Eva subiu a ladeira que dava na casa onde trabalhava com irritação, começavam as férias escolares, e a filha da patroa chegaria de Portugal onde cursava odontologia. Ela já imaginava o trabalho dobrado, com a filha cheia de manias e pedindo tudo na mão.
Ao chegar fez o trabalho sem colocar seu uniforme, que ela detestava, e ao meio dia na hora que ela já sabia os patrões chegariam do aeroporto com a menina, ela se arrumou e esperou com ar de enfado, pois o calor estava insuportável naquele dia.
Já estava naquela casa há uns cinco anos, e não conhecia a filha do casal, lembrava de uma menina tagarela que havia partido quatro anos atrás pra estudar e morar com os avós portugueses, nada mais... Na época ela era responsável pela lavanderia da casa, hoje era governanta, e tinha sob sua responsabilidade doze empregados...
O carro estacionou, e ela foi receber os patrões, não acreditou no que viu, a menina tagarela dera lugar a uma mulher belíssima de modos gentis, desceu do carro e não deixou que Eva pegasse sua mala de mão, fez questão de beijá-la no rosto dizendo que estava feliz da família ter encontrado uma pessoa de bem que já fazia parte da família...
O dia de sol já não estava tão quente assim, tudo ficou mais leve, o peso que Eva sentia de manhã achando que viria encrenca com empregados e talvez com ela própria se esvaiu completamente, ela ficou radiante e acalmou os seus comandados que estavam nervosos. Os dias foram passando e tudo ia bem, Helena era uma mulher de 20 anos que sabia o que queria da vida, era linda, cabelos longos na altura do quadril, a pele era bem branquinha pelos anos na Europa, ela passava a manhã inteira na piscina pegando como ela dizia “uma cor”, usava sempre biquínis comportados, cada um mais lindo que o outro, Eva fazia seu trabalho e sempre que ninguém estava por perto, olhava pelas frestas das janelas, atrás das cortinas, pra ver o corpo perfeito dela, gostava de olhar enquanto ela nadava, as braçadas fortes, deixavam-na completamente louca... Eva era lésbica desde os 17 anos, não tinha interesse nenhum em homens, mas sua aparência não era masculina, tinha um corpo malhado, porque sempre gostou de academia, usava os cabelos na altura dos ombros, mas pelo trabalho que exercia eles estavam sempre presos num coque, com uma rede por cima. Já estava com 26 anos e a sua aparência era de uma mulher responsável. Levava uma vida modesta, mas gostava de viajar nas férias e sempre o fazia, na companhia de amigos ou de algum amor... Estava sozinha há oito meses e pra ela que adorava sexo, isso era muito tempo.
Uma tarde de sol, os patrões fora de casa por motivo de viagem, Helena chamou Eva e avisou que faria uma festinha para meia dúzia de amigos íntimos, escolheu o cardápio e deixou tudo na mão da governanta. A noite estava chuvosa, a meia dúzia de amigos se transformou em 25, e o trabalho foi árduo, a festinha foi divertida, mais amigas que amigos, a maioria mulheres lindas, do meio que Helena vivia, o som alto e a bebida rolaram solto, bem depois da meia noite, os amigos foram saindo os carros cantando pneus na alameda tortuosa da casa; algumas amigas ficaram para dormir, Eva não fazia comentários apenas acatava as ordens... Arrumou camas extras pelo chão do quarto a pedido de Helena... Achou estranho, porque a casa tinha três quartos extras, mas achou que as amigas gostariam de ficar conversando e bebendo até tarde, depois de tudo arrumado, ela retirou-se para seus aposentos, que ficavam logo abaixo de um dos quartos da casa. Já passavam das 3 da manhã e ela ainda ouvia conversa no quarto, estava acordada e acesa naquela noite, não entendia o porquê, 03h e 45 min, ela levanta vai até a varandinha e acende um cigarro, foi então que ouviu sussurros bem sugestivos. Tinha certeza que nenhum homem estava dentro da casa, encostou bem o ouvido na parede e ouviu gemidos e risadinhas, ela poderia jurar que alguém estava fazendo sexo logo acima do seu quarto, não resistindo mais, ela entrou na casa pé ante pé, subiu a escada e passando pelo quarto de Helena, soube que era de lá que vinha os gemidos, o seu coração estava totalmente descompassado, o tesão era incontrolável encostou o ouvido na porta e teve certeza que era a voz de Helena reclamando do longo tempo “sem sentir você dentro de mim” aquela frase fez Eva levitar, não acreditava no que ouvia, então aquela menina linda, filha dos patrões, gostava de mulheres? Que delicia de noticia, ficou ali na porta tentando ouvir detalhes, sentia a sua vagina molhada, imaginando os seios fartos da patroinha na sua mão, e sua língua invadindo seu sexo... Não agüentava mais aquilo, colocou a mão dentro da sua calcinha e acariciou o clitóris inchado, ali mesmo ajoelhada no corredor encostada à parede ela gozou juntinho com Helena.
