PSICÓLOGO e PSICOTERAPEUTA:
Dr. Armando Pinto Melo Rola
PACIENTE 1:
A. J. de L. (37 anos)
_ Como vai?
_ BemQue loucura... Nem sei por que estou aqui...
_ Não?
Silêncio.
_ Que acha de descobrirmos juntos? (...) Qual sua situação atual, em termos de relacionamentos?
_ Casado. Quer dizer, junto. Faz 5 anos. Quer saber? Uma bosta! Foi a grande cagada da minha vida!
_ Não gostaria de me contar do início da sua vida sexual... de onde sua memória alcança... até chegar à ”grande cagada”?
Silêncio. Olhar desconfiado para o psicoterapeuta. Respiração profunda...
***
RELATO 01
Fui criado rodeado de primos. Alguns bem mais novos que eu, e outros bem mais velhos: uns babacas... viviam juntos pra cima e pra baixo. Eu ficava entre esses dois grupos. Não tinha lógica eu me juntar com os pirralhos; e os mais velhos não me deixavam ficar, sair com eles. Eu tinha, praticamente, só um amigo. E, embora fosse muito legal comigo, mal podia conversar com ele. O cara era educado, bom aluno, vivia de banho tomado, não se misturava com os moleques... Já viu! Era tido como o veadinho da rua! Se me viam com ele, pronto! Ou eu tava comendo o cara ou era um “coleguinha” dele. O pior era que o cara não era nada disso! Mas fui obrigado, devido aos comentários, a me afastar dele.
Fui crescendo assim. Não tinha amigos... Pra ser sincero, nem pensava em sexo. De jeito nenhum. Sabe quando bati punheta pela primeira vez? Com 16 anos... acredita? E só não foi mais tarde porque aconteceu um troço que me despertou a curiosidade de fazer aquilo. Foi engraçado!
Na nossa rua... lá no final... tinha um casarão desocupado há muito tempo. Eu nasci naquela rua e até então nunca tinha visto ninguém morar lá. Pois bem... Aqueles primos babacas, todas as tardes, saíam para caçar passarinhos. Depois vendiam. Um dia eu fui, caladinho, atrás deles. Fiquei escondido por ali, e tal... Não pegaram nada. Eu já ia aparecer para zombar do fracasso na caça. Mas ouvi um deles dizer: “E aí, vamos no casarão?”. Então voltei a ficar na espreita. Fiquei curioso!
Pularam o muro e foram entrando por uma porta lateral. Eu fui para outro ponto do muro e pulei sem fazer barulho e fui na ponta dos pés, olhando de janela em janela – eram muitas e todas com os vidros quebrados – até que chegando perto de uma delas, escutei uns gemidos, umas risadas e outro barulho que não consegui identificar. Fui de mansinho colocando a cabeça e pude ver direitinho todos de rola dura, sentados no chão e tocando punheta – que até então eu não sabia nem que se chamava assim, só fiquei sabendo quando um deles disse pro outro: “Bate punheta em mim?” E ele bateu. Em pouco tempo estavam uns batendo punheta nos outros. Fiquei por ali e vi, até um pouco assustado, os jatos de gala saindo dos cacetes deles. Quando começaram a se levantar eu corri pra casa.
Cheguei em casa, não tinha ninguém. Fui ao banheiro e fiz do mesmo jeito que tinha visto. Até que gozei. Dali em diante era todo dia... Até mais de uma vez. Era tranqüilo fazer aquilo! Filho único, meus pais trabalhavam o dia todo... Beleza! Quando eu estava pra completar 18 anos meu pai foi embora, nem sei pra onde! Ninguém sabia! Surgiu um boato que tinha sidi com uma rapariga. Eu nunca soube realmente. Mas nossa vida virou de pernas pro ar. Tínhamos tudo de melhor, para uma família humilde; mas com seu sumiço, a coisa começou a apertar, Minha mãe, coitada, se matava de trabalhar! Eu queria trabalhar também, mas naquela época, São Paulo vivia uma crise braba... desemprego demais.
