Vocês devem me achar uma tarada insana. Tem meia razão, sou tarada
mas não insana...rs.
Devo confessar que amo sexo e não vejo tabus ou preconceitos relativos
ao mesmo.
Tento dar vazão as minhas vontades dentro de um critério de seleção,
que englobam princípios e intuição.
Não sei ainda se felizmente ou infelizmente isto não acontece com Karl.
Karl, o Lince, apelido que dei tamanha semelhança com o animal em questão.
São ambos mamíferos carnívoros; correm, saltam e surpreendem as presas
com uma agilidade admirável, fazendo da caça uma espécie de jogo.
Em geral solitários, silenciosos e imprevisíveis, têm a habilidade de aparecer e
desaparecer sorrateiramente, quase sem darmos por isso.
A presa é geralmente levada a uma distância considerável antes de ser comida,
sendo os restos enterrados.
Temos logo a tentação de o comparar a um gato, no entanto o lince não é um
gato. Aqui as semelhanças terminam, porque o meu Lince, é gato.
Inclusive inspirou-me a criar um poema em sua homenagem, o que mostro ao
final, devido a seqüencia dos acontecimentos.
Conheço o Lince, meu lince de agora em diante, já fazem uns 10 anos, nunca
questionei seu estado civil devido seu jeito moleque de ser.
Ciclista por paixão, sempre vestido de forma esportiva e bem mais jovem do que a
idade que tem, o que vim saber muito mais tarde.
Devido sua persistência em me conhecer e seu jeito insistente em conseguir
o que quer, tivemos um primeiro encontro quente (corre, salta e surpreende a
presa com agilidade admirável) o que me marcou a ferro e brasa.
Depois vários outros se seguiram (silenciosos e imprevisíveis, têm a habilidade
de aparecer e desaparecer sorrateiramente), mas não tão marcantes
quanto o primeiro (a presa é geralmente levada a uma distância considerável antes de ser comida,
sendo os restos enterrados).
Questionei se aquilo era tão bom para mim quanto parecia a ele, e cheguei a conclusão
que não, além disto descobri que era casado (princípio número 1 da minha lista de
nãos).
Afastei-me, tirei da minha lista do msn, mudei meu fone e sumi da sua vida.
Passados oito anos ou coisa parecida voltamos a nos encontrar.
Pela internet, como antes.
Não recordo bem o que me fez ceder, talvez carência extrema com conhecimento de causa.
O reencontro lembrou-me muito o primeiro encontro, com direito a uma alucinante
chupada, a qual não pude deixar de elogiar.
Em geral os encontros acontecem em horário comercial e sempre cedo a seus
apelos, como este abaixo:
Lince: Oi, to com saudades de vc!
Jasmim: Como vai? Tudo bem?
Lince: Sabia que sempre penso em você?
Jasmim: Jura? Qdo?
Lince: Quero te ver agora, vamos?
Jasmim: Não dá.
Lince: Você sempre inventa algo, pq não quer?
Jasmim: Não é querer, é poder.
Lince: Ontem eu pensei em nos dois umas duas vezes.
Jasmim: O q pensou?
Lince: Imagina!
Jasmim: Hum...
Lince: Foi bom demais até exercitei...Vamos..tô louco de saudades..
Lince: Quero você toda, quero te chupar, ver sua carinha de safada qdo
Lince: estiver gozando...vamos...vamos...
Jasmim: Tá bom...naquele lugar da última vez...to saindo...
Encontramos no local combinado, ele entrou no meu carro e já foi logo metendo
a mão por debaixo do vestido. E eu dizendo para esperar chegar.
- Tô na fissura de ter você, se deixar é aqui e agora...
- Calma, é só virar aqui e chegamos....que tara!
Mal entramos no motel ele logo cravou sua garra no meu seio e ao mesmo
tempo a outra na minha bunda. Me apertava tão forte que não pude deixar
de exprimir um ai bem sonoro.
