CHEGOU A HORA DE SABER A VERDADE 01 e 02

Um conto erótico de G. Froizz
Categoria: Homossexual
Contém 7318 palavras
Data: 06/05/2011 11:10:01
Última revisão: 06/05/2011 11:45:05

PRIMEIRA PARTE

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[...]

_ E como você pode saber que é a mesma pessoa? São dezesseis anos!

_ Ora, João! Cem anos se passassem... tudo estaria vivo na minha cabeça... Como se eu tivesse vendo agora!

_ Regina... Pensei que...

_ Que eu tivesse esquecido?

_ [...]

_ Uma coisa é relevar, perdoar... Outra é esquecer!

_ Todos esses anos...

_ João. Vamos parar por aqui! Só estou falando sobre isso para preveni-lo... Evitar surpresas! E dar um aviso: Não haverá outra chance!

_ [...]

_ Preciso ir!

Eu estava no corredor que fica do lado da nossa casa, dando um grau na mobilete quando, sem perceberem que eu estava ali, meus pais tiveram esse curto diálogo. Curto, mas aparentemente sério. Minha mãe foi trabalhar. Meu pai estava de férias.

Dei um tempo e entrei em casa, como se nada tivesse acontecido. Tomei um banho e comecei a fazer os exercícios de casa. As aulas haviam começado há uma semana. Resolvi quase todos. Faltava apenas a redação. Deixei para fazer antes de dormir.

À noite, meus pais assistiam ao telejornal quando começaram a noticiar sobre a Parada Gay. Minha mãe soltou:

_ Duvido que se reuniriam com essa empolgação se fosse por uma razão que realmente interessasse! Não! Para promover a pouca vergonha, ai sim! Vamos fazer folia! Bando de anormais! Por que não fazem uma caminhada dessas para pedir tratamento? Isso é uma doença! Alegam que nascem assim! Certo... tudo bem! Não deixa de ser doença! Muitos bebês nascem doentes!

_ Regina...! Não fale assim... São seres humanos como todos nós!

_ São aberrações... Isso sim! E estão tomando conta do Mundo! Às vezes me dá medo só de pensar como será o futuro dos meus netos, bisnetos... Se forem normais, serão queimados em praça pública! Terão que virar bichas se quiserem viver! Coitados!

[Risos]

_ Mas antes não havia gays, mãe?

_ Sim... Mas era difícil ver. Até por que eles não freqüentavam os mesmos locais que as pessoas normais.

_ Hum... Meu professor falou justamente sobre esse assunto. Pelo que entendi, essas passeatas são exatamente pelo direito de igualdade... poder freqüentar os mesmos lugares sem discriminação, concorrer a um emprego de igual para igual...

_ Pois é! Aí é que ta. Vão entrando, vão entrando... quando menos esperar... estarão nos expulsando, nos expulsando... No fim, nós é que seremos os “errados”! Não vê as novelas? Antigamente, havia um gay. E ainda era pra fazer graça! Hoje, já tem casal apaixonado... falando “Eu te amo” e tudo. Não vai demorar para que o casal principal de uma novela seja formado por dois marmanjos! Ah! Francamente!

[Risos]

_ Já pensou, mãe... No salão de beleza, duas mulheres comentando o final da novela? Uma fala: “Ah, tomara que o Felipe termine com o Pedrão!” Ai a outra rebate: “Não! Eles não combinam. Quero que o Pedrão termine com o Ricardão!”...

[Gargalhadas]

_ Ai, se eu estiver perto, eu vou dizer: “Não! Melhor terminar os três juntos, dentro de um lindo navio... Ai, na no meio do mar...Uma linda explosão!”. {Risos]

Eu e meu pai ficamos sérios. Minha mãe percebeu que a piada que fez não foi legal! Meu pai, sério, disse:

_ Você é tão religiosa, Regina! Esse tipo de pensamento não combina muito com Deus!

_ O que não combina com Deus são dois homens se agarrando! Na Bíblia está bem claro: um homem se deitar com outro, como se fosse uma mulher, é pecado! Vão pro inferno!

_ Mas, independente disso, não está escrito que devemos amar uns aos outros? Se é errado ou certo, não cabe a nós julgar, condenar, punir... a nós cabe amar e respeitar. É ou não é?

_ Entendo muito bem o porquê dessa sua opinião, viu, João! Não me admira que você pense assim! Vou me deitar!

Meu pai ficou com um semblante esquisito... Ela falou aquilo e levantou sem esperar que ele dissesse algo. E eu não entendi nada! Logo que ela entrou e trancou a porta do quarto com a chave, de modo que deu para escutar de onde estávamos. Ficou um clima tenso entre mim e meu pai. Perguntei:

_ Pai, o que a mamãe quis dizer? Pareceu uma indireta!

Meu pai voltou o olhar para a TV, respirou fundo e, nitidamente constrangido, respondeu:

_ Nando, não dê tanta importância às coisas que sua mãe fala. Depois eu falo com ela... Há assuntos que só dizem respeito a nós dois! Tudo bem?

_ Certo.

_ E a tarefa de amanhã, terminou?

_ Falta a redação! Não sei o que falar... agora principalmente!

_ Como assim?

_ É sobre homofobia... Depois dessa nossa conversa, fiquei baratinado... Nem sei o que dizer!

_ Você não tem uma opinião própria? Nunca pensou sobre isso? Tem-se falado tanto, filho!

_ Eu sei... Na escola esse assunto foi batido e rebatido durante essa semana inteira!

_ Então?

_ Pai, vou confessar pro senhor: eu tinha uma opinião sobre isso. Mas depois da aula de um professor novo... mudei totalmente meu ponto de vista...

_ Ele argumentou bem e você pensou melhor e viu que ele tinha razão? Foi isso?

_ Não. Quando vi que ele pensava como eu... passei pro outro lado! Agora sou contra!

_ Que é isso, filho? Que negócio é esse?

_ Detestei aquele cara! Insuportável!

_ Meu filho... isso é imaturidade! Se você tem uma opinião sobre algo, não deve mudar porque alguém de quem você não gosta pensa igual! Não misture as coisas. Você não foi com a cara dele... ok! Mas se as idéias são semelhantes, qual o problema? Então, cada aula que ele der uma opinião, se for semelhante a sua, você vai mudar?

