Escrito nas estrelas.
Esse conto é meio diferente. Mas as coisas aconteceram diferentes mesmo e eu não posso mudar a verdade. Então vamos lá. Eu me chamo Gabriel. Tenho 1,86 de altura, fui vermelho quando era moleque, mas meu cabelo escureceu e agora é castanho avermelhado. Sou liso de corpo mas tenho muito pentelho, as minhas pernas são bastante cabeludas e a minha barba é fininha mas cerrada. Meu pau tem... Não vou dizer o tamanho do meu pau, mas ele não é grandão como os de crioulo de filme pornô, mas também não é pequeno. Basta dizer que ele não faz vergonha. Meu olho é esverdeado como o de todos os caras vermelhos. Estou com 23 anos, mas tenho cara de menos, uns dezenove/vinte, por aí. Sou magrela, mas o meu corpo é bem formado por força da natação que eu fiz a vida toda (e ainda faço quando tenho tempo). Sou advogado e trabalho num escritório que me paga mal pra caramba. Fazer o que? Sou recém formado e estou aí para ser roubado mesmo. Mais tarde eu tiro a forra. Entre as coisas de que eu gosto está o futebol, troço de macho como se sabe, e musica erudita, também chamada de clássica (tem nego que vai dizer: eu sabia, esse cara é o maior viadão, bla, bla bla. Foda-se, sou gay mesmo). É por esse motivo que tudo começou. Eu sou doido pela musica de Mahler, compositor alemão (quem quiser saber mais sobre ele vai no Google e no You Tube). Tem um festival de verão em Lucerna, na Suíça, onde rola musica de Mahler direto, tocada por uma orquestra composta em sua maioria por jovens e regida por um puta maestro. Era meu sonho ir no tal Festival, mas a constante falta de grana impedia o troço. Enfim acabei metendo na cabeça de ir lá. Para isso desisti de ir morar sozinho e abri mão das coisas de que eu gosto tipo: a) ervinha – passei a filar de amigo; b) cerveja – passei a tomar só nos fins de semana, aproveitando que o meu pai também curte e compra; c) motel – nunca mais fui a nenhum. Foda passou a ser no carro, troço incômodo mas não tem jeito. Roupa nova nem pensar e presente de aniversário só no meu. Comer fora nem no McDonald’s. Com essas medidas econômicas consegui economizar o suficiente para pagar a passagem, a estadia por uma semana (aluguei um quarto em casa de família, troço comum na Europa), as entradas para três espetáculos (em lugar merda, claro) e o suficiente para fazer uma refeição por dia. Assim me larguei para a Suíça ficando em Lucerna mesmo. Cheguei no sábado, dia do primeiro espetáculo que ia rolar de noite. O segundo espetáculo ia ser na quarta feira e o terceiro no outro sábado e planejava voltar no domingo chegando no Brasil na segunda de manhã. Superada essa parte “turística”. Vamos ao que interessa.
O primeiro espetáculo compensou todos os sacrifícios. Foi lindo. Me emocionei o tempo todo. Quando o troço acabou eu fui nos camarins ver se conseguia que o maestro assinasse o meu programa. Depois de muito empurra, empurra (levei vantagem sem cima dos gringos porque sou carioca acostumado a metro e ônibus cheio) consegui o autógrafo do cara. Ia saindo quando vi um grupo de caras, claramente músicos da orquestra que tinha acabado de tocar. Entre eles estava um cara lindo. Olhei para ele porque não só ele era muito bonito, mas porque o cara era bem do meu tipo, com o cabelo avermelhado que nem o meu. Mas o que aconteceu me pegou de surpresa. Eu encarei o cara e ele a mim. Até aí tudo bem, vivo sendo encarado, por nego mais velho principalmente por causa da minha pinta de moleque. Mas o que eu senti na hora eu nunca tinha sentido: um frio na barriga, uma vontade de chorar. Não era nada sexual. Não senti choque no saco, meu pau não deu sinal de vida. Foi emoção pura. O mais esquisito foi a idéia que me veio na cabeça: quero esse cara junto comigo pelo resto da minha vida. Fui me aproximando e o cara me encarando. Quando passei por ele mandei um “oi, tudo bem?” (em inglês porque alem do português não falo nenhuma outra língua). O cara deu um sorrisinho e respondeu um “tudo bem”, ao mesmo tempo que se afastava do grupo e vinha na minha direção. Paramos na porta e ele perguntou: “Então? Gostou?” Eu respondi: “Adorei. Fiquei com vontade de