Alexandre: Então por aqui? Acho que não sou a única pessoa a precisar de comprar roupa.
Carlos: Minha mãe obrigou-me a vir, diz que preciso de roupas novas, mas não consigo encontrar nada.
Alexandre: Vieste sozinho? Eu também estou sozinho, não te importarias se eu te fizesse companhia e que, se concordasses fossemos almoçar?
Carlos: Sim, vim sozinho e não me importo que me faças companhia, já que o dia até agora está a ser muito monótono.
No momento em que Alexandre passou a fazer-lhe companhia, um turbilhão de pensamentos passava pela sua cabeça, por um lado tinha medo que alguém o visse com o Alexandre e fosse comentar, mas por outro, tinha uma vontade gigantesca de saber com ele conseguia suportar tudo, suportar as críticas de todos, como era ter um namorado, como era o sexo. Quando os dois foram almoçar:
Alexandre: Que curso estás mesmo a frequentar?
Carlos: Comecei em engenharia física, mas não gostei e este ano mudei para engenharia química, e tu que curso frequentas?
Alexandre: Estou em fisioterapia, é o meu último ano, pelo que já é tempo, já fiz os meus 23 anos.
Carlos: Pensava que eras mais novo, obviamente que as aparências iludem… (riram-se os dois).
A conversa estava a ser bastante normal, não tinham até à data entrado muito no tema homossexualidade até que o Alexandre começa:
Alexandre (olhando nos olhos do Carlos): Vi-te na sexta a olhar para mim e para o André. És gay?
Carlos (engasgando-se com a comida): Eu… eu… sou homossexual sim.
Se fosse outra pessoa a questionar teria negado sem dúvida alguma, mas por uma razão desconhecida não conseguiu mentir ao Alexandre, o olhar deste incomodava-o, obrigava-o a ser honesto. Apesar do pouco tempo a que se conheciam, Carlos começava a sentir uma pequena atracão pela Alexandre.
Carlos: Mas não contes a ninguém, ninguém sabe de mim e não tenho a tua coragem?
Alexandre: Não conto, podes ficar descansado. Cada um tem um tempo diferente para se assumir para com os outros, o importante é assumires-te para ti mesmo e sentires-te bem, os outros vêm depois.
Carlos: Surpreendes-me, pensava que ias dizer-me que me devia assumir, uma vez que tu parece não ter problemas com isso, como foi contigo?
Alexandre (desviando o assunto): Se não te importas não quero falar disso, não foi fácil, talvez um dia eu conte, mas não hoje, mas diz-me, alguma vez estivestes com outro homem?
Carlos: Não, nunca se proporcionou, sempre tive algum receio, apenas gostava que fosse com a pessoa certa entendes?
Alexandre: Perfeitamente, um dia destes há-de conhecer alguém que te agrade e que goste de ti, tal como gostas dela. Entretanto vamos andando, preciso de ir a uma última loja ver umas camisolas, vens?
Carlos: Claro, não tenho nada para fazer, com sorte encontro algo para mim.
Quando entraram na loja, o Alexandre foi experimentar algumas camisolas, enquanto isso acontecia, Carlos estava do outro lado das cortinas esperando pelo Alexandre. No momento, os seus pensamentos estavam virados para o facto de haver algo no Alexandre que lhe estava a chamar a atenção, havia algo que lhe estava a perturbar os seus pensamentos, no almoço de há pouco houve um momento que tinha tido vontade de saltar para cima de Alexandre e de o ter beijado.
Por impulsão, Carlos cruzou as cortinas para o outro lado, onde o Alexandre experimentava as camisolas, ele estava de tronco nu, ressaltando o peito definido, apenas dava vontade de passar lá com as mãos.
Alexandre (surpreendendo-se): Passa-se alguma coisa?
Porém, sem dar qualquer resposta, o Carlos empurra o Alexandre encostando-o à parede, de seguida encosta os seus lábios nos do Alexandre, nunca antes tinha beijado alguém, pelo que estava com algum medo da maneira como beijava. O beijo que até então se resumia a terem os lábios encostados um ao outro evoluiu, e a língua de ambos começou a explorar território novo, entrando na boca oposta.
