O condomínio onde moro há quase cinco anos é composto por cinco blocos, cada um com trinta e dois apartamentos distribuídos em oito andares. Apesar desse tempo de residência não conheço mais do que cinco ou seis moradores. Saio cedo, chego tarde, os finais de semana passo fora (quase sempre) e as reuniões de condomínio acontecem sempre em horários que impossibilitam minha participação. Assim, o fato de não conhecer os moradores dali é perfeitamente justificável.
Os funcionários eu conheço todos e é com eles que converso quando tenho um tempinho disponível entre uma atividade e outra, ou quando retorno para casa no final de uma jornada de trabalho – que se prolonga quando chego em tarefas como : correções de trabalhos e/ou provas, planejamentos de aulas, pesquisas etc.
E foi numa dessas conversas que um dos porteiros falou-me sobre a grande quantidade de adolescentes e rapazes (alguns já adultos) que havia por lá e alguns problemas que eles vinham causando e que acabava sobrando para os funcionários. Aproveitei e comentei sobre uma rampa para manobras de skate que foi montada bem embaixo da minha janela e que, quase todas as noites se juntavam uns dez rapazes e além do barulho do próprio skate que se chocava com a tal rampa de madeira, ainda havia as gargalhadas, os xingamentos, as cantorias por parte deles, e esse fuzuê ia até depois de meia-noite – o que estava me atrapalhando muito.
O funcionário disse que esse grupo era o pior de todos, especialmente um tal Mateus, o cabeça. que "deveria se comportar como um homem, pois já tinha vinte anos, mas que era o mais moleque, metido a valente" e que já tinha até "se atracado" com um morador do andar superior ao dele que foi reclamar com seus pais sobre o cheiro de maconha que estava insuportável e que vinha da janela do quarto do dito cujo.
O porteiro fez a descrição do rapaz e, na mesma noite, dei uma olhadinha pela janela e identifiquei o sujeito entre os demais e percebi que a descrição que o porteiro fez sobre o comportamento de Mateus, de fato, procedia: o rapaz era lindo fisicamente, no entanto, as molecagens, o vocabulário, as risadas escandalosas, o tratamento nitidamente agressivo... escondia o que ele tinha de belo.
No dia seguinte, notei que o barulho estava ainda pior. Eles não falavam... Gritavam! Tudo parecia estar mais exagerado que nos dias anteriores. E o pior: neste exato dia eu precisava elaborar umas provas e foi impossível. Mas, como evito ao máximo me meter em confusões, preferi dormir e acordar mais cedo para fazer o serviço. Assim fiz. E acabou dando tudo certo... o dia correu tranquilo. Consegui até concluir as atividades mais cedo!
Ao retornar, parei o carro no portão do condomínio e comentei com o porteiro a chateação da noite anterior e deixei claro que se aquilo voltasse a acontecer eu ia oficializar a reclamação e exigir a retirada daquela rampa do interior do condomínio, uma vez que nem mesmo era permitido haver qualquer coisa que o descaracterizasse, ainda por cima que estivesse tirando a paz e o sossego dos condôminos. Foi aí que o funcionário me disse que o exagero que notei foi proposital da parte deles devido a reclamação que o porteiro tinha feito em nome de um morador (eu) só que eles não sabiam qual era. Eu fiquei muito irado com aquilo.
Ao chegar em meu bloco, o elevador estava subindo e, como moro no quarto andar, resolvi subir pela escada – que praticamente não é usada e, por isso, vive às escuras – acendem as luzes de um andar e outro não... até o último.
Logo nos primeiros degraus escutei um barulho muito parecido com um choro misturado com soluços... aquele tipo de choro que a pessoa se esforça para não sair som. Fui subindo bem devagar, o que era quase impossível devido ao eco que fazia.. E no segundo andar, depareime com um rapazinho magrinho, sentado, com a cabeça entre as pernas e os braços envolvendo as pernas. Fiquei preocupado e perguntei se ele estava com algum problema. E ele respondeu, sem levantar a cabeça e sem parar de chorar:
_ Nada não! Nada não! Me deixa!
Fiquei sem saber o que fazer, mas não conseguia sair dali e deixar o garoto daquela forma. Pensei logo em algum problema familiar e lembrei de quando eu tinha eu também passava por problemas e não tinha com quem conversar. Sentei do lado dele:
_ Bem... Eu só saio daqui quando você disser o que houve ou então quando você estiver melhor.
Ele continuou de cabeça baixa.
_ Eu já tive sua idade e sei o quanto é ruim sofrer sozinho e não ter com quem falar...
Ele levantou a cabeça e vi que seu rosto estava sujo de terra. Chorando, e até um pouco agressivo, ele respondeu:
_ E o senhor tinha também um bocado de marmanjo que não deixam nem você descer? Que basta ver começam a te xingar, te derrubar no chão, tirar o seu calção na frente de todo mundo?
Resolvi tentar ganhar a confiança dele:
_ Tinha! Ih! Como tinha! Mas eu ia direto falar com meus pais e eles rapidinho resolviam...
_ Ah! Meus pais! Ah! Mesmo que nada! Não... É pior! Por isso que eu prefiro ficar aqui! Não falo mais nada! Eu fui dizer a minha mãe. Sabe o que ela disse? “Fique em casa! Não quero briga com os vizinhos, principalmente com aqueles! E meu pai! [Choro e mãos enxugando os olhos] Disse foi assim: “Tome jeito de homem! Quando você falar e andar como um macho eles param com isso!” [Choro] Foi isso que ele disse! Desse jeito!
Quando o garoto falou aquilo, saquei do que se tratava, Subiu um ódio desses pais e desses caras – que eu nem sabia quem eram – que preferi sair dali.
_ Qual é o teu nome?
_ Emanuel.
