Como expliquei no conto anterior, uma bronca especialmente cruel da minha mãe mudou minha vida. Não que tenha ficado traumatizada, nada disso. Acontece que precisava, daquela, digamos, humilhação, para começar a amadurecer.
Meu apetite sexual era intenso desde muito cedo. Ainda era criança quando, por instinto, passei a me tocar. Inicialmente, sem saber direito o que fazia. A prática e consciência do ato, no entanto, não mudou o caráter meio inocente daquelas carícias. Nunca ia muito além, apesar de saber que podia colocar “para dentro” muito mais que um de meus dedos.
Isso era o único prazer físico que tinha. Apanhava na escola dos alunos mais velhos, em casa batia nos meus irmãos e por isso apanhava da minha mãe. Era um círculo vicioso. Minhas notas desciam em queda livre no boletim quando resolvi revidar as agressões na rua.
O esculacho da minha mãe “Feia, burra, pobre e ainda por cima chata!” não saía da minha cabeça. E assim como fiz com o filho da vizinha, sentia que tinha que revidar.
Nunca me senti bonita mesmo, mas sabia que burra, definitivamente não era! Então decidi que teria que ser ainda “mais inteligente” e dar um jeito de ser “desejada”. A primeira medida foi ler vorazmente. E logo fiquei viciada em acumular conhecimentos gerais.
La os livros de geografia e de história como quem lia romance, lia os romances de banca de revista da minha mãe como quem lia documentários, lia aquelas revistinhas em preto e braço do Carlos Zéfiro como quem lia manual de instrução e por aí comecei a conhecer um pouco mais as idiossincrasias da alma humana.
Com a carga sexual que levava na alma e as informações que acumulava, me perdia em devaneios onde era a mais safada de todas as meninas, mas tudo isso absolutamente na teoria.
Na prática, os meninos nem me notavam e se notavam eram para me ridicularizar.Também me sentia deslocada entre as meninas, todas muito vaidosas disputando a atenção dos mesmos meninos que me azucrinavam.
Resultado: virei um menino de saias! Me aproximei dos garotos do fundão, agia como eles e não me preocupava com minha aparência porque eles, ao me verem como uma igual, não se importavam se meus cabelos pareciam os de um poddle.
Cresci acumulando conhecimentos dos livros e do universo masculino, mas minha experiência prática, era nula. Em compensação adorava ouvir as histórias dos meninos de como beijaram fulana ou sicrana, de como desprezavam as garotas muito frescas, que ficavam choramingando que não queriam e no fim queriam até mais que eles! Ríamos muito! Mas no fundo eu anotava mentalmente todas aquelas críticas.
Apenas aos 14 anos de idade, quando meus cabelos por força do comprimento tinham se acalmado e “não queriam mais fugir do couro cabeludo”, quando minha cintura afinou e meus seios já impressionavam por “desafiarem a lei da gravidade” e, principalmente, quando aprendi a usar o olhar, aconteceu o primeiro beijo.
Para mim não teve o mistério e as emoções que as meninas falavam, pois já tinha ouvido tanta besteira que acreditava que tudo não passava de alegorias para enfeitar a coisa.
Então desenvolvi o hábito de focar meus devaneios nos caras mais bonitos que conhecia. Já estava consciente e conformada por esses fantasias não passarem de fantasias, afinal, acreditando não ter beleza física, controlava muito bem os meus instintos mais primitivos, sempre à flor da pele, para não cair no ridículo ou vulgar.
Assim, um dia fui à praia com algumas primas mais velhas. Todas estavam ouriçadas por um cara muito bonito sentado ali perto. E resolvi colocar um pouco do já sabia, por instinto, em ação.
Do subterrâneo da minha insignificância, cravei os olhos nele e como um felino predador, fiquei apenas observando com atenção. O cara começou a olhar cada vez mais em nossa direção e, às vezes, baixava a cabeça sorrindo e comentava alguma coisa com o companheiro. As minhas primas se empolgaram e até esqueceram que eu estava por perto. E nem de longe suspeitei que tinha sido notada.
