MEU MAR
Seu verdadeiro nome não é este \ Na intimidade era Amor \ Melhor amigo, meu irmão, meu professor \ Para mim ele foi tudo \ Terra, fogo, céu e ar \ Também foi o meu marido \ Por isso o chamo de MAR.
O JUDAS
JI era o único irmão do Mar; jóvem, bonito e alguns anos mais moço, tinhamos um pelo outro um carinho fraternal, muitas foram as vezes em que ele externou, em público, nas festas de família, na casa de seus pais, esse sentimento. Me abraçava, me beijava a face e dizia para todo mundo: meu irmão é um homem de muita sorte, garimpar um tesouro raro como este equivale a acertar sozinho na mega-sena, quem me dera eu tivesse tido tal previlégio. Todo mundo ria e eu ficava enrubescida. Nos visitava com certa frequência, não rara foram as vezes em que chegou lá em casa pedindo pouso. Nós o acolhiamos e o acomodavamos na salinha de TV. Fora o caso agora.
O FLAGRANTE
Quando acordei, a manhã que nascera menina já se se fizera mulher e decidida descambava para o meio dia. Espreguicei-me, ainda na cama, lembrando da noite anterior - nossas noites eram sempre especiais - e aquela última foi especialmente mágica. Cheirei mais uma vez o travesseiro dele e fui para o banho. Um banho morno, longo, gostoso e caprichado; precisava estar bem limpa e cheirosa quando meu príncipe chegasse.
Saí do banheiro e fui procurar minha calcinha entre as cobertas - faziamos amor e adormeciamos assim mesmo, pelados, nossas roupas ficavam jogadas pela cama - a encontrei em baixo do edredão, a vesti, penteei o cabelo, me olhei inteira no espelho e sorri satisfeita com o que vi.
Arrumei o quarto, espiei pela janela: chovia. Procurei uma roupa de meu marido para por - eu sempre fazia isso quando ficava sozinha em casa, usar uma roupa dele, um suéter, uma camisa ou um abrigo, de preferência que ele já tivesse usado, me fazia muito bem - gostava de sentir seu cheiro e isso me mantinha focada e afastada de pensamentos indevidos, fazia parte de minha autoterapia. Peguei um roupão azul que ele havia usado no dia anterior, depois do banho, e que estava pendurado no cabide; vesti o roupão, o amarrei à cintura e sai do quarto.
Não havia muito para fazer, era sábado e a faxineira que vinha toda sexta-feira, havia deixado a casa limpa e a roupa lavada. No corredor vi a porta da salinha aberta - meu cunhado deveria ter saído enquato eu dormia, talvez tivesse ido junto com o Mar, eu os ouvi conversando pela manhã, nem se despediu de mim o ingrato, pensei.
Entrei na salinha, liguei a luz e vi meu cunhado sentado na cama, no escuro, somente de cuecas. Ele não havia ido embora. Lhe pedi descupas e voltei depressa fechando a porta. Não vi nada demais, eu já o tinha visto de cueca outras vezes, na casa de meus sogros.
Fui para a cozinha preparar o café. Arrumei a mesa para dois, coloquei o leite para ferver e sentei-me foleando o jornal. Em seguida meu cunhado veio, se desculpando por ter esquecido a porta do quarto aberta. Não havia problema, não vi maldade nenhuma.
Ele tomou café em silêncio, pensativo. Percebi que ele não estava a fim de papo e voltei a ler o jornal. Ele tomou todo o café e eu lhe perguntei se queria mais. Assentiu que sim com a cabeça. Peguei a leiteira de cima do fogão e fui servi-lo. Estava colocando leite na xícara quando ele segurando minha mão falou:
- Está bom, é o suficiente! Obrigado.
