Doce Kruelldade: #1 - O retorno do anjo

Um conto erótico de Sweet Kruella
Categoria: Heterossexual
Contém 823 palavras
Data: 26/03/2011 13:22:09

Voltávamos os dois de um maravilhoso jantar na casa de parentes quando uma ideia surgiu em minha mente. Meu companheiro notou meu sorriso e perguntou o que se passava – Nada, continue dirigindo. – lhe respondi, sem espaço para outras perguntas. Meus amigos, creio, já desconfiavam nessa época daquela devoção que Marcel tinha por mim, mas, como sempre, camuflavam a verdade afirmando que era amor. De fato, havia amor em nossa relação, mas não era somente isso, havia muito mais entre essas variáveis: havia lealdade. Estávamos juntos há pouco tempo, mas nossa cumplicidade era quase total.

Digo quase, porque da minha parte ainda havia a ressalva de que ele era homem, situação que, ao contrário da nossa relação, não mudaria com o tempo, bem como o meu passado turbulento envolvendo o sexo oposto. Não chegava a expor essa situação, mas ele podia notar que eu, à noite, sempre ficava mais alerta sobre o que ele fazia. Podia, também, achar que era apenas impressão, decerto entenderia minha posição. O caminho para nosso refúgio era um tanto longo e, por ordem, Marcel falava muito pouco antes que eu lhe dirigisse a palavra. – Camila pareceu gostar de você.

Camila era minha sobrinha, filha mais nova de meu irmão. Era até bonitinha, mas ainda era criança demais para eu me dar o luxo de dizer-lhe que Marcel tinha dona, afinal, não se deve estragar os sonhos de uma criança, não é o que dizem? rs. Marcel não me respondeu de pronto, pensou numa resposta articulada, como eu gosto. – Ela é bonita, mas não me atrai, minha Dama.

– Esse sentimento não parece ser recíproco, meu querido, ao menos foi o que notei hoje. Tome cuidado com ela.

– Como quiser, Dama do meu ser. – ele me olhou nos olhos, mas logo se voltou para o trânsito. Fiquei olhando pela janela, pensando no que faria aquela noite lá fora. Cheguei a abrir a janela, mas estava muito frio e logo tornei a fechá-la, observando os encantos da lua por detrás do vidro. Olhei para Marcel e sua ruga de concentração e sorri, divertida com aquilo. Ele não havia consumido nenhuma gota de álcool no jantar, pois iria dirigir na volta, ao contrário de mim, que começava a sentir meus olhos pesarem e o sorriso vir mais fácil. Droga. Havia bebido demais e acabei cochilando encostada no ombro de meu companheiro - não gosto da expressão 'escravo' por ser deveras comum, mas não encontro termo melhor que companheiro.

Acordei alguns minutos depois nos braços de Marcel, saindo da garagem. Senti que ele cuidava para não me acordar, andava bem devagarzinho, respirando pouco... tive de segurar um pequeno sorriso de gratidão, afinal, ele era quase o namorado que mamãe havia pedido, cuidadoso e carinhoso, e, acima de tudo, leal tal qual um cãozinho. Senti seu cheiro - nunca o permiti usar perfumes - e me acomodei ao seu peito, fingindo dormir. Minutos depois chegamos ao meu quarto e quando ele me colocou sobre a cama, abri meus olhos e o fitei.

– Perdão se a acordei, minha Dama, não foi a minha intenção. – Sua voz era tão cálida e suas palavras, cheias de sentidos obscuros. Me ergui um pouco e tomei seus lábios com os meus num beijo lento e carinhoso. Nunca havíamos nos beijado antes. Marcel hesitou um pouco, mas logo correspondeu apoiando os joelhos no colchão. Tirou o blazer e deixou-o ao lado, então comecei a desamarrar sua gravata e desabotoar sua camisa. Entre suspiros ele começou a abrir o zíper de meu vestido, expondo meus seios. Ele parou, sem saber o que fazer já que nunca havíamos tido realmente nenhum contato sexual ou amoroso.

– Só por essa noite – busquei seus olhos, minha voz falhou –, só por essa noite me faça sua mulher. – Ele não hesitou diante do pedido e tratou logo de tirar sua calça social. Ficamos os dois de roupas íntimas, nos olhando, até que ele se aproximara de mim, buscando meus lábios. Entrelacei minhas pernas à sua cintura e logo estava já nua, restando a cueca boxer dele como única barreira entre nós. Ele cuidou de mim como eu fazia com ele até que eu implorasse por uma penetração. – Por favor... oh, sim. – Marcel riu de encontro ao meu pescoço, me fazendo rir também. Com sua ajuda logo livrei-o da única peça de roupa que restava e ele me penetrou.

Vi um céu todo de estrelas, mil sóis à esquerda e mais mil à frente. Ele tinha um ritmo tão bom, tão excitante! O tempo todo eu o mantive sobre mim, pela primeira vez desde a descoberta desse lado Domme, me permiti ser dominada por um de meus 'companheiros'. Tivemos nossa recompensa algumas horas depois, quando o céu começava a escurecer, anunciando o breve nascer do sol. Caímos exaustos lado a lado e eu lhe abracei. – Meu Anjo. – Ficamos abraçados nus observando o sol nascer, foi um momento maravilhoso e, felizmente, não foi apenas uma noite, mas enfim, isso é história para depois.

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Comentários

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Mais um de seus excelentes textos! Além de contar boas histórias, sempre envolventes e cheias de tesão, você escreve muito bem.

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Bela mistura de sensualismo, dominação e entrega! Mais um bom texto p/ a coleção...

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Oi,sou nova aki,estou criando coragem para contar minhas historias picantes,meu cel é 091 82838037 aguardo sms bem safadinhos para eu ficar toda molhadinha....bjos a todos

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