Intróito

Um conto erótico de Giorgio
Categoria: Homossexual
Contém 600 palavras
Data: 18/11/2010 13:49:05
Assuntos: Gay, Homossexual

Era uma tarde de verão. As ondas estavam intensas, o verde-água do oceano desafiava os olhos de Giorgio, as gaivotas ao longe cercavam o farol. A sós, a esperar algo, alguém, qualquer cousa a ocorrer. Por que não se levantou há tempos? A família deve de estar a procurar-me. Apre!

Quando o tio Lazzo implorou aos avós para levar o rapaz a morar alhures, estes não hesitaram em concordar. Afinal, há muito Giorgio não demonstrava uma expressão de felicidade.

Saudações! Era o seu jeito alegre de dizer "olá". Um rapaz branco, cujos dezessete anos não correspondiam à fisionomia. Seus olhos azuis e cabelos negros acusavam a interferência de outra etnia. Ora, a mãe, russa, e o pai, português, amaram-se um dia, e eis o carpo da cópula!

De momento, locavam-se em Bragança, porém ao tio, ofereceram-lhe uma oportunidade de trabalho no exterior: o maior dos países lusófonos, terra ensolarada e tropical, a tríade estereotípica samba-suor-cerveja. Claro, havia garantia de aceite, e o sobrinho, os primos, e a doce Aurora, sua tia, estavam a acostumar-se com a nova vida.

Giorgio chegou ao estado de Santa Catarina, terra foránea, mas lhe parecia um sítio familiar. A cultura, a língua, o modo de vida, tudo não era demasiado diferente de Bragança. Todavia, detinha um segredo: sentia-se atraído por homens; em específico, homens mais "avançados" que si.

Certa vez, durante um acampamento em Algarve, ficou a mirar um dos instrutores, um homem alto, louro, com olhos castanhos e semblante másculo, a banhar-se às margens de um rio. Ao perceber a presença do rapaz, o homem, incauto ou curioso, exibiu-se ao rapaz. Giorgio, atemorizado, não se moveu, mas analisou cada parte do corpo do instrutor. Oh, que braços fortes... poderia abraçar-me numa noite fria e proteger-me da vergonha e do preconceito... De súbito, o instrutor convidou-lhe ao banho. Ora, um ortodoxo não deveria portar-se daquela forma! Era uma situação demasiado complexa. Fugiu, mas ao romper do crepúsculo daquele dia, o instrutor voltou a fitá-lo. Giorgio senitu o seu pénis entumecido, e, decidido, encontrou o instrutor em sua tenda. António chamava-se este. Giorgio acariciou-lhe o peitoral; António elogiava a boca rosada do rapaz, quem nunca havia beijado um homem, tampouco uma rapariga. Porém, o instrutor beijou-lhe o rosto, e disse que estava com muita ponta... queria fazer-se sentir no corpo do menino. Giorgio tocou-lhe o membro, sorriu, mas um sentimento de culpa ou tristeza fez-o chorar e ir-se. O instrutor correu atrás do rapaz e encontrou-o no bosque, com a face iluminada à luz lunar. Decidiu que enfiar-lhe-ia o caralho lá mesmo, pois há anos não o fazia, desde que a sua última gaija havia ido. Giorgio conteve-se, assustado, pronto a saber que perderia a pureza ou algo similar, porém a natureza protegia-lhe. De súbito, o instrutor deparou-se em cima de uma correição, e Giorgio fugiu, a correr com todas as suas forças. Grato estava por tudo aquilo.

Giorgio voltou à barraca mentalmente, e à sala de estar no campo físico, ouvindo os primos a brincar.

Desejava sair de lá. Vestiu um casaco, pois fazia frio e encaminhou-se à praça Feliz Lembrança, distante três quarteirões da casa nova. Sentou-se aos degraus do chafariz, fechou os olhos e pensou no seu homem idealizado. Quereria um homem mais avançado que si, respeitoso e inteligente, carinhoso e selvagem, que pudesse viver feliz com um europeuzito agridoce. Giorgio masturbava-se ao imaginar o seu homem, o seu companheiro, o seu namorado vindouro, a abraçar-lhe as costas quando estivesse a cozinhar algo...comer-se-ia outra cousa ademais da comida!

Uns minutos depois, um homem aproxima-se de Giorgio, cumprimenta-lhe e pede-lhe informações. Giorgio encantou-se...

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Comentários

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gostei muito do seu conto! gostaria de entrar em contacto. nunca falei com um portugues . meu e mail: gospeed.racergo@yahoo.com

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Manda-me o teu email para eu te corrigir os termos que usas. Eh pá, pareces o Pero Vaz de Caminha, ninguém fala assim aqui em Portugal! :)) mas é divertido de ler, isso é verdade! Abraço

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