Continuou segurando minha mão. Eu a puxei, mas ele a apertou. Sem me olhar nos olhos, titubeante, passou o braço em torno de minha cintura. O que era aquilo? Assim, de repente toda aquela liberdade? Soltando a leiteira sobre a mesa recuei assustada. Ele olhou para mim, abriu a boca como se fosse falar alguma coisa, mas não disse nada. Então senti sua outra mão entrando pela abertura do roupão e alisando a parte interna de minha coxa. Ainda tentei resistir, mas confesso que aquela mão, ali onde estava, apenas a milímetros de minha xana me fez amolecer. E quando sua mão que apertava minha cintura deslizou pela minha bunda, minha xaninha se eriçou. Com um puxão ele me fez sentar em seu colo e eu senti seu membro duro cutucando minha bunda.
Então a felina rugiu, a terra tremeu, a cacimba ferveu e o vulcão dentro de mim expeliu fumaça de sua cratera. Não havia mais como recuar, o pouco de lucidez que havia em minha mente dissipou-se como fumaça no ar. Aquele não era o príncipe que eu esperava, mas já que me fizera sentar na garupa de seu alazão, não tinha mais jeito, tinha de cavalgá-lo. O gatilho fora apertado e a bala fora disparada, detê-la era impossível.
Abracei seu pescoço e lhe beijei. Olhei o relógio: mais de onze horas, era preciso ser rápida. Decidida abrí sua calça, tirei seus sapatos e lha arranquei jogando-a longe. Puxei a cueca e seu caralho duro ficou em pé, apontando para o teto. Desci sobre ele, beijando, lambendo e o enfiando em minha boca até o sentir tocando em minha glote; aquilo era delicioso, mas o tempo urigia. O potro impaciente precisava ser cavalgado. Arranquei o roupão, já nem me lembrava mais a quem pertencia, e o joguei do outro lado da cozinha, só então me dei conta de que estava somente de calcinha - melhor, era menos roupa para tirar - e logo ela voou pelos ares, atravessou a cozinha, passou pela porta e foi se chocar na parede do corredor.
Sentei sobre o pau de meu cunhado e o cavalguei, oferendo minhas tetas para ele mamar. Ele chupou meio sem jeito, como se aquilo fosse um enorme pecado. Que me importava se ele não tinha jeito, o importante é que seu cacete duro me invadia, me preenchia e me fazia estremecer. Minha xana borbulhava e seus odores se espalhavam pelo ar.
A felina inquieta e agitada, temendo ser surprendida enquanto devorava a presa, saiu de cima de sua vítima e pos-se de pé. Apoiando-se na mesa, abriu as pernas e levantou a cauda como uma cadela no cio, e chamou o vira-latas para que a fodesse. Ele veio ofegante, rosnando e salivando sobre seu lombo, mordendo e lambendo seu pescoço, com suas patas a segurando firmemente pelas virilhas. E o cacete veio forte e sedento saciar sua sede na cacimba escancarada. A terra voltou a tremer e a cratera do vulcão explodiu lançando cinzas à quilômetros de distância, a água da cacimba borbulhou e transbordou, e a cadela, uivando, esfregou sua bunda freneticamente contra o ventre de seu amante.
Ele tirou o pau de dentro de mim e começou a punhetea-lo com intenção de gozar sobre minhas nádegas. Me virei, me ajoelhei a sua frente, peguei o cacete e masturbando-o o enfiei em minha boca; a porra jorrou. Abri boca e deixei o esperma escorrer e pingar sobre meu peito, ainda sentindo os últimos jatos cair sobre minha face. Passei as mãos pelos seios e espalhei o leite pelo pescoço e pela cara, balançando a cabeça de um lado para outro, olhando a careta de prazer que contraia o rosto de meu cunhado.
De repente ele recuou, com os olhos arregalados como se tivesse visto um fantasma, me virei e vi meu marido parado no corredor, ele tinha presenciado aquela última cena.
A LOUCURA
O mundo desabou em minha cabeça. Como explicar aquilo? Como explicar o inexplicável? Como explicar que sua esposa, que lhe jurara fidelidade perante Deus e o homem, estava ali agora, nua, de joelhos no chão da cozinha de sua casa (cozinha que fora meticulosamente planejada pelos dois), com a cara, as mãos e os seios, cobertos pelo esperma de outro homem? ... Não havia o que explicar. A situação falava por si mesma.