No dia seguinte a vida voltou ao normal, todas as amigas partiram e Helena foi pra piscina à tarde, estava deitada sob o guarda sol laranja, quando Eva tomou coragem e foi até ela, com a desculpa de levar um suco. Ela aceitou sorrindo e pediu com jeitinho pra Eva não contar nada para seus pais, pelo menos não tudo, a gargalhada cristalina fez o sexo de Eva piscar. Então sem perder muito tempo, ela disse que ficaria em silencio sim, de tudo e fez questão de enfatizar bem a palavra “tudo”, Helena parou de sorrir na hora. Eva deixando a bandeja sobre a mesinha, partiu para a sala de banhos, onde ficava o banheiro e os armários com roupas dos banhistas que freqüentavam a casa, logo ouviu passos atrás dela, nem precisava virar pra saber que era Helena, e perguntou logo se ela queria mais alguma coisa. Helena segurou-a pelo braço e virou-a, olhou em seus olhos, as mãos na cintura, perguntou o que ela tinha visto de mais, e quem era ela pra falar daquele jeito... Eva não se deixou intimidar, respondeu olhando nos seus olhos também, que para ela não tinha nada demais, duas mulheres se amando, mas para seus pais com certeza seria um problemão. Na mesma hora a atitude de Helena mudou, os braços seguraram Eva e ela pediu quase suplicando que não falasse nada, que ela era muito apaixonada pela amiga, que sempre gostou de mulheres, mesmo quando morava em Portugal, nunca tinha se relacionado com homens... Eva pensou em dizer que ficaria calada, mas a excitação era tanta, imaginar aquela mulher em seus braços, a deixava louca, resolveu pensar melhor e mandou-a subir pro quarto, disse que pensaria no que seria melhor a fazer.
Essa resposta fez os olhos de Helena se encher de lagrimas, mas ela virou as costas e entrou correndo, não saiu mais do quarto naquele dia, nem jantou... No dia seguinte Eva deu folga para os empregados de casa, e levou o café pessoalmente, bateu, ela abriu a porta do quarto e nem se atreveu a olhar pra Eva.
A camisola era perfeita, não escondia nada, Eva ficou louca com aqueles seios grandes corpo perfeito. Então Helena perguntou se ela contaria para seus pais, o seu segredo, Eva aproximou-se dela, e segurou a sua cintura, olhou bem em seus olhos e respondeu que dependia dela. Helena ficou indignada, respondeu que nunca ficaria com ela, nem pelo segredo... Eva então lhe beijou a boca com força, os braços prendendo a cintura fina, ela tentou lutar contra, mas a língua de Eva invadia sua boca e a tocava em todos os cantinhos, Helena batia nas costas de Eva com força, tentando se soltar, mas ela não tomava conhecimento, mordeu os lábios dela e desceu a boca pro pescoço, Helena ameaçou gritar, Eva avisou que estavam sozinhas e que de nada adiantariam os gritos...
Eva levou-a até a cama com facilidade, fez com que se deitasse, e deitou por cima, pegou os braços dela e os prendeu acima da sua cabeça com uma mão só, Helena tentava se esquivar da boca, mas era inútil e um calor gostoso começou a percorrer seu corpo, nunca poderia imaginar aquela situação, a governanta era bonita, mas ela não pensava que fosse tão ousada. Eva por sua vez, nem pensava o que poderia acontecer caso fosse entregue a seus patrões, seria demitida e talvez presa...
Mas na hora, tudo que queria era aquela mulher ali, que gemia, se contorcia pra tentar sair debaixo dela. Aos poucos foi sentindo que Helena relaxava, ela não sabia se era medo ou desejo, mas sentia que ela não fazia força pra se soltar, então ela abriu a camisola e expôs os seios de Helena a seus olhos, eram os mais belos que ela já tinha visto, colocou a boca sobre um e ouviu um gemido sair dos lábios dela, chupou lentamente um, depois o outro, mais gemidos, então soltou os braços dela e esperou...
Helena não fez nenhum movimento pra sair, e Eva soube que chegara a sua vez...
Segurou os seios com as duas mãos e fez o que quis com eles... Beijou, mordeu, chupou e Helena começou a ter delírios, se mexia devagar, e gemia baixinho, subiu pro pescoço beijando e mordendo, passou a língua em sua orelha e disse que ela era deliciosa, Helena então a abraçou com força e abriu as pernas, Eva deslizou a mão pela coxa macia, sentiu as unhas dela nas suas costas, arranhando, punindo...
Tirou seu uniforme, e ficou nua pra ela, Helena admirou as formas de Eva, os seios eram fartos, a barriga lisa, as coxas bem torneadas, mas estava com sentimentos contraditórios, não conseguia se soltar e não sabia se queria, mas também não queria demonstrar que estava começando a curtir...
