_ PAAAAAAAI!
Aquele grito saiu de dentro de mim com uma força tão intensa, com uma dor tão brutal, que eu sentia como se estivessem arrancando um órgão meu a sangue frio. Tinha a sensação de que me rasgassem, dilacerassem minha alma. Minhas pernas perderam as forças, minha vista escureceu e senti uma dormência começando pelos pés e subindo até minha cabeça. Apaguei.
[...]
Três horas mais tarde fui acordando, muito lentamente. Abri os olhos, mas a vista estava embaçada. Tentei erguer a cabeça, mas a sensação que eu tinha era de que ela estava maior que o normal, e pendia de um lado para o outro... pesada... dificultando seu equilíbrio. Aos poucos fui reconhecendo o ambiente e verifiquei que se tratava de um hospital. Uma enfermeira se aproximou de mim:
_ Oi, rapaz? Está melhor?
Tentei responder, mas a língua estava pesada. Ela percebeu minha dificuldade e explicou:
_ Calma. Não se levante. Você pode se desequilibrar e cair. Mas não é nada demais, apenas o efeito do tranqüilizante que aplicamos em você. Logo logo passa e você volta ao normal, tá? Agora é preciso controlar mais suas emoções... por sorte não houve nada grave, mas poderia ter sido! Você é tão jovem!
_ Ela falava isso, mas minhas idéias se misturavam e eu não conseguia entender direito o que tinha acontecido. Ele prosseguiu:
_ Seu pai está aí fora. Quer falar com ele ou quer descansar mais um pouco?
Desta vez, mesmo com dificuldade consegui dizer:
_... Meu pai.
_ Tá. Vou pedir pra ele entrar.
A enfermeira saiu e logo em seguida a porta foi abrindo novamente. Era meu pai. Quando o vi ali, parado, me olhando e sorrindo – um sorriso meio envergonhado – automaticamente me veio à mente o que tinha acontecido: quando cheguei em casa e fui subindo as escadas escutei um barulho vindo do quarto de minha irmã. Eram gemidos altos, sons de corpos se chocando...No primeiro momento até ri, pois estava certo de que eram ela e seu namorado. No entanto, lembrei que eu havia falado com ele quando saia do colégio. Ele aguardava minha irmã, achando que ela estivesse lá. Juntei isso ao fato de ter passado pela oficina e im mecânico ter me informado que meu pai havia saído para vir até em casa.
Cheguei à porta do quarto e o que vi foi a rola do meu pai, dura e cheia de veias sumindo à medida que a buceta da minha irmã ia engolindo cada centímetro, até ela desaparecer por inteira, em toda a suja grossura. Em seguida seus olhares se voltaram para mim. Ali meu mundo desmoronou! Por ela, não. Afinal ela não podia imaginar o significado, a importância que o relacionamento com meu pai tinha para mim. Mas ele!?! Ele viveu isso comigo. Será possível que não tinha importância? Era sexo por sexo?
Ele foi se aproximando de mim e tocou com a mão em minha testa. Minhas lágrimas começaram a escorrer. Eu o olhava nos olhos. Com dificuldade consegui dizer:
_ Oh, pai. Por quê?
_ Cadu... filho... não fica assim! Para que tudo isso? O que houve ali não mudou nada entre mim e você... Nada!
Ele sentou na beira da cama e limpou minhas lágrimas enquanto tentava me explicar:
_ Meu tesão por você é o mesmo. Nada mudará. Mas você precisa entender que... que... você sabe... eu gosto também de mulher. Embora minha relação sexual contigo seja muito boa, eu sinto falta de mulher, entende?
Aquilo que ele falava só ia piorando as coisas...
_ E isso, Cadu, nunca poderia ter te causado choque, afinal, você sempre soube disso. Eu não era casado com tua mãe? Tudo bem... depois dela não me envolvi com mais nenhuma mulher, estava 100% só para você. Mas aí tua irmã chegou ali... você sabe... não resisti.