Mar nem me olhou, virou-se e foi para o quarto. Vesti rapidamente o roupão e fui atras dele. O vi abrir o armário, apanhar uma sacola e seguir em direção à porta da frente. Quando percebi sua intenção, corri e me atirei a seus pés. Me abracei as suas pernas e lhe implorei que não fosse, que ficasse para a gente conversar. Supliquei por perdão, repetindo sem parar: não vá, não vá, me perdoa, me perdoa... até que perdi a força em meus braços. Ele se desvencilhou de mim e saíu batendo a porta.
Por quê, meu Deus? Por quê? - repetia desesperada - por que fui ceder agora. Eu conseguira me conter durante meses, nem olhava na direção de outro homem. Por que de repente foi aparecer meu cunhado? E justo ele que eu amava como a um irmão, o irmão que eu sempre quis ter e que nunca tive. Por quê? - repetia.
Quando lembrei que fora meu cunhado que iniciara tudo, que me segurou pelo braço, que passou a mão em minhas coxas e minha bunda, me fazendo perder o controle, senti um ódio mortal por ele, se tivesse uma arma em casa eu o teria matado. Fui até a área de serviço, peguei uma vassoura e o expulsei a vassouradas. Tranquei a porta para que nunca mais voltasse.
Cambaleante e soluçando fui até o quarto e me atirei na cama. Chorei o dia inteiro, repetindo para mim mesma que ele iria voltar. Nem roupa tinha levado, não teve tempo para arrumar a mala, ela estava vazia, ele iria voltar. Toda vez que ouvia algum carro parando na rua, corria e espiava pela janela, mas nunca era ele. O dia passou, veio a noite e logo o outro dia, e ele não voltou. Então me dei conta de que ele não voltaria mais. Chorei convulsivamente e comecei a juntar as peças daquele intrincado quebra-cabeças.
Eu havia caído numa armadilha. Por quê ele haveria de levar uma mala vazia? A mala certamente não estava vazia. Ele a havia arrumado no dia anterior. De repente tudo começou a fazer sentido. A visita inesperada do seu irmão, a porta da salinha aberta - Mar sabia que eu entraria lá - meu cunhado semi-nu sentado na cama. Tudo fora armado para o flagra ser dado ali, na salinha. Mas qual deles tinha planejado aquilo? Será que meu marido tinha desconfiado de mim e decidira usar o próprio irmão como isca? Ou será que fora meu cunhado que ouviu algum comentário e lhe contou, e como ele não acreditou o convenceu a armar aquela cilada? Fosse como fosse, o certo é que os dois estavam juntos naquilo. Caso contrário, como justificar a atitude de meu cunhado? Assim, de repente me agarrar na cozinha. Quantas vezes ele estivera em nossa casa e quantas vezes ficamos sozinhos sem que nada acontecesse.
Quanto mais eu pensava, mais me convencia que tinha sido vítima de uma emboscada. Vítima? Quem era mesmo a vítima nessa história sórdida? O Mar certamente estaria sofrendo tanto ou mais que eu nesse momento. Eu o conhecia. Quanto mais pensava nele e no que ele estava passando, mais culpada eu me sentia. Quis morrer, mas não tive forças nem para me suicidar.
Só o que eu conseguia fazer era chorar repassando o filme novamente em minha mente, e novos detalhes surgiam: a jarra quebrada na construção, quem havia limpado os cacos? Eu não fui. Aqueles dois pedreiros imbecis certamente não tiveram cérebro para pensar em limpeza depois daquela orgia. Então quem limpou? Alguém limpou, pois no dia seguinte fui até lá verificar e nem resquÍcio da jarra. O Mar deve ter visto a jarra quebrada, juntado seus pedaços e jogado fora, e desconfiou de que algo acontecera ali. A jarra tinha sido presente de casamento, eu comprei outra para substituí-la e não comentei nada com ele. Então por que ele não me disse nada? Essa é fácil: Mar nunca se contentava com uma única explicação, ele sempre queria uma confirmação, ainda que tudo estivesse bem claro, era o seu jeito.
