinha pra dentro, grossas coxas torneadas e firmes. Lábios carnudos,cabelos pretos contrastando com a pele alva. Uma mulher que chamava a atenção.
O homem a sua frente a vira totalmente nua e resolvera inspecionar o ar condicionado. Será que ela não era aprazível? Estava feia? Não era desejável? Amanda sentiu-a a mulher mais feia do mundo.
_ Só pode ser gay. _ pensou. É a única explicação!
Mas nem isso a fazia sentir-se melhor.
O homem falou que estava quente e pediu permissão para tirar a camiseta. Ela concedeu. Tirou-a e jogou-a no chão, mostrando seu peito musculoso, a barriga de tanquinho, as costas imensas. Tinha uma tatuagem em forma de dragão que começava nas costas e cobria o ombro e parte do enorme braço.
Amanda quase não aguentou de tesão ao ver aquele macho seminu em sua sala. Tiago era um homem forte, mas esse homem deixava-o parecendo um franguinho imberbe. Mais alto, mais forte, mais velho. Tinha uns trinta e tanto anos (idade para ser seu pai), cabelos castanhos, olhos azuis, corpo bronzeado pelo sol. Exalava virilidade. Amanda não podia acreditar que um homem daqueles fosse homossexual.
Ela encostou as mãos em seus ombros, esfregou a vagina em suas costas e perguntou:
_ Qual é o problema, moço?
_ Nada grave, dona, nada grave.
Ela tentou de todas as formas distraí-lo do trabalho. Massageou seus ombros, passou a mão por suas costas, lambeu seu suor... e ele manteve-se impassível. Não reprimiu suas tentativas, mas também não fez nada com ela.
Em uma meia hora, anunciou que havia terminado o serviço. Amanda masturbava-se sozinha no sofá ao ver que ela não tinha interesse por ela.
Ele aproximou-se dela e disse:
_ A senhora estava me deixando louco, dona. Mas minha mãe me ensinou que "primeiro a obrigação, depois o prazer". Minha obrigação acabou, ele sorriu, dentes brancos brilhando em sua boca perfeita.
Ele agarrou-a com força beijando-a selvagemente. Suas mão pareciam estar em todo seu corpo. Enfiou o órgão em sua vagina. Amanda gemeu de excitação. Depois puxou-a para baixo, agarrando-a pelos cabelos e obrigando-a a fazer-lhe um boquete. Penetou nela mais algumas vezes, até que os dois estavam exaustos demais para continuar. Então ele vestiu-se, despediu-se e deixou-lhe um cartão com o celular. Disse que qualquer problema com o ar, era só chamá-lo.
Amanda ficou ali olhando para o teto durante horas, preenchida, plena, feliz, realizada com tanto prazer alcançado. Tiago agora era uma sombra distante em sua vida. Nem lembrava mais do rosto dele. Só tinha pensamentos para aquele homem rude do qual ela sequer sabia o nome.
No outro dia, ao chegar do trabalho, Amanda pegou uma chave, abriu o ar condicionado e arrancou alguns fios dele. Depois ligou para o técnico dizendo que não estava funcionando. Ele ficou de aparecer o quanto antes.
Amanda naquele momento pensou:
_ É... acho que este ar condicionado ainda vai quebrar muitas vezes.