Fui convidada por uma amiga para uma grande festa de confraternização do seu trabalho.
O local garantia uma noite de qualidade e luxo, entretanto não me sentia disposta, mas por já haver falhado com ela não tendo indo a seu aniversário, que é sempre muito importante para si, assenti.
Tinha feito uma nova amizade virtual , a qual a conversa me agradou imensamente, parecia mais apropriado ao meu momento do que ir à festa. Mas isto futuramente talvez venha a fazer parte de um outro conto.
Usei um visual chique moderado, blusa preta de manga comprida e borda de paetê, o local faz muito frio, calça leg também preta, sapatos pretos de verniz, salto altíssimo, o conjunto afinou de tal forma minha silhueta que chamava a atenção. Ainda mais com o loiríssimo dos cabelos longos desenhados com cachos sutis a cair sobre os ombros. Uma sombra discreta a ressaltavam meus olhos verdes. Um batom meio que rosa para dar meiguice à pantera negra que aflorava.
Chegando ao local fiquei meio inquieta pensando na volta pois o carro ficara longe e o trajeto até a entrada da festa, para quem estava usando o salto em questão, seria doloroso e porque não dizer extremamente sinuoso, dependendo do grau do entusiasmo...rs.
O tema da festa era “Boteco”, sendo o mais apropriado, na minha opinião, ter sido “Noites Cariocas”, com direito a banner da Lapa e do Rio antigo. Até a pista de dança foi “carpetada” com as calçadas das praias carioca. Música: Samba, claro. Gosto um pouco, não tanto quanto tive que ouvir, tenho gosto eclético, mas sou cria do rock . Comida deliciosa, bebida à vontade, gente bonita. Ilha de bebidas quentes, com interessantes barmen.
Já com um certo teor alcoólico na cabeça, resolvi ir para o conforto da área fora, ocupada com vários sofás, duas mesas de truco, e uma de sinuca. Todas com muita gente interessante à volta.
Fiquei na minha, ora conversando com a amiga, ora observando as pessoas, quando ela ia dançar.
Teve um garçom para lá de simpático que toda hora nos provia de comida, bebida e sorrisos, com suas covinhas à mostra, parecia o Happy Feet, o pinguizinho. Acho que ele ficou com uma quedinha por mim, pelo elogio das covinhas.
A festa iria somente até às 2hs, por volta de 1h percebo um olhar insistente em direção ao local onde estava. Naquele momento estava sozinha, então aquele olhar e sorriso só poderiam estar sendo dirigidos a mim.
Um rapaz alto, magro, moreno claro, olhos amendoados, sorriso que mais parecia o sol após chuva de verão, acredito que na faixa dos 27 anos. Quando não estava jogando, me fitava. Lá pelo terceiro sorriso, correspondi também com um sorriso aberto. A esta altura, o álcool já tinha afastado minha timidez.
Percebo que é fim de festa quando a Caipiroska é servida em copos descartáveis. Voltei a ter com a amiga, e não vi mais o “sorriso de verão”.
Minha amiga ainda continuou a conversa com os colegas e eu achei melhor ir embora. Liguei para o seguro que iria me deixar em casa, sã e salva, salvando também, quem sabe, outras vidas.
Já perto da saída, sou abordada com um Boa Noite e uma pergunta que daria razão ao tema em questão. - Gostou da festa?. Quando olhei, percebi que era o “sorriso de verão”. Parei e respondi que apesar de maravilhosa, o som não era muito a minha praia. E fui em direção ao portão, atitude que deu vazão a outra pergunta:
-Posso acompanhá-la?
Disse sem pestanejar que sim, afinal iria ficar só, enquanto aguardava o seguro vir me buscar.
O motorista deve ter demorado uns 30 minutos os quais foram preenchidos com conversas insinuantes; confesso que não me lembro mais de palavra alguma, pois estava enamorada daqueles olhos, boca, sorrisos, mãos que gentilmente me tocavam.