Virou-me de frente e beijou com fúria, parecia que queria me comer por inteiro,
incluindo aí minha língua.
Seu jeito nestas condições me causam sentimentos paradoxais.
Ao mesmo tempo que é bom sentir este desejo insano, fico a pensar se é um desejo
inato, ou se é por mim .
- Vestiu a lingerie preta de rendas que te pedi?
- Ham ham.
- Tira o vestido, deixa te ver de frente para o espelho.
Ele se coloca atrás de mim olhando à frente, seus olhos meio que se fecham
deixando um brilho felino escapar, fazendo-me sentir uma gazela prestes a ser
abatida.
Enquanto olha, aperta meus seios com firmeza, esfregando seu espeto eriçado na minha
bunda.
Me joga na beirada da cama, fazendo com que metade do corpo fique no ar,
ajoelha-se no chão, arranca minha calcinha com os dentes e cai literalmente de
boca na minha xana, já ardida e molhada pela preliminar relâmpago.
Seu jeito de chupar...hum...chupar...não sei bem se esta é a palavra certa, é um
misto de apertar com a boca e dar umas mordidas, sempre as malditas mordidas.
Quando elas começam estremeço achando que logo ficarei sem alguma parte
do meu corpo, mas quando elas acabam fica uma sensação de quero mais.
Parece coisa de gente doida. Ruim quando começa, pior quando acaba.
Acho que este é o melhor jeito de descrever o que sinto à respeito.
É como se houvesse urgência em saciar uma fome crônica.
Só que desta vez demorou uma eternidade, ele a chupava sofregamente como
se esperasse que a qualquer momento eu fosse ejacular na sua cara.
Um aparte, não sou do tipo esguicho, mas sim cremosa.
Já fui chupada muitas vezes, de diversas formas e modos, mas nunca daquele
jeito, do jeito felino do Lince, fazia meu instinto básico aflorar, comecei a me
sentir como um animal, talvez uma felina também.
Tinha vontade de rugir, unhar, cravar meus dentes no seu pescoço, mas ele não deixava nem tocá-lo,
queria provar, acho, que me dava imenso prazer, que sabia como me fazer gozar.
Não satisfeito só com ela, avançou para o cuzinho, assim...sem aviso prévio...sem pedir
licença.
Daí a coisa ficou feia...rs. Feia não, alucinante.
Do mesmo jeito que fazia com ela, começou a fazer nele.
Caracá....descobri...não era bem apropriado para a xaninha por ter pele sensível,
mas para o anel de couro...minha nossa...era perfeito.
Gemi, gritei, urrei, chamei ele de filho da mãe e muito mais, além claro, de implorar
que me penetrasse.
Mas lince, sabe como é né: "A presa é geralmente levada a uma distância
considerável antes de ser comida".
E foi exatamente o que ele fez, me levou às alturas e até hoje ainda não comeu
("...fazendo da caça uma espécie de jogo").
Pensando bem, acredito ser este seu trunfo para que eu não suma novamente.
Viu aí uma oportunidade de me ter quando quisesse.
Agora, lembrando do ocorrido, meu "fiote" ficou faminto...rs, louco de
vontade de mordiscar um bom salame.
Puxei-o com força para a cama, montando que nem égua selvagem, engolindo sua espada
em brasas, não demorou muito ele gozou.
Eu tenho por capricho prolongar o máximo o momento do orgasmo ocorrer,
mas não tive escolha, gozei em seguida.
Isto tudo não deve ter durado uma hora. Com ele é assim, afoito do começo ao fim.
Aproveitando cada pequeno momento que a oportunidade lhe oferece, afinal é o olho
do dono que engorda o boi. Ele é pequeno empresário, e sendo casado, as noites não
são opções.
Outro dia foi mais rápido ainda, novamente sua insistência e persistência aliadas a
minha eterna gula e espírito aventureiro, resultaram num encontro fortuito.
