Medusa

Um conto erótico de Atlante
Categoria: Heterossexual
Contém 917 palavras
Data: 08/10/2010 10:58:39
Assuntos: Anal, Heterossexual, Praia

A noite chegara mansa, sem fazer alarde, afivelando o dia. Lufadas de brisa beijavam o ambiente e traziam uma serenidade a aquietar o mormaço. Lírico, o mar lambia a praia com pacatas e espumantes ondas. Por um sem número de poéticas e brilhantes estrelas, o céu estava coalhado. Pareciam faróis no firmamento.

O luar caia sobre a paisagem e sua prateada luz a tudo banhava como um radiante dia de sol. Difundia-se no lugar um substancial odor de maresia. O doce marulhar das ondas e o sinfônico gorjear de gaivotas ao longe, tornavam-se os únicos sons a macular aquela quietude quase absoluta, mágica!

Wagner olhava absorvido para o oceano. Talvez se lembrasse do estonteante pôr-do-sol que testemunhara há algum tempo atrás; talvez quisesse decifrar o enigma do horizonte; talvez tentasse sintonizar a essência daquele santuário natural pagão... Não sei! Sentado numa esteira, estava ele numa praia deserta e selvagem do litoral norte do estado de São Paulo. Eram os conturbados anos 70.

Sua amada de louros cabelos de serpente e rostinho de anjo barroco fora com ele. Ela bocejava a espreguiçar-se, repousando seus encantos e mistérios deitada ao lado dele na esteira. Era natural que descansasse após haver consumido sua energia a brincar na praia qual uma criança. A contagiante alegria de Jade enfeitiçava-o. “Dorme... meu amor”, pensava feliz!

Não resistindo ao apelo, ele a acordou aos beijos. Atordoada, sorrindo, Jade ainda tentou balbuciar qualquer coisa, mas com seus lábios espremidos pelos dele se fez inútil. Beijavam-se e rolavam pela areia. Pareciam dois bifes à milanesa. A sensação de liberdade que experimentavam era importante para eles. Ambos eram jovens, colegas de faculdade. O cacete de Wagner já estava em riste. Ele o sacou e o pressionava e esfregava nas coxas de Jade.

Seus dedos procuravam a bocetinha dela. Devagarzinho, Wagner enfiou dois desses em sua conchinha e com o polegar ficou tateando o melado grelinho dela. Movimentava-os num gostoso entra-e-sai, e com o outro circulava e friccionava seu inchado clitóris, simultaneamente. Jade sufocava gritos e retorcia-se de prazer no erótico digitar.

Suas bocas largavam-se ainda mais num embriagante beijo. Despiram-se rapidamente jogando as roupas ao longe. A linda face do desejo por eles era compartilhada. Com saliva escorrendo pelo canto do lábio, ela abocanhava o aguilhão de Wagner sugando-o tão forte que até doía, tal o seu desespero, provocando marcantes frisos no rosto dele.

Lambendo sofregamente, percorria com a língua da base até a cabeça do torpedo incontáveis vezes. Enfiava o saco do seu amado na boca, batendo-lhe nervosa punheta ao mesmo tempo. Ele deliciava-se com o rosto todo atolado dentro daquele marisco salgadinho com gosto de mar, e salpicado de areia. Babando, Wagner perdia-se no seu chupar saboroso!

- Vem, vai... sobe na tua cela pontuda, amor, vai... – ele falou, acomodando-se deitado de costas na esteira com seu pontiagudo remo em posição de sentido.

Jade montou sobre Wagner engolindo todo seu graúdo parati na quente fenda oceânica dela, movimentando as ancas com fúria enquanto cavalgava, igual a uma amazona experiente, levando-os aos píncaros do prazer. Assaltados eles eram por êxtases extremos. Ficaram assim por um tempo sem fim.

- Ai, Vavá, meu querido... meu tesão... meu homem...! Me pica por trás, vai, amor... Eu quero sentir você preenchendo meu cuzinho... quero tomar no cu contigo, vai, amor, heim? Já faz tempo que você não come meu rabinho... eu sinto falta... você não sente? – disse angustiada, a bordo de uma ternura imensa, e fazendo de pedintes seus lacrimosos olhos de esmeralda.

E ficou de quatro com o rosto colado na esteira, e a bunda bem aberta expondo completamente seu apertado e pulsante guloso, posição corajosa de quem realmente gosta e quer levar no rabo. Wagner inundou a boca d’água ao ver aquela reluzente e inebriante alcova. Ele estava enfeitiçado! Ensandecido, lançou-se com ímpeto a chupar, sugar e enfiar toda a língua naquele minúsculo ouriço do mar, sentindo o magnético cheirinho dele, preparando-o para imergir sua indócil manjuba.

Não queria parar mais de entreter sua língua nele. Depois de passado um longo tempo de capacitação, o dito cujo já estava encharcado de viscosa saliva e latejava de expectativa. Então, após haver pincelado, centralizado, e alargado, lentamente mergulhou seu peixe espada no fosso marinho dela até abissal profundidade, arrancando de Jade um único gemido gutural. Socava-lhe o bagre com gosto.

Wagner ia intensificando o vaivém fazendo-a delirar. De repente, parava e retirava. Sem aviso, recolocava e continuava no mesmo ritmo, estocando lá no fundo de sua alma. Jade crispava seu semblante, contorcia-se e de prazer rebolava. Numa espécie de transe, seus loucos gemidos eram uma infindável e rouca repetição de brados agonizantes.

Ele brincava disposto a levá-la ao ápice da insanidade, da avidez, queria vê-la implorar para que gozasse, como uma inocente tortura erótica, mas... No jogo lúbrico ele estava sem trunfos, pois pressentiu um violento orgasmo aproximar-se, arrasador, inapelável! Sob um urro estrondoso, Wagner instantaneamente entornou um oceano de cremosa porra naquela trêmula rosquinha, desabando em cima de Jade.

Suados, saciados e arfantes, eles deitaram de ladinho, silenciosos, por um longo tempo, encoxadinhos em posição fetal, num arrefecer de corpos, até que foram tocados por Morfeu. Era começo de madrugada. Com o manto cintilante do orvalho vinha um ligeiro decair de temperatura, arrepiando a pele de ambos, sob um vento brando que soprava. Do mar surgiu Poseidon a endossar aquele romance. Medusa, com seu olhar hipnótico a transformar incautos em estátuas de pedra! Quem será a próxima vítima?

- oOo –

Contatos: netmail@ig.com.br

Abraços e boa sorte pessoal!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Atlante a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Não sei se todos conseguem se envolver no enredo tendo que parar tantas vezes pra tentar interpretá-lo. Não que seja ruim, só um pouco exagerado. Perdeu um pouco o teor de sedução.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

MEU DEOS...JURA QUE VC NAO ACHA UM EXAGERO LITERARIO NA "haver pincelado, centralizado, e alargado, lentamente mergulhou seu peixe espada no fosso marinho dela até abissal profundidade,".....OU "entornou um oceano de cremosa porra naquela trêmula rosquinha"??? MINHA VAGINA NÃO É ABISSAL...E IMAGINAR UM PENIS COMO UM PEIXE ESPADA... TÃO POUCO GOSTARIA DE VER UM OCEANO DE PORRA... VAI DEVAGAR

0 0