_ [...]

_ Que é isso, filho? Estou desconhecendo o meu filhão! Sempre seguro, sempre coerente... De opiniões bem fundamentadas! Quantas vezes seus argumentos já até me fizeram mudar de pensamento sobre algumas coisas? Agora, por conta de uma impressão que você tem sobre o professor, vai mudar de ponto-de-vista? Não! Esse não é meu Nando!

_ O cara se acha! Pô! Mal chegou... Não sabe nem se fica!

_ Você quer falar sobre isso?

_ Não... Deixa pra lá! O senhor tem razão! Vou fazer a redação agora... Boa noite, pai!

_ Boa noite, filho!

Levantei e dei um beijo no rosto dele, como sempre fazia... fui ao quarto.

Acordei antes que o normal. Dei uma revisada no texto. Antes de sair do quarto, pude escutar meus pais conversando:

_ Fala baixo, Regina! Isso é uma conversa, não é um bate-boca...

_ Por quê? Eu não tenho nada a esconder! Minha vida é transparente... Você tem? Há alguma coisa que as pessoas não podem saber?

_ Regina... Mais uma palavra sobre isso e ...

_ E? Vai me bater? Vai me deixar? Ótimo! Agora nada mais o impede de fazer isso, não é? Você sempre quis isso! O que te prendeu aqui esses anos todos não foi o nosso filho?

_ Regina...

_ Não há mais o que se preocupar, João. O Nando é quase um adulto!

_ Mais do que você! Talvez, se você parece um pouco e desse a devida atenção ao seu filho, era capaz de você aprender muito com ele! Um rapaz de personalidade forte, coerente no que pensa e no modo como age... Bem diferente de você!

_ É mesmo. João? Então, se ele é tudo isso, o que impede de você contar pra ele nossa linda história de amor? Acredito que isso o faria se sentir muito orgulhoso!

_ Posso fazer isso... Numa boa! Aliás, eu já tive vontade muitas vezes! Ontem, por exemplo!

_ E o que impediu?

_ Só um detalhe: para contar, eu não posso “pular” nenhuma parte! Nenhum detalhe... E aí, conto?

_ [...]

_ Se você me autorizar, faço isso hoje!

_ [...]

_ Ah! Agora tudo mudou de figura... Melhor deixar como está, não é? Engraçado!

Dei um tempo e sai do quarto. Tomamos café e fui ao colégio. Passei a manhã inteira sem conseguir me concentrar nas aulas, pensando sobre as duas conversas que tinha ouvido. Havia uma ligação entre elas... e eu estava envolvido. Não sabia do que se tratava, e nem ia perguntar. Eles iriam mentir. Mas passei a ficar mais atento.

Na última aula o professor solicitou que alguns lessem suas redações. Eu não me ofereci, mas ele me convidou e eu fui. Eram cinco os que leriam. O primeiro falou sobre o tema de um modo bem parecido com a opinião da minha mãe. Os três seguintes defenderam os direitos dos gays, mas de forma muito “lugar comum”. Mas eu preferi abrir espaço para reflexão sem deixar claro meu posicionamento. Abri lacunas e deixei a oportunidade de o próprio leitor criar sua opinião. Parte da redação foi desenvolvida assim:

“[...]

E, como nunca havia acontecido, 9 a cada 10 televisores estavam exibindo o último capítulo da novela ‘Amores (Des)iguais’, enfim, saberíamos como seria o desfecho do triângulo amoroso formado por Pedro, Willian e Marcelo. Afinal, com quem ficará Pedro? O autor, após ver os resultados de uma enquete on-line, decidiu pelo seguinte final: Pedro, depois do dilena que se arrastou pelos oito meses que a novela foi exibida, acaba por ficar com os dois. Eles entraram num acordo e mostraram-se felizes. Para comemorar, partiram num Iate para um romântico passeio em Angra dos Reis. Quase todos os personagens estavam no cais acenando para os três e desejando felicidades. Quando os telespectadores, já em lágrimas, esperavam aparecer o “Fim”, eis que se chocam quando, já no meio daquele mar azul, o Iate tem um problema. Antes que chegasse socorro, o Iate afunda, e com ele, os três personagens abraçados No meio da tela que focava o fundo do mar, aparece: ... e viveram felizes para sempre... onde quer que estejam!

Aquilo provocou um estardalhaço geral pelo pais, ganhando, também, destaque nos meios de comunicação do mundo todo. O autor, em entrevista, declarou:

‘Desde o início eu disse que o final seria decidido pelos telespectadores. A mim, também, causou choque, mas eu não poderia voltar com minha palavra. As opiniões foram obtidas através da enquete e dos e-mails e estão aqui os resultados para provar: Na enquete, houve empate: 45% acharam que Pedro deveria ficar com Willian e 45% com Marcelo, e 10% com nenhum. Foram 5 mil votos. Mas foram enviados 8 mil mensagens das quais, 96% mostravam indignação com o romance principal da trama e exigiam – exigiam mesmo – que fosse exibida a morte dos três. Eu fiquei noites sem dormir pensando em como agir... Não ficaria em paz se não cumprisse o que prometi. Por fim, decidi que a morte existiria, mas depois que eles ficassem juntos... Assim, a morte seria um meio de eternizar o amor dos três protagonistas. Uma espécie: E foram felizes para sempre...’

Está claro que a saída escolhida pelo autor foi boa, mas não parou por aí. Para os que tiveram atenção na trama, ficaram em aberto algumas questões: a) que destino tiveram as crianças do orfanato que Pedro ajudava com seu trabalho voluntário, como professor de Educação Física, além de trinta por cento do seu salário obtido nas escolas onde lecionava que ele doava mensalmente? b) quem substituiu Willian no acompanhamento de gestantes que ele fazia nas favelas do Rio, já que, quando ele havia assumido a função, nenhum outro colega havia se disponibilizado a acompanhá-lo? E c) o que aconteceu com os cinco sobrinhos órfãos que Marcelo ajudava tanto na alimentação quanto na educação?

Seria o caso de afundá-los também?”