_ Pois Emanuel, escute. Eu teria muita coisa a conversar com você. E gostaria muito de fazer isso. Mas aqui, e com você nesse estado, não seria apropriado. Eu moro no quatrocentos e dois, me prometa uma coisa: quandoi você se acalmar, me proicure lá. A gente pode trocar umas idéias. Certo? Posso esperar?
Ele confirmou com a cabeça.
_ Combinado, então! Vou esperar por você, heim Emanuel! Fica bem, cara!
Eu subi e tomei um banho. Eu suspeitei logo da ganguezinha do skate. Se fosse, isso já estava indo longe demais. Me vesti. A campainha tocou e era o garoto.
_ Entra Emanuel... Melhorou?
_ Licença... Melhorei! Mas ainda estou com ódio. Queria tocar fogo nos cabelos daquele maconheiro!
_ Não... Existem maneiras mais eficazes de dar um ponto final nisso tudo!
_ E qual é?
_ Eu não sei nem de quem se trata e nem o que foi feito! [...] Emanuel, vamos sentar aqui... [...] Então...
Senti que ele ficou meio receoso – o que era normal! Para ele eu era um completo desconhecido e, o mais grave: se nem os pais tomavam uma providência, como ele poderia confiar em mim, que não tinha nada a ver com ele, nem com a situação!
Eu precisava ganhar a confiança dele para confirmar minhas suspeitas.
_ Emanuel, escute com muita atenção. Muitas crianças – diria quase todas – passam por esse tipo de situação, principalmente no ambiente escolar. As razões são diversas: ou porque é gordo, ou porque é magro, ou porque é branco, ou porque é negro, ou porque é inteligente, ou porque é atrasado, displicente, ou porque é delicado, sensível, ou porque é deficiente físico... e por aí vai. Eu, por exemplo, era atacado por três razões. E eram simultâneas. Eu passei por situações constrangedoras, humilhantes várias vezes, praticamente, ao longo de toda a minha vida escolar. Talvez lá no finalzinho do segundo grau, que hoje é Ensino Médio, esses insultos pararam. Mas do momento que minha lembrança alcança até aí, não houve um ano que isso não ocorresse...
_ E o que era que eles xingavam?
_ [Risos]O que menos me incomodava era magrelo. Olha, eu era xingado de graveto, pau de virar tripa, esqueleto, seco do quinze, passa fome, desnutrido, magrelo, magricelo... e muitos outros que nem lembro. Realmente eu era muito magro... dava pra contar as costelas! [Risos] Eu brincava muito, corria... era elétrico, e não comia! Beliscava aqui e acolá e deixava o prato lá. Só queria saber de comer bobagens.
_ [Risos] E hoje nem é!
_ Pois é. O outro – esse já me chateava bastante – era orelha de abano!
_ O que é isso?
_ Eu tinha as orelhas afastadas da cabeça, de modo que elas pareciam maiores. Espera aí...
Peguei uma foto e mostrei a ele.
_ Olha como eu era com quatorze anos! [Risos]
_ [Risos] Vixe! Nem parece que é a mesma pessoa! [Risos] Era magro mesmo! Ah! [Risos] As orelhas! [Risos]
_ Tá vendo?! Isso me fazia tão infeliz, Emanuel! Você não tem idéia! Eu poderia vestir a melhor roupa, estar com o cabelo cortado... Enfim, tudo nos “trinques”. Mas quando eu me olhava no espelho e via essas orelhas... Rapaz, me dava um desgosto! Eu não conto o número de passeios, festas... que deixei de ir!
_ Por causa das orelhas?
_ Exatamente
_ . Eu tinha um complexo enorme! Claro que eu não dizia pra ninguém isso. Sofria só. Eu jamais iria admitir isso! Nossa situação, nesse ponto, era diferente. Com você tem a diferença de idade, de tamanho que te deixa em desvantagem. No meu caso, quem atacava era do meu top. E eu era terrível! Xingava de lá, eu devolvia daqui... Entende? “Ah... seu seco do quinze!” Ai eu dizia: “ E você, sua baleia assassina! Cintura de ovo!”
[Gargalhadas]
_ E eles xingavam como? [Risos]
_ Hummm... Tá querendo aprender para usar depois, não é?! [Risos] Também eram vários: orelha de abano, orelhão, Topo Gigio, Dumbo, Corujito... Eu tinha ódio quando um aluno lá do fundão, ao pedir que eu afastasse um pouco porque estava impedindo a visão dele... para copiar alguma coisa da lousa... aí ele falava bem alto “Ei, cara, tira aí tua orelha do meio!”
_ [Risos]
_ Ah! Minha vontade era esganar o sujeito! Eu mesmo não gostava, e ainda vinham fazer chacota! [Risos] A turma caia na risada!
_ E como ficou assim como está agora?
_ Plástica! Pra você ver como isso me incomodava! Quando comecei a trabalhar, juntei o dinheiro e fui procurar um cirurgião! Eu devia ter uns vinte anos! Foi a melhor coisa que fiz! Eu penso assim, Emanuel: Dá pra melhorar? Dá. Tem condições de melhorar? Tem, Então porque não melhorar? Eu era infeliz! Para alguns aquilo era besteira, vaidade... Teve quem dissesse até que era pecado! “Você está mudando uma coisa que Deus fez!”. Acredita? Fala sem saber. Eu não nasci assim. Quando eu era bebê, segundo minha mãe, eu dormia puxando as duas orelhas. Ela tirava, e eu voltava a puxar... Aí ficou assim!
_ E o outro?
_ Gay. Esse eu não suportava!