Cansei daquele alvoroço besta e fui dar um mergulho. Não demorou muito e o cara estava ao meu lado. Aproveitei para aplicar toda a teoria que tinha acumulado na prática. Sorria de soslaio, dava uma que não estava muito interessada, mas que estava pagando para ver e falava isso através de indiretas bem diretas... Não demorou muito e estávamos nos agarrando dentro d’água. Foi incrível. Quando Arthur, esse era o nome dele, resolveu que podia avançar e tirou o pau dele pra fora da sunga, dentro d’água, eu o segurei para ter idéia do volume, massageei um pouco e, de repente, largueio-o e saí nadando. Ele ficou dentro d’água para terminar sozinho o que eu tinha começado.
Quando voltei para a praia, as minhas primas mais velhas me repreendiam por eu tinha sido “fácil demais” e no fim das contas o “cara nem era tão bonito assim...”. Pensei: Ai meu Deus! Quanta inveja!
Começou uma nova fase em que, como sempre, sem me sentir bonita, descobria que tinha poder de sedução. Escolhia a vítima e mais cedo ou mais tarde eu a “abatia” como diria meus companheiros de molecagem.
Com o tempo, na falta de “carne nova no pedaço” serviriam meus amigos mesmo E assim teria início uma seleta rede de amigos coloridos. Mas isso, foi bem depois.
Eles tinham me tomado como ombro amigo e quando enchiam o saco do universo feminino, ou levavam um pé na bunda eu os confortava com cafunés, beijos e alguns amassos. E quando eles queriam “mais”, me despedia, afinal, eu que não ia me tornar banco de reserva sexual de seu ninguém. Uma das táticas para dificultar um avanço além do meu autocontrole, era usar calças jeans apertadas. Assim, o cara podia até baixar o zíper e me bolinar, mas até ele tirar tudo para “me convencer” a uma penetração, eu já estava em casa brincando com meus dedinhos, rs.
Me tornei muito orgulhosa e de certa forma maquiavélica! Por fora era “gostosinha” sim, mas muito “normalzinha”. Igual a mim, se encontram às pencas por aí, com suas mini-saias, mini-blusas e badulaques.
Mas nem sempre a gente ganha nessa vida e minha autoconfiança demasiada foi o motivo duas grandes lições. A primeira era que apesar de me sentir superior às outras meninas, eu tinha as mesmas frescuras quando gostava mesmo de alguém. Era orgulhosa, egoísta e não dizia o que sentia às claras.
Aprendi isso quando perdi o meu primeiro grande amor. O conquistei da mesma forma que muitos outros, olhares de águia, discrição e papo instigante, poucos meses depois do primeiro beijo na praia. Mas para mim ele era especial. Entretanto não lidava bem com uma diferença de quase 10 anos de idade.
Eu sabia que ele realmente gostava de mim por me respeitar até as últimas conseqüências, mas nenhum homem resiste muito tempo à carga erótica que eu lhe impunha, sem ir às vias de fato. Eu me entregava tranquilamente à todas as suas carícias, retribuía seus beijos e o provocava como se fosse uma mulher sexualmente experiente. No entanto, era virgem.
Ele soube disso no dia em que quebrei o protocolo da calça jeans. Quando chegou à minha casa, eu usava um vestido branco de Brin. Como eu, o vestido era discreto. Cobria meus joelhos em mais de um palmo e tinha um decote em V extremamente conservador em contraste às costas semi-nuas, mas muito bem protegidas por duas tiras largas do tecido que formavam um “x”.
Ele ficou surpreso e maravilhado com a diferença no visual. As coisas prosseguiram como sempre e lá pelas 22h quando minha mãe me chamava e eu respondia “já vou” começou “despedida”. Como sempre, os beijos começavam mansos, longos, lentos, entrecortados por comentários carinhosos e aos poucos, conforme o tesão ia aumentando, iam ficando mais agressivos. Daí ele descia até meus seios e os mamava com satisfação, mas logo recuava, lembrando da minha idade e depois “perdia o controle” novamente, etc. Apesar de me deliciar com tudo aquilo, sempre estava alerta para o caso de ele perder o controle.
Naquele dia ele não pôde se divertir com meus peitos, pois o vestido era bem apertado naquela região do corpo, massagear os mamilos sob o tecido grosso não tinha muita graça, então ele começou a mover as mãos erraticamente pela minha cintura, costas e quadril. Lentamente as mãos avançavam em direção à minha xaninha e recuavam espontaneamente para depois avançarem um pouco mais. Assim, finalmente ele encontrou sob o vestido, minha calcinha. Olhou para mim com uma cara divertida de cachorro pidão e levantou a saia. Então comentou baixinho consigo mesmo, “Calcinha de renda...”. Cheio de escrúpulos, ele baixou a saia e voltou a me beijar. As mãos presas à minha cintura como se estivessem acorrentadas.