Carlos que até então estava nas nuvens foi interrompido por Alexandre.
Alexandre: O Miguel foi este fim-de-semana ter com os pais e o meu outro colega também não está em casa, tenho a casa só para mim, queres lá passar?
Carlos (mais uma vez movido pelo impulso, e por aquele novo sentimento que nascia dentro dele): Anda sair daqui, eu não sou assim, não costumo atirar-me ao primeiro que me aparece À frente, mas de momento apenas quero beijar-te e estar contigo.
Alexandre: Deixa só vestir a camisola então, não tem jeito nenhum sair daqui em tronco nu.
Mal o Alexandre vestiu a camisola saíram da loja, do centro comercial e dirigiram-se para a casa do Alexandre. Quando dentro desta, para o quarto do Alexandre. Mal chegaram ao quarto, beijaram-se novamente, o Alexandre conduziu o Carlos até à sua cama, deitando-o e deitando-se de seguido por cima dele. Em apenas alguns minutos, as camisolas de ambos apareceram no chão, ao qual se seguiram os sapatos e as calças, estavam só de roupa interior.
Carlos: Nunca fiz isto.
Alexandre: Vamos com calma, apenas segue-me.
A Alexandre desviou os seus beijos, até então direccionados para a boca do Carlos, para baixo. Foi percorrendo o pescoço, o peito e começou a chupar os mamilos do seu novo amigo.
Carlos: Ahhh… isto é bom, não pares por favor.
Alexandre: Posso ficar aqui o dia todo se quiseres, mas acho que vais querer que te explore outras partes do corpo.
Alexandre parou o que estava a fazer e sem nunca de parar de beijar o corpo do Carlos, veio ainda mais para baixo, chegando aos boxers que pareciam estar bem recheados. Sem os tirar começou por beijá-los, de seguida apertou o volume que estava formado por baixo deles, mesmo tendo os boxers como barreira, passou a língua nele.
Carlos: Estás a deixar-me doido! Chupa-me logo!
Alexandre: Cada coisa a seu tempo, deixa a tesão crescer, quanto maior a tesão maior o prazer.
Não satisfazendo a vontade de Carlos, Alexandre virou-o colocando-o de barriga para baixo, sem demoras coloca-se por cima dele e encosta-se a Carlos beijando-o, desde a sua boca até às costas. De seguida, encosta o seu pénis, completamente duro por baixo dos boxers, ao cú do Carlos e começa a roçar-se, simulando um vai e vem.
Carlos: Hmmm... fogo meu, isto está bom de mais, acho que não aguento mais, fode-me logo.
Alexandre: Calma…
A verdade é que a tesão já estava no máximo, Alexandre estava prestes a tirar os boxers de Carlos e começar a dar ao seu companheiro o verdadeiro prazer quando o seu telemóvel toca. Com receio de ser algo importante, apenas olha para o número, era o André. Ao olhar para o nome do namorado pára o que estava a fazer e recua.
Alexandre (com lágrimas nos olhos): Desculpa, não sei o que me deu, mas não posso continuar, não quero magoar-te, mas eu gosto do André e também não o posso magoar. Devo estar completamente doido por te ter convidado a vir até cá, ainda bem que não prosseguimos, desculpa. Já fui muito magoado, e pela primeira vez tenho alguém que gosta de mim comigo, não o posso perder. Desculpa mais uma vez, apenas tenho de te pedir que saias.
Carlos (ainda hipnotizado com a situação, faz-se de forte): Calma, é na boa, eu também não deveria ter prosseguido, sabendo que namoras, a culpa também é minha.
Com isto, o Carlos veste-se e sai, deixando o Alexandre encostado à parede do seu quarto ainda semi-nu. Contudo, mal fecha a porta da casa, não consegue conter as lágrimas, o que revelava que não era indiferente ao Alexandre.