Era inacreditável, ali naquele shopping, totalmente lotado, numa loja de departamentos eu reencontrei Débora. Meus olhos adquiriram vida própria, eles grudaram nela. Eu queria sair dali, queria ficar não sabia o que fazer.
Até que minhas amigas olharam pra mim e sem saber de nada, me puxaram pra porta de saída. Na praça de alimentação, no meio de sorrisos e abraços nós comemoramos nosso amigo secreto do escritório. Mas eu estava hipnotizada, eu não saberia contar nada do que rolou. Naquela reunião deliciosa, não sei o que comi, não sei o que bebi; só pensava em Débora, os olhos eram os mesmo, o cabelo estava mais curto e com um tom castanho q deixava a sua pele clara, mais brilhante.
Eu queria voltar naquela loja e olhar nos seus olhos, esperei calmamente o fim do encontro, calmamente é modo de dizer, porque eu estava uma pilha de nervos...
Quando Patrícia minha amiga oculta levantou da mesa, pra receber o seu presente a nossa reunião deu-se por encerrada, abrimos nossos presentes e brindamos, uma a uma fomos saindo, cada qual em sua direção e eu que tinha vindo com Michele, tive que inventar uma boa desculpa pra recusar sua carona. Voltei na loja de departamento e um funcionário já estava baixando as portas, corri e ainda consegui entrar, rodei por uns 15 minutos a procura de uma vendedora de cabelos castanhos, não a encontrei em nenhuma parte, eu estava totalmente aborrecida, não tive coragem de perguntar por ela, não sei o que me deu, mas fui embora morrendo de raiva e frustração...
A noite foi tensa, minha cabeça explodia de dor, não conseguia dormir, só pensava no quanto ela estava perto de mim... Imaginava onde ela poderia morar, tinha q ser por perto, o que ela estaria fazendo, será que tinha família?
Por fim adormeci, sonhei com ela, com suas curvas, sua boca... Acordei ensopada de suor, o sol entrava pela janela e me atingia em cheio, olhei o relógio de cabeceira e já passava do meio dia... Levantei e depois de um bom banho e um café eu parti para a loja no shopping. Os minutos que levei até lá, me pareceram horas, e quando entrei e a vi no mesmo balcão do dia anterior, eu senti um alivio, que não consigo explicar com palavras, ela estava lá... O seu uniforme azul, o seu cabelo preso, o sorriso ao atender mais um cliente... Tudo nela era perfeito... Aproximei-me e encostando-me ao balcão esperei que ela me atendesse, o bom dia formal veio e seus olhos encontraram os meus... Não sei dizer o que ela sentiu, mas foi algo bem parecido com o que senti no dia anterior, ela ficou sem ar, me olhava e não acreditava no que via, ficamos alguns minutos nos olhando, lembrando coisas do passado... Antes de conseguir dizer um “Oi”, um cliente chegou e ela teve que fazer um esforço enorme pra atendê-lo, seus olhos estavam cravados nos meus, quando por fim ela veio ao meu encontro, minhas pernas tremiam... Ela não podia me abraçar, nem sair naquela hora, me contou rapidamente que morava perto do trabalho, já estava ali há uns três meses...
Marquei de encontrá-la depois do expediente, não podíamos ficar ali conversando...
As 18h30min eu já aguardava com total ansiedade que parecia que explodiria a qualquer momento, ela veio na minha direção, nos abraçamos demoradamente, eu não queria largá-la nem ela a mim, depois rimos da situação, fomos pro estacionamento e entrando no meu carro, dei vazão aos meus sentimentos, abracei-a fortemente e encostando-a no banco do carro beijei a sua boca com doçura e vontade. Quanto tempo tinha passado? Mais de seis anos, e eu não tinha esquecido nada, o gosto era o mesmo, o gemido quando alcancei suas costas por cima do blazer... Puxei-a pra mim, senti seu perfume, era doce como o seu beijo. Parti dali com pesar, não queria solta-la.