Nesse momento Emanuel baixou a cabeça e guardou o sorriso. Continuei:
_ Eu sempre fui caprichoso, detalhista, organizado, vaidoso, educado, sensível... e não gostava de futebol e nem de brigas. Pronto! Era o suficiente! Para eles, aquilo não era coisa de homem. E pela própria exclusão deles, eu passei a ser mais amigo das meninas! O que eles queriam? Que eu ficasse só? Eu sofri demais... Demais! Isso começou cedo! Sabe qual era minha raiva? Era porque eu era daquele jeito. Não era nada forçado, inventado... Eu não decidi ser caprichoso. Eu não fazia esforço para ter meus cadernos bem organizados... Fazia gosto ver! Os professores elogiavam, e eles usavam isso para dizer que eu era veado! Minha letra, desde sempre, foi bonita. Muito diferente dos garranchos que eles faziam. Nem eles entendiam depois.
_ E eles chegavam a bater?
_ Não. Não chegaram a esse ponto! Mas Emanuel, uma palavra pode ferir mais que uma faca. Um vexame dói mais, deixa mais marcas que um murro! Se você apanhar, ficam marcas, feridas... mas com o tempo passa. Mas há coisas que são ditas e ferem tão profundamente que nunca sara... Nunca! Eu era chamado de bicha, sem nem saber o que era uma bicha! Falo sobre as questões sexuais. Hoje em dia, uma criança de cinco anos já sabe, mas eu, com quatorze, não fazia a menor idéia!
_ Sei...
_ Dois momentos nunca foram apagados... Ainda doem quando lembro. Um deles foi quando estávamos concluindo a quarta série. A escola sempre premiava com medalhas os três melhores alunos de cada turma. Os alunos todos ficavam enfileirados na quadra, de frente à Bandeira, Apõs premiar os alunos, ela era hasteada enquanto todos cantavam o hino. Mas antes, o diretor falava, falava... e depois ia anunciando, turma por turma: primeira séria “A”: Fulano de Tal... e o aluno ia até o palco, recebia a medalha e ficava próximo a bandeira, de frente para aquela multidão. Cada um que era chamado, eram aplausos, assobios... Aí passava para a primeira “B”, depois “C”... e assim até a oitava. Pois bem, na minha turma, eu fui o aluno padrão. Quando chamaram meu nome... eu já bem perto do diretor, começaram “Bicha! Bicha! Bicha! Bicha! Bicha! Bicha! Bicha!”. Imagina aí! Aquele povo todo gritando isso ou rindo, ou vaiando... Eu vi até uns professores rindo!
_ Caramba!
_ Poxa! Eu era uma criança, cara! Nem sabia o que era uma bicha! Por que eu era chamado de bicha! Eu sabia, assim,. Que era um homem que queria ser mulher! Mas eu não queria ser mulher! Sabe? Magrelo, orelhudo, tudo bem! Eu entendia o porquê! Mas veado? Cara, foi uma vergonha, uma vergonha... Eu não sabia se chorava, se corria... Um menino pobre, que adorava estudar, sonhava em ser professor, fazia tudo para agradar a todo mundo, cuidava dos dois irmãos mais novos enquanto a mãe ia fazer as unhas das mulheres de casa em casa para ter comida. Que aproveitava os cadernos velhos para não pedir dinheiro a mãe, que nunca teve o prazer de abrir um livro e sentir aquele cheirinho de livro novo! Nunca! Eu sentia nos livros dos outros, mas nos meus...Nunca tive esse prazer! Aliás, tive, mas quando eu pude comprar... Já estava na faculdade! Aí no dia que vai ter seu esforço reconhecido, seus colegas fazem aquilo! Não... Não dá pra esquecer! Não dá!
_ Não dá mesmo! E o segundo momento?
_ Esse, Emanuel, foi o pior. Pior porque me magoou e magoou a pessoa que mais me ama nessa vida! Eu estava na oitava série e era final do primeiro semestre, véspera de férias. Como era costume, a escola preparava uma festa, assim, tipo de despedida. Os alunos preparavam números de teatro, de dublagens enfim. Eu, depois do primeiro trauma, sem me esquivava dessas apresentações. Mas foi inevitável. Acabei aceitando fazer uma participaçãozinha minúscula numa peça. Eu falava uma frase de oito palavras... Só! Na minha entrada, o auditório ficou às escuras e, a uma só voz, os alunos começaram a cantar: “Telma eu não sou gay! O que falam de mim são calúnias, meu bem...”. cara isso foi tão armado... foi tanta canalhice! Sabiam que minha mãe estava na platéia e se chamava Telma! Emanuel, eu não encontro palavras que consigam descrever o que eu senti naquela hora... Tenta imaginar a cena: Eu entrei no palco, e consegui ainda ver, antes de apagarem as luzes... o auditório lotado, de repente ficou um breu: tudo escuro, aquele povo fazendo aquele coral, gritando aquela música e eu sabendo que minha mãe estava ali em algum lugar. Eu comecei a pensar em como ela estava se sentindo. Eu corri, aos prantos, para os fundos do palco, dali a pouco as luzes se acendem Ali acabou a festa! O diretor subiu, deu uma lição de moral nos alunos e eu, lá nos fundos escutei quando alguém gritou: ! Ah, vai acabar a festa por causa desse veado ?”
_ Poxa... Realmente uma dessas é pior que uma surra!
_ Eu preferia que tivessem se juntado vinte alunos e tivessem me dado uma surra a ver minha mãe passar por aquilo! Até hoje dói! [...] Isso tudo eu contei para você perceber que esse problema não é só seu. E que, no seu caso, como os agressores são mais velhos que você, não é lógico você enfrentar sozinho... Muito menos se calar, se privar de fazer o que você gosta por medo... Não! Emanuel você não está só! Se não dá para contar com seus pais. Comigo você pode! Eu não sei nada sobre você, mas eu estou comprando essa briga por saber na pele o que é isso.
_ Também me chamam de veado. Mas não é na escola... É aqui! É o Mateus e a turma dele.
_ Se você puder e quiser, me conta algumas coisas que aconteceram...
_ Faz três anos que moramos aqui. Antes morávamos em Cuiabá. [Pausa longa] Pra você eu vou contar a verdade, certo? Jura que será segredo!