Um primo de minha mãe, que morava em outra região da capital e pouco nos visitava, apareceu num final de semana e, conversando conosco, falou de uma promessa de emprego aqui em Fortaleza. Ele era responsável por um restaurante muito bem conceituado lá, e viria para tomar conta de uma barraca de praia que seria inaugurada. Ela funcionaria à noite, teria shows de humoristas... A proposta era muito boa! Ele, vendo meu interesse e a nossa situação, sugeriu que eu viesse com ele. Ele daria um jeito de me empregar e me ensinaria o que fosse preciso. Eu me empolguei. Trabalharia e ainda mandaria uma parte pra minha mãe. Não ficaríamos à toa, pois tínhamos familiares aqui – inclusive meus avós. Minha mãe relutou, relutou, mas acabou concordando. Marcamos a viagem e partimos, eu e Marcelo... de ônibus... três dias e meio. Ele tinha 33 para 34 anos. Gente boa! Brincalhão... Me explicou como seria a viagem, principalmente as paradas para refeição e banho... tudo muito rápido.
Primeira parada, descemos apenas para comer, pois compraríamos algumas bobagens para lanchar dentro do ônibus mesmo e na próxima poderíamos tomar banho mais tranquilamente. Fomos ao restaurante, aquele povo todo pra ser atendido... uma loucura. E o pior é que nós ocupávamos as últimas poltronas e, por isso, éramos os últimos a descer.
Mas ele era desenrolado. Me colocou na frente dele e foi me empurrando aqui e ali, até chegarmos ao balcão. Era aquele empurra-empurra e, sei lá por que, eu estava gostando das encostadas dele ali atrás de mim. Cheguei a endurecer a pomba! Mas não dava pra ninguém ver. Pegamos a bóia, sentamos, comemos e ainda sobrou um tempinho. Enquanto ele foi urinar eu entrei numa banca de revistas. Num canto tinha uma com histórias de sexo... dessas tipo fotonovelas. Eu estava com uma nas mãos quando ele chegou. Riu, anunciaram o retorno e fomos.
No ônibus conversávamos sobre um monte de coisas. Num determinado momento, ele entrou em assunto de sexo:
_ Cara, já notei que você é tranquilão, “na sua”, vou te contar um lance que tá entravado no meu peito.
_ Fala aí. Pode confiar...
_ O motivo que me levou a viajar para Fortaleza, cara, não foi só a proposta de emprego. Se fosse, eu nem teria vindo. Meu emprego lá era maneiro. Ganhava bem. Mas rolou uma parada foda com a mulher do dono do restaurante. Eu comia a coroa há mais de três anos. Ninguém nunca descobriu!
_ Mas, e aí?
_ E aí que o coroa começou a desconfiar que ela tinha um amante e chamou um detetive para investigar. Pra minha sorte, cara, o detetive era um grande amigo meu. Muito chegado mesmo. Ele começou a investigar e descobriu que era eu. Eu não sabia que ele estava investigando, entende? Mas o cara, na certeza de que o coroa quando soubesse iria me matar, chegou pra mim e abriu o jogo. Mostrou fotos, filmagens... o caralho.
_ Caramba!
_ Foi, cara! Aí elle me deu o toque que ia selecionar o material que não permitia que eu fosse identificado e ia entregar e dizer que não houve como descobrir quem era o cara ainda. Pra ganhar tempo, entende? Mas antes disso, eu deveria inventar uma história de doença com algum familiar e tirar o time. Assim, não gerava suspeita. Ele continuaria a investigação e entregaria só o outro amante.
_ E eram dois?
_ Bicho, a mulher era uma putona. Agora, mais pro final, íamos eu e o garotão comer ela! O figura era um putão também... Faz tudo, sabe? E ela gostava... Ficava doida vendo o cara me chupar... Eu só não comi o cu dele porque eu não quis. Mas, com mais uns dois encontros... Ora! Ia meter rola naquela bunda dele!
_ Ela gostava era?