Segue a conquista, digamos assim...rs:
Lince: posso ir ai agora
Jasmim: meu pescoço ta com musculo estirado
Jasmim: então...não consigo fazer todos os movimentos
Lince: deixa eu ir ai
Jasmim: e tenho certeza do q vc quer
Lince: para com isso
Jasmim: não vou conseguir....entendeu agora? rs
Lince: e serio posso ir ai
Jasmim: tem gente aqui agora
Lince: nao e ai na sua casa
Lince: e ai no bairro
Lince: deixa eu te ver
Jasmim: hum...
Lince: deixa
Lince: te dar um beijo
Jasmim: karl...eu deixo, mas te aviso logo....não vou te chupar....
Lince: mas vou poder te dar beijinhos , te abraçar, olhar pra vc…so quero te ver.
Jasmim: ok
Lince: vou agora
Lince: beijos
Jasmim: inté.
Um calor da porra, bambuzal sem sombra, verdadeira sauna dentro do
carro, ele como sempre cheio de mãos e dentes.
Muitos beijos, pegadas por todo o corpo, dedos enxeridos, que se metiam em todos os locais.
- Lavou esta mão?
- Claro que lavei.
- Aí eu quero outra coisa, você bem sabe!
- Vamos quinta no motel então? (era uma terça.)
Promessa insinuada da realização do meu desejo remoto!
Novas mordidas mescladas com beijo, levo minha mão sobre seu zangão, que mais do
que depressa é liberado pelo seu dono.
Cuspo e começo um vai e vem que o faz olhar lince! Como adoro este olhar felino!
Aprimoro nas manobras, ele diz que assim não vai resistir muito tempo.
Pede para eu chupar, eu começo a rir; como conheço bem este lado dele, claro que ele queria.
Leu sobre minha dor? Nem ele!
Se leu, ignorou ou não acreditou, insistiu. Eu reafirmei o dito. Não! Te disse antes de vir!
Tudo é um jogo de gato e rato, o meu querer é nada perto do seu querer! Não cedi!
Contudo, com toda a saliva que despendi, tenho certeza que ele saiu bem satisfeito.
E quinta? Não sei, ainda não chegou!
Se acontecer vocês saberão com certeza!
Ah, estava quase esquecendo o poema:
O Lince!
Rapaz com semblante sério, moreno de cabelos lisos e pretos, boca carnuda.
Estatura mediana, corpo atlético talhado pelo prazer de boas pedaladas e suor das academias.
O olhar merece um aparte. Puxados, que insinuam um sorriso.
Sorriso maroto que à primeira vista lembra um menino,
dispensando mais atenção, percebe-se internamente um felino.
A fala é macia, tranquila, transmite paz, mas o olhar provoca arrepio.
Arrepio que sente a caça quando pressente o caçador à espreita.
Olhar felino, olhar de lince.
Lince porque não ataca de pronto, fica à espreita, brinca, corre e pega.
Quando chega perto, crava suas afiadas patas pelo corpo todo, não vai na jugular,
como os demais da sua raça.
A pegada é forte, decidida, parece saber o que quer, toma posse como dono fosse.
A caça fica sem reação, entregue, submissa.
Mas o lince gosta de provocar, de ver a caça se contorcer, esperando o momento certo de devorar.
Lambe a presa sentindo o sabor, se deliciando com as ingênuas tentativas de libertação da criatura.
Talvez fosse melhor ter a jugular logo cravada pelos longos dentes afiados, mas não, isto seria sem graça no seu jogo.
A refeição deve ser saboreada aos pedaços.
Uma lambida ali, uma mordiscada acolá, profunda unhada abaixo.
Provocar e dominar, sua intenção; ver o martírio da presa se contorcendo, uma exaltação.
A pobre criatura ao final extenuada, implora por ser refeição.
Gemidos e grunhidos se confundem neste banquete de prazer e dor.
Dor da gazela, prazer do selvagem.
E quando finalmente resolve atacar e por fim à tortura, mantém, apesar de saciado,
o suplício da pequena e ingênua caça ainda com vida, ao relento.