_ Pode confiar. Eu não confiei em você? Então estamos trocando segredos...
_ No dia que nós chegamos, o pessoal foi subindo com os móveis r Ru trsolvi andar para conhecer melhor o lugar. Então, de longe eu vi o Mateus andando de skate na quadra. Sem camisa, a bermuda bem frouxa e caída... aparecia quase toda a cueca. Ai eu... eu... me apaixonei por ele. De cara. A partir daí eu fui ficando louco. Eu vivia procurando por ele , ficava de longe olhando.
_ E ele ficou sabendo disso?
_ No início, não. Eu ficava ou escondido... só olhando... ou se estivesse perto, eu disfarçava. Mas os outros começaram a notar que eu sempre estava por ali. E eles viam meu jeito de olhar... Eu achava a coisa mais linda do mundo! Depois, ele ficou desconfiando... Aí começou o inferno. Mas o negócio ficou feio mesmo quando eu escrevi uma carta pra ele e joguei debaixo da porta dele.
_ Mas como ele soube que a carta era sua? Você assinou?
_ Não. Mas foi mesmo que ter assinado. Eu usei uma folha do meu caderno. As folhas desse caderno eram enfeitadas nas bordas. Uns doois dias depois, quando vinha voltando do colégio, ele apareceu de repente na minha frente e puxou meu caderno e abriu. Pronto. Descobriu. Sabe o que ele fez? Eu estava esperando o elevador... ele me puxou, bem grosseiro para as escadas... subimos uns três degraus, Ele me puxou pelo colarinho, me encarou e falou: “Olha seu veado. Não me põe nas suas baitolagens porque senão eu te dou tanta porrada que vocêr baixa hospital! Eu gosto é de boceta, e se tivesse que comer um cu, seria de uma mulher... Entendeu?” E me jogou nos degraus com força. Desde então ele me inferniza.
_ E o que você sentia por ele?
_ Morreu. Agora acho ele horroroso!
_ E o que houve pra você estar daquele jeito, chorando?
_ Eu estava na casa de uma amiga da escola que fica perto daqui. Quando sai da casa dela, o Mateus estava com uns colegas fazendo manobras de skate na mesma rua. Eu fui passando e reparei que eles cochichavam e riam. Mal passei por eles, comecei a escutar uns dizendo: “Quando tiver maiorzinho eu vou comer esse cuzinho!”, “Será que ele gosta de chupar rola?”... essas coisas. Quando cheguei bem na esquina só senti a porrada no meu calcanhar. A dor foi tanta que caí de joelhos. Ao olhar para trás, vi o Mateus vindo em minha direção e rindo. Mas ele não falou nada, só pegou o skate e voltou. Ficaram rindo de mim... Foi horrível!
_ Emanuel, escute bem. Não quero que você fale nada sobre essa nossa conversa com ninguém. Seria até melhor que fingíssemos que não nos conhecemos.
_ Por quê?
_ Eu vou dar uma lição no Mateus. Eu prometo que em menos de um mês ele vai começar a te tratar com respeito.
_ Você vai fazer o quê, bater nele?
_ Não Não... Quanto a isso, deixe comigo!
_ Tomara! [...] Eu já vou!
_ Tudo bem... Qualquer coisa pode vir aqui. Me diz uma coisa? Qual a idade dele?
_ Vinte.
_ Além de skate, o que mais ele faz?
_ Fuma maconha, e vive em computador... e dorme! Parou de estudar na sétima!
_ Está bem... Até outro dia!
Nos dias que se seguiram eu não parava de pensar em como iria dar a lição naquele rapazinho. Ele ia aprender a respeitar a vida das outras pessoas, principalmente a do Emanuel, e passar a ficar mais atento à sua própria vida. Eu ia transar com ele... só não sabia ainda como. Mas parece que os astros conspiravam a meu favor.
Uma noite, já passava uma semana que tinha conversado com Emanuel e não o tinha visto mais pelo condomínio, eu cheguei, guardei o carro na garagem e fui até a guarita verificar com o porteiro se havia sido entregue alguma encomenda para mim, pois tinha feito uma compra pela internet e já deveria ter chegado.
_ Não. Não chegou nada pro senhor.
_ Rapaz, como não tenho tempo para ir ao Centro ou a shoppings eu sempre faço compras pela Internet. Em certos casos até vale mais a pena. De vez em quando aparecem umas promoções boas, e não cobram frete... Só tem aquele velho risco de haver alguma falha na segurança do PC e seus dados serem copiados e utilizarem isso para te encherem de dívidas, mas numa loja também não estamos livres disso. Então, prefiro usar a Net.
_ Quem sabe mexer com isso é uma maravilha! Eu nunca aprendi. Aliás, nem tentei! [Risos] Mas me diga, ta mais tranqüilo por lá, né? A barulheira sumiu...
_ Eu ia perguntar mesmo o que tinha havido...
_ Deu outra confusão... uma moradora estava operada, se recuperando, e o esposo dela caiu de pau na galerinha... [Risos] Mas agora o ti ti ti é aqui fora... bem embaixo da minha janela!
_ Eita! O senhor ta pagando o pato.
_ Pato? Eu to pagando meus pecados! [Risos] Olha, vou dizer pro senhor, meu filho mais velho tem dezesseis anos, nós somos pobres, mas ensinar a viver, a se comportar, a ter responsabilidade... ah... disso não se pode reclamar. Esse meu filho é um homem. Quero que o senhor veja! Tem umas conversas boas, é comprometido com os estudos. É um filho de ouro. Mas esses rapazes daqui... Meu Deus! Eu fico aqui caladinho e só escutando as conversas deles... Rapaz... Tem horas que dá agonia... Desculpe a expressão, mas só falam merda!
_ Mas o senhor foi muito abençoado! Seu filho é uma exceção! A grande maioria desses adolescentes são assim...
