No dia seguinte, Tom não vê Silvia em casa. Esta passa o tempo todo com Paula envolvida nos treinos e na faculdade. Bel as vezes liga, mas Tom não atende. A tarde ele recebe uma chamada de um numero não identificado. Ele atende. Era Bebel, lingando de um orelhão.
- brincadeira, vc, heim/ - diz ela, voz magoada. – precisei ligar de um orelhão para vc me atender...
- oi, Bebel... é que...
- tá fugindo de mim, não? Depois de tudo...
- mana, escuta, eu...
- depois de fazer tudo o que queria comigo, vc me joga fora assim...
- Mana.... eu...
- To decepcionada com vc... pensei que fosse mais homem...
- Bel... eu pensei muito... é errado o que a gente tava fazendo junto... vc sabe...
- na hora, vc gostou... e como gostou...
- eu gostei, sim... e ainda gosto... vc sabe disso...
- então, fica comigo... eu te quero... te quero demais...
- Bel..
- meu corpo arde de desejo por vc... eu só consigo pensar em vc, meu amor...
- Mana, não fale assim...
- sei que a Silvia tá fazendo tua cabeça...
- não... a Silvia não tem nada a ver com isso...
- Tom... Tomzinho... lembra o que te prometi?
- o que...
- dar pra vc... dar pra vc... aquilo que deixa vc doido... onde vc enfiava o dedinho.. rsrssr
- Bel, pare com isso..
- vem.. fazer comigo... deixo vc fazer ali... o dia todo... a noite toda...
Tom desligou... seu coração batia acelerado. Que loucura era aquilo? Percebeu que seu membro estava durrissimo.
Silvia chegou em casa, olhou para os lados, suspirou e foi para o seu quarto. Ficou aliviada em não ver Tom por ali. Aquela situação incomum, apesar de ser instigante para Paula e para ela, a incomodava. Melhor era evitar contato com Tom.
Seu celular toca. Era Bebel.
- o que vc quer/ - pergunta ela.
- olha o teu e-mail... rsrsrs.... tem uma coisa que enviei a vc... e vc vai adorar!!!
Silvia desligou. Pegou seu notebook e logo acessou seu e-mail. Havia uma mensagem com arquivo para ela. Ela, querendeo saber o que Bel aprontara, baixou o arquivo. Era uma pasta contendo fotos. Silvia abriu a primeira. Era Bel, deitada na cama... de biquíni. Silvia mordeu os lábios. Abriu a segunda, onde aparecia Bel só de biquíni, os seios a mostra, o rosto lascivo num sorriso irônico. A terceira fotoa, aparecia ela descendo o biquíni, revelando parte da vulva... Silvia estava embasbacada. Bel tivera a ousadia de posar assim para Tom!! A ultima foto, Silvia não pode acreditar... Bel aparecia totalmente nua, as coxas levemente entreabertas... Silvia ficou ali, incrédula. O celular toca. Era Bel.
- e ai... o que achou das fotos? O Tom é ótimo, não??? Kkkkkkkk
- vc é uma... vaca!! Fazer isso com o nosso irmão....!!!
- ah, é? E vc.. vive dando em cima dele... rsrsrs
- mentira!! Vc não tem vergonha? E se papai e mamãe souberem...
- não vão saber.. porque vc não vai contar, né? Não vai querer que eles tenham um ataque do coração... rsrsrsrs
- vc não presta, Bel...
- vc perdeu... 0 Tom prefere a mim...
- besta...! vc não perde por esperar...
- ah, é? O que vai fazer? Kkkkk
Silvia desligou o telefone, abruptamente. Foi procurar Paula para desabafar e mostrar as fotos.
- credo!! Tua irmã ficou louca!!! Olha só... – disse a colega.
- ela é terrível...
- ela quer ganhar esse jogo.. ela não tem limites... será que...
- será o que?
- será que ela deu pra ele?
- Paula!!! Ela não teria coragem.... isso não!!
- olha, conheço a peça... se ela mostrou a xana pra ele... imagine o que não rolou ali...
- O Tom não faria isso... eu sei...
- Tudo bem... e ai... o que vamos fazer?
- to pensando...