chorar várias vezes. Hoje eu realizei um sonho.” Ele não entendeu direito: “Sonho? Como sonho?” Eu mandei: “Eu vi um DVD com vocês tocando no Festival. Eu adoro Mahler e a interpretação de vocês me deixou doido. Então eu fiquei com vontade de vir. Acontece que eu ganho pouco e é muito caro para mim vir...” Ele me interrompeu: “De onde voce é?” Eu respondi: “Do Brasil. Sou brasileiro.” E ele: “Pensei que voce fosse americano pelo jeito de voce falar.” E eu: “Sou quase. Minha mãe é americana e desde pequeno que ela só fala inglês comigo. É por isso. E voce? É de onde?” E ele: “Sou alemão. Moro e trabalho em Munique. A gente não se apresentou. Eu me chamo Ernst, e voce?” E eu: “Gabriel, e moro no Rio de Janeiro. Sou advogado.” Ele falava um inglês perfeito, inglês de jovem, com gíria e tudo, mas com um sotaque alemão muito forte. Mas o importante não é isso. O jeito dele falar era suave, não falava muito alto, passava uma paz muito grande. Ele era da minha altura. A mesma cor de pele, a mesma cor de cabelo só que o dele é enroladinho enquanto que o meu é liso. E o verde dos olhos dele é mais forte do que o meu. No resto a cara dele é linda. Máscula, forte. Parece cara de grego de estátua. Falava me olhando dentro do olho. Aquilo mexeu comigo. Ficamos ainda conversando na porta um tempinho. Numa hora ele perguntou: “Voce já comeu?” E eu: “Comi como?” Eu não tinha entendido porque ele falou errado, mas logo explicou: “Voce já jantou ou vai jantar ainda?” E eu: “Vou jantar ainda. Eu só faço uma refeição por dia para economizar grana.” E ele: “Topa da gente jantar junto para continuar o papo?” Eu retruquei: “Só se for em lugar barato. Lugar caro não dá pra mim.” Ele riu: “Lugar barato, claro. Musico de orquestra não pode ir a lugar caro. Tem um restaurante de uns franceses que eu vou sempre. Comida barata e farta que, no seu caso, é importante porque voce só come uma vez por dia.” E riu alto. Saímos conversando em direção ao restaurante. Os meus sentimentos eram estranhos. Num primeiro momento eu fiquei emocionado com ele, mas agora já rolava um certo tesão. Do corpo dele eu não sabia nada porque ele estava de terno e gravata. Mas rolava tesão. Eu não sou chegado a tesões repentinos, salvo na praia quando rola um corpinho maneiro, uma bundinha bonita, uma mala de respeito na frente. Sou doido por um tipo de adolescente que não é magro nem gordo, é cheinho, principalmente pelos peitinhos que geralmente são grandes e estufadinhos. Enfim. Tesão ou não eu estava adorando conversar com o Ernst. Aquela primeira impressão se acentuava cada vez mais. O jeito dele falar me passava uma puta paz. Chegando no restaurante ele perguntou: “Posso escolher o que a gente vai comer?” E eu:” Claro que pode. Voce já conhece a comida.” E ele: “Vamos beber o que? Vinho ou cerveja?” E eu: “Cerveja. Não é porque vinho é mais caro mas é que eu sou louco por cerveja.” E ele: “As melhores cervejas são as belgas, mas são muito caras. Aqui tem uma cerveja feita lá na minha terra que é barata e é ótima, pode confiar.” E eu: “Onde é a sua terra?” E ele: “Bavária. Já tinha te dito.” Eu retruquei: “Voce falou que morava em Munique, mas não falou se tinha nascido lá.” E ele: “É verdade. Eu nasci numa cidade chamada Garmish que fica nos Alpes, pertinho daqui. Meus pais ainda moram lá.” E o papo foi por aí. Me disse que nasceu para ser musico. A dúvida era se ia estudar piano, como o pai dele queria, ou violino que era a preferência da mãe dele. Acabou optando pelo violino. Estudou primeiro na Cidade dele, depois foi para Munique e, finalmente, para Berlim, onde se formou. Voltou para Munique e atualmente toca na Orquestra da Radio Bávara. Nessa hora eu estava com o saco meio cheio do papo e resolvi mandar ver para saber se tinha chance de rolar alguma coisa. Assim é que olhando bem no olho dele mandei: “Eu sou gay.” Ele nem piscou e falou: “Eu também. Tenho um namorado há quase dois anos. Moramos juntos. Ele é arquiteto.” Nessa hora pensei comigo: me fodi porque o cara é amarrado em namorado. E ele, a partir desse momento, só falou no cara: que ele se chamava Heinrich, era super carinhoso e