Eduardo era o rapaz por trás do sorriso. Pediu carona.
Eu bem sabia, àquelas altas horas, o que um rapazinho daquele queria com uma mulher como eu. Meu cérebro funcionava e desligava, era um misto de desconfiança e tesão, tesão e sensatez, lucidez sendo ludibriada pelo tesão. Sua pele era macia e quente, muito quente. Seu sorriso largo e franco, seu olhar de tigre faminto. Não sou pessoa confusa, quando quero vou atrás ou me deixo levar, mas tinha uma vozinha me perturbando ou devo dizer sendo meu anjo protetor? Não dava para ter mais dúvidas o motorista já se encontrava dentro do carro. O tesão falou mais alto.
Fomos ambos no banco de trás. Continuamos conversando quando sou surpreendida por um beijo roubado. Por um átimo de segundo não soube o que fazer, para não restar dúvida da intenção, outro beijo veio em seguida. Álcool, carência (namorado viajando), envolvimento, quem resiste, eu com certeza não!
Quando chegou perto do local onde disse que queria ficar, mudou de idéia. Então uma idéia apesar de tremendamente absurda me brota à mente, tendo como pano de fundo tratar-se de um completo estranho. Pedi ao motorista que nos deixasse perto do motel, sem contudo ser tão perto, e nem dizer a palavra motel.
Eduardo não dava chances para que eu pudesse me arrepender da decisão.
Desde o momento que entramos no carro até a chegada ao motel, suas mãos e boca não desgrudaram de mim.
Eu já estava encharcada sob tantas carícias. Não demorou muito para que ao montá-lo gozasse rápido. O mesmo ocorreu com ele. Depois ainda ficamos grudados, beijando, acariciando, foi difícil convencer Eduardo que eu precisava dormir, afinal tinha compromissos no dia seguinte. Ele parecia que não tinha estado com uma mulher por muiiiiito tempo. Até passou pela minha cabeça um péssimo pensamento fazendo-me tremer. Seria alguém que estava preso?
Depois que descobri sua idade, fui entender tamanha vontade e energia. Somente 19 aninhos. Confesso que fiquei surpresa. E as surpresas não ficaram só no meu pensamento. Em dado momento, ele começou com uma conversa atravessada, do tipo que ele era policial, que eu estaria sob investigação, que tinha câmeras filmando tudo, mas como encantou-se por mim me ajudaria, não contando nem entregando nada. Desde o começo, suas palavras eram avalizadas com semblante sério, muito sério.
Fiquei estupefata. Acredito que tenha arregalado os olhos e minha boca ficou pendente, aberta. Nunca poderia imaginar algo parecido, tanto que não desconfiei. Segui-se um longo silêncio, sendo quebrado por uma sonora gargalhada.
- Deveria ter realmente uma câmera aqui para mostrar sua cara! Impagável!
Fiquei mordida de raiva, pelo terror que se apoderou de mim e também por ter sido tão ingênua em acreditar naquele completo absurdo; ingênua é pouco, trouxa mesmo!
Dali em diante comecei a sentir um tremendo arrependimento de ter cedido aos instintos. Senti-me num filme que o título bem poderia ser: “Dormindo com o perigo”.
Tinha receio de agir de forma precipitada, ao mesmo tempo que não tinha condições de ir embora. Senti-me deitada sobre ovos explosivos.
Dormi muito mal: enjôos, tonturas e desconfiança foram minhas companhias noturnas.
Amanheceu, saímos, parei onde ele pediu. Senti que a despedida iria demorar, desliguei o carro, ele não se decidia. Não queria ir embora. Eu, apesar da inquietação que seu comportamento dúbio me provocava, também sentia um gostinho de quero mais. Não sei como, pois queria somente hidratar-me e dormir sossegada, e colocar-me à salvo, longe de uma possível armadilha. Um caminhão pediu passagem, tive que mudar o carro de local, coloquei-o numa sombra. Como tentar despedir, se no fundo, no fundo, eu queria mais? Vai entender a natureza de uma mulher!