_ Adolescentes? Se fossem adolescentes eu até relevava. São todos adultos! O mais novo tem dezoito. E aquele cabra nojento, que é o mais velho, tem vinte.
_ É mesmo?
_ É, sim senhor! Mas as conversas são sobre vídeo-game, skate, a briga não sei onde, o viadinho que mora no bloco tal, a maconha que compraram de não sei quem... ontem o tema era o tamanho do pau e como fazer para aumentar! Rapaz, era uma canalhice que eu tava vendo a hora passar um carro da policia e levar tudinho!
Quando o porteiro falou aquilo, uma lâmpada surgiu sobre minha cabeça: comecei a ter uma idéia! Mas precisava saber mais...
_ Era mesmo? Mas o que é que eles falavam?
_ Primeiro um ficava dizendo pro outro que o pau media tanto e outro dizia que era mentira. O outro dizia que media tal valor, mas tinha aprendido na Internet um exercício e já fazia há um ano e o pau aumentou quatro centímetros... Aí caiam na gargalhada! O bichão, como sempre, era o mais afoito, o pau era o maior de todos e não tinha feito nenhum exercício. E ainda desmentia os outros dizendo que isso nãso existia, e tal. Só besteira! Só conversam besteira!
Pronto... Eu já sabia o que fazer! E comecei a pôr o plano em prática naquele momento...
_ Bem, as medidas do pau dele eu nem seiu e nem quero saber...
_ Nem eu! Lá quero saber o tamanho de pau de macho! [Risos]
_ Pois é. Mas que há meios de aumentar o tamanho do pênis... isso hà!
- É mesmo?
_ É... Eu conheço algumas técnicas eficazes, mas não acontecem milagres. Para que aumente dois ou três centímetros é preciso um trabalho sério e contínuo. Se não houver dedicação, não acontece nada!
_ Mas só cresce isso?
_ Só? Aumentar três centímetros é uma grande diferença! O senhor não faz idéia. Isso sem contar que engrossa também. E aí, aumentando no comprimento e na largura... Rapaz é diferença demais!
_ O meu “companheiro” pode não ser dos maiores, mas como nenhuma “Chiquinha” nunca reclamou... deixa como ta... Não é mesmo?
_ É... [Risos] Em time que está ganhando a gente não mexe!
_ Exato. E o meu, até hoje, não perdeu uma partida! Sabe fazer gol que é uma maravilha!
[Gargalhadas]
_ Esse Mateus faz tanta propaganda... Eu acho que ele não é de nada! O senhor concorda?
_ Sim. Faça o seguinte, diga para ele sobre a existência dessas técnicas... Ele vai cair do cavalo!
_ Mas do jeito que ele é gaiato, vai querer saber quem falou. E não duvide se ele bater no seu apartamento!
_ Não... Ele vai receber um corte daqueles!
_ É assim mesmo... Se der liberdade... Vixe!
_ Mas se o senhor for falar, chame-o num canto... Se a coisa se espalhar...
_ Seu apartamento vira uma clínica de aumentar tamanho de pica!
[Gargalhadas]
_ Boa noite! Vou subindo!
_ Bom descanso pro senhor! [...] Eita, falou no diabo... olha quem vem aí! Vou falar agora!
_ Eu vou indo!
_ Tá!
Fui caminhando e escutei o porteiro chamar o rapaz.
_ Mateus, chega aqui!
Eu ia torcendo para ele me procurar. Para ajudar, fiquei um tempo mexendo no carro, como se procurasse algo. Quando percebi que ele vinha, fui para a porta do elevador. Ele chegou... Ficou do meu lado, mas um pouco para trás, de modo que ele tinha uma visão perfeita de mim, mas eu não tinha dele. O elevador demorava a descer. Ele então se aproximou da porta e deu umas apertadas no botão. Agora era o inverso. Eu é que o via completamente. Era a primeira vez que o via tão perto. Ele era muito bonito! As pernas eram grossas e com pêlos clarinhos e fartos. Fiquei excitado quando vi sua bermuda caída, quase na metade da bunda e a cueca aparecendo. Ele segurava o skate e suava bastante. Ele virou e eu desviei o olhar. Então ele falou:
_ É o senhor que tem as paradas que o porteiro falou?
_ Boa noite!
_ Pô, foi mal! Boa noite! [Sorriso]
_ Eu, o quê?
_ O porteiro falou que o senhor tinha uma técnicas de aumentar o tamanho do “danado”! [Risos]
_ [Risos]
Mordeu a isca! Agora era só não deixar ele escapar do anzol. Comecei a falar de modo a passar a imagem do maior conhecedor do assunto. Tudo mentira, claro!
_ Sim... Eu trabalho com isso.
_ O senhor vende essas paradas que anunciam na Internet?
_ Não. Eu realizo pesquisas. Sou professor e pesquisador na Universidade!
_ É mesmo... Poxa! E funciona mesmo? ... Não que eu me interesse, mas tenho curiosidades.
_ Funciona! Se quiser possomostrar algumas... Quando você tiver um tempo livre...
_ Eu tenho! Pode ser agora?
_ Bem... Agora, agora ... Eu estou chegando neste momento. Mas se você tiver pressa... Você dorme cedo?
_ Nada! [Risos] Eu viro a noite! [Risos]
_ Então, daqui a uma hora você vai ao meu apartamento... Pode ser?
_ Certo. Vou chamar um “chegado” meu...
_ Ah, desculpe... É que eu fico um pouco receoso... Esse material é sigiloso, sabe? São pesquisas não concluídas... Nem podemos divulgar! Eu iria abrir uma exceção para você!
_ Não... Não! Sem problemas... Eu vou só! Qual o número?
_ 402.
_ Daqui a uma hora eu vou lá!
_ Ok.