gentil, que desenhava bem pra caramba, que fazia um molho de macarrão maravilhoso e foi por ai, terminando por dizer que mais um pouco eles iam procurar um lugar tipo Canadá para se casarem mesmo. Cada coisa que ele falava me dava a certeza de que daquele mato não ia sair cachorro. De qualquer forma eu estava me sentindo tão bem na companhia do Ernst que até caguei, na certeza de que iria quebrar o meu galho na punheta mesmo. Acabamos de jantar e ele perguntou onde era que eu estava hospedado. Eu expliquei e ele conhecia o lugar (Lucerna, pelo tamanho, é fácil de se conhecer). Me levou até lá. Íamos nos despedindo quando ele perguntou: “O que voce vai fazer amanhã?” Eu respondi: “Nada. Vou ficar de bobeira andando por aí. Eu só tenho entrada para o espetáculo de quarta feira.” E ele: “Topa da gente se encontrar de novo?” E eu: “Claro. Diz aí.” E ele: “Eu vou tocar na quarta feira. Mas nos outros dias eu tenho ensaio que vai do meio dia até às seis da tarde. Voce podia me esperar na porta da sala de concerto e a gente batia um papinho e depois podia até ir jantar de novo.” E eu: “Fechado. Às seis vou estar te esperando. Até mais.” E ele: “Até.” Entrei e fui direto para o meu quarto. Mandei uma punheta, complicada porque o quarto não tinha banheiro, mas quebrei o galho esporrando na camiseta usada. A punheta teve como “tema” a cara do Ernst porque do corpo dele eu não tinha noção. Mas imaginação é imaginação e eu “construi” o alemão do meu jeito: pau médio, bunda arrebitada e coisas assim. Mas o que tinha me dado tesão mesmo era o jeito dele. Aquela forma calma de dizer as coisas. Aquela paz que ele me passava.
No dia seguinte passei o tempo todo dentro de uma livraria. Uma dica. Quem faz uma só refeição por dia não pode ficar andando, gastando energia. Às seis em ponto eu estava esperando o Ernst. Da porta da sala de concerto me sai uma aparição. Ele estava usando camiseta, jeans e tênis. A roupa muito justa, grudada no corpo que eu vi que era a coisa mais bem formada do mundo. Costas largas, cintura fina, dois coxões que marcavam a calça. Ele vinha sorrindo em minha direção: “E aí, brasileiro? Atrasei muito?” E eu: “Nada, acabei de chegar. Como foi o ensaio?” E ele: “Bom, muito bom. Na quarta feira voce vai chorar, garanto.” E eu: “Mesmo que vocês toquem mal eu vou chorar do mesmo jeito porque a 3ª. de Mahler é linda. Principalmente o último movimento que eu considero a musica mais bonita que já foi composta. Em qualquer tempo.” E o Ernst: “Também acho.” Aí eu mandei: “Onde a gente vai? Ainda é cedo para jantar.” Ele respondeu: “Vamos numa praça aqui perto. Tem uma porção de barzinhos. É o lugar onde a turma da droga fica. Mas fica frio que drogado suíço respeita a lei e a ordem.” Deu uma risadinha e continuou: “Voce curte?” E eu: “Só uma ervinha de vez em quando.” E ele: “O branco não?” E eu: “Não. Detesto. Fico muito agitado.” E ele: “Já usei de tudo. E muito. Quando eu fui para Berlim eu tinha quinze anos e era a primeira vez que eu ficava sozinho. O pessoal em Berlim é muito doido e eu entrei na onda. Mas nego não é doido só em droga, é em tudo. A gente passava o dia inteiro no Conservatório estudando e tocando musica clássica. Quando acabava o pessoal ia direto para o Rock. Eu ia junto. Com isso eu entrei na doidura. Meus pais tinham alugado um apartamento para mim e eu morava sozinho. Chegava tarde em casa e acordava cedo. Com isso eu não dava bola para arrumar o apartamento. Acredita que quando eu vim morar em Berlim eu trouxe dois jogos de lençóis. Só usei um. Isso do fim de maio até o Natal. Nem me lembrei de usar o outro, muito menos lavar. Quando começou a esfriar e depois veio o inverno eu aboli o banho. Aboli também trocar de roupa. Chegava e dormia vestido. No outro dia passava uma aguinha no cabelo e na cara e saia. Com isso eu fui ficando fedido. Mas ninguém notava porque todos faziam a mesma coisa e estavam fedidos também. Só fui notar no Natal que eu fui passar com os meus velhos. Quando eu cheguei em casa e a minha mãe abriu a porta o sorriso dela murchou. Resultado: fez eu tirar a roupa ali mesmo, ficar só de cueca e ir direto para o