Quando terminei de ler, o professor veio até mim, me deu os parabéns e pediu uma salva de palmas. Quando todos saímos, ele me chamou e rasgou elogios ao meu trabalho e perguntou se eu permitia que ele enviasse o texto à redação de um jornal ao qual ele presta serviços como revisor. Eu fiquei muito lisonjeado e dei minha permissão.

Em casa, contei a meu pai e ele me deu um forte abraço. Senti que ele não estava bem.

_ Impressão sua, Nando...

_ Se o senhor não pode ou não quer falar... tudo bem. Eu respeito. Mas impressão não é.

_ [Risos] Vai buscar a redação para eu ler...

Meu pai leu enquanto eu tomava banho. Ao terminar fui até a sala e vi que seus olhos estavam vermelhos.

_ Que foi pai? Estava chorando?

_ Fiquei emocionado com sua capacidade, filho! Vem cá... me dá um abraço.

Fui até ele e nos abraçamos, demoradamente. Nesse instante, tive uma sensação muito boa. Estranha, diferente, mas muito boa. Não queria mais largar meu pai. Dei um beijo em seu rosto e nada falei. Ao sair dos seus braços, ele disse:

_ Tenho muito orgulho de você, Nando. Eu amo você mais que tudo!

Sorri e fui ao quarto vestir uma roupa. Voltei logo para buscar meu caderno e, antes de chegar à sala, pude ver meu pai deitado no sofá, ajeitando a pica dentro da bermuda. Ele estava de pau duro. Voltei imediatamente ao meu quarto. Não sei a razão, mas eu tremia, sentia um frio na espinha, e, fiquei de pau duro também... lembrando do corpo do meu pai junto ao meu.

No calor daquele momento, totalmente novo para mim, foi inevitável: toquei uma punheta. Foi incrível! Nunca tinha sentido tanto prazer numa punheta como senti naquele instante. Nem quando trepei com minha ex-namorada tive tanto tesão... Uma loucura!

Depois, porém, veio o remorso, a culpa, a vergonha, a dúvida: eu sou gay? Não tive coragem de sair do quarto enquanto meu pai estava na sala. Liguei o PC e entrei na NET. Comecei a procurar respostas para minhas dúvidas... Quanto mais eu lia, mais eu ficava confuso. A partir daquele momento, foi dado o início de um divisor de águas que se estenderia por mais duas semanas de revelações, decepções, descobertas e paixões.

Quando minha mãe chegou, não deu uma palavra com ninguém. Foi direto para o quarto. Eu criei coragem e fui até a sala. Procurei mostrar normalidade. Fiz um lanche e sentei com meu pai para vermos o jornal. Aproveitei e falei com ele sobre o pedido do professor:

_ Tá vendo só!? Tudo não passou de um mal entendido! O bicho não era tão feio como você pintava! Tirou alguma lição disso?

_ Acho que sim... Fui precipitado em minhas impressões! Ele parece ser gente boa!

_ Pode não parecer, Nando. Mas isso é um preconceito... pre-conceito, não é?

_ Eu sei. Depois eu caí na real.

_ Muitas vezes os professores causam uma impressão de serem grossos, exigentes ao extremo... mas é devido a idade. No meu tempo, pelo menos era assim... Depois víamos que o cara era um paizão!

_ Não é o caso dele. Pelo contrário! O cara é jovem... tipo o senhor!

_ Eu, jovem?

_ Ah, pai! Modéstia nunca foi seu forte! Quando saímos por aí, as pessoas pensam que somos irmãos! Olha como o senhor se veste! Se cuida legal, joga bola, faz natação... Os pais dos meus amigos não são assim! Eles têm até inveja de mim! [Risos] Já a mamãe... tem a cabeça atrasada, um jeito ranzinza, parece ser muito mais velha que a vovó!

[Risos]

_ Se a Regina escuta você falar isso! Melhor irmos para o jardim... Não quero iniciar o final de semana com uma confusão... vamos!

Ficamos andando pelo jardim e eu continuei o que falava:

_ Mas é verdade! Reclama de tudo! Vou dizer uma coisa ao senhor, mas fica entre nós! Faz uns dias, ela discutiu com o senhor e depois o senhor saiu. Eu cheguei pra ela e disse assim: Mãe, cuidado... não abusa da sorte! Encontrar um homem que agüente a senhora como o papai agüenta vai ser difícil. Quase impossível! Se fosse comigo, a senhora já tinha dançado há muito tempo! Eu não agüentaria um terço disso!

_ E ela?

_ Ficou calada. Pensativa. Mas no outro dia já estava com as caduquices novamente. Eu dei logo o toque: Se vocês se separarem – o que não vai demorar muito – não conta comigo, heim? Vou com meu pai, nem que seja pra debaixo da ponte! [...] Desde esse dia que ela está meio diferente comigo...

_ E isso é verdade? Você não ficaria com ela?

_ Deus me livre! Sem ter o senhor, em quem ela iria praticar as caduquices?

[Gargalhadas]

_ Tô fora! Vou com o senhor!

Meu pai ficou pensativo... e desabafou:

_ Fernando, meu filho... Você tem toda a razão... Não vai demorar muito mesmo. Aliás, a separação em si já é um fato. Eu e sua mãe já não somos casados faz um bom tempo. Um bom tempo! Mas, por viver aqui, mesmo de aparências, sempre a respeitei.

_ Isso, eu tenho certeza, pai! O senhor é a pessoa mais honesta e de caráter que eu conheço. Só não entendo a razão de se sujeitar a essa situação. Vocês dois são independentes financeiramente. Sustentar esse teatro só para dar uma satisfação? Assim, nenhum dos dois refaz a vida... e o tempo é cruel: não perdoa! Não encontro um só motivo...

_ Você.

_ Eu, pai? Eu já passei dessa fase! Acho que se vocês tivessem se separado quando eu tinha uns dez anos, eu não sofreria nenhum tipo de trauma! Pelo contrário, teriam me poupado de presenciar muitas cenas ridículas!

_ No início, realmente, o que me prendeu foi o medo de que isso te trouxesse prejuízos... assim, na formação psicológica. Todo filho precisa da figura paterna...

_ Mas a separação é entre o casal. Pais e filhos nunca deixam de ser pais e filhos.

