Ele dormia, ou fingia dormir.
Ela entrou nas pontas dos pés, não queria acordá-lo.
Imaginou surpreendê-lo.
Sinuosamente, tal qual serpente, escorrega para junto do seu corpo.
Sente seu cheiro.
Roça levemente seus lábios no seu pescoço.
Percebe seus pelos arrepiarem-se.
Sorri maliciosamente.
Suas mãos percorrem seu corpo nu, sem contudo tocá-lo, sentindo o calor emanar.
Sua boca acha seu peito; sopro quente.
Ele sussurra um gemido.
Ela sente sua emoção, seu peito incha.
Rodeia a língua em torno do mamilo.
Outro gemido, um pouco mais forte.
Sua mão passeando seu corpo encontra o membro já em riste.
Sua boca abocanha com vontade o biquinho ao mesmo tempo que a língua volteia por fora, enquanto suas mãos envolvem seu membro.
Brinca num vai e vem preguiçoso.
Abre os olhos, envolve-a com braços generosos.
Puxa-a para cima de si.
Ela se deixa levar.
Olha nos seus olhos e seus lábios pedem um beijo.
Ela consente.
Beijo quente, macio, delicado.
Enquanto se beijam, ele ajeita sua cintura e a penetra lentamente.
Suas respirações aceleram, suas bocas grudam, as línguas brincam.
Aos poucos seu membro vai atingindo-a profundamente, escorregando maliciosamente no seu interior quente, aconchegante e molhado. Cremosamente molhado.
Agora totalmente enfiado, ele agarra suas saliências para que não fuja, e num ato selvagem, furioso, enterra seu membro rochoso, ocupando o espaço que restava.
Seus corpos febris, seus corações acelerados, não resisti e ejacula seu líquido quente, consistente e abundante, ela sente, e contrai-se, tremendo em espasmos de prazer.
A superfície mantém-se plácida, mas nas entranhas pulsações orgásticas manipulam suas emoções. Aos poucos, também no interior, a mansidão se instala.
Seus corpos relaxam, mas não desgrudam.
Por breves instantes a calma e o silêncio imperam.
Ela repousa sua cabeça em seus ombros, ele a beija carinhosamente.
Ela corresponde.
O beijo torna-se mais intenso.
Ela começa a sentir vida nova crescendo em seu interior.
Rebola de leve, como onda mansa, em maré baixa.
A pressão interior aumenta.
Oferece seu seio ao deleite.
Ele suga e provoca-lhe uma corrente elétrica que percorre seu corpo.
Sua entranhas esquentam.
Suas cavidades incham.
De repente uma virada súbita.
Posta-se as suas costas.
Volta a penetrá-la, desta vez com força.
Gemido de dor e prazer, saem de sua boca.
É o prazer da dor do prazer.
Segura sua cintura, levanta suas ancas, e penetra-a feroz, louca, desvairadamente.
Escorrega sem resistência no seu interior alagado.
Seu útero sente suas estocadas.
Quer pedir mais gentileza, mas gosta de vê-lo dando vazão às emoções.
Dor e prazer fazem parte do novo cenário.
Deixa-se envolver no seu jogo.
Ela quer agradar seu homem.
Usar e abusar, é o que ele parece querer, ela aceita.
Deixa que sua fera interior seja liberada nas suas carnes.
Ele conquista terreno no seu consentimento mudo.
Crava-lhe as unhas no dorso e desfere-lhe um forte tapa no traseiro.
Suas barreiras emocionais foram quebradas, age sem controle.
Cavalga como se tivesse pressa de chegar, libertando-se dos grilhões e soltando seus demônios.
As unhas, são esporas; o cavaleiro seu dono.
Seus cabelos longos, crinas irresistíveis, arreio dos desejos dele.
Desejos selvagens, inconfessáveis, realizáveis se ainda não houvessem limites.
Contenta-se no caminho sem pedras, acelera a cavalgadura.
Galopa, arreio sob controle, esporas em ação, fim da chegada.
Um berro abafado de prazer ecoa no ambiente.
Aquieta-se mas não desmonta, porém solta-se por sobre seu dorso; ela quer mais.
Espera paciente o momento oportuno; para romper os limites.
"Os comentários são o deleite e norte do autor, não nos furtem este prazer ou dor, comentem!"