Afinidade secreta 3

Um conto erótico de Lígia
Categoria: Heterossexual
Contém 737 palavras
Data: 03/09/2010 11:45:35

(Continuação 3)

Felicidade era preparar-se para no final daquela sexta-feira encontrá-lo novamente. Ela no carro, esperando o dele se aproximar e segui-la. Deixou o carro num estacionamento e seguiram juntos no novo Peugeot também azul, para o motel mais próximo.

Claro, ela estava de vestido e saltos, como sempre, e nada mais. E quando ele a olhava, parecia que nem o vestido estava mais ali.

Fechar a porta era sempre demorado demais para a ansiedade dela. Ele já sabia disso e rapidamente deixava as chaves e tudo que tivesse nas mãos, para abraçá-la rapidamente, atendendo a urgência dos desejos dela: erguendo o vestido, acariciando-a entre as coxas, deixando-a louca para sentir mais que suas mãos. Afastou-se, calmamente para buscar no porta-malas do carro algo que ela não sabia o que, deixando-a ainda mais ansiosa.

Voltando, se despiu, vendou os olhos dela, a fez beber um pouco de whisky. Colocou no pescoço dela uma coleira, e a fazia circular pelo quarto, de quatro, puxando-a pela ponta de um cordão. Depois a conduziu até a cama, algemando-a na cabeceira prendendo também suas pernas bem abertas. Com algo que talvez fosse uma pena, ele a acariciava inteira, deixando-a maluca para vê-lo e tocá-lo também.

Depois se sentou bem perto da boca dela, e a fez sentir sua excitação se lambuzando com doce de leite para que ela o saboreasse.

Tudo foi delicioso demais.

Logo após, ele viajaria para onde já estava sua família e voltaria no domingo à noite.

O retorno seria muito mais rápido do que a imprevisível próxima vez que se reencontrariam. Mas ela estava feliz apenas com essa possibilidade. O final de semana dela seria como tantos outros, trabalhando. Porém, com a lembrança de prazeres tão recentes ao lado dele; sentia-se revigorada.

E precisava assim estar para conseguir contornar o sofrimento dos filhos com o distanciamento do pai. Precisava ser um suporte firme onde eles pudessem se apoiar. Então aqui, ela não poderia se frágil, deveria ser forte para transmitir-lhes segurança.

Não poderia ser submissa; deveria ser altiva para compensar a outra parte da autoridade familiar ausente.

Não poderia ser dominada por medo algum; deveria sempre enfrentá-lo sabendo-se capaz de assumir as conseqüências de uma decisão tomada.

Somente ele poderia percebê-la frágil, submissa e dominada. Além disso, só o fato de gostar tanto de estar com ele – um homem casado – concedia a ela a chance de agir sem grandes ponderações. Ela tinha o direito de ser menos responsável e mais travessa.

Era como se fosse mesmo uma menina travessa, quando ele a colocava de bruços no seu colo e lhe dava umas palmadas. Ele adorava ver as marcas dos seus dedos no bumbum dela, e ela se sentia merecedora daquela dor que se misturava ao prazer, porque roubava dele um tempo que, por alguns princípios, não deveria ser dela.

Mas ele teria esse tempo, sempre que assim que quisesse.

Mais uma vez marcaram um encontro. Ela não traçava planos, mas a expectativa de vê-lo fertilizava sua imaginação rapidamente.

Resolveu então por algo que também nunca havia feito: Antecipou-se ao horário marcado e entrou sozinha no motel que antes já haviam combinado. Tinha levado uma fantasia e caprichosamente se transformou numa coelhinha, e ficou esperando, com a porta apenas encostada, que ele telefonasse pra dizer que já estava no local marcado. Quando ele o fez, ficou surpreso em saber o número do quarto onde ela já o aguardava.

Parecia meio receoso quando devagar abriu a porta e pode vê-la deitada na cama, de bruços, com as orelhinhas e o bumbum empinados. Sem dúvida ela mereceria umas boas palmadas.

Ficou fantasiada por pouquíssimos minutos depois da chegada dele. Logo ele quis ver e tocar em tudo que a pequena fantasia escondia. Estava certo que havia ali uma mulher que não desejava outra coisa além de senti-lo dentro dela.

Porém, descontrolada por tanta excitação ela deixou algumas marcas no corpo dele. Não é necessário explicar porque isso não poderia ter acontecido. E, logicamente, o aborreceu e o deixou preocupado o suficiente para se despedirem bem mais cedo e menos entusiasmados do que gostariam.

Provavelmente, ele concluiu que, mais do que palmadas ela merecia sentir um pouco mais a sua ausência. Ela havia extrapolado os limites tão claros a serem observados e obedecidos. Nem motivos causados por ele, justificariam sinais que o denunciassem.

Como uma escrava submissa ela aceitou e suportou o seu castigo, esperando dele a complacência de um Mestre.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Lígia a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

O prazer é um sensação louca,cada pessoa sente de formas diferentes,aos olhos de algumas pessoas tudo isto e loucura,mais só quem passa por tudo isto é que sabe o que sente..Nunca passei por nada disto,mais tento imaginar a sensação da pessoa. Bom,vou ler toda as continuaçõs..

0 0