Fomos conversando como boas amigas, rodei alguns minutos, não sabia exatamente onde parar, ela me contou coisas sobre ela, o trabalho, a mudança, a saída do convento sete meses depois de mim. Soube que ela tentou me encontrar, esteve na minha cidade, mas eu já não estava lá, me senti triste, mas ao mesmo tempo sabia que tudo tinha sua hora e a nossa tinha chegado. Resolvi não leva-la pra minha casa, fomos até um motel novo que eu estava louca pra conhecer... Ela me confidenciou que nunca tinha estado num motel com uma mulher, no tempo em que estivemos afastadas ela teve uns dois ou três relacionamentos, nada sérios. Fiquei feliz intimamente, pensar que outras pessoas encostavam nela me deixava morta de ciúmes... Entramos por uma alameda florida, pedi uma suíte enorme com piscina aquecida, percebi seu sorriso sem jeito e beijei a ponta do seu nariz, com um “é hoje”, ela gargalhou, o som era lindo, eu me excitei na hora. Abri a porta da suíte, e perguntei se ela queria que a pegasse no colo, ela respondeu que eu não agüentaria... Reparei na mesa bem posta, com um champanhe gelado e uma travessa com morangos... A cama enorme, o ar ligado e o som ambiente, tudo cheirava a sexo.
Minha mente viajou, meu sexo acompanhou seu raciocínio... Sentei na cama e Débora veio pra mim, sentou-se no meu colo e beijou minha boca, como era bom ser livre de tudo, ter Débora pra mim sem ficar com a consciência pesando, sua boca colava na minha, sua língua era deliciosa, eu desejava ela em mim, ela sugou meus lábios e eu devolvi o beijo com toda intensidade, acariciei seu rosto, afastei os cabelos e olhei bem pra ela, tive certeza que era a mulher da minha vida. Retirei seu blazer e a camiseta que ela usava com calma, admirando aquele corpo amado, ela levantou e tirou a calça apertada, ficando apenas de calcinha pra mim, era linda, a renda branca deixava ver os pelos macios do seu sexo, que eu poderia apostar, estava molhadinho. Ainda sentada abaixei a calcinha aos poucos me deliciando com a visão do seu sexo, desci até a coxa e não resisti beijei levemente e repetidas vezes, olhei pra ela e vi amor em seus olhos, o brilho era tão forte que eu nunca esquecerei desse momento, ela abriu levemente suas pernas ainda presa a calcinha e minha língua provou a sua vagina quente... Ela apertou minha cabeça de encontro a ela, mas eu estava impedida de prosseguir, a calcinha escorregou por suas coxas macias e eu fui lambendo-as, ela segurava nos meus ombros nus, eu usava um vestido tomara que caia, e não foi difícil pra ela puxa-lo e expor meu corpo a seus olhos. Confesso que senti vergonha ao retirar a calcinha, tinha feito uma cirurgia e uma cicatriz fina não foi despercebida, ela passou o dedo sobre ela com carinho e eu me senti amada. Ela foi até a mesa e encheu duas taças de champanhe, me estendeu uma taça e pegou a travessa com os morangos, peguei um e coloquei em sua boca, ela mordeu meus dedos levemente, eu beijei sua boca com gosto da fruta vermelha e azedinha... Uma taça, duas, o calor subiu, sentia um tesão enorme por aquela mulher ali na minha frente, derramei um pouco da bebida em seu colo e lambi, ela gostou da brincadeira e eu dei um banho de champanhe nela, a bebida escorria pelo seu corpo e eu bebia tudo, seus seios eram deliciosos mesmo sem nada por cima, com a champanhe ficava ainda melhor. Os morangos viraram torturas na minha boca, eu mordia e oferecia o restante pra Débora e em seguida eu a beijava, o beijo com sabor de morango ficou marcado na nossa historia, nunca nos esquecemos dele, e sempre repetimos.