Acho que ficamos 1h conversando.
- Não quero te deixar, quero passar o dia contigo.
- Tenho coisas para fazer, tenho família, não dá.
- E se eu disser que estou apaixonado por você?
- Eu diria que isto é reflexo da juventude e que talvez nunca tenha vivido um dia igual ao de hoje e sabe que eu posso oferecer.
- Hum...você é inteligente.
- Du, preciso ir.
- Não quero, não vou sair, já te disse que sou chiclete?
Nesta hora deita sua cabeça no meu colo e eu o envolvo com meus braços. Ao mesmo tempo que tinha um comportamento que assustava, parecia um cordeiro indefeso. Doce e indefeso.
Seu calor, a química entre nós, me acenderam novamente. Minha judiada (resumi as várias vezes na qual foi penetrada) pulava e inchava.
Vi que não resistiria ao seu charme juvenil, e porque não dizer àquela energia envolvente.
Desmarquei os compromissos e fomos para outro motel. Agora com piscina, para repor o líquido corporal e ter nossos corpos unidos sendo abraçados pela água morna.
Pedimos comida, a fraqueza e a fome falaram mais alto, mas a vontade era grande. Era só encostar que o corpo renascia como tendo vida própria.
Enquanto estivesse ali, me permitira esquecer o mundo fora e não pensar no amanhã. Talvez esgotando toda a vontade não iria mais ceder às carências que ele supria.
Depois do básico saciado, quis fazer com ele o mesmo que com o doce sub 20. Rs...Engraçado...2 sub 20...kkkkk. Mas cada um é cada um, não deu certo. Quando senti o gozo vindo, ele levanta-se da cadeira com minhas pernas entrelaçadas na sua cintura, querendo finalizar o ato na cama. Ele é do tipo dominante, deixa-se levar até uma certa altura, depois toma às rédeas nas mãos e manda ver. Eu me adapto com rapidez, deixei-me ser possuída por aquela vitalidade invejável. Totalmente preenchida, ele alternava enterradas fortes, com ligeiras estocadas, sua marca registrada. Eu sentia um misto de dor pela profundidade e ao mesmo tempo um alucinante tesão. Gozei antes dele, fazendo minhas unhas arranharem suas costas, o que o fez em seguida gozar também. Percebi ali que o gatilho para seu orgasmo era sexo selvagem. Era bem o que tinha visto em seus olhos, o tigre caçador. Ou melhor, leão faminto, travestido de cordeiro. Rsrs....seus signos.
Tomamos banho, lavei com água gelada, estava em brasas. O sono queria tomar conta do meu corpo, mas ele não deixou. Sentou-se na beirada da cama e puxou-me para seu colo. Suas mãos tomaram meus seios, não estava me reconhecendo, aquele homem-rapaz tinha o poder sobre meu corpo, comecei a rebolar em seu pau. Depois agachei, ajoelhando no chão e levei seu pau em riste a minha boca. Dei lambidas na cabeça que aflorava inchada, abocanhei gostoso, descendo e subindo. Cada vez que descia, engolia mais um pouco, e em algumas descidas sugava suas bolas. Ele não conseguia parar de gemer, e como geme gostoso o danado. Senti as veias vibrarem, não deu outra, desta vez fiquei por cima, dominava a situação, fui fazendo do meu jeito, devagar, indo fundo e voltando, sentia o calor pré orgasmo me invadir, ele como um gato selvagem, virou-se e novamente ficando por cima. Pedi que fosse mais devagar, que ficasse parado, deixasse eu mexer. Pelo pouco tempo que conseguiu, senti seu pau inchar gostoso dentro de mim, mas em seguida o movimento dominante voltou.
Ver sua bundinha deliciosa indo e vindo, pelo espelho do teto, me alucinou.