À medida que ele falava, o que antes era apenas decepção foi se transformando em raiva. Dividi-lo? Jamais. O que é meu é meu! E de repente me deu uma vontade louca de pagar com a mesma moeda. Queria ver como ele se sentiria... se iria aceitar. Oportunidades não me faltaram... e eu... idiota... sempre contava para ele as cantadas que recebia, principalmente de um mecânico que trabalhava com ele. E as indiretas – quase diretas – do namorado da minha irmã? E olha que com esse eu fiquei muito tentado!
_ Mas vamos fazer o seguinte, Cadu: Não se fala mais nisso. Com sua irmã, eu prometo que não haverá mais nada. Nunca mais. E se, por acaso, bater uma vontade de sair com alguma mulher, eu farei de forma que você nem fique sabendo. Mas entenda que o pai aqui também gosta de transar com mulheres. Tudo bem?
Falando isso, ele inclinou-se e se aproximou da minha boca para me beijar. Mal nossos lábios se tocaram, a porta se abriu e um rapaz, de uniforme azul entrou no quarto. Meu pai ficou sem jeito, beijou meu rosto e levantou:
_ O médico vai te liberar mais tarde. Vou à oficina agora e depois venho te buscar. Fica bem.
Ele saiu do quarto. O rapaz me olhava de rabo de olho enquanto esvaziava o cesto de lixo que havia ali. Ao sair, ele me olhou e sorriu. Um sorriso safado. Ali, tive a certeza de que ele tinha visto o beijo. Fiquei só. Adormeci.
Acordei com a enfermeira, algum tempo depois, trocando o soro que era aplicado em uma veia do meu braço.
_ Desculpe ter te acordado. Precisava trocar o soro. Este é o último, tá? Depois dele você será visto pelo doutor e já poderá retornar para casa. Agora procurando ser mais tranqüilo... não é?
Eu sorri.
_ Ah! Agora você já parece bem melhor. Já consegue falar normalmente ou a língua ainda pesa?
_ Mais ou menos. [Risos] Enfermeira, estou apertado. Preciso urinar.
_ Mas sozinho não dá para ir. Me diga: você prefere que eu traga o recipiente aqui mesmo e te ajude a urinar assim deitado, ou prefere que alguém te acompanhe até o sanitário.
_ Urinar deitado, ainda mais contigo [Risos]? Não, não. Dá para eu ir sozinho... não estou mais tonto!
_ Não senhor. Melhor não arriscar. E outra coisa, a tontura não avisa, ela chega de repente e, quando forte, faz a gente cair... sabia? Fica aí que peço para alguém te levar lá. Só um instante.
Ela saiu. Tentei sentar, mas, de fato, ainda tinha um pouco de tontura... leve, mas tinha. Em pouco tempo ela entrou.
_ Pronto, o Bruno te levará.
Quando olhei para a porta o mesmo rapaz que havia visto meu pai me beijar entrou. Ele sorriu, da mesma maneira de antes. A enfermeira foi saindo e disse para ele::
_ Bruno, tenha cuidado, ok? Segure-o firme. Ah! Tranque aqui a porta, pois ele está usando um avental aberto e muito fino, alguém pode entrar e ver o que não deve!
[Risos]
Ele trancou a porta e se aproximou de mim. Pegou em meu braço e perguntou:
_ Prefere que te leve no colo, ou você vai caminhando mesmo?
Eu sorri para ele e, brincando respondi:
_ No colo... assim como noivos na noite de núpcias.
[Risos]
Ele levou a sério e antes eu pudesse dizer que estava brincando, já me vi em seus braços. Ele me olhou e disse rindo enquanto caminhava ...
_ Nos braços eu posso até levar, mas parece que você já é comprometido! Então alguém já teve a noite de núpcias com você, não?!?
Eu ri sem graça. Ele continuou, me colocando no chão, de frente para o sanitário.
_ Pensei que ele fosse seu pai! Ele parecia, lá fora, tão preocupado.
Fiquei calado e fui direcionando minha mão à minha rola, para apontar para o vaso. Ele interrompeu:
_ Espere. Não, você não deve baixar o braço. Deixe que faço isso por você.
E, inacreditavelmente, pegou meu pau, arregaçou um pouco e ficou esperando a urina sair. Quando ela começou a sair, ele olhou para mim e sorriu. Ao terminar, ele balançou e meu pau começou a subir. Ele então falou:
_ qualquer dia vou ficar doente só para alguém fazer isso pra mim.