banheiro tomar banho. A minha roupa e tudo meu ficou do lado de fora.” Enquanto ele contava isso, ria pra caramba. Mas ele continuou: “Com o tempo, fui ficando mais velho e aquela doidura de Berlim foi enchendo o saco. Assim eu aprendi várias coisas: lavar e passar a minha roupa, tomar banho sempre, trocar a roupa de cama, fazer a minha comida. Isso eu não aprendi muito bem, preferindo comer enlatados. Já o Heinrich é craque na cozinha.” Nessa hora eu pensei: lá vem a porra do Heinrich de novo. E ele: “Hoje eu sou limpinho e asseado.” E ria direto. De repente ele perguntou: “Quantos anos voce tem?” Eu respondi: “23 anos.” E ele: “Não acredito. Pensei que voce tivesse vinte no máximo. Voce tem a mesma idade do que eu, porra.” E eu mandei: “Ontem voce todo vestidinho de terno parecia isso mesmo, mas hoje, com essa roupa, voce parece mais moço. Me diz um troço. Como voce sacou que era gay?” E ele, aí sério: “Foi em Berlim. Antes, como eu só batia punheta nem me ligava na coisa. Em Berlim aqueles malucos não tem preferência por sexo. O que pintar primeiro rola. Mulher ou homem. Mas eu fui vendo que quando eu estava com homem eu gostava mais. Aí eu saquei a coisa toda.” Nessa hora nós chegamos na tal praça. Era mesmo como ele tinha falado. Em matéria de tóxico tinha de tudo. Nego fumando, nego cheirando, nego se picando. Cara jogado no chão, doidão. Mas tudo sem bagunça, sem grito. Muito cara moço, a maioria, mas tinha velho também. Sentamos numa mesinha na frente de um bar. Ele pediu para nós dois uma bebida avermelhada, cujo nome em alemão eu jamais vou aprender, dizendo que era uma delicia e ajudava a abrir o apetite. Duas coisas: primeiro que eu não precisava de nada para abrir o meu apetite porque depois do dia inteiro sem comer eu estava varado de fome, segundo que a porra da bebida era ruim pra caramba. Nem doce nem amarga, uma espécie de licor aguado. Fingi que gostei e pedi uma cerveja para completar (na verdade para limpar a boca). Ficamos de papo, com ele contando um monte de história, volta e meia falando na porra do namorado. Eu estava mal. Cada vez mais eu ficava mais ligado no Ernst. Já estava começando a ficar apaixonado. Ele nem aí. Muito delicado, coisa e tal, mas ficava nisso. Fomos jantar e depois ele me levou onde eu estava dormindo. Combinamos nos encontrar no dia seguinte. Foi a mesma merda. Eu caidaço por ele e ele nem aí, falando do Heinrich direto. Na quarta feira rolou o concerto. Foi lindo pra caramba. Pra caramba não, PRA CARALHO!!!!!! Na saída fui encontrar o cara que estava numa roda de músicos. Eu não tinha palavras. Só consegui agradecer a eles terem tocado tão bem uma musica tão bonita. Foi aí que rolou, pela primeira vez, uma frase entre nós porque ele falou: “O ultimo movimento eu dediquei a voce porque eu fiquei pensando em voce o tempo todo.” Ao que eu respondi imediatamente: “Por isso é que soou tão bonito.” Imediatamente ele mudou de assunto. Sem muito mais conversa ele se despediu dos colegas e fomos jantar. No meio do jantar ele falou: “Queria te fazer um convite. No sábado de tarde vai ter o concerto. Quando acabar eu vou embora. Mas não vou direto para Munique porque vou passar a semana na casa dos meus pais. Queria que voce fosse comigo. Topa?” Claro que por mim estava topado, claro. Imagina passar a semana junto do cara. Mas eu estava completamente duro, ficar mais uma semana na Europa era impossível. Falei isso para ele, mas ele retrucou: “Não vai te custar nada. É na casa dos meus pais. Voce vai dormir no antigo quarto do meu irmão. Ele agora é casado e mora em Hamburgo com a mulher os moleques dele e o quarto está vago. E ainda vai ter uma vantagem. Minha mãe vai achar voce super magrela e vai querer te engordar. E ela cozinha muito bem.” Eu ainda falei: “Amanhã eu te dou a resposta. Tenho que falar com o escritório onde eu trabalho e ver se posso ficar mais uma semana fora.” Aquilo era uma puta mentira. Que merda de escritório porra nenhuma. Eu queria era tempo para pensar. Eu estava ficando apaixonado pelo cara. Nem punheta adiantava mais, até piorava. Por outro lado o merda só falava no tal do Heinrich. Então