Tenho várias fantasias com minha namorada, mas nunca realizei nenhuma delas...
Tudo começou – como é tão comum entre os casais que escrevem seus relatos – com filminhos pornô. Notava ela vidrada na tela na hora do orgasmo masculino, principalmente quando a atriz sorvia gostoso o leite do ator, ou fazia dele uma máscara facial, ou sentia o jorro nos seios. Durante nossas transas, já estávamos ficando viciados em começar as preliminares conversando sacanagem do tipo “gostaria de estar no lugar dela?”, “qual ator você prefere?”, etc. E quando a cena era de dupla penetração ou gang-bang (vários homens contra uma só mulher) tinha de esperar acabar para começarmos nossa própria cena. Quase ejaculava quando ela me dizia que essa deveria ser a melhor profissão do mundo, e que se não fosse pela família até se aventuraria no ramo.
Chegou a confessar que adoraria uma DP por não poder ter jeito de uma mulher ser mais vagabunda!
O mais excitante era perceber o diamante bruto que tinha nas mãos. Antes, fruto da classe média cristã, com pouca experiência (dois homens, ela contava), que sequer havia visto um pornô, e agora me dizia abertamente – estimulada por mim – que queria experimentar uma praia de nudismo (após colocar silicone), e até mesmo uma casa de swing (- “Como voyer?” - “Vamos ver, depende do que rolar...”, ela provocava).
E começou a alçar vôo próprio. Passou a vasculhar a internet atrás de sites de filmes eróticos, contos, etc. Será que já estaria fazendo sexo virtual? Comecei a ficar preocupado...teria criado um monstro? Nas reportagens da Playboy, o(a) repórter constatou que é visível que há tempos a mulher deixou de ser moeda de troca e passou a controlar a escolha dos parceiros. No final da matéria, dizia-se serem vários os casais em que o homem tentava disfarçar seu desconsolo em ver a mulher feliz e desenvolta nos braços de outro(s), se apropriando descaradamente de uma fantasia que inicialmente era dele. A mulher virou o jogo e hoje dá as cartas no swing.
E esse passou a ser meu temor. Concretizar uma mera fantasia – que sempre deixei no campo da fantasia – com uma mulher que amava, mas perdê-la para a volúpia de vários (e põe vários nisso, se dependesse dela) outros homens. Ela certamente faria um sucesso incrível e seria das mais disputadas num local assim. Morena clara, bunda e corpo perfeitos, seios médios túrgidos e rosados. Ao mesmo tempo que me dá ciúmes me deixa extremamente excitado imaginá-la tão cobiçada. E quando ela diz que se pudesse mudaria seu passado de mulher pudica, que foi alvo de chacota das amigas de trabalho, chego a pensar que nosso romance seria arrasado pela mudança ou alçado à estratosfera de tantos orgasmos que teríamos juntos.
Queria introduzi-la (e eu próprio) nesse caminho sem volta do swing devagarzinho, chamando alguma profissional para satisfazer a ambos. Ela já admite ser chupada nos seios e buceta, mas nem pensar em me deixar transar com a nossa Bruna Surfistinha. E como troca, ela diz, queria outro homem na transa seguinte.
Já li um conto da revista Nova em que a própria mulher relatava várias experiências de wife sharing, e fiquei impressionado com os detalhes que revelam a veracidade do caso. E ao mandar para o e-mail dela, a resposta foi “ô mulher de sorte em ter um marido assim”.
Mais recentemente, durante uma transa, ela começou a fantasiar me contando como iria me trair em sua viagem ao exterior, para estudar línguas. E ao retornar, me contaria tudinho, como se fosse verdade, para depois me dizer que fantasiara tudo aquilo. Ou seja, eu jamais saberia no que acreditar...
Acabei de receber uma mensagem dela dizendo “Baby, acabei de ter um orgasmo maravilhoso!!!!!!!!”. Sim, com todas essas exclamações. Um misto de insegurança, ciúme e tesão me invadiu, e resolvi escrever nossa história, antes de saber os detalhes.
Mas antes de eu terminar, a safadinha complementou dizendo que tinha tanto prazer era porque tinha comido um crepe de morango e chocolate. Mas que estava na companhia de outra brasileira e um holandês. “Opa, será meu primeiro ménage?”, ela riu no finalzinho. Será que nossa história apenas começou?