A segunda explicação veio na casa de minha prima, quando o ataquei no quarto quando ele acordava, tal e qual fizera logo após ter transado com os pedreiros, Mar é inteligente, ele soube logo que havia acontecido algo fora daquele quarto, ninguém fica tão excitada com um copo d'agua (para entender melhor esta parte da narrativa, sugiro que leia os outros contos). No baile ele também desconfiou, até tentou me dizer isso, mas eu "muito esperta" não quis escutar. Que idiota! Burra! Como pude imaginar que poderia engana-lo? Não tinhamos segredos, e eu fui tentar esconder justamente o que eu não podia. A primeira vez que senti vontade de traí-lo, foi na nossa lua-de-mel. Ali seria o momento de falar para ele o que se passava comigo, ter lhe pedido ajuda; ele me ajudaria, saberia o que fazer, juntos poderiamos ter encontrado uma solução. Burra!... Burra!... Burra!... Mil vezes burrra!
Quantas vezes ele deu a entender que sabia de tudo. Quantas oportunidades tive para lhe contar a verdade e lhe pedir perdão. Por que não o fiz? Ele certamente me perdoaria, deixou bem claro em muitas oportunidades quando me dizia que tudo na vida é perdoável quando a pessoa se arrepende sinceramente. Ele esperou que eu me arrependesse, mas eu, arrependida, burra, não entendi. Agora choro, lágrimas que encharcam o lençol.
E agora? O que fazer? Eu pensei que o podia fazer de idiota e o ridicularizei perante seu irmão e sua família, e, isso, até mesmo para o Mar, é imperdoável.
- Mar! Meu Mar! Perdão meu amor...
O filme continuava passando e mais e mais detalhes eu entendia. E logo as coisas começaram a ficar confusas e eu já não conseguia mais articular um pensamento lógico. As imágens e as lembrnças se confundiam e se misturavam em meu cérebro, e eu, ia do choro compulsivo e desesperado à gargalhadas, em segundos. Outra noite chegou, depois mais um dia e nada dele voltar, e eu o esperando sem conseguir dormir. Por fim um borrão, mais nada...
Cinco dias depois, meus pais que não tinham notícias minhas e nem conseguiam contato conosco, foram até nossa casa. Indagaram na vizinhança que nada sabia. Tiveram de chamar os bombeiros e arrombar a porta. Quando me encontraram semi-inconciente e desidratada, eu ainda estava enrrolada no roupão azul de meu marido e repetia seu nome sem parar, dizendo que o amava.
Fui levada para o hospital, onde me deram remédios para dormir, e eu dormi por sete dias seguidos. Fiquei mais alguns dias internada e depois fui transferida para um hospital psiquiátrico onde permaneci por mais de quatro meses. Eu não lembro de nada disso, apenas repito aqui o que meus pais me contaram. Durante esse tempo todo, dizem que as únicas palavras que eu falava e repetia, além do nome dele, era perdão e amor. Quando me deram alta não tive coragem de ir até nossa casa, minha mãe é que foi buscar algumas roupas para mim e meu anel que era a única coisa que eu lembrava que tinha deixado lá.
ESPERANÇA
Quando meu pai me disse que ele queria falar comigo, fiquei animada. Tomei banho, arrumei o cabelo, troquei de roupa, botei perfume e passei a tarde toda na sala esperando. Ao anoitecer ele chegou - atrasado, ele sempre chegava atrasado - não importa. O que importa é que ele estava ali. Estendi-lhe a mão, mas ele a ignorou. Meus pais o convidaram para sentar. Ele sentou e só então dirigiu-se a mim.