ficar mais tempo junto dele era criar sofrimento para mim. Pensei na merda a noite inteira e concluí que foda-se, eu gostava de estar junto dele. Depois a gente se separava, eu voltava para o Brasil, entrava na minha vidinha e acabava esquecendo dele. Mesmo assim, no outro dia ainda fiz jogo duro dizendo que não ia rolar porque a minha roupa limpa estava acabando (não falei do monte de camiseta esporrada nas minhas punhetas) ao que ele respondeu: “Sem problema. Eu te ensino a lavar e passar. Voce vai aprender rapidinho, garanto.” Diante desse argumento definitivo eu entreguei os pontos e topei. Passamos juntos os dois dias antes do concerto. Eu fui numa agência de viagem e troquei o meu vôo para o outro domingo, dessa vez saindo de Frankfurt. No sábado, como ele aliás tinha falado, eu chorei enquanto a musica rolava e continuei chorando depois, tanto que quando a gente se encontrou eu estava ainda lavado em lágrimas. Ele achou a maior graça. Saímos rápido porque estávamos atrasados para pegar o trem. Num instante estávamos na Cidade dele. Os pais do Ernst não moravam na cidade, moravam fora, numa espécie de sitio. Uma casinha linda, bem alemã, tipo cortininha branca nas janelas. Chegamos e os pais dele me receberam super bem. Papo não rolou porque eles só falavam alemão, mas o Ernst traduzia um pouco. Jantamos. Aliás não foi jantar, foi lanche, com uma variedade de bolos e tortas, cada uma mais gostosa do que a outra. Eu me empanturrei. Numa hora a mãe dele falou alguma coisa que ele traduziu rindo: “Minha mãe está dizendo para voce comer muito mesmo porque voce está muito magro, mas que ela durante a semana vai te engordar.” Acabado o lanche fomos para os nossos quartos. O Ernst disse que a gente ia acordar cedo para lavar a nossa roupa e depois ia dar uma andada. Alemão adora andar. Por isso que eles todos têm coxas grossas. Acordamos, lavamos as nossas roupas. Pausa. É impossível que ele não tivesse notado as minhas camisetas esporradas. Estava até cheirando. Mas se notou não falou nada. Pusemos as roupas no varal para secar. Metemos umas bermudas e fomos andar numa floresta que começava atrás da casa. Tinha monte de alemão andando. Crianças, velhos, homens e mulheres. Um monte de gente. Numa hora ele saiu da estrada dizendo que eu seguisse ele. Entramos floresta a dentro. Estávamos sozinhos. Numa hora ele parou numa clareira. Um silencio total, pinheiros por tudo o que é lado. Flores também. Linda a porra do lugar. Ele parou e eu parei também. Ele ficou olhando para a minha cara. Se aproximou, pegou a minha cara com as duas mãos, deu um beijinho primeiro e depois encostou os labios nos meus, enfiou a língua e ficou um tempão trocando língua comigo. Depois, sem parar de me beijar, me abraçou forte, encostando o corpo dele no meu. Eu fiz o mesmo. Sentia o corpo dele nos meus braços, um corpo surpreendentemente forte, mas macio ao mesmo tempo. Tinha hora que ele parava de beijar a minha boca e lambia o meu pescoço. Lambia a minha orelha, me dando o maior nervoso. Voltava para a minha boca. Numa hora ele afastou o corpo e me olhando nos olhos falou: “Eu gosto de voce.” Eu retruquei: “Eu gosto muito de voce.” Voltamos a nos beijar. Eu sentia o pau dele, duro assim como o meu, roçando em mim. Ficamos um tempão. Numa hora ele se afastou e disse: “Vamos voltar para casa.” Eu mandei: “Como é que a gente vai entrar na sua casa com os nossos paus duros aparecendo na bermuda?” Ele riu e falou: “Até lá eles amolecem, se não ficarem completamente moles a gente ajeita eles na cueca e tudo bem.” Virou, me deu a mão entrelaçando os dedos e começou a caminhar. Quando chegamos na estrada ainda estávamos de paus duros. Falei para ele, mas ele respondeu: “Não esquenta que ninguém vai notar.” Ninguém notava mas ele largou a minha mão. Chegamos em casa e eu fui direto para o banheiro. Minha cueca estava tão melada que parecia que eu tinha me esporrado nas calças. Eu estava completamente confuso. O Ernst tinha dito de gostava de mim. Tinha me beijado, tinha ficado roçando comigo. Eu estava doido, de amor e de tesão. Mas não bati a punheta que o meu pau e a minha cabeça