_ Isso é lindo na teoria. Mas na prática, a coisa é bem diferente. Me mostra qual o casal que se separa e o pai continua presente na vida dos filhos! No primeiro ano, fica. Depois, a única presença paterna está na pensão que ele manda mensalmente. Há um afastamento, filho, inevitável!

_ [...]

_ Mas depois, com os anos, a razão mudou. Passou a ser o medo de ficar longe de você. Eu não suportaria!

_ Oh, pai...

_ Verdade! Nando, quantas vezes eu pensei em arrumar as coisas e sair pra nunca mais voltar. Aí, pensava, ia ao seu quarto, via você ali dormindo... desistia! E sua mãe sempre soube disso. E dizia logo: Pode ir! Depois você marca os dias para ver o Nando... [...]

_ Chantagem! A cara da mamãe!

_ E, na realidade, isso teria que acontecer. Eu não iria tirar a casa de vocês. Lógico que você teria que ficar com ela! Mas, além de não querer ficar longe de você, eu também não queria que só ela fosse sua referência de comportamento! Você lembra do que ela falou sobre a Parada Gay! Essas coisas vão sendo faladas pelos pais e os filhos vão internalizando. De repente, criou-se um homofóbico... um serial-killer...

_ [Risos]

_ Estou falando sério! A gente começa a formar nossas opiniões em casa... sem perceber. Não sei se você se recorda. Quando você era moleque, as coisas que sua mãe falava, logo que ela dava as costas, eu ia lá e explicava a você...

_ Lembro sim...

_ Já imaginou se eu concordasse? Que espécie de rapaz você seria? Eu sempre deixava ela vomitar o veneno dela, depois eu ia lá e limpava a sujeira. Se eu entrasse em atrito com ela era pior... então, deixava para conversar com você depois, e logo em seguida ia conversar com ela... em vão, claro!

_ Não sei se fico alegre ou triste escutando isso...

_ Como assim?

_ Saber que o senhor se submeteu a isso, todo esse tempo... Me deixa feliz por ter certeza do quanto o senhor me ama, mas me deixa triste por ter sido por mim que o senhor passou por tudo isso, deixando de aproveitar a vida...

_ Filho... sabe por que você deve ficar feliz? Pela seguinte razão: você, sem ter consciência, me recompensou cada dia que eu fiquei aqui. De verdade! Os momentos de alegria que você me deu foram muito maiores que os de tristeza que sua mãe me ofereceu. E, eu tenho certeza, nunca eu teria vivido isso tudo se eu tivesse longe de você!

_ Que bom, pai! Fico aliviado... E espero fazer sempre por onde o senhor ter mais orgulho de mim. Aquela redação... eu fiz inspirado na nossa conversa. Lembrei da sua cara quando minha mãe falou do final para os personagens... E pensei: vou partir daqui!

_ Tá vendo? Se eu tivesse longe de você, esse momento aqui não iria existir! Vem cá! Esse é o meu filhote!

Meu pai me puxou para um abraço, e agiu como era costume: um abraço como amigos se dão, ou seja, sem muita aproximação dos corpos, dando tapinhas nas costas e tal. Mas, eu fui além, sem reprimir o que tinha vontade de fazer. Discretamente, como se fosse natural, envolvi seu corpo em meus braços e aproximei meu corpo ao dele. A princípio, suavemente, mas, ao sentir os pelos do seu peito tocarem meu corpo, pressionei nossos corpos. Notei que ele ficou sem ação. Já envolvido no momento, encostei o rosto em seu ombro, dei um cheiro, aproximei minha boca do seu ouvido:

_ Eu também te amo tanto, paizão! O senhor não sabe o quanto!

Apertava ainda mais nossos corpos. Ele permanecia calado. Tive a nítida impressão de que ele estava tendo uma ereção e, incontrolavelmente, comecei ater também... Beijei seu rosto e me afastei. Ele estava totalmente sem jeito, e, tentando esconder, sugeriu:

_ Vamos sentar ali!

Eu consegui esconder tranquilamente, pois a bermuda era folgada, mas ele estava com um calção desses que se usa para dormir e foi mais complicado. No entanto, eu procurei disfarçar e rapidinho tudo voltou ao normal. A conversa continuou:

_ Agora, filho... Você já é um homem... Eu tenho mais tranquilidade para seguir minha vida... Será melhor pra todo mundo. Você falou uma coisa que me deixou pensando...

_ O quê?

_ [Risos] Você disse que quando conversou com ela e tocou na possibilidade de que se eu fosse embora você ficaria para agüentar os maus humores dela...

_ [Risos] E não é?

_ [Risos] Pois é... E se eu ficar? Daqui a pouco você casa, se arranja por aí, e ficaremos só eu e ela... Aí sim! O caldo vai engrossar!

[Risos]

_ Ih, pai! Isso está tão longe! Nem passa pela minha cabeça!

_ Eu também dizia isso! Bem, mas eu preciso contar uma coisa. Agora não há mais a possibilidade de eu ir para debaixo da ponte...

_ Por quê? Já tem alguém em vista?

_ Alguém, não! Mas desde o ano passado eu comprei um apartamento com uma indenização que recebi daquele antigo emprego. Ela não sabe, claro! E espero que continue sem saber!

_ É mesmo, pai? E onde fica?

_ Fica próximo ao Parque de Exposições, num condomínio fechado... muito agradável. Não é grande, como essa casa, mas é bem funcional. É novo, há poucos moradores... Seguro. Estou muito satisfeito. Estou, com bastante calma, mobiliando. Quando estiver com o suficiente para eu me virar, então, será a hora de acabar com esse teatro!

_ Não preciso nem dizer que vou com o senhor, não é?

_ Eu jamais me negaria a isso, mas essa é uma decisão sua. Só sua! Quando estava procurando, uma das exigências era que tivesse dois quartos. E está lá: o meu e o seu!

_ Queria ver...

_ Podemos ir... Só precisamos de uma oportunidade que não gere curiosidades, desconfianças... Para não haver brigas antes da hora!

_ Amanhã!

_ [...]

_ Amanhã é o dia que ela passa com o pessoal da igreja! Perfeito! É o dia inteiro!

Nesse momento, vimos algumas luzes serem acesas dentro de casa...

_ Vamos, Nando! Vamos entrar!

e um copo. Não olhou para nós. Fomos logo atrás dela, eu para meu quarto e meu pai para o deles. Mas logo que entrou, fechou a porta com certa força e passou a chave. Eu estava na porta do meu quarto. Meu pai já segurava o trinco quando escutamos o barulho da chave travando a porta. Fiquei muito constrangido. Não sabia o que fazer ou dizer. Ele deu meia volta e retornou à sala. Eu fiquei parado sem conseguir entrar no meu quarto e nem ir à sala. Da sala, meu pai falou:

_ Vai dormir, Nando! Não se preocupe comigo!

Eu estava realmente sem coragem de encarar meu pai, pois sabia o quanto ele estava envergonhado. Entrei no quarto e deitei... mas não conseguia dormir. Muitas coisas passavam pela minha cabeça, principalmente esse desejo súbito pelo meu pai. Eu tinha que parar de sentir aquilo! Talvez fosse melhor ele ir morar sozinho. Ele não ia me perdoar! Jamais ele aceitaria que o filho – de quem ele tem tanto orgulho – tivesse sentindo essas coisas! Eu não tinha o direito de fazer isso com ele. Ele não merecia!

Lembrei do nosso primeiro abraço... Depois do segundo... Meu pau voltou a ficar duro. Podia sentir o corpo dele colado ao meu... Aqueles pelos tocando minha pele... meu pau parecia explodir. Bati uma punheta... E que punheta! Nossa! Em seguida fui até a sala para ver como ele estava. Não estava!

Comecei a andar pela casa escura e nem sinal. Vi a porta que dava para o quintal aberta e fui naquela direção, já preparado para chamar por ele, mas pensei: ‘Ele pode ter se reservado para chorar’ – essa foi minha vontade diante daquela situação humilhante. Então procurei caminhar bem silenciosamente. Coloquei só a cabeça para dar uma olhadinha. Quase morri!

Meu pai estava sentado num batente com uma garrafa de uísque e um copo do lado. Até aí, beleza! Acontece que ele estava pelado, sentado sobre a cueca de seda que vestia, e... batendo punheta! Eu só podia ver os movimentos do seu braço... rápidos. Ele parou, tomou um gole da bebida , esticou as pernas, apoiou o braço esquerdo no chão e mandou ver com o direito. Movimentos rápidos e fortes... Em pouco tempo:

_ Ahhhhhhhhhhhhhh...! Isssssssssssssss...! Ahhh...!

Os jatos voaram longe. Ele deu uma sacodida para livrar-se da gala que tinha ficado na mão e, quando percebi que ele ia se levantar, saí correndo para o quarto. Ainda consegui ver a bunda dele. Depois de um tempo tremendo em cima da cama, adormeci.

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SEGUNDA PARTE

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Pela manhã acordei com minha mãe me chamando:

_ Nandinho! Filho! [...] Nando... Ei, filho!

_ Ham?! Oi?! [...] Que foi?! [...] Ham?! Oi mãe? Vai pra onde?

_ Nando, vou para o retiro... Só volto a noitinha... Vocês se ajeitam por aí com a comida, ta?

_ Certo.

_ Cadê seu pai?

_ Meu pai? Na sala!

_ Não... Não está. Bem, já estou atrasada... Ele deve chegar logo! O carro dele está aí! E não é do feitio dele dormir fora!

_ A senhora tem certeza que ele não está na sala?

_ Absoluta! Só se estiver dormindo debaixo do sofá! [...] Vou indo! Beijo!

Fiquei preocupado e cogitei a possibilidade de ele ter ido para o novo apartamento, mas se o carro estava em casa. Fui conferir. Logo lembrei de onde ele estava ontem. Fiquei morto de pena dele! Ele estava lá, dormindo no chão...

_ Pai...! Pai...! Ei, pai! Levanta... Vamos para a cama...

_ Oi? Oi? Filho, que foi?

_ Anda... vamos pra cama...

_ Ahhhh... minhas costas! Caramba, peguei no sono aqui!?

_ Não faz isso, pai! Poxa! Por que o senhor não foi pro meu quarto?

_ Não, filho... Minha intenção não era dormir aqui! Estava tomando uísque e pensando na vida... Agarrei no sono!

_ Vamos... A mamãe já foi para o tal retiro... Disse que só voltaria a noite! Vem pra cama...

_ Que horas, agora?

_ Ih... Tá cedo pra caramba! Anda... eu vou dormir um pouco mais...

_ Tá certo! Tá certo! Ainda dá pra tirar um bom sono!

Estávamos no corredor, chegando aos quartos...

_ Vem pra cá, Nandinho!

_ Dormir aí?

_ É, vem... Aqui a gente liga o ar e dorme feito uma pedra... [Risos] Você sabe, não é? Esse ar só é ligado quando a dona encrenca não está aqui! Ela sabe que eu gosto, então arruma logo um motivo para cortar o barato!

[Risos]

_ Tá certo... [Risos] “dona encrenca” é ótimo! De onde o senhor tira essas coisas?

_ Do fundo do baú. Tá vendo como eu não sou tão jovem como você diz!?!

Deitamos... o frio começou a tomar conta e o quarto estava com pouca claridade...

_ Sou quase um ancião... Daqui a pouco as pelancas começam a aparecer... a barriga pula... o saco despenca...

_ [Gargalhada]

_ É sério! Sabia não que o saco despenca? Se duvidar, vai bater nos joelhos! [...] Aquele ovão murcho... lá embaixo! [Risos]

_ [Risos] O senhor é doido! [Risos] Só o meu pai mesmo!

_ Não acredita? Nunca leu nada sobre isso? Bem, eu também nunca li, mas a gente escuta aqui e acolá as pessoas falarem e passa a observar e vê que faz sentido. É a lei da gravidade, filho! Com o tempo, a pele perde a força... e a tendência é descer... ainda mais com o peso das bolas! [Risos]

_ Tudo bem, mas chegar aos joelhos é exagero!

_ Claro! Aí foi só para deixar minha marca! [Risos]

Ficamos em silêncio, olhando para o teto... Meu pai suspirava de vez em quando...

_ O tempo passa muito depressa, filho! É impressionante! Eu fecho os olhos e parece que você ainda está correndo por esse corredor. Dando chutes desimbestados com uma bola...

