Eu e o João saímos da casa dos meus pais para irmos até a casa dos pais dele. Só que tínhamos outros planos. No caminho mudamos a rota e rumamos para o primeiro motel que encontramos. O local, descobri, não era dos melhores, mas serviria. Nós não nos aguentávamos mais. Seria a nossa primeira vez.
Depois que finalmente entramos, bateu um "medinho", amarelei. Normal, eu tinha dezessete, ele vinte e dois e, apesar de o João negar, ele era, tipo, inexperiente naquela questão. Pra dar uma quebrada no gelo, liguei o som do quarto e sintonizei uma rádio. Encontrei uma baladinha e tentei relaxar dançando. O meu namorado só assistia enquanto eu tentava desinibir. Ele se aproximou de mim e nos abraçamos e nos beijamos. As mãos dele pegaram a minha bunda e me deram um apertão gostoso. Isso me fez lembrar o que tínhamos ido fazer lá: tomar banho.
O dia estava frio, havia chovido desde cedo. Ficamos coladinhos debaixo da água quente. O meu namorado lavou as minhas costas e eu as dele. Deixei o sabonete cair pra ver o que acontecia quando eu me abaixasse pra pegar. Curvei-me completamente até o chão, oferecida como uma cachorra no cio. Deu certo. Os braços dele enlaçaram a minha cintura e me puxaram para bem mais perto. O João colocou o pinto dele aninhado nas entre as minhas nádegas. Disse que era quentinho lá. Falei que havia um lugar ainda mais quente esperando por ele.
Nos enxugamos brevemente. Pingos d'água ainda podiam ser vistos em nossas peles. A combinação de água quente, tempo úmido e corpos ardentes produziu um efeito interessante: saia uma fumacinha de nós. Nos beijamos e nos abraçamos, entrelaçando nossos corpos. Sem pressa alguma, mas de modo a não perder tempo, passamos para a fase seguinte. A minha boca foi abandonada e os toques foram descendo. Meus seios foram o primeiro alvo. Sugados, lambidos e mordidos de leve, enrugaram e eriçaram. E como quem liga uma lâmpada, meu clitóris também ficou aceso.
Em mim, em certo grau, o sexo se assemelha ao álcool. À medida que o tesão aumenta, inebria a minha mente, me deixando leve, como quem caminha pelo ar. Abri minhas pernas e escancarei minha genitália. Minha buceta estava ensopada. Olhei para o teto e vi meu reflexo misturado ao do meu namorado. Minha pele branca contrastando com a morenice dele. Era como uma sombra se apoderando de mim. Completamente incapaz de ser outra coisa, vulgarizei meus gestos e minhas palavras. Pedi despudoramente para que chupasse a minha bucetinha.
Depois de semanas ponderando sobre o que eu estava a fim de fazer, decidi deixar a culpa e o pudor do lado de fora do quarto. Alguns dias antes, num exercício de sedução, pedi uma amiga para fazer fotos minhas em poses sensuais. Olhamos algumas revistas e escolhi algumas que achei interessantes. Depois de muitos ensaios e considerações, julguei todas insatisfatórias para o meu intento. Eram pudentas demais.
Num acesso de insensatez, despi-me dos pés a cabeça e usei uma fita longa vermelha para fazer um laço ao redor dos meus quadris. Arrumei outras coisas no meu quarto e fiz pose de "oferecida". Despois de umas "aparas" no photoshop, imprimi a foto na impressora do meu pai. Na antevéspera de natal, ao nos encontrarmos no campus da faculdade, entreguei para o meu namorado um envelope colorido com motivos natalinos. Ao abrir estava escrito: "Feliz Natal...só pra você". Ao virar o "cartão", lá estava eu na foto.
Foi nosso primeiro natal. O único na verdade. Queria que fosse marcante.
Eu gozei e desmaiei, como sempre, depois da sessão de línguas e chupadas no grelinho. Eu me acabo. Sou como um castelo de areia sendo atingida por uma onda gigante. Me derreto e me dissolvo no prazer que sinto quando gozo profundamente. Mas eu me recupero em seguida. Um tempinho só e eu renasço das cinzas, com uma fome imensa de "servir". Esse é meu modo se ser.
No que tivemos de tempo, me dediquei de corpo e alma ao João. Fiz do corpo dele um brinquedo e um doce. Do "pirulito" mais delicioso do mundo, suguei as bolinhas e fui subindo com os lábios até a grande cereja vermelha. Debulhei-a com a língua e os lábios. Ele expelia líquido e eu espremia pra sugar. Deixava ele pronto pra gozar. E parava. Chupava as bolas novamente e o deixava se acalmar pra recomeçar do zero. Somente quando ele implorou é que eu deixei ele me penetrar. Coloquei ele bem lá no fundo e cavalguei devagar e depois rápido. Ele gozou e também se aquietou. Ficamos naquele mesma posição. Eu me debrucei e descansei um pouquinho.
Nós nos distraímos. O tempo passou e a luz do dia já estava rareando. Pela inclinação das sombras deduzi que já fossem umas cinco da tarde ou mais. Não tínhamos mais tempo. Sentei na cama e calcei minhas sandálias. O João também se levantou da cama e ficou de pé esperando eu terminar de calçar. Deu certo trabalho. Algumas fivelas ruins de fechar e o salto um tanto alto.
Quando terminei, caminhei pelo quarto. O João me olhava desejoso. Eu valorizei o momento, fiz rodeios, peguei umas coisas sobre a cama, bebi um pouco d’água, seduzi. Fiz um pouco de doce até encontrar um lugar. Depois de me decidir, curvei o meu corpo sobre o balcão do bar, afastei um pouco as pernas e arrebitei o bumbum. Foi um convite silencioso. Na verdade, era meu presente de natal.
Devo dizer que vi estrelas. O pinto dele, longo e roliço, entrou ardendo e sem interrupções. Afundou-se todo em minha carne até não restar nada para trás. Não me atrevi a reclamar, tampouco deveria. Afinal, presente dado não se pede de volta.
Mas não me arrependo. Foi, digamos, natalino. Um presente de prazer mútuo. A dor é um pequeno preço a pagar pela felicidade de ser completamente possuída. Meu corpo foi só prazer. Ao sentir aquele gozo quente me inundando, verti o meu próprio. O prazer dele se converteu no meu simbolizando o ato de "dar" para só então "receber".
Completarão três anos que isso aconteceu. Aquele foi o natal mais feliz de minha vida.