Fomos nos acariciando até o chuveiro, ela abriu a torneira e a água caiu forte e morna, eu fui a primeira a entrar e ela me abraçou por trás, as mãos correram por minha barriga e depois de uma ducha,caímos na piscina aquecida, ela estava mais bonita que antes, o corpo estava mais cheio, as curvas acentuadas, os seios firmes como sempre, eu nadei até a borda onde ela estava encostada, encostei meu corpo no dela indo de encontro a parede de azulejos azuis, segurei na sua cintura e a puxei pra mim, minha boca mordeu seu pescoço, lambi o lóbulo da orelha e falei no seu ouvido que a queria só pra mim, ela ficou completamente arrepiada, acariciei seus seios, os bicos eriçados de tesão, chupei um, o outro... Ela jogou a cabeça pra trás facilitando o trabalho da minha boca sedenta, mamei forte aqueles seios lindos, que tanto desejei nos longos anos de separação, já podia ouvir seus gemidos, agora não tínhamos que ficar em silêncio, podia ser do nosso jeito, sem ninguém pra nos impedir de darmos vazão ao nosso tesão. Dos seios ia pro pescoço com facilidade, mordia levemente, demoradamente, sentia calafrios ao sentir os braços dela acariciarem minha nuca, então sentei-a na borda, beijei sua barriga deslizando minha boca até as coxas macias, abri suas pernas, passando a mão por dentro delicadamente, beijando a parte interna da coxa, minhas mãos escorregavam pelas costas, chegando à cintura e puxando-a mais pra perto ao mesmo tempo que ela segurava minha cabeça com força tentando me trazer pra dentro dela, minha língua passeava em suas coxas, até que cheguei no seu sexo, ela gemeu alto quando sentiu minha língua tocando nela, passei a língua com força, chupei seu clitóris, ansiava tanto aquele contato... Ela reclinou o corpo, e colocou as pernas dobradas na borda, eu tive total liberdade pra entrar por dentro dela... O seu cheiro e seu gosto me deixavam alucinada, eu já sentia meu sexo pegando fogo, estava muito molhada... Ela deitou e me chamou, atendi prontamente, me ajoelhei entre suas pernas e ficando de quatro beijei sua boca, a água escorrendo do meu corpo molhando o dela, ela puxou meus cabelos implorando mais beijos, a boca era macia, molhada, eu beijava sem parar, ela é daquelas que você tem orgasmo só com o beijo...
Então ela me falou baixinho que queria me chupar, fiquei sem ar, totalmente louca, falei pra ela que tudo que eu queria era ser chupada por ela, e ela propôs um delicioso 69.
Posicionei-me sobre ela, e desci bem devagar, ofereci meu sexo pulsando, ela beijou minha coxa e abrindo os lábios com as duas mãos passou a língua quente neles, eu morria aos poucos, a posição é muito boa, porque você vê e é vista completamente...
Eu chupava aquela mulher como nunca tinha chupado alguém, ela me enlouquecia, eu queria ser penetrada logo, ansiava o momento, mas deixei ela me chupar o quanto ela quis, sua língua entrava e saia da minha vagina, corria toda extensão, lambia as coxas e voltava a me penetrar, os movimentos eram rápidos e intensos, eu achava incrível o poder que ela tinha de me enlouquecer só com a língua, o barulho que ela fazia me excitava mais e mais, eu retribuía a chupada com vigor, encostava a língua bem devagar, e ela esfregava seu sexo em mim, pedindo pra ser penetrada; De repente ela começou a chupar bem devagar, me pediu pra ficar por cima, eu fui beijando a lateral do seu corpo, seu quadril, cintura e me virei, trocamos de posição, ela beijou meus seios, encaixando uma perna entre as minhas, me deu um beijo quente, enquanto pressionava seu sexo contra o meu. Os movimentos que ela fazia me deixavam alucinada, dobrei uma perna pra poder dar mais liberdade aos movimentos dela, nossas formas se encaixando perfeitamente, ela me beijava e eu sentia que o orgasmo era questão de minutos...Então senti sua mão macia acariciando o meu sexo, esperei que ela me penetrasse, o toque era uma delicia, eu delirava, ela fazia movimentos, entrava e saía e eu queria mais, n queria q terminasse, seu quadril ia de encontro ao meu, eu rebolava no seu dedo, quando ela tirava e colocava devagarzinho eu sentia vertigem, o mundo girava, e assim ela me penetrou com três dedos, e foi forte e intenso o orgasmo que tive, sem que ela parasse um minuto sequer com os movimentos... Repetia entre gemidos, “chega” “chega” e ela não parava de enfiar seus dedos em mim, me levando em minutos a outro orgasmo mais forte que o primeiro, chorei de emoção, meu corpo inteiro tremia, agarrei-me a ela repetindo que a amava como nunca tinha amado ninguém. Sentindo que seu sexo colado em minha coxa pulsava, percebi que ela tinha gozado ali mesmo. Era tão maravilhoso, tê-la ali comigo, que ficamos ali jogadas longos minutos, sem lembrar que existia uma cama enorme nos esperando, e foi pra lá que fomos depois de um banho longo, cheio de caricias, nossos corpos cansados e nus caíram na cama, um edredom macio e quente nos cobriu... Ela foi a primeira a dormir, seu cabelo solto no travesseiro me fez viajar no tempo, lembrei-me da primeira noite que passamos juntas, no convento... Antes de descobrir que o amor que nos unia era mais que um amor entre irmãos, era amor de amantes, amor capaz de resistir a um longo tempo de separação, amor pra vida inteira!