Velhas amizades, vocês sabem como são.
Para um cara que sente atração por outro ter um melhor amigo é quase um tormento, um martírio. É muito e quase impossível saber separar a tênue linha entre a amizade e o envolvimento sexual/afetivo. Por mais que você respeite a imagem que você tem do seu amigo, não tem como nao fantasiar uma relação com ele, não se imaginar pegando de jeito aquele cara.
É bem isso o que acontece comigo. Eu tenho um amigo, o nome dele é Alan. Nós somos amigos desde que eu tinha uns 12 anos, ou seja, há uns nove anos por aí. E desde que eu o conheci, eu sempre senti uma forte atração por ele. Quando ele era criança ele era meio cheinho e bobo, mas hoje, com 19 anos, ele se tornou um homem alto, forte, corpo bem delineado, costas definidas, barriga cálida coberta por pelos lisos e castanhos, coxas grossas, uma bunda deliciosa e pés de homem nº 44. Pode parecer exagero meu, mas não é. Tudo isso é coroado com um rosto quadrado, bem feito, dentes pontiagudos e um olhar displicente. Porra, não tem como se concentrar perto dele!
Eu nunca imaginei que um dia ele seria meu, e que havia realmente uma possibilidade de algo acontecer entre nós dois. É óbvio que nesses anos já havia acontecido algumas brincadeiras estranhas, que me deixaram de orelha em pé, mas sempre achei que elas não passavam de meras zoações infundadas.
Mas minhas convicções se mostraram bastante erradas, desde os últimos acontecimentos, no mês passado.
Era um domingo, e como sempre, combinamos de sair meu irmão, um amigo nosso, ele e eu. Fomos de carro pegar o Alan na casa dele, que mora no mesmo bairro que eu. Assim que chegamos, saí do carro e toquei o interfone, dando com os pais dele saindo para algum compromisso. Como eu já era de casa, eles falaram que era para eu entrar e esperar o Alan, que estava tomando banho. Entrei na casa sozinho, e cheguei até a copa, que dava para o banheiro social, no qual o meu amigo tomava banho. A porta estava aberta e as luzes apagadas, podia-se ouvir a água caindo fria no chão. Eu chamei pelo nome dele, e ele me mandou esperar que já estava saindo. Fui pra cozinha, pra pegar um copo d'água. Mal terminei de tomá-lo e o Alan me aparece só de toalha, a água escorrendo ainda pelo seu corpo. Já o tinha visto naquela condição, mas eu nunca deixava de me excitar com aquela visão. Ele falou que não demorava e entrou para o quarto para trocar de roupa. Eu fiquei na cozinha, um pouco desconcertado, quando ele surge só de cueca vermelha, me pedindo pra pegar uma calça dele na área de serviço. Ele parou bem na minha frente, três passos e eu poderia alcançá-lo. Eu podia notar um certo volume em sua cueca, confirmando o que eu já sabia, meu amigo tinha um pau grosso, longe e bem delineado, que marcava bem em qualquer roupa. Fui pegar o jeans dele, rápido para poder evitar um possível constrangimento caso eu não conseguisse retirar os olhos do corpo dele. Ele se vestiu na minha frente, demoradamente, como se estivesse esperando alguma reação minha. Como em um gesto de pressa, ele esbarrou em mim, pressionando claramente o pau dele contra mim. As mãos dele, como que para se apoiar, foram em minha cintura, me puxando em sua direção. Eu o olhei assustado, e ele apenas sorriu pra mim, contudo sem se mover. Eu me afastei, e suas mãos deslizaram em meu corpo enquanto eu me distanciava. Ele abaixou as vistas, e foi para o quarto terminar de se trocar. Isso, compreendi depois, havia sido algo involuntário, mas que não podia esconder que ele também me queria.
Como tínhamos faculdade no dia seguinte, ficamos apenas num chopp e fomos embora cedo. Agi como se nada tivesse acontecido, e conversei com o Alan de boa, que fez o mesmo. Depois de deixar ele em casa e de chegar em casa, eu recebo uma mensagem: "Preciso conversar sério com você amanhã, me liga quando der. Alan"
Continua..