Cinquenta anos. No dia do meu aniversário esse número pesou. Fiz um retrospecto deitada na banheira, enquanto lentamente passava a mão pelo meu corpo.
Ainda me sentia bonita. Corpo bem feito, alta, seios firmes resultado de um implante pago pelo meu marido, na esperança de que o desejo dele voltasse.
Estava infeliz. Casada há 30 anos, dois filhos casados, um marido bem de vida e uma vida sexual praticamente inexistente. Nas conversas com as amigas sentia inveja quando contavam suas aventuras, suas escapadas dos maridos, seus orgasmos, e eu, com um sorriso sem graça, lembrava de uma vida de fidelidade, junto com um homem bom, mas cujo conceito de sexo, quando ainda ainda fazia (as vezes passávamos meses sem) ainda seguia os princípios da igreja dos anos 50, onde sexo era só pra procriar.
Estava cansada. Mesmo nas minhas raras masturbações, o fantasma do proibido sempre acabava limitando meu próprio prazer.
Minha mão desceu pelo meu corpo até minha vagina. Senti os poucos pelos curtinhos espinharem meus dedos. A marca do sol deixava a pele mais sensível ao toque.
Senti meus mamilos enformigarem. Ouvi barulho na sala. Rapidamente minha mão subiu como se o cérebro alertasse que estava fazendo alguma coisa errada.
Minha empregada bateu a porta avisando que o técnico do ar condicionado tinha chegado. Avisei que estava no banho, mas que ele poderia entrar no quarto e fazer o conserto. Tranquei a porta do banheiro. Ouvi alguns diálogos, e em seguida o barulho de alguém no meu quarto.
Era excitante estar nua, com a mão acariciando o sexo, com um estranho ao lado. Uma parede nos separava.
Meu desejo aumentou. Sai da banheira e comecei a me secar. Olhei meu corpo no espelho. Mamilos durinhos, coxas bem torneadas, pelos pubianos depilados, ficando um filete que indicava o caminho a seguir. Quase achei engraçado. Mesmo indicando o caminho, ninguém seguia.
Olhei ao redor. Me enrolei na toalha e fiquei pensando. Como sair? Um estranho no quarto e eu nua. Quase nua, pois tinha a toalha. De novo achei engraçado. Pelo menos algum homem olharia pra mim.
Mesmo que fosse por curiosidade. Nem isso meu marido fazia mais. Quase com raiva por lembrar do meu marido, abri a porta. Minha toalha enrolada acima dos seios deixava em dúvida o que esconder. Os seios? As pernas? O rosto? Não senti vergonha, e abri um sorriso dizendo bom dia, ao cumprimentar um jovem, devia ter uns 25 anos, moreno, parecia alto, embora não desse pra saber direito pois ele estava no terceiro degrau de uma escada.
Seu sorriso retrucando meu bom dia deixou ver uns dentes lindos. Senti desejo de beijar aquela boca. Meu corpo estava precisando urgente de carinho, de caricias, de toques, de pele contra pele, de sexo.
Nem entendi direito quando ele mencionou que poderia sair se eu quisesse me trocar. Sair? Ele estava louco. Aquela situação me excitava. Não queria parar. Queria continuar ali. Eu mesma me desconhecia.
Levantei a mão e fiz sinal que não. Continuei parada. Olhando aquele homem. A dois metros de mim. Meu olhar indiscreto percebeu que ele dava sinais de excitação. Fiquei em êxtase. Com 50 anos ainda podia provocar uma ereção em segundos. Estava sem saber o que fazer. O desejo tomava conta do meu ser. Um calor no meio das minhas pernas indicava que eu estava úmida de desejo. Eram milhões de pensamentos em uma fração de segundos.
Não falei uma palavra. Em segundos me aproximei da escada. Olhei aquele homem nos olhos enquanto minhas mãos trêmulas abriam o zíper da sua calça. Cheguei a pensar que estava sonhando. Ou tinha enlouquecido. Sua calça desceu, ele ficou só de sunga e camiseta no terceiro degrau da escada. O volume do seu penis indicava que ele estava totalmente excitado. Baixei a cueca e saltou quase na minha cara, um penis ereto. Era o segundo que eu via ao vivo na minha vida. Um parâmetro de comparação era com o do meu marido. Bem diferente. Uma cabeça maior, um pouco mais comprido, mas principalmente, bem mais grosso.
Não hesitei. Coloquei minha boca nele. Seu gosto de suor, misturado com cheiro de sexo me deixou ainda mais excitada.
Não consegui engolir ele todinho. Era muito grosso e comprido. Cuspi, molhei, chupei, lambi, com tanta vontade que eu mesmo me desconhecia. Nunca tinha feito isso assim.
Continuei chupando, e vi que ele não resistiria muito tempo. Não me importei. Queria sentir seu gozo na minha boca. Queria saber que gosto tinha. Nunca fiz isso com meu marido. Agora faria com um estranho. Meu pensamento voltou a realidade quando um jato quente de esperma bateu na minha garganta. Continuei chupando aquele pau gostoso, e bebendo tudo que ele me dava. Era tanto leite que um pouco escorreu pelo canto da boca. Meus olhos abriram encarando aquele homem. Ele estava se segurando na escada. Era quase engraçado.
Peguei-o pela mão e o ajudei a descer.
Sem uma palavra, deitei na cama já sem toalha e abri bem minhas pernas. Ele entendeu e suavemente pousou sua língua na minha vagina. Ela latejava. Estava tão excitada que o liquido corria pelas pernas. Sua língua chapada percorria toda a extensão. Meu corpo tremia. Meus lábios inchados anunciavam a saturação de sangue. Me senti viva. Me senti desejada.
Sussurrei um quase inaudível ....vem...
Ele novamente entendeu e seu penis já duro novamente posicionou na entrada da minha vagina. Com as mãos nas suas nadegas puxei seu corpo pra dentro do meu, sentindo seu penis abrir minha vagina. Quanta diferença. Mais duro, mais grosso, maior, mais lindo, mais desejo, mais prazer, mais tudo.
Cada movimento que ele fazia meu corpo estremecia de prazer. Tive um orgasmo estrondoso. Gritei, mordi, apertei, e ele impassível continuava me invadindo. Meu prazer não passava. O orgasmo continuava, e tive outro, e outro. Eu nunca tinha sentido aquilo. As estocadas eram mais fortes, meus sentidos mais sensíveis, e meus orgasmos mais intensos. Até sentir um jato no meu útero. Os movimentos foram parando, e eu entrando num gostoso estado de relaxamento. Ficamos abraçados mais um tempo, e eu dormi.
Um merecido e profundo sono.
Acordei com um lençol sobre meu corpo. Não havia mais ninguém no quarto. A escada tinha sumido.
Levantei achando que tinha sonhado, mas um liquido escorrendo da minha vagina revelou a verdade. Coloquei a mão e primeiro cheirei. Depois coloquei na língua. E sorri. Esse gosto ainda estava na minha memória.
Coloquei um vestido e fui pra sala.
Minha empregada antes que eu dissesse qualquer coisa, avisou.
- O rapaz do ar condicionado disse que a senhora saiu do banho e pediu pra ele vir amanha, que a senhora queria descansar um pouco. O que eu digo pro seu marido, pois ele vai ficar bravo que o ar não vai funcionar hoje.?
Quase sorrindo respondi. – Diga pra ele dormir no quarto de hóspedes, lá o ar funciona. No meu quarto vai demorar o conserto.
E voltei pro meu quarto para descansar. Afinal, 50 anos pode ser o inicio de uma nova vida. Precisava estar descansada para o que viria depois.