_ Amarela...

_ [Risos] Isso! Você lembra?

_ Lembro! Minha mãe rasgou porque eu derrubei um vaso... Quando o senhor chegou eu fui correndo, chorando...

_ Soluçava... Nem conseguia falar! Aquilo me deu uma aflição... Eu imaginei mil e uma coisas! Aí a Regina me contou. Você chorava, chorava...

_ O senhor me levou para tomar banho...

_ Você tem uma memória, heim?! Qual o cheiro do sabonete que usamos?

_ [Gargalhadas] Aí já é demais!

_ Então... a cor da toalha que usamos? [Risos]

_ [Risos] Vixe... Branca.

_ Não sei... Eu não lembro... [Risos]

_ [Risos]

_ Eu comecei a me tocar que você estava crescendo quando não quis mais tomar banho comigo. Antes, chorava para eu levar para o banheiro... Foi ficando rapazinho... Não quis mais! [Risos]

_ Vergonha...

_ De quê? Era nada!

_ Era! Começaram a aparecer os cabelinhos... eu fiquei com vergonha!

_ Ora! E eu não era cheinho? Não! O motivo era outro... Eu já fui adolescente, filho... Eu entendo isso muito bem!

_ O senhor pensa que era o quê, então? Para tocar punheta?

_ Sim. Não era, não?

_ Também... Mas isso foi depois! Logo no começo foi por causa do corpo mesmo! [...] Mas não deveria ser assim, não é pai? A gente deveria aprender isso com os pais...

_ Eu aprendi com o meu.

_ Foi?

_ Foi! Ele chamou a mim e ao meu irmão mais velho. Eu devia ter uns doze pra treze anos. Levou a gente para o quarto e falou, falou, falou... Eu fiquei pensando: ‘Que merda eu fiz?’

_ [Risos]

_ É sério. Depois baixou a bermuda. Mandou nós baixarmos e foi mostrando pra gente ver como era... Cadê meu pau subir?!

_ [Risos] Mentira?

_ Juro! [Risos] Morrendo de vergonha... Foi minha primeira brochada! [Risos] Comecei mal, heim? [Risos]

_ [Risos] Caramba!

_ Depois, sozinho, eu consegui! [...] Mas sabe o que foi? Meu pai não era assim como eu sou contigo, não! Vixe! Falava pouco. Metia a sola. Era bem bruto! Ai o cara queria que eu endurecesse o cacete?! Tá doido!

_ E comigo? O senhor não fez igual por quê?

_ Eu tive vontade, mas não tive oportunidade. Sua mãe sempre ali, no pé! Essas coisas a gente tem que estar bem a vontade... Como agora, por exemplo. Se naquele tempo houvesse um intervalo como esse, sozinhos... Ah eu tinha chamado você. Chegava lá... ‘Ei filho, vamos bater uma bronha ali comigo! [Risos]’

_ [Risos] É doido, mesmo! [Risos]

_ Você ia morrer de vergonha! [Risos] Eu fiquei mais também porque meu pai e meu irmão tinham um pauzão de adultos, né? Meu irmão já estava com dezoito. E eu? Só aquele parafusinho ali... tímido! [Risos]

¬_ [Risos]

_ Eu pensava que eu nunca ia ter uma piroca de adulto... como a do meu irmão, a do meu pai! Chega eu ficava assim, triste... [Risos] Mas também, quando a bicha desimbestou a crescer... Juntava as duas deles e ainda tinha que completar uns quatro dedos...

_ [Risos] Mentiroso! [Risos] Aí mente!

_ [Risos] Brincadeira! [Risos] Não é nenhuma tromba de elefante, mas dá pros gastos!

_ Cresce até que idade, pai?

_ Acho que até uns vinte anos... Não tenho certeza...

Fiquei pensativo, curioso... Doido pra ver o pau dele. No meio daquela conversa descontraída, ele enfiou a mão dentro do calção, Mesmo coberto com o edredom, era possível perceber por conta do movimento do braço. Não era uma punheta... Apenas apalpava a rola. Pensava em como fazer para ver, mas não surgia nenhuma idéia. Ele voltou ao assunto...

_ Mas você vai escutar muitos colegas se gabarem de terem o pau assim, assado... sempre destacando o tamanho. Não ligue pra isso. Primeiro por que na maioria das vezes é mentira! E depois, por que o tamanho não é mais importante que o desempenho. Quanto maior for seu desempenho, menor importância o tamanho do pau vai ter. Eu tinha um amigo de time, cujo pau era o menor de todos. Mas as mulheres eram loucas por ele. Ele saia comendo todas. E o que tinha o maior, quase nem namorava... e as meninas que saiam com ele falavam mal do cara pra caramba! Que não subia, que demorava a gozar... Claro que isso não é regra!

_ Eu não ligo pra isso, não. Eu acho que o meu ta bom de tamanho...

_ Então... tranqüilo!

Silêncio novamente. Agora eu tinha certeza que estava duro! O meu também estava ficando... Eu estava com os olhos fixos naquela direção e percebia que ele, de vez em quando, olhava em direção ao meu rosto e notava que eu estava olhando. Para deixar mais claro o que eu queria, meti a mão em meu calção e fiquei fazendo como ele.

Pouco a pouco os movimentos dele iam ficando mais fortes e até a cabeça do pau ficava marcada quando por baixo do edredom ele deixava o pau bem vertical, formando aquela barraca. Eu estava para não agüentar mais... Com a voz falando pelo nervosismo, eu pedi:

_ Pai...

_ Hum?

_ Não... nada!

_ Fala, Nandinho... que besteira é essa agora?

_ [Risos] O senhor vai achar que eu não tenho mais idade pra isso!

_ [Risos] Fala, filho!

_ Eu fiquei aqui lembrando de quando eu era pequeno... aí me deu vontade de... de... deitar em seu peito... Mas deixa pra lá!

_ Meu filho... que bobagem! Venha pra cá... [Risos] Ora! Deixe só eu ajeitar minhas pernas aqui...

Eu deitei com a cabeça encostada em seu ombro. Ele passou a fazer carinhos em meus cabelos e, de vez em quando, dava um beijo na minha cabeça. Eu, com receio, deixei a parte da pomba afastada dele.