Tamanho respeito me deixou mais confiante e certa de que ele mesmo não queria avançar o sinal, apesar de todo desejo contido nos beijos. Mudei de posição, colocando os dois joelhos afastados paralelamente, as pernas dobradas para trás e o troco lado a lado ao dele, de forma que uma de suas mãos alcançava naturalmente minha bucetinha.
Não demorou muito e ele estava lá, alisando minha xaninha por cima da calcinha, depois de algum tempo, ele decidiu afastar o elástico e tocar meu clitóris com os dedos nus. nessa hora soltei um gemido involuntário e em seguida ele parou para olhar os dedos, estavam todos muito molhados. Aquele líquido transparente e viscoso puxava fio quando ele deslizava o dedão pelo indicador e dedo médio, num movimento parecido com sinal de dinheiro... Parecia maravilhado com o que via. Como se uma mulher com saúde física e mental depois de tantos beijos não fosse estar totalmente encharcada...
Rapidamente ele voltou a me beijar e desceu a mão novamente pronto para ir “onde jamais alguém esteve”. Percebendo a intenção, rapidamente parei o movimento da mão dele e, sem deixar de beijá-lo, movimentei-a como costumava fazer com minha própria mão, então ele parou e me olhou nos olhos... Entendo a pergunta sem palavras, respondi que sim.
Pronto. Era o fim do namoro. Ele sabia que do jeito que as coisas iam, se continuasse comigo, iria me deflorar. E não ia demorar muito. No dia seguinte não foi à minha casa e só voltou no fim de semana seguinte. Chegou sorrindo como sempre, mas ao me ver sorrindo e saltitando como uma criança, ficou sério. Sentou numa das cadeiras do terraço e rompeu o namoro.
Disse que não podia continuar e dava desculpas esfarrapadas me olhando nos olhos quase implorando para desmenti-lo. Por dentro eu sabia o motivo verdadeiro, mas, não conseguia articular isso verbalmente. Por fora, lamentei timidamente, mas não demonstrei qualquer tristeza.
Quero crer que ele tinha esperanças de que eu, de alguma forma, o convencesse do contrário, mas eu pensava no quanto meus amigos desprezavam as meninas que se humilhavam. Então, paralisada pelo preconceito, agia sem demonstrar o desespero da minha alma.
Na hora de costume, minha mãe chamou e eu me aproximei fazendo uma rápida massagem em seus ombros. Tinha o coração em pedaços, mas minha intenção era apenas me despedir com apenas um beijinho no rosto dele. No momento em que me curvei para beijar seu rosto, ele me agarrou, me colocou no colo e me beijou vorazmente. Nos jogamos no chão rolando de um lado para o outro num frenesi desesperado. Estava mais uma vez de calças jeans e ele me bolinava por cima do tecido grosso, nos espremíamos como dava, com os jeans incômodos (o meu e o dele) e mesmo assim consegui gozar. Percebi que ele também havia gozado e antes que ficasse evidente através do jeans, ele foi embora. De vez.
Passei longos anos imaginando, enquanto me masturbava, tudo que poderia ter dito, tudo que poderia ter feito depois do rompimento, tudo que poderíamos ter feito se não fosse o rompimento. E enquanto curtia e alimentava essa paixão platônica, usava os meninos como bem entendia, sempre impunemente.
A vida me deu nova lição aos 16 anos, quando encontrei um sujeito que não estava a fim de ser usado e gostava mesmo era de usar. Ele, bem mais experiente e, bem mais canalha do que a maioria dos homens sabia enrolar até as metidas a espertinhas como eu e me tirou o cabaço. Sem cerimônia, sem nenhum glamour, sem sedução ou qualquer coisa que sirva para um conto provocante. Não chegou a ser violento, mas levando em conta que fui enganada, considero o que ele fez um estupro.
Depois disso, não mudei minha postura, mas passei a ser um pouco mais generosa (ou cuidadosa) com os caras e alegando e alardeando virgindade, deixava-os irem um pouco além, chegava a ficar só de calcinha (era muito comum não usar sutiã, só usava em caso de roupa transparente) e aprendi a fazer sexo oral para não deixá-los no “ora veja”. Desnecessário dizer que, conforme envelhecia, encontrar caras que se contentassem com isso era cada vez mais difícil e minhas aventuras passaram a ser de raras a nenhuma.