_Porra... A coroa delirava só de ver! No início, nossos encontros eram nos motéis. Depois ela conheceu o carinha, fez ele alugar um quitinete no nome dele – pra não deixar pistas – e passamos a nos encontrar lá. Esse último ano. O cara era machudo... nada de gay! Andava de skate e tal. Garotão mesmo! No começo... comia junto, mas nem encostava em mim. Mas um dia, o coroa estava viajando, então viramos a noite. Birita aqui... birita ali... Ela começou a me chupar e ele só olhando. Ela, de repente, chamou ele perto e disse: “Prova... como é gostosa!”. Ele olhou pra mim, e eu incentivei: “Vai, cara, chupa gostoso meu cassete!”... Ora, o cara caiu de boca! Ai, pronto... Ficou viciado! Toda vez queria mamar!
_ E você... assim... levou numa boa?
_ Claro, cara! Eu não ia era chupar ele! E ela já me conhecia... Nem inventava! Mas sabe de uma coisa? Com essa minha idade, esse foi o segundo cara que eu tive contato. O outro foi quando eu tinha uns 16 anos. Era um cabeleireiro mais velho que eu... não chegava a ser um coroa, mas pra minha idade! Toda semana eu comia ele. Em troca, ele cortava meus cabelos. [Risos] Troca justa, não? Depois dele... só o garotão lá!
_ Eles souberam da sua viagem?
_ Não. Mas nessa última trepada eu fiz o máximo pra ser inesquecível. Vou contar só uma parte... a mais excitante! Já nos momentos finais, a coroa ficou de quatro e o garotão embaixo dela enquanto eu metia vara na boceta dela. Metia, metia, metia... com gosto de gás... Ela gemia feito uma doida. De vez em quando eu deixava escapar o caralho e o cara recebia embaixo e dava umas chupadas, deixando bem melado. Tome vara novamente. Quando ia gozar, eu deixei a pomba sair. Ele abocanhou e a gala começou a sair... Forte! Fiz de propósito! Penseiu que ele ia sentir e largar meu pau,,, cuspir a porra... Que nada! Bebeu todinha! Depois meti no cu dela e soquei bastante até a segunda gozada. Enchi o cu dela de gala!
_ Que doidera!
_ Rapaz... Só de lembrar, olha a situação do meu pau! Duro feito rocha... Dá até vontade de tocar uma punheta!
Ele apertou o cassete sobre a bermuda e pude ver o quanto estava duro, inclusive o tecido preto estava melado na parte que cobria a cabeça. Meu pau também acordou durante seu relato mas a camisa impedia que fosse visto.
_ É muito excitante ver outro cara sentindo prazer com a nossa rola. Sério mesmo! Mas isso só rola, pelo menos comigo, se o cara tiver jeito de homem. Aí você olha sua rola sendo chupada... E quando senti ele engolindo minha gala! Cara... ele sugava! Queria mais! Porra... Olha como eu estou agora, bicho... Todo melado! Quase gozando sem punheta!
Na hora que ele acabou de falar, já insinuando abrir a bermuda para me mostrar como estava a rola, o motorista anunciou a outra parada. Ele olhou para mim e riu.
_ Sorte da porra! Vou aliviar no banheiro! Vamos pegar uma cabine lá do fundo!
_ E vamos usar uma só?
_ Claro, bicho. Economizamos uma grana! Pensa que é baratinho? Se usarmos uma só, o responsável dá um desconto. Cobra uma e meia, entende? Vamos, vamos... Aproveitar enquanto os outros vão para o restaurante.
Descemos e fomos em direção aos banheiros. No caminho, ele ainda completou:
_ Esses caras que ficam controlando os banheiros sabem que, de vez em quando, algum passageiro quer se aliviar... Eu já fiz essa viagem duas vezes. Vou ver se consigo um bem isolado... Às vezes tem. Cara, meu pai não amolece!
Chegando lá, Marcelo chamou o cara num canto e conversou com ele algo que não consegui escutar. Me chamou e fomos para outro local.
_ E o banho?
_ Não falei? Disse logo o que pretendia e ele me deu a chave de um banheiro particular... Dele, entende? Claro... paguei mais. Pelo menos toco minha bronha tranqüilo. Tocamos, não é?
_ Eu? Tenho vergonha. Eu espero fora!
_ Deixa de frescura! Que mal tem em dois homens tocarem punheta? Vai dizer que nunca fez isso com um amigo?
_ Não.
_ Cabra mentiroso! Não mesmo? Nunca viu outro homem pelado? Não acredito! Vou ser o primeiro, é? (...) Pronto... é aqui.
Mal entramos e Marcelo fechou a porta, começou logo a tirar a roupa. Fiquei todo sem jeito. Já pelado, com o pau duro na mão, olhou pra mim e disse rindo:
_ Olha aqui a “brincadeirinha” que eu metia no rabo da coroa... e quase no do garotão...
Era uma rola linda. Grossa e cheia de veias. Fiquei com vergonha de exibir a minha, mas ele não dava trégua:
_ Apressa, cara! Deixa de besteira e começa logo a punhetar essa pomba aí. Se eu fizer só, com você olhando, fica sem clima! Esquisito...
Não tive saída. Meu pau já estava duro mesmo! Encostamos nas paredes... um de frente pro outro, e começamos a bronha. Ele ficava de olhos fechados, enquanto os meus não desviavam da pomba dele. Certa hora ele abriu os olhos e viu. Seus movimentos que antes eram rápidos passaram a ser mais lentos, de modo a exibir toda a potência daquele caralho que estava super vermelho. Para torná-lo ainda mais vigoroso, Marcelo puxava o saco para baixo – o que fazia a pele esticar e as veias mais salientes. Eu estava com a boca cheia d’água. O momento decisivo para mim foi quando ele propôs:
_ Cara, assim vou demorar a gozar! Vamos fazer assim... fica entre nós... toca punheta em mim, e eu faço o mesmo em ti.
_ Que é isso, cara!
_ Anda... Nem sei como falei isso... Vai ser a primeira vez na minha vida que vou pegar no pau de outro cara... Confio em ti! Vem ou não vem?
Irrecusável. Ele pegou meu pau primeiro. Soltou, cuspiu na mão e voltou a punhetar. O dele, devido a baba que soltava – e que não era pouca – dispensava o cuspe. A punheta rolava... Gemíamos discretamente. Aí veio a parte surpreendente:
_ Cara, já fiz o que achava que nunca ia fazer – que era pegar num pau sem ser o meu. Sempre fiquei curioso para saber o que esses caras sentiam com uma pomba na boca! Solta aí minha rola... Vou dar uma chupada no teu pau. Mas não vai gozar, heim?
Calado estava, calado fiquei. Era a primeira chupada que recebia. Que delícia aquela boca quente! Eu fiquei a ponto de gozar e pedi para ele parar um pouco.
_ Para! Tô quase gozando! Vem... Vou fazer o mesmo contigo!
Ele encostou na parede e comecei a chupada... Ele estava mais acostumado... Nem falava em gozar. Segurou minha cabeça e começou a socar. Eu engasgava... ele esperava um pouco... e voltava a socar. Ele então disse:
_ Estou quase gozando... toca punheta em ti, vai!
Continuei a chupar aquela rola gostosa e me punhetava ao mesmo tempo. Ele perguntou:
_ Deixa eu esporrar na tua boca... depois você cospe... Posso?
Confirmei com a cabeça e ele aumentou as estocadas... Eu comecei a gozar quando escutei o gemido alto que ele deu, e senti os jatos de gala quente invadindo minha boca. Olhávamos um para o outro. Engoli todinha. Fiquei de pé. Ele me olhava meio surpreso.
_ Engoliu minha porra?
_ Foi.
_ E, aí? Gostosa?
_ (...) Muito.
Ele me abraçou, tomamos o banho e voltamos ao ônibus.
***
Aproveitando a pausa o analista olhou para o paciente...
_ Muito bem... Precisamos desenvolver mais... Na próxima sessão o senhor continua.
_ Obrigado, doutor. Até a próxima.