Eva desceu a boca pela barriga dela, sem imaginar o que passava por sua cabeça, só queria senti-la por inteiro, beijou a barriga e subiu para os seios torturando-a, deitou por cima e deixou a coxa roçar o sexo dela bem sutilmente, sentiu que ele estava molhado...Beijou a boca com força e foi correspondida pela primeira vez, sentiu a língua daquela menina entrando em sua boca com fome, ela lhe mordeu os lábios, o queixo... Eva deixou que ela brincasse do jeito que ela queria, sentiu a boca no seu pescoço e orelha e soube que era a hora... Desceu novamente pelo caminho conhecido, e chegou a suas coxas, beijou-as por dentro passando a língua devagar, olhando pra ela, vendo suas feições modificarem, sentindo que ela queria a mesma coisa, passou para a outra coxa e deu leves mordidinhas, ela gemeu forte, então sua boca escorregou devagar, e chegou ao centro do seu prazer... Sentiu o calor, o perfume que vinha dela, a boca encostou de leve naqueles lábios macios, beijou e sugou devagar, sentindo que ela tinha parado de respirar por uns instantes, segurou as coxas dobradas, fazendo com que elas encostassem na barriga e teve a visão completa de sexo de Helena, molhado, inchado de prazer, e nem pensou duas vezes, a boca passeou pelo clitóris, chupando, arrancando gritos de prazer, a língua invadiu completamente e o movimento do quadril a instigava mais, ela entrava e saia, com desejo, com facilidade. Helen estava louca, sentia que o orgasmo se aproximava e já não pensava mais em como tinha parado ali, nas circunstancia e nem no que faria com Eva depois, só queria sentir seus dedos e sua língua gostosa se apossando dela, tomando-a de assalto, preenchendo-a...
Seu pedido foi atendido os dedos de Eva brincaram com o sexo dela, até que ela implorou pra ser penetrada, ela colocou aos poucos, bem devagar, deliciando-se com aquela anatomia deliciosa, aquele caminho escuro e sem saída que seus dedos penetravam gentilmente. Aos poucos foi se encaixando ao mesmo tempo em que a língua brincava no clitóris e ela via Helena se desesperar, uma mão apertava a cabeça de Eva entre suas pernas e a outra segurava na cabeceira da cama, seus gemidos agora eram altos e ela pedia pra ser penetrada fortemente, e Eva a torturava com um entra e sai bem devagar... O corpo de Helena subia e descia na cama, estava ficando difícil pra Eva segura-la, então deitou por cima dela, e introduziu dois dedos fortemente, sua boca cobriu a dela com força, os gemidos foram abafados, ela se contorcia embaixo de Eva, parecia uma selvagem, era muito diferente da menina recatada que ela conhecia.
Eva esfregava seu sexo quente na coxa dela, os movimentos que ela fazia, deixavam-na completamente perdida... Sua língua quente invadia a boca perfeita de Helena e os dedos seu sexo pulsante, e assim chegaram a um ponto que ficava difícil controlar qualquer coisa, os sentidos todos em alerta, o orgasmo de Helena veio primeiro, forte, arrebatador, a vagina contraindo os dedos de Eva fortemente e ela continuou acariciando e sentindo a vagina pulsar, era tão delicioso o momento, que ela se permitiu ficar alguns instantes só sentindo o prazer de Helena.
Então quando viu que ela respirava normalmente, tomou sua mão e levou até o seu sexo, não precisou pedir, nem falar nada... Os dedos macios de Helena sabiam acariciar como nenhum outro, ou então era o tesão que Eva sentia que estava tirando sua razão. Ela penetrou fundo, fazia movimentos circulares, tirava e colocava de novo, Eva ficou de lado, e jogou a perna sobre ela, puxou seus cabelos e beijou sua boca... O orgasmo veio fácil, ela gemeu alto, e saboreou aquele momento, apertando a mão de Helena contra seu sexo quente.
A manhã passou rápida, elas experimentaram outras posições, sentiram o gosto uma da outra, tiveram certeza que apesar de não ter começado de uma maneira muito certinha, era uma transa que teria bis...
Quanto a Helena, claro que não ficou muito satisfeita com o jeito que tudo rolou, mas o que sentiu na cama, nas mãos da sua governanta, deixou-a tão realizada e feliz, como nenhuma outra tinha conseguido, e ela resolveu se calar.
Eva continuou trabalhando, e curtindo as férias de Helena com prazer total.
Na ultima semana de Helena no Brasil, ela resolveu fazer uma pequena viagem pra uma cidade na região dos lagos no RJ, disse pra seus pais que precisava da governanta como acompanhante, os mesmos disseram que arranjariam uma pessoa na agencia que mantinham contato, mas ela bateu o pé e disse que queria a governanta que era de confiança e conhecida. Eles cederam e elas embarcaram numa viagem de cinco dias entre as dunas quentes e o mar transparente...
Mas isso é coisa para outro conto...