Não me perguntou como eu estava, nem como me sentia. Disse-me apenas que queria o divórcio, que eu poderia ficar com todos os nossos móveis, que apenas queria a metade da casa, já havia um comprador interessado, o carro sim, se eu não fizesse objecção ele gostaria de ficar, mas eu não precisava me preocupar, ele iria ser avaliado e a minha parte eu receberia em dinheiro.
Demorei para responder. Quando falei minha voz saiu fraca, quase um sussuro: eu não queria nada, afinal ele é que havia pago por quase tudo, com seu trabalho, eu pouco contribuira.
Observei que ele não estava usando mais a aliança. Tirei a minha e a coloquei na mesinha a sua frente. Acariciei o anel que ele me deu de noivado, que eu sempre usava em ocasiões especiais e que depois que voltei do hospital o trazia sempre ao dedo, no mesmo dedo em que ele o havia posto pela primeira vez.
- Eu gostaria de ficar com o anel, se você não se importar, nada mais, disse.
Falou que eu podia ficar com o anel, era meu, havia sido um presente. A aliança também era minha, as outras coisas, já que eu não queria nada, seriam inventariadas. Elas eram parte integrantes do espólio de nosso casamento e seriam avalidas e vendidas, e a metade do que fosse auferido me seria entregue. Meu pai é que cuidaria de tudo. Eles já haviam combinado. Levantou e foi embora, assim como chegou, sem se despedir. Desta vez foram meus pais que o acompanharam até o portão.
Peguei a almofada do sofá onde ele sentara e fui para minha cama. Abracei-me a ela e fechei olhos tentando identificar algum resquício de seu cheiro. Mas eu não estava chorando, ao contrário, ainda que meus lábios não demonstrassem, eu estava sorrindo. Ele ainda me ama. Aquela visita não tinha sido para tratar de divórcio, de divisão de bens e nem para me dizer que ele iria ficar com nosso carro. Essas coisas ele já estava tratando com meus pais.
Não, ele só está sendo durão, mas não querer tocar em minha mão me dizia o contrário, mostrava o quanto ele está fragilizado. Ele veio por que ainda me ama. Veio porque precisa de mim tando quanto eu preciso dele, por isso veio me visitar. Queria me ver e saber como eu estava, ainda que nada tenha dito nesse sentido. Ainda há esperança. O primeiro passo foi dado por ele. O próximo caberá a mim, ainda nem imagino qual. Só sei que desta vez não posso errar, não posso ser afoita, tenho que pensar muito antes para não por tudo a perder novamente. Mas eu o amo, e ainda tenho muito o que fazer.
Sei que há uma fera dentro de mim que ainda vive. Que está muito machucada, mas ainda está lá; ela apenas se refugiou em sua toca para lamber suas feridas, logo estará boa e sentirá fome, e sairá pela savana correndo em busca de uma presa, a menos que eu a detenha antes. Tenho que enfrentá-la e aniquilá-la, ainda não sei como, mas preciso mata-la. Se isso não for possível, no mínimo eu tenho que domá-la, a deixando dócil como um caozinho, que não ousará rosnar para ninguém e obedecerá a todos os meus comandos. Enjaula-la e amrodaça-la não resolve, já tentei, bastou ela sentir o cheiro fresco da presa para rebentar a grade, arrancar a mordaça e atacar com uma fúria ainda mais selvagem. Por isso não posso ter pressa. É preciso muita paciência antes de dar o próximo passo.
Neste momento, na casa de meus pais, neste meu velho quarto de menina, diante do teclado do meu velho computador, eu choro: lágrimas de arrependimento, lágrimas de alguém que conheceu o céu e que, de repente, por sua culpa e sua fraqueza, se viu diante de Satanás e agora arde no fogo gélido do inferno. Tudo que eu mais queria neste momento e seria capaz de dar minha vida para obter, era um abraço dele. Deus! Quem sabe um dia isso ainda seja possível! Quem sabe um dia a gente ainda possa ser amigos novamente!
Não te peço que me perdoe, pois não mereço, apenas te peço que me aceite. Por favor, volte para mim! Volte, meu amigo! Mais do que de teus beijos, preciso da tua amizade.