- to vendo aqui... vcs duas não tem o hábito de se depilarem, heim?? Rsrsr
- pára com isso, boba!! Não me compare a ela....
- kkkkkkkk
Naquela noite, Silvia não conseguiu dormir. Olhava a lua pela janela, pensando numa forma de colocar Bel no seu devido lugar. Viu Tom chegando. Ela, rapidamente, vestiu sua camisolinha, e saiu, em silêncio. Ficou ali, no escuro, observando o rapaz. Viu que ele entrou no quarto. Esperou algum tempo, e depois foi até lá. Bateu a porta, e Tom abriu. Este não acreditou no que via a sua frente.
- vai me deixar entrar? – perguntou ela.
- clã..claro... entra...
Ele reparou no vestuário da irmã. Queixo caído diante de tanta exuberância.
- mano.. não deu pra falar com vc o dia todo.. to super atarefada...
- eu sei..
- e vc... como vai.. – diz ela, olhando-o.
- agora... estou bem...
- é mesmo? Por minha causa? Rsrsrs
- só pode ser por sua causa...
- o que vc tem feito?
- pensar em vc... o dia todo...
- olha que acabo acreditando... rsrs
- é verdade...
Ela olha para ele, que vestia um calção. Olhou o tórax nu do irmão, analisando. Tinha um belo irmão. Entendia do porque de tanto assédio da mulherada por ele. Até Paula o chava um “tesão”, como as vezes ouvia dela. Agora ela estava ali, e tinha aceito namorar com ele. Portanto, ela era namorada. Namorada do próprio irmão. Se bem que isso era na concepção dele, e não dela. Para ela, ela um jogo entre ela e Bel. Mas Tom, claro, não sabia disso. E isso causava remorso em Silvia.
- Mano... te acho super legal..
- só isso? – disse ele, dando meio passo em direção a ela. Ela era linda demais, atraente demais. Fabulosamente deliciosa.
- ah... te acho... um gato, também...
- e que mais?
- nossa!! Bem... vc é super amigão... rsrsrs
- sou so teu amigo?
Ela sorriu. O que diria agora, naquela situação? Lembrou-se de Bel, a desaforada.
- Bem... eu sou tua... namorada...
Ele fica bem perto dela.
- e ... namorados... se beijam... – sussurrou ele.
Ela olha para ele. Sente o desejo dele a beijar. Ela estremece.
- Tom...
- se beijam, não? – insiste ele.
Ela cerra os olhos. Seus lábios se entreabrem.
- sim... se beijam...
Ela sente Tom a envolver pela cintura e a trazer para si. Já Tom sente sobre si os contornos daquele corpo de deusa grega, o frescor daquela pele suave... Silvia continua de olhos levemente cerrados, os lábios entreabertos, como se o aguardasse. .. enfim, seus lábios se encostam, suavemente... o beijo sai, cálido... Tom sente o coração da sua irmã bater mais forte... aquele momento é emoção pura para ele... ela coloca as mãos nos ombros do irmão, com suavidade. O beijo prossegue.... são dois minutos de um beijo extremamente doce, em que Tom pode desfrutar o sabor daqueles lábios carnudos... uma delícia.
Silvia sai dele, com delicadeza.
- mano, preciso ir dormir... – e sai pela porta. Tom fica ali, ainda sentindo o doce contato da irmã no seu corpo.
No seu quarto, Silvia ligou para Paula, relatando o que houve.
- Miga, me diz uma coisa... – disse Paula. – como ele ficou?
- como assim?
- ele ficou eriçado?
- não entendi...
- vc sentiu... aquilo... “duro”?
- Paula... rsrsrs... que coisa...
- sentiu ou não sentiu...?
- bem... senti... senti sim...
- muito duro?
- AH, Paula... que coisa chata.... rsrsrs
- fala!!!
- sim... muito duro..e... e..
- e?
- enorme... muito grande...
- caraca.. vc deixou teu irmão com tesão... um tesão louco!!!
- credo!!
- sim... ele tá louco... louco pra transar com vc....
Silvia engoliu em seco. Seu coração batia aceleradamente.
OBS: paciência, galera!! Tá chegando ao fim!!