Assim, Cleiton foi a minha estréia sexual, de fato. Nada antes disso considerei, de fato, sexo. Só aventurinhas.
Apesar de acreditar sinceramente nas minhas palavras, quando disse que aquela aventura seria curta, não podia ignorar que queria mais.
Meu orgulho me dizia que tinha que manter minha palavra de que seria um único encontro, mas pensando nas lições que já tinha recebido da vida, recapitulei. Lembrei de como perdi tudo de bom que um cara que realmente gostava de mim podia me proporcionar por medo de falar o que sentia. Tinha pensado nisso quando tomei coragem de mandar o “e-mail da madrugada” e pensava novamente para mandar outro e-mail.
Então expliquei para o Cleiton de modo complexo que queria mais. Mantinha minha palavra sobre não querer interferir no casamento dele, mas queria mais.
A resposta foi definitivamente positiva, ele concordava em número, gênero e grau... Mas as eleições se aproximavam, a disputa era acirrada e tínhamos reuniões após reuniões, algumas muito tensas. Nossos olhares se cruzavam, mas não tínhamos tempo para nada além disso. Sair no meio da tarde como tínhamos feito estava fora de cogitação. O meio publicitário é muito maledicente, qualquer suspeita vira uma fofoca sem precedentes e em princípio de carreira, definitivamente não queria ser associada àquele tipo de aspirante que trepa com o patrão pra conseguir subir na vida. Não era o caso, mas quem acreditaria?
Então resolvi espalhar por aí que estava indo mal na faculdade porque meu computador havia quebrado e blá, blá para conseguir um álibi para ficar na agência até mais tarde.
No meu primeiro dia, depois das 18h, vi que ainda ficava muita gente na agência e tudo que podia fazer era esperar o tempo passar para Cleiton me oferecer outra carona. Também tinha que fingir que digitava ferozmente, (afinal tinha trabalhos da faculdade atrasados para terminar), então teclava com Cleiton pelo MSN. Ficávamos testando os conhecimentos um do outro enquanto nos provocávamos. Como sempre, apesar da carga sexual do nosso diálogo, não havia baixaria nem palavrões e mesmo assim eu “derretia” na sala ao lado.
Quando passava das 19h ficamos quase a sós na agência. Então ele me perguntou pelo MSN: — “Conhece Joe Cooker?” Ao meu não, ele respondeu: “Minha música preferida é You Can Leave Your Hat On e colocou a música no volume máximo. Disse: “Fico lhe imaginando me matar de tesão ao tirar sua roupa, peça por peça, e antes de morrer eu dizer que você não precisa ficar nua, pode ficar com seu chapéu...”
Aí eu não resisti. Saí da minha sala e invadi a dele, dando-lhe um belo susto e antes que ele pudesse reagir, um beijo semelhante ao que ele havia me dado quando tudo começou, só que muito mais curto. E disse: — vou embora. Vou pegar um táxi e lhe espero no último barzinho antes da reserva.
Quando ele chegou, não havia muito tempo para nós, então não podíamos perder tempo indo para motel. Ele me levou a um lugar um pouco mais escuro e encoberto de vegetação, bem próximo do local do nosso primeiro encontro. Dali podíamos ver os carros que passavam na pista logo a frente, mas quem passava nem suspeitava de nós. Diferente de antes, não contínhamos nossos desejos, queríamos mesmo era dar vazão a todo impulso contido por semanas a fio. Nos beijávamos vorazmente e arrancávamos nossas roupas de maneira atrapalhada, estava escuro e apertado. Não dava para acender a lâmpada interna do carro, isso nos denunciaria.
Só contávamos com um manto azulado que vinha da lua e deixava tudo muito mais excitante.
Fiquei nua, mas ele conservava as calças, com o zíper aberto. Mais uma vez recebi um banho de gato fantástico. Ele agia de forma desconcertante. Prosseguiu de um seio a outro, depois para a barriga, em seguida para as coxas e coroou a expedição chegando ao meu clitóris em tempo record, mas sua língua e a maneira como beijava e me chupava continuava lenta e provocante. Entre uma lambida e uma chupada distribuída pelo meu corpo eu o puxava pelos cabelos para beijar-lhe a boca, mais uma vez enlouquecida de tesão.