Entrei no apartamento desesperado, pensando em como iria conduzir o “serviço”! Eu precisava saber alguma coisa sobre isso pois, pelo modo como ele falou, tive a impressão de que ele já tinha algum conhecimento sobre a coisa. Só tinha uma hora para isso. Liguei a Net e comecei a visitar sites, ver vídeos que pouco informavam. Lembrei de um amigo, o Rick, que certa vez comentou ter comprado um desses “passo-a-passo” que oferecem em sites. Liguei e ele me passou algumas dicas. Contei o que pretendia, ele me deu umas idéias e para tornar a coisa mais verídica ele passou para o meu e-mail o tal manual que ele havia escaneado e arquivado. Quando o material chegou, eu imprimi apenas as imagens que mostravam os pênis antes de utilizar as técnicas e o resultado depois da utilização. Eram vinte exemplos, com seus respectivos resultados.
Fui ao banheiro, tomei um banho e raspei toda a região íntima. Procurei um pequeno recipiente e coloquei um pouco de lubrificante para dar a impressão que era um outro produto feito à base de lubrificante, mas acrescido de outras substâncias. Mal acabei de preparar as coisas a campainha tocou. Prendi a toalha na cintura e fui abrir.
_ Olá! Pontual, heim?!? Entre...
_ Licença! Massa seu AP!
_ Obrigado...
_ Silencioso... Nem parece o que eu moro... uma zona! E o resto da família?
Pensei rápido...
_ Minha esposa está viajando. Não temos filhos ainda!
_ Ah... Por isso! [Risos] Quer dizer que o senhor faz pesquisas... como é que é isso?
_ Qual o seu nome mesmo?
_ Mateus.
_ Pois é... Há cinco anos pesquisamos o crescimento peniano. Fizemos testes e mais testes...
_ Como?
_ a gente partiu do estudo da estrutura do pênis... como elçe é formado. Então observamos que tipo de estímulos poderiam fazê-lo aumentar. Por exemplo, na academia vc treima musculação, não é? O que faz? O instrutor prepara exercícios repetitivos para que vc desenvolva certo músculo. Você faz séries com um número “x”. Com o passar do tempo, você percebe que aquele músculo aumentou...
_ certo.
_ Mas o pênis tem outra estrutura. Então desenvolvemos técnicas para essa estrutura específica. Depois passamos a selecionar “cobaias”... pessoas que fariam esse experimento conosco. Vimos em quais funcionou ou não, e a razão disso. Passamos a desenvolver outros meios... e assim vai indo até hoje...
_ Então vocês têm pessoas que realizam isso, lá?
_ Sim... Vinte rapazes.
_ Caracas! E Isso na universidade?
_ Sim...
_ E eles vão numa boa? Não têm vergonha?
_ No início, havia. Mas por que havia duas mulheres na equipe de pesquisa. Mas depois eles relaxaram... Rapaz faz três anos que vejo vinte rolas todos os dias!
[Gargalhadas]
_ Se fossem ao menos vinte bocetas, não é?
_ Mas como eu ia me concentrar?
_ Tem razão! [gargalhadas] E as moças, não ficam encabuladas?
_ Não, Mateus... A coisa é muito profissional. A gente vê o pênis não como um órgão sexual... é apenas um órgão, como um braço, uma orelha...
_ Ah... Entendi. Mas os caras não quiseram fazer gracinha?
_ Todos passam por uma triagem..
_ O que é isso?
_ Uma seleção: fazemos entrevistas, observamos se a pessoa tem disponibilidade de tempo, medimos os órgãos para ver se é do tamanho que precisamos e durante essa etapa, já temos uma idéia se a pessoa se adéqua ou não. Se vai levar a sério... Então, os que estão lá é porque, realmente, podem contribuir. Tenho aqui os primeiros resultados, venha ver...
Levei-o ao quarto onde fica o computador. Mostrei as imagens.
_ Esse é o resultado depois de um ano.
_ Porra, funciona legal...
_ Mas é muita dedicação!
_ Eu poderia saber como é?
Agora era a hora “H”. Ele tinha que ficar bem interessado, então não poderia ser muito fácil!
_ Mateus, você vai me perdoar, mas é impossível eu te dar essa informação. Deixe eu explicar: é muito sigiloso, sabe? Para você ter uma idéia, nem os rapazes de lá sabem ao certo o que estão fazendo... melhor: por que estão fazendo aquele determinado exercício. Só quando concluirmos é que poderemos divulgar... É uma experiência. Não pode vazar! Você acredita que nem quem são eles as pessoas sabem! É sigilo total! Eles chegam, a gente dá um tempo para que eles se excitem, então explicamos o exercício, eles fazem e pronto. Mas não dizemos: “Vocês vão fazer tal exercício para tal coisa!” Entendeu?
_ Entendi...
_ Mas se você quiser, posso te incluir na próxima turma. Mas o segredo é muito importante. Já pensou, seus colegas saberem que você fica com outros caras batendo punheta, e vem um pesquisador e mede teu pau, passa produto... até introduz o dedo do seu ânus?
_ Vixe... Tem isso?
_ Tem! É para estimular a próstata! Olha aí... Tá vendo? São reações assim que eliminam o possível participante!
_ Mas é que...
_ Introduzir o dedo no ânus não é nada demais quando a coisa é em segredo... Se fosse se espalhar... Aí é outra coisa! [Risos] Já desistiu não foi?
_ [Risos] Não. Eu toparia! Ninguém ia saber mesmo! Quando é que começa a próxima turma?
_ Daqui a dois anos.
_ Dois anos! Vixe, pensei que fosse daqui a uma semana!
_ Não... tem que acabar essa atual. Agora vou te contar um segredo: eu fiz umas modificações numas etapas... mas nessa turma não posso testar porque já está em andamento, então vou testar em mim mesmo. Os primeiros passos são os mesmos, só alterei do vigésimo em diante! Trouxe até o produto que utilizamos nos exercícios! Só vai ser um pouco mais complicado por não ter ninguém da equipe. Se minha esposa já tivesse voltado...
_ E quando ele vem?
_ Daqui a um ano e meio! Mas eu consigo me virar. É mais complicado, mas é possível.
_ E você começa quando?
_ Comecei hoje!
_ Hoje? Poxa, cara. Você podia deixar eu fazer esse contigo. Era até bom porque um podia ajudar o outro...
_ Mateus, me entenda... Isso é coisa muito séria! Tem que haver muito sigilo, e não posso correr o risco de você começar e lá na outra semana parar...
_ Não. Eu prometo que vou até o fim!
_ E como posso ter certeza?
_ Se eu vacilar... você pode até espalhar por aí! Eu fico com o filme queimado! Quer mais garantia?
_ Quer mesmo? Não tem negócio de vergonha! É fazer e pronto!
_ Eu topo!
_ A gente vai improvisar em algumas coisas... tem instrumento que não posso trazer de lá. Mas eu sei como fazer!
_ A gente começa hoje?
_ Agora! Bem eu já fiz, mas posso fazer só com você e amanhã faremos juntos... Está pronto?
_ Pronto... O que devo fazer?
_ Vá tomar um bom banho... Lave bem as partes íntimas e volte. Vou preparar a cama... Quando estiver bem ensaboado, me chame para eu preparar a região...
_ Como?
_ Tem que deixar assim...
Mostrei como fiquei com a região peniana raspada.
_ Ah... Beleza!
Ele foi ao banheiro. Meu pênis já estava acordando e eu tentava me controlar. Peguei uma trena, o lubrificante, uns preservativos, troquei a coberta da cama. Ele me chamou. Quando entrei no banheiro levando a trena e o vi pelado ali, todo ensaboado, quase tive um treco, mas fingi seriedade. Sentei no vaso e pedi que ele se aproximasse. Comecei a raspar e ele ficava olhando pro teto, pros lados... Puxei conversa:
_ Pra que você quer um pênis maior que esse? Assim mesmo, mole, já tenho uma idéia de como ele ficará duro. É um tamanho razoável! Na média!
_ Eu queria o dobro!
[Risos]
_ Mas você sabe que não é muito bom ter um membro exagerado, não é? Aquela firmeza que você deve ter, com aqueles dotadões não existe!
_ Eu sei...
O pênis dele começava a endurecer com meu manuseado e ele ficava nervoso.
_ Mateus, se tiver ereção, não segure. É normal e até melhor...
_ Eu estou fazendo tudo para ficar calmo, mas dá vergonha! Mas o senhor passa o tempo vendo isso, não é?
_ É. E temos que levar em conta que somos humanos. Pegar no seu também me excita, mas para mim é normal...
_ Ah, excita?
_ Excita sim... Olha!
_ A... Então assim eu fico mais tranqüilo. Fiquei com medo de endurecer e o senhor pensar que sou veado.
_ Não... [Risos] De forma nenhuma! Nem se preocupe! Se fosse assim você ia pensar o mesmo de mim...
_ Pois é. Mas como sei que o senhor é casado...
_ Exatamente... Pronto! Pode acabar o banho... Você fez a chuça... Quer dizer, você fez a limpeza anal?
_ Como?
_ Vou te ensinar... Peque esse chuveirinho e faça assim [...]
Ensinei como fazer o asseio anal e fui para o quarto. Ele veio só de toalha.
_ Deixei a roupa no banheiro. Algum problema?
_ Não. Nenhum.
_ Você deita aqui que vou medir seu pênis mole...
_ Mas não está totalmente mole...
_ Então vamos fazer assim... quando acabarmos, eu meço.
_ Ainda está encabulado? Posso deixar o quarto mais escuro um pouco...
_ É melhor...
Apaguei a luz do quarto e deixei a do corredor acesa.
_ Tá bom assim?
_ Ótimo.
_ Então agora deixe bem duro... Não fique tímido! Lá, os meninos ficam a vontade porque os outros estão nus. Então vou ficar pelado também... Ajuda.
Notei que ele se punhetava e olhava para o meu pau. Comecei a escrever algumas coisas num bloquinho e de vez em quando olhava para o cacete dele, como se estivesse descrevendo o procedimento.
_ Agora deixe eu medir... Tamanho bom... Mas pode ficar maior...
Pequei o lubrificante, passei na mão e comecei a punhetá-lo.
_ Ahrrrrrrrrr...! Que é isso?
_ É um lubrificante preparado com outras substâncias... Não vá gozar, heim?! Se gozar, estraga tudo...
_ Eu demoro a gozar... Ahrrrrrrr...! Mas é bom demais!
_ Essa posição em que estou é péssima. Venha mais para a ponta da cama, deixe as pernas para fora, no chão, e deite o corpo... Isso! Agora está melhor!
_ Ahrrrrrrrr...! Cara... é bom demais! Ahrrrrrrrrrrrr...!
_ Na minha vez eu nem fiz isso, porque só serve se for outra pessoa...
_ Quer que eu faça em você?
_ mas não vai mais adiantar... Mas poderia fazer só para eu sentir... Você faz?
_ Eu faço...
Fiquei na posição em que ele estava e ele começou a me punhetar...
_ Ahrrrrrrrrrrrrr...! É bom mesmo, não é? Ahrrrrrrrrrrrrrrrr...! Mateus, vamos fazer o seguinte para não ficar muito tempo sem o exercício. Deite-se ao contrário, aí dá para eu exercitar você e você a mim...
_ É mesmo! [...] Assim?
_ Isso. Vamos lá... Hummm...! Ahrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrr...!
_ Isssssssss...! É muito massa, cara! Ahrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrr...!
_ Mateus... põe um pouco de saliva na mão e põe meu pau entre as mãos porque tem que haver um aquecimento... Lá existe um equipamento...
_ Assim?
_ Não. Acho melhor usar a boca. Que acha. Deixe eu fazer em você e você vê se dar certo...
_ Tipo chupar? [...]
_ Eu vou usar diretamente a boca e você diz..
_ Ahrrrrrrrrrrrrrrrr...! cara! Ahrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrr...!
_ Então?
_ Muito massa! Vou fazer em você... Hummm! Hummm! Hummm! Hummm!
_ Ahrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrr...!
_ Vamos os dois juntos? Ahrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...!
_ E aí, Mateus... Tá gostando? Hummm! Hummm! Hummm!
_ Ahrrrrrrrrrrrrrrr...! Tá louco! Delícia demais! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrr…!
_ Pronta... Agora é hora de estimular a próstata.
_ E como é?
_ Fica de quatro...
_ Assim ta bom?
_ Abre mais as pernas... Isso. Como aqui não tem o instrumento para relaxar as pregas, vou usar a língua... Relaxa e toca uma punheta...
_ Beleza! Ahrrrrrrrrrr...! Porra que coisa boa! Meu pau ta babando... Ahrrrrrrrrrrrrrrr... Issssssssssssss...! Ahrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrr...!
_ Tá bom? Tá gostando?
_ Tá ótimo! Ahrrrrrrrrrrrr...
_ Fica bem relaxado ... Vai só sentindo a língua... Tem que deixar bem relaxado! Hummmm...! Hummm...! Assim, garoto! Hummmm...! Hummmm...! Passa teu pau para trás para eu aquecer com a boca!
_ Ahrrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrr...! Ohhhhhhhhhhhh...! Isss... Ahrrrrrrrrrrrr...!
_ Umas pinceladas! Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...! Uma chupada! Hummmmmmmmmmmm...! Mais umas pinceladas! Hummmm...! Hummmm...! E mais uma chupada! Hummmmmmmmmmmm...! Pisca o cuzinho... Isso! Assim vai relaxar bem...
_ Porra! Ahrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrr...! Cralho! Ahrrrrrrrrrrrr... Ahrrrrrrrrrrrr...
_ Isso, agora vou massagear a próstata e pôr o produto... Vai se punhetando... Isso! Deixa a bunda bem arrebitada... Só um dedo... Relaxa... Assim... Sente... Mexe a bunda que facilita...
_ Assim? Ahrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrr...
_ Hummm...! Tá ruim?
_ Não... Tá bom...! Ahrrrrrrrrrrrrr...!
_ Vou pôr o segundo... Isso... Mexe a bunda! Isso!
_ Ahrrrrrrrrrrrr... Que coisa boa! Ahrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrr...!
_ Estou tentando alcançar a região certa para passar o produto, mas é bem profundo... meu dedo não alcança!
_ Ahrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrr...! E agora?
Para ele ficar bem cheio de si, soltei...
_ É porque seu cu é cu de macho mesmo... Muito lá dentro a próstata... Acho que é quase o espaço do meu pau!
_ É mesmo? Ahrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrr...!
_ Só se eu introduzir minha pomba... Que você diz?
_ Vai! O senhor é quem sabe...
Coloquei o preservativo, o lubrificante e pensei: “É agora, safado! Agora você vai sentir o prazer de uma rola dentro do seu cuzinho! Se prepare!”
_ Então abre mais as pernas... Issssssssssssssss...! Vou pôr bem devaga... Isssssss...! Issssssss...! Relaxa, Mateus! Se doer um pouquinho é normal... Tá doendo?
_ Só um pouco... Ahrrrrrrrrrrrrr...! Mas ta bom! Ahrrrrrrrrrrrrrr...!
_ Está bom? Então vou empurrar mais... Você vai me orientando se quer mais... Vou mexer um pouco para a parte interna ceder um pouco... Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Ponho mais?
_ Ahrrrrrrrr...! Põe... Ahrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrr...! Mais... Ahrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrr...! Mais! Ahrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrr! Ahrrrrrrrrrrrrr...!
_ Mais? Hummm...! Hummm...! Mexe a bunda! Assim... Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Mais? Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Agora relaxa, mexe, e quando quiser pode gozar... Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...!
_ Ahrrrrrrrrrrrr... Ahrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrr... Ahrrrrrrrrrrrrrr...
_ Isso! Isso! Mexe! Isso! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...!
_ Vou gozar!
_ Vai!
_ Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrr...!
_ Isso! Isso! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrr...!
[Risos]
_ Pronto! Primeiro dia concluído! Amanhã eu trago o instrumento para fazer a massagem anal, certo?
_ Não precisa! Pode usar o pau mesmo! Assim o senhor mata dois coelhos: Faz o exercício e ainda se alivia enquanto sua mulher chega...
_ Tem certeza?
_ Tenho... Será um segredo nosso, não é?
_ Com certeza! Tudo pela Ciência! [Risos] Então está combinado!
_ No mesmo horário?
_ No mesmo horário! Ah Mateus... Você que mora aqui a mais tempo e deve conhecer melhor os rapazes daqui...
_ Conheço todo mundo...
_ Rapaz, eu estou louco para saber quem é o imbecil que fica mexendo com o Emanuel – Bem, deve ser imbecil pra ter umas atitudes imaturas dessas. Sabe quem é o Emanuel? Um baixinho... gente boa o garoto! Tem uns caras que ficam chamando-o de veado, batendo covardemente no garoto... Estou louco pra saber quem é... Você sabe de alguma coisa? Já viu?
Mateus ficou todo errado...
_ Eu sei quem é o Emanuel, mas nunca vi acontecer nada com ele não. Mas não se preocupe, de hoje em diante ele será meu protegido. Ninguém trisca mais um dedo nele! E nem vai mais zoar o cara! Deixa comigo!
_ Maravilha, Mateus! Sabia que podia contar com você!
_ Até amanhã!
_ Até.
O que é que não faz uma rola no cu, heim?
Ai ai... Pensei que fosse ser mais difícil!