_ Mas não precisa adoecer para isso...
Peguei em sua rola, que já estava crescidinha e disse:
_ Eu faço isso pra você... É uma forma de retribuir.
Ali comecei minha nova fase: o Cadu infiel!
Ele me olhou e foi abrindo a calça. Quando vi, sua rola estava duríssima, inteira para fora. Agarrei-a e perguntei:
_ Não serviria uma outra coisa no lugar da urinada, não?
_ O que você sugere?
_ Sobe no vaso. Fica em pé na minha frente que eu te mostro...
_ Ele subiu e seu pau ficou apontado para minha boca. Peguei-o novamente, fiz uns movimentos de vai e vem, olhei para ele e antes de enfiá-lo em minha boca, disse:
_ Isso aqui!
E comecei a chupar seu cassete. Era um membro maravilhoso, cheiroso! Esqueci toda a tontura, toda a decepção... Estava entregue, de corpo e alma, aquele homem, que gemia e segurava minha cabeça cheio de prazer. Ele sussurrava:
_ Você é muito louco! Que boquinha safada, cara!
Ele tirou a rola da minha boca e enfiou a mão dentro da calça pondo o saco para fora. Ele se punhetava e eu chupava aqueles ovos. Ele cuspia na palma da mão e retomava à punheta. Duas coisas me enlouqueciam naquele momento: uma era o barulho que a punheta dele emitia, por conta dos movimentos rápidos e do vai e volta da pele do pênis em contrato com sua mão umedecida pela saliva.
A outra era a própria situação em si: o hospital, nossos papéis naquele lugar, o objetivo de sua entrada em meu quarto, o perigo de baterem à porta e a falta de um bom motivo para explicar a demora em atender... Tudo era muito audacioso e arriscado. Ele, às vezes tirava o pau da minha boca, apertava sua base, fazendo a cabeça ficar vermelha e brilhante e as veias se destacarem e balançava. Depois pedia:
_ Abre a boca!
E enfiava inteiro em minha boca, segurando uns segundos e balançando quando ele estava totalmente metido, tocando a goela. Maravilhoso!Tínhamos que ser rápidos. Eu perguntei:
_ Tem camisinha?
Ele abriu a carteira e pegou uma. Me virei, empinei a bunda, erguendo uma perna e apoiando-a no aparelho. Ele levantou o avental, abaixou-se atrás de mim, deu uma cuspida forte, melando a entrada do meu cuzinho, segurou-me na altura da cintura e foi enfiando, cuidadosamente, enquanto falava coisas que, ora escutava, ora, não. A rola foi entrando. Sentia-a centímetro a centímetro me invadindo.
_ Mete, vai! Que cassete gostoso!
_ Você é maluco mesmo... Que cuzinho gostoso! Se eu perder meu emprego... você vai ter que me dar esse cu, pelo menos, uma vez por semana...
_ Eu darei é todo dia, com emprego ou sem emprego... Fode, anda! Mete gostoso!
E, para meu prazer e gozo, o cassete entrou até o talo. Enquanto eu gozava, meu cu foi dando apertadas em seu pau que, quase simultaneamente, encheu a camisinha de gala.
_ Ahhhhh, delícia. Safado gostoso!
Mal nos limpamos e voltei, obviamente, caminhando sozinho para a cama, a enfermeira bateu à porta, agora acompanhada pelo médico.
Olhei para o funcionário, que sorriu para mim e foi saindo do quarto. Eu, então, falei:
_ Ei! ... Obrigado, tá?!
Ele, sorriu e piscou o olho respondendo:
_ Por nada! Disponha! Se precisar... é só chamar.
Eu ri e pensei: pronto... o difícil era dar o primeiro passo. Como diz o título do filme: “Trair e coçar é só começar”. Pois então... comecei. Não deixei de gostar dele. E nem dela! Mas ele, principalmente, me feriu muito. Mais com o que falou, que com o que fez. Eu queria – e ia – pagar na mesma moeda, pra ele sentir o que é ver aquilo que se supõe seu ser dividido.