Eu queria chupá-lo, mas o espaço era apertado, então o fiz se sentar e me encolhendo em posição fetal, com a cabeça apoiada em seu colo, comecei a lamber aquela tora. Naquela posição ele tinha livre acesso à minha buceta e me masturbava como nenhum outro tinha feito: enfiando os dedos. Primeiro apenas um depois dois e depois passou a tocar com o dedão meu clitóris e com o dedo mínimo o meu cuzinho, enquanto os outros três dedos entravam e saíam fácil da minha buceta, como sempre, encharcada.
Nossa que loucura! Eu queria sentir o pau dele no lugar dos dedos, mas não dava para simplesmente sentar naquele caralho, ele era muito volumoso e o carro apertado. Então não sei como chegamos à essa posição mas eu fiquei com a cabeça apoiada na janela da porta e as pernas semi-flexionadas para manter meu corpo mais ou menos no mesmo nível dos ombros, ele apoiava um pé no assoalho e o joelho no banco do carro. Com a mão esquerda me ajudava a me manter na posição e com a direita tentava meter o membro dele, que mais uma vez tinha dificuldade para passar pela entrada apertada da minha buceta.
Quando a cabeça entrou, mais uma vez ele teve aquele momento de silencio. Era como se tirasse meu cabaço outra vez. A sensação era essa porque da primeira vez deu trabalho para entrar, mas depois tudo ficou mais fácil. E naquele momento acontecia novamente.
Foi uma canseira para aquela coisa conseguir me invadir denovo. Como a posição não ajudava, Cleiton se viu obrigado a ser cada vez menos gentil até que o pau entrou de uma vez só, pela força que foi preciso fazer e então ele parou para se certificar de que estava tudo bem, de que não tinha me machucado. Era difícil ver a expressão um do outro, mas nosso entendimento prescindia de palavras, então dei uma reboladinha e imediatamente ele soube que podia continuar.
Ele meteu muito gostoso, mas não por muito tempo, essa era a única posição que encontramos e não era exatamente confortável, especialmente para mim, mesmo assim, não queria parar porque estava tomada pelo tesão e não sentia o esforço que meus músculos faziam.
Ele aumentava e diminuía o ritmo das estocadas. Em certos momentos, para descansar minhas pernas Cleiton ficava parado, me suspendia e passava a me puxar pelos quadris de encontro ao seu caralho, mantendo o ritmo, mas invertendo o corpo que se movimentava. Acho que é assim que se faz com uma boneca inflável, mas até essa analogia me excitava.
Eu, acostumada que era a suportar o tesão até um nível assustador, nem dava sinais de que iria gozar, apenas usufruía daquela sensação, um misto de prazer físico e emocional que me levava à beira da insanidade, mas a posição também não estava confortável para ele. Estava com o pescoço torto e a cabeça pressionando o capô do carro... Então perguntou se podia gozar e concordei, mas avisei que não estava usando anticoncepcionais e o recado foi entendido.
Ao tirar o cacete das minhas entranhas experimentei, mais uma vez, aquela sensação de raiva ao ser despojada de um prazer. Acho que deve ser isso que os bebês sentem, quando lhes tiram o peito antes da fome saciada.
Cleiton esporrou nos meu seios com muito cuidado para que nada escorresse no carro. A mancha seria facilmente identificada. Depois com as duas mãos, espalhou a porra pelo meu corpo como se fosse um creme hidratante até a pele absorver a umidade. Dessa forma eu podia me vestir sem molhar nada e assim não deixar vestígios do que acontecera.
Adorei a idéia e comentei entre safada e divertida que ele já devia ter transado muitas vezes dentro de carros. A resposta foi um beijo.
Voltei para casa feliz e insatisfeita ao mesmo tempo, afinal, tinha sido delicioso mais uma vez, mas não consegui gozar. Aquela foi a primeira de muitas vezes que voltei para casa assim. Era como ir a um banquete, me divertir, provar de tudo e voltar com uma pontinha de fome pra casa. Mas minha insatisfação também tinha a ver com o fato de estar irremediavelmente viciada em um homem casado. Assim, eu não conseguia resistir ao impulso e ao mesmo tempo não conseguia atingir o orgasmo. E à medida que isso se repetia começava a me sentir no banco de reserva sexual de Cleiton. Começaram as brigas.
Mas isso fica pra depois.