_ Pra mim, filho, você sempre será o meu filhinho...

_ [Risos]

Comecei a alisar os cabelos do peito dele e a fazer carinhos nos mamilos. Ele estava de olhos fechados... Eu fui, bem calmamente descendo a mão e fazendo carinho na barriga, no umbigo... desci mais um pouco... Ele suspirou.

Eu estava sem controle dos meus desejos. Era mais forte que eu. Meu pau letejava, minha respiração estava profunda. Meu coração parecia que ia sair do peito. Decidi que o momento era aquele. Fiquei mais confiante ao concluir que, se até ali ele não interrompeu, era sinal verde.

Levantei a cabeça em direção à dele, sem afastar do seu ombro. A dele estava para trás, mas ao perceber o movimento da minhi, ele direcionou-a à minha. Ficamos nos olhando por intermináveis dois ou três segundos. Sem desviar o olhar, segurei sua rola. Ele segurou um suspiro...

_ Filho...

Antes que ele falasse mais, encostei meus lábios aos dele – que, neste momento, se entregou ferozmente beijando-me com força, com fome... Aquele parecia o último beijo de nossas vidas tamanha a entrega, a ferocidade que imprimíamos . Ele puxou meu corpo e fiquei sobre ele. Agora, esfregávamos nossos corpos contra o outro enquanto nos beijávamos. Ele escapou de minha boca, mas as mãos me apertavam o corpo. Gemeu, enquanto lambia minha orelha:

_ Filhoooo... Meu amor... Ahrrrrrrr... Não faz isso comigo! Ahrrrrrrrrrr...! Que loucura!

Ao ouvir aquilo, que significava o contrário do que era dito, deslizei sobre ele e cheguei com o rosto ao seu cacete. Segurei-o firme e passei a língua da base à cabeça. Olhei para ele e vi que ele observava tudos os meus movimentos... Pus a língua para fora e olhando em seus olhos, envolvia a cabeça de sua rola com meus lábios. Fiz carinhos circulares com a língua enquanto ele soltava uma babinha salgada...

_ Ahrrrrrrrrrrrrrr...! nandinho! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Chupa! Chupa gostoso! Issssssssssssss...!

_ Hummmm...! Hummmm...! Ahh! Hummmmmm...!

Dei umas três chupadas fortes, engolindo mais da metade daquela rola... voltei a olhar para ele...

_ Quer que eu chupe é, paizão? Hum? Fala pra mim, fala!?

_ Quero! Quero muito! Chupa a pica do pai! Assim como você fez... Chupa!

_ Assim? Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...! É? Assim é bom? Ou é melhor se eu engolir todinha, assim? Hummmmmmm...! Ohwwwwwwww...! Ohwwwwwwwww...! Hummmm...! Hummmm...!

_ Ahrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ai, que delícia! Que loucura, filho! Isso, engole! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...!

_ E essas bolas? Hummmm...! Hummmm...! É bom assim? Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...! Heim? Isssss...!

_ Ahrrrrrrrrrrrrrr…! Que delícia, Nando! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrr…!

Comecei a lamber toda aquela parte do seu corpo, mas quando chegava abaixo do saco e nas virilhas meu pai ia à loucura. Deixei tudo bem babado... Voltei para a rola...

_ Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...! Cacete gostoso! Hummmm...! Hummmm...! Delícia! Issssssssssssssss...!

_ Ahrrrrrrrrrrrrrr...! Isso! Ahrrrrrrrrrrrrrr...! Só pode ser um sonho! Ahrrrrrrrrrrrr...! Vem aqui, vem! Me dá outro beijo gostoso!

_ Eu te amo, pai!

_ Quanto tempo eu sufoquei, calei, sofri desejando você! Quanto tempo! Não sei se é sonho... mas, sendo ou não sendo, eu quero saciar todos os meus desejos...

Mais uma vez nos beijamos... Agora com mais vontade ainda. Depois ele pediu:

_ Fica virado para minha rola... Quero sentir o gosto da sua...

Logo que senti meu pau dentro da boca do meu pai, pensei que ia gozar. Meu corpo estremeceu inteiro. Ele chupava com vontade e eu correspondia. As chupadas faziam barulho, barulhos intensos, mas, naquele instante, parecia um coral de passarinhos.

Nunca pensei de um dia chupar e nem ser chupado por outro homem, principalmente esse homem sendo meu pai. No entanto, só depois tive a consciência de que eu o desejava há muito tempo, mas não reconhecia isso. Achava que era uma admiração de filho. Só quando passei a ter vontade de ver sua rola dura é que “a ficha caiu”. E sentir aquele prazer era coisa indescritível. Nenhuma palavra consegue ser exata para nomear aquela sensação. A vontade é de gritar, de voar, de entrar com todo o corpo no corpo do outro... Gemíamos com sofreguidão:

_ Hummmm...! Hummmm...! Pai! Ahhhhhhhhhhhhh...! Delícia! Hummmm...! Ahhhhhhhh...!

_ Meu filhote gostoso! Hummmmmmmm...! Hummmmm...! Gosta de ser chupado, filhote? Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...!

_ Adooooooro! Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...! Chupa! Hummmm...! Hummmm...!

Num movimento rápido, meu pai fez meu corpo avançar e voltar, dobrando meus joelhos, de modo que minha bunda ficasse de frente para seu rosto. Foi algo muito rápido mesmo que, quando dei por mim, sua língua parrava em torno do meu cu, lambendo minhas preguinhas...

_ Ahhhhhhhhhhhhhh...! Paizinho, que coisa deliciosa! Ahhhhhhhhhhhhh...! Isssssss...!

_ Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...! Tá gostoso, ta? Hummmm...! Hummmm...! Gosta da língua do pai no cuzinho? Isssssssssssss...! Que cusinho lindo! Hummmm...! Hummmm...!

_ Gosto! Ahhhhhhhhhhhh...! Que delícia! Ahhhhhhhhhhhhh...!

_ Pisca o cuzinho pra eu ver. Pisca! Isssssssssssssssss...! Que maravilha! Pisca mais, meu tesão! Issssssssssssss...! Assim, safado! Agora sente a língua entrando! Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...! Hummmm...! Isssssssssssssssss...! Gostou?

_ Ohwwwwwwwwwwwwww...! Ahrrrrrrrrrrrr...! Mais, pai! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Muito gostoso!

_ Vou botar o máximo que eu posso! Hummmm...! Hummmmmmmmmmmmmmm...! Ohh... O cuzinho gostou tanto que mordeu minha língua! Safado!

_Issssssssssssssssssssssss...! Ahrrrrrrrrrrrrrrr...! Mete a pica! Vai pai! Quero sentir sua rola, mete?

_ Vem pedir aqui... pertinho de mim!

Ele sentou encostado na cabeceira e com as pernas esticadas e eu sentei em cima das suas pernas, encostando sua pomba à minha. Ficamos cara a cara.

_ Pede! O que é que você quer? Hum? [Beijo]

_ Eu quero [Beijo]... sua pica [Beijo]... dentro [Beijo]... do meu cuzinho! [Risos]

_ Quer mesmo? [Beijo]

_ Quero! [Beijo]

_ Todinha? [Beijo]

_ Todinha! [Beijo] Lá dentro! [Beijo]

_ Pois fica de quatro, na beiradinha da cama... safado!

_ Aqui, pai! Aqui...

_ Por quê?

_ Eu quero ver pelo espelho esse rolão me invadir! E essa sua cara de tarado gostoso!

_ É? Quer ver minha pomba arrebentar essas preguinhas, é? Você está me saindo um safadinho! E eu gosto disso! Se é pra ver... Melhor de luz acesa... [...] Agora abre essas perninhas! Isso! Deixa eu relaxar esse cuzinho com a língua! Vê ali o pai chupando seu buraquinho... Hummmmm...! Hummmmm...! Issssssssss...! Safado! Isso, rebola! Hummmm...! Hummmmm....!

Meu pai abriu o guarda-roupas e pegou um tubo de lubrificante. Meteu um dedo...

_ Ohwwwwwwwwwwww...! Ai, pai! Hummmmmmmmmm...!

E depois outro... até chegar a três. Ele socava fazendo movimentos giratórios com os dedos...

_ Hummmmmmmmmmmm...! Ahhhhhhhhhhh...! Owh! Mete logo essa rola, pai! Mete!

Pelo espelho eu vi meu pai passando o lubrificante até a metade da rola, segurando-a com firmeza e esfregando na entrada do meu cuzinho. Fazia uma cosquinha gostosa que aumentava a vontade de senti-la me arregaçando. Ele olhou para o espelho e viu que eu estava olhando. Então ele encostou a cabeça da rola bem nas minhas pregas e afastou um pouco o corpo para que eu visse a pica bem reta colada no meio da minha bunda...

_ Tem certeza que quer? Aguenta?

_ Quero! Enfia gostoso!

_ Sente a cabecinha entrando...

Caralho, que dor da porra! Não fazia idéia que doeria tanto!

_ Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...!

_ Calma... Relaxa! Isso! Que delícia sentir a cabecinha dentro... Vou ficar parado e você vai controlando a entrada! Isso! Hummm...! Vai! Hummm...! Gostoso demais! Olha no espelho! Metade já foi!

_ Ahrrrrrrrrrrrr...! Isssss...! Tá passando! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Delícia, paizinho! Ahrrrrrrrrr...!

_ Olha ali... Falta pouquinho! Hummmmmmmmm...! Que cuzinho arrochado! Hummmm...! Pronto! Minha rola sumiu nesse cuzinho! Agora é minha vez! Olha ela saindo!

_ Ahhhhhhhhhh...! Pai, eu agüentei isso tudo? Ahhhhhhhhhhhhh...

_ Tudinho! Vai entrar novamente! Hummmmm... E sair! Hummmmm... E entrar! Agora você vai ver o que é uma fodida!

Meu pai levantou uma perna, apoiando-a na cama. Posicionou-se e meteu com tudo... E aí, o motor disparou... Ele socou e tirou com tudo... várias vezes... E eu sempre querendo mais! Eu estava louco! Louco de tesão!

_ Ahrrr! Ahrrr! Ahrrr! Ahrrr! Ahrrr! Isso, pai! Fode! Fode! Ahrrr! Ahrrr! Ahrrr! Delícia de rola! Ahrrr! Ahrrr! Ahrrr! Ahrrr! Mais forte! Ahrrr! Ahrrr! Ahrrr!

_ Toma! Toma! Gostoso! Cuzinho safado! Engolindo minha pica inteirinha! Toma! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Esse cuzinho gosta de pica, é? Olha como ele engole inteirinha! Hummm...! Hummm...!

_ Delícia! Ahrrr! Ahrrr! Mais! Mais forte! Ahrrr! Ahrrr! Ahrrr! Mete gostoso, paizão! Mata minha vontade! Ahrrr! Ahrrr! Ahrrr!

Meu pai, mesmo com o ar ligado, suava! Estava frenético! Eu gemia, urrava... Estava muito gostoso... Não consegui mais agüentar...

_ Pai... Pai... Vou gozar!

_ Quero gozar na sua boca...

_ Vem! Tô gozando! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...!

_ Abre a boquinha! Isso! Isssssssssssssssssssssssssss...! Ohwwwwwwwwwwwwww...! Ahh!

_ Ahhh... Pai, que delícia! Nunca trepei com tanto gosto!

_ Foi, sem dúvidas, a minha melhor! Olha o pau nem baixa!

[Gargalhadas]

_ Vamos tomar uma ducha, filhote.

_ Só se eu ganhar um beijo!

Mas o melhor estava por vir...

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Comentários

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me add no msn sou seu fã ed41sm@hotmail.com

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Muito bom como sempre, espero a continuação !

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Excelente! Gostei muito!

P.S.: rsrsrrrs... Achei graça do comentário desse Minx... rsrsrsrs... Além de preconceituoso é burro! Ele quer que o rapaz conte a verdade num CONTO? Alguém tem que avisar para ele que em contos ele não achará verdades... Isso ele encontra em depoimentos, diários, notícias... CONTO é LITERATURA!

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Maravilhoso, sei que é trabalhoso, mas você precisa continuar os outros também e claro não esquecer de continuar esse que está demais.

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Pôxa demorou. Estou aguardando a continuação do Padrasto, acabou ali? Vouesperar aciosamente a continuação desta.

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