Nem eu consigo entender bem o que estava acontecendo comigo? Doía mas era bom. Muito bom. A perseguida já encontrava-se esfolada mas não esmorecia, dava mostras claras de querer, um querer que não tinha fim. Sabe estas coisas loucas? Do tipo ficar trancada no quarto 3 dias e fudendo sem parar? A vontade era esta. Entre os poucos momentos que ficamos sem fazer nada, o diálogo era quase impossível. Não acreditava em nada do que dizia, depois daquele teatro de horror, tudo que saía da sua boca era nada para mim. Fugia das suas perguntas, outra hora era evasiva. Cada hora ele tinha uma profissão: sushiman, padeiro, tatuador, até fogueteiro. Não queiram saber o que vem a ser isto, eu até agora não acredito.
Sabia que era um rapaz simples, sofredor, mas muito inteligente. Sentia nele um grande poder de realização e ambição, só não sei se ele tinha noção disto!
Sabe aquelas pessoas que vem de baixo e que realizam grandes feitos, chegando lá?! Ele tem isto. E ao mesmo tempo perdido, carente de norte. Infelizmente minha bússola está desregulada, também precisando de ajustes. Não seria eu a pessoa ideal para ajudá-lo. Mas também, acho que mal não estava fazendo .
Bom, voltando ao que interessa, fomos para a piscina, não estava muito agradável como da última vez. Então resolvi ficar na beirada admirando-o brincar que nem criança descobrindo os prazeres da água pela primeira vez.
Chamou para entrar. Eu disse: -Tem preço. Só depois de me esquentar com sua língua. Apontei para a desavergonhada. Chegou perto, ficou mexendo com os grandes e pequenos lábios e fingiu ser médico.
- Se fizer exame de toque, leva uma pesada. Exclamei!
Pegou-me pela cintura e arrastando-me para dentro d’água. Ficou me girando, pedi para parar e encostar-se na quina. Sentei no seu colo e brincamos um pouco de cavalinho upa-upa, deixei-o num estado interessante e saí da piscina.
Indignado por eu ter saído, não tardou a vir atrás, cobrando uma finalização.
Eu disse que ela precisava de um tempo, mas que iria adorar ver sua habilidade com a língua.
Cacete!! O diabinho tinha outros trunfos escondidos. Devo confessar que nunca antes tinha recebido um banho daqueles. Não daquela forma.
Sua língua parecia borboletear sobre meu clitóris, ora asas longas e pesadas, ora borboletinha de leveza afoita.
A saliva na medida certa fazia das asas uma exímia patinadora a deslizar com maestria, dando volteios; escorregadas longas e deliciosas que iam e viam, em volta e até a abertura da esfolada. Queria que o tempo parasse naquele momento. Dancei que nem funkeira naquela cobra furiosa e melada que era sua língua.
Agora lembrando, aperto-a para ver se acalma...rs.
Gemia feito louca, arfava de tesão, não demorou, gozei, ele sem esperar o fim do meu gozo, me penetra. Enfio minhas unhas nas suas costas, arqueio meu corpo para que entre fundo, e continuo meu orgasmo platô. Sinto seu corpo febril, sinto-o suar. Seus gemidos brotam de forma a encantar meus ouvidos. Gemido forte ao mesmo tempo frágil, gemido largado, sem pudores. Ele me encharca com o esperma que ainda resta.
Chegado ao tempo limite que nos impusemos, pedimos a conta. Ele ainda esboçou a vontade de ficar, apavorei com a idéia. Meu corpo pedia arrego, e minha vontade poderia traí-lo.
Não dei chance. Deixei-o onde pediu e trocamos telefone. Mesmo sabendo que não era prudente, deixei uma porta aberta.
À noite recebi uma mensagem:
- Boa noite, amor!
Meigo não?
Irei vê-lo novamente? A mente diz categoricamente, não! Já o resto do corpo...não sei, afinal era noite de lua cheia!