esperavam. Não me perguntem por que, mas não bati. Até porque a casa tinha um banheiro só e eu me liguei que ele estava esperando eu sair, possivelmente com a cueca melada também. Dei uma mijadinha e sai. De noite foi jantar, papo e fomos dormir. Eu custei a dormir. Me forcei a lembrar de tudo o que tinha acontecido. Da voz do Ernst dizendo que “gostava” de mim. Ele não tinha dito que me amava. Mas podia ser uma falha no inglês dele (rs). De qualquer maneira o troço tinha sido esquisito. O cara tinha me beijado. Forte, fundo, com paixão. Mas nada mais além disso. Não falou em foder, não falou nada. Enfim acabei dormindo. Quando acordei ele não estava. A duras penas perguntei por ele ao pai dele. A duras penas ele respondeu, mas eu não entendi. Fui no quintal, peguei as minhas roupas no varal e fiquei esperando, com cara de besta. Numa hora chega ele todo sorridente e falou de cara: “Vamos passar as nossas roupas. Vem comigo que eu te ensino. Quando a gente acabar vamos dar uma caminhada.” Eu comigo pensei: lá vem beijo de novo, mas voce está fodido, gringo, porque eu dessa vez vou por o meu pau duro para fora e voce vai ter que resolver a questão. Foi um cu para eu aprender a passar roupa. Ficou mais ou menos. Quando acabamos ele foi lá dentro e voltou trazendo uma cesta. Dentro tinham dois sanduichões de presunto e umas garrafas de cerveja. Começamos a andar por um caminho diferente do do dia anterior. Andamos pra caramba. Ele estava contente, falando coisa engraçada o tempo todo. Eu estava meio calado, querendo saber onde aquilo tudo ia dar. Até que chegamos num lugar que de um lado tinha floresta, mas do outro um prado, verdinho e lindo, com um riozinho no meio. Ao fundo tinha uma construção grande de madeira, nitidamente um estábulo. Fomos até lá. Ele abriu a porta e fez eu entrar. Devidamente amarradas duas vacas que ele fez um agrado nos focinhos. Ao lado tinha uma escada que levava a um mezanino. Ele subiu na frente. Eu segui o Ernst. Ele abriu uma janelinha. Eu aí pude ver que no chão tinha uma cama feita de feno. Ele falou: “Fiz isso hoje de manhã.” Tinha um travesseiro e uma toalha de banho dobrada. Do lado um vidro de lubrificante e um monte de camisinhas. Ele colocou a cesta dos sanduíches no chão. Abaixou-se e ficou de joelhos sobre o lençol, me forçando a ajoelhar também. Me abraçou e mandou o linguão na minha boca. A força do abraço era enorme. Arrancou a minha camiseta pela cabeça e tirou a dele. Vi então que o corpo dele era uma beleza. Era perfeito. Era liso salvo no meio dos peitos onde tinha uns pelinhos, muito poucos. Os petinhos dele eram grandes e rosados. Voltamos a nos beijar encostando os nossos corpos um no outro. A pele dele era quente e macia, super delicada. Ele então me pegou pelos ombros e me fez deitar. Veio por cima de mim. Voltou a me beijar, me abraçando. Eu podia notar, mesmo doidão, que o Ernst estava diferente. A partir daquele momento ele era um macho. Um macho cuja intenção era foder e gozar. Quase animalesco. Não estava sendo bruto, longe disso, mas me passava a força e a vibração do macho. Ele saiu da minha boca e começou a dar beijinhos no meu rosto. Enfiou a cara no meu pescoço e ficou lambendo. Depois foi descendo pelo meu peito. Chupou os meus petinhos, mas não demorou muito ali. Continuou a descer. Quando chegou no meu umbigo ficou fazendo volta com a língua. Afastou o corpo e desabotoou a minha bermuda. Enfiando os dedos na cintura arriou ela junto com a cueca. O meu pau saltou para fora. Ele parou um momento e ficou olhando. Depois aproximou a cabeça dos meus pentelhos. Enfiou a cara neles respirando forte. Sempre dando beijinhos ele foi na minha virilha, desceu mais e beijou a minha coxa toda. Na minha perna (que é super cabeluda como eu falei no começo) ele mordiscava os pelos e puxava. Chegou no meu pé e lambeu ele todo, principalmente o dedão que ele enfiou na boca e chupou como se estivesse chupando um pau. Nessa hora eu me recostei no lençol, levantei o corpo, fui na bermuda do Ernst que eu desabotoei e, como ele, arriei de uma vez só, com cueca e tudo. O pau dele saltou. Durão, empinado para cima com a cabeça brilhando de melação. Não era muito maior do que o meu, praticamente a mesma coisa, mas muito mais grosso. Ele tinha um saco e umas bolas lindas, grandes, pesadas. Os pentelhos iguais os meus, vermelhinhos ainda porque a gente não toma sol nos pentelhos. A barriga era reta, lisona. Eu fiquei olhando. Mas ele não perdeu tempo. Ajeitou o travesseiro, me encostou nele, sentou-se no meu peito e aproximou o pau da minha boca. Eu sabia o que ele queria. Na maior delicadeza puxei a pele para trás, meti ele na boca e comecei a chupar. Ele deu um suspiro. Forçava o corpo dele a fazer um vai e vem, segurando na bunda dele que eu, com as mãos abertas, apertava. Que bunda gostosa! Durinha. Numa hora ele enrijeceu o corpo e começou ele mesmo a fazer o vai e vem, fodendo a minha boca. O pau dele entrava até a minha garganta. Ficamos assim um tempão até que ele deu um suspiro fundo e segurando no pau, tirou ele da minha boca e começou a esporrar, dirigindo a porra para o meu peito deixando ele todo melado. Uma porra super branca e grossa. Acabou de gozar e ficou parado um tempinho, de olhos fechados. Aí passou a mão no meu peito espalhando a porra. Molhou os dedos nela e passou nos lábios dele e nos meus. Aí me beijou, lambendo os meus lábios. Fiz o mesmo. Ficamos brincando com as pontas das nossas línguas, de boca aberta, esfregando só elas uma na outra. Depois foi a vez do Ernst se deitar recostado no travesseiro. Eu me sentei no peito dele e ofereci o meu pau para ele chupar. Ele esticou a cabeça e agasalhou a minha pica na boca. Segurou na minha bunda que ele apertava e enfiava a ponta dos dedos na racha. Chupou até eu gozar. Eu fiz igual a ele. Não quis gozar dentro da boca do cara e esporrei no peito dele. Também espalhei a porra, melei a mão e passei nos nossos lábios. Aí nos deitamos um do lado do outro, de mãos dadas e dedos entrelaçados. Não dizíamos uma palavra, eu por medo de quebrar a magia daquele momento. Ele pôs uma perna em cima das minhas pernas. Numa hora ele se levantou. Pegou no vidro de lubrificante e abriu o envelope da camisinha com os dentes. Vestiu ela, lubrificou o pau e a minha bunda. O Ernst ia me comer! E eu queria ser comido por ele, aquele macho fantástico. Queria o Ernst dentro de mim, todo, inteiro. Se ia doer? Claro que ia. Aquele pau grossão ia me arrebentar todo. Mas eu não ligava. Queria ele dentro de mim. Se o preço era a dor, que fosse. Ele me virou de costas, e me segurando pela virilha levantou o meu corpo, me deixando apoiado nos braços, de cabeça para baixo e a bunda para cima. Deu umas pinceladas com o pau no meio da minha bunda. Depois ficou experimentando para achar o buraquinho. Quando achou forçou a entrada. Eu tinha relaxado o cu o mais que eu podia, mas custou a entrar tendo em vista a grossura do cacete dele. Mas ele continuou forçando até que a cabeça passou pelo anelzinho. Doeu pra caramba. Eu fiz o possível para não berrar, mas saiu um grito. Ele nem ligou. Foi fazendo força e enfiando cada vez mais. Dava umas paradas e voltava a enfiar. Até que eu senti os pentelhos dele na minha bunda. Doía cada vez mais. Eu sentia o cacete dele dentro da minha barriga. Ele começou o vai e vem de uma forma ritmada. Nem rápido nem devagar. Enfiava e tirava. Sempre no mesmo ritmo. Respirava forte. Murmurava umas coisas em alemão que eu não entendia. Numa hora ele levantou o meu corpo e encostou no dele, sempre bombando igual. Começou a beijar a minha nuca e o meu pescoço. Nessa hora ele tinha cruzado os braços no meu peito, segurando o meu corpo. Procurou a minha boca. Eu virei bem a cabeça e ficamos trocando as línguas. Depois ele tirou o cacete do meu cu (foi um alívio) e me deitando de costas levantou as minhas pernas, segurando elas pelas minhas canelas. Encostou a ponta do cacete no meu cu e forçou. Entrou quase tudo de uma vez. Eu dei outro berro, mas ele nem ligou. Recomeçou o vai e vem naquele mesmo ritmo. Numa hora curvou o corpo procurando a minha boca me dando um beijo lindo. Levantou o corpo depois e olhando para a minha cara falou: “Gabriel, voce é muito lindo!” Continuava a bombar sempre no mesmo ritmo. Numa hora tirou o pau de novo, me deitou de bruços com as pernas esticadas que ele afastou. Deitou-se sobre mim e direcionou o caralho procurando o meu cuzinho. Encostou o corpo dele nas minhas costas. Novamente, assim que ele sentiu que estava no lugar certo, enfiou direto. Eu gemi alto. Aí ele fixou o corpo passando os braços sob os meus sovacos. Enfiou a cara no meu pescoço. Eu sentia a respiração forte e quente dele. Voltou a bombar, sempre no mesmo ritmo. Eu sentia o pau dele entrar e sair em mim. Ele não apressou o ritmo um instante, até começar a gozar, o que eu saquei porque ele me apertou com mais força e começou a gemer alto. O gozo dele foi longo, demorou para caramba. Depois ele parou, com a respiração ofegante e ficou ali, grudado em mim. De vez em quando ele enrijecia o corpo e tentava enfiar o cacete mais fundo, como se estivesse procurando mais gozo. Desandou a falar um monte de troço que eu não entendi. Numa hora saiu de cima de mim, sentou-se na cama e tirou a camisinha que ele jogou no chão. Aí com um sorriso lindo falou: “Agora é voce. Vem.” Eu me virei, me estiquei para pegar o tubo de lubrificante e uma camisinha mas ele disse: “Deixa que eu faço.” Pegou a camisinha que abriu com os dentes. Pegou no meu pau, deu uma punhetadinha, puxou a pele e vestiu a camisinha nele. Lambuzou ele de lubrificante assim como a bunda dele e deitou-se de bruços, levantando a bundinha. Eu não resisti e afastando as nádegas dele olhei para o cuzinho. Deus meu! Que coisa mais linda! Do meio de um monte de pelos vermelhos estava um cuzinho apertado e cor de rosa, da cor dos peitinhos dele. Assim como ele tinha feito, dei umas pinceladas, encostei o cacete no buraquinho e tentei enfiar a cabeça. Não demorou e o troço passou. Ele deu um gemido alto. Fui enfiando, fazendo um vai e vem, cada vez mais fundo. Quando senti as minhas bolas batendo na bunda dele comecei a foder. Estava bom pra caramba. E aí foi foda direto. Em todas as posições. Um frango assado que me permitiu beija-lo. Depois de lado, eu segurando na perna dele. Finalmente eu sobre ele, grudando o meu corpo com o dele. O meu gozo custou a chegar, mas quando veio foi fantástico. Parecia que eu estava mijando dentro dele, de tanta quantidade de porra. O amor que eu senti pelo Ernst enquanto eu gozava não dá para descrever. Eu beijava o pescoço dele direto. Até que o troço acabou. Fiquei quieto um instante e depois me deitei de barriga para cima. Ele fez o mesmo e ficamos ali parados, um do lado do outro, sem dizer uma só palavra, só curtindo. O tempo que ficamos assim eu nem sei dizer. Até que ele se levantou e foi pegar a cesta. Tirou os sanduíches e deu um para mim. Pegou duas garrafas de cerveja, abriu e me ofereceu uma. Eu peguei. Antes de dar a primeira mordida ele falou: “Gabriel, eu acho que nós fomos muito felizes.” Eu concordei e continuei: “Ernst me faz um favor.” E ele: “O que é?” Levanta e fica de pé para eu ver o seu corpo inteiro.” Ele levantou. Eu estava maravilhado. O corpo do Ernst é o corpo mais bonito que eu já vi. A cor dele é linda. Clarinha. Assim como eu ele tem muito pentelho e a perna é cabeluda. No meio dos peitos ele tem uns pelinhos, quase nada. As coxas são grossas e fortes, sem serem musculosas. Pedi para ele virar de costas para mim. Ele virou. Se de frente ele é lindo de costas é mais ainda. Costas largas e musculosas e uma bunda fantástica. Pequena, arrebitada. Aí ele cansou de fazer pose e sentou-se do meu lado. Comemos os sanduíches, bebemos a cerveja. Quando acabamos ele se esticou e tirou da bermuda um baseado, falando para mim: “Não é maconha, é haxixe. Voce gosta?” Eu respondi que nunca tinha provado. Mandamos ver. Eu achei parecido salvo o cheiro. Ficamos ali de lado, abraçados um no outro até o fim. Nessa hora ele tinha deixado de ser “o macho”. Era de novo aquele cara adorável. Começou a contar umas coisas. Ele tinha relaxado o corpo e estava encaixado nos meus braços. Eu dava uns pequenos beijos no rosto e na testa dele. Ficamos assim até que ele se levantou dizendo: “Vamos embora que está ficando tarde.” Nos levantamos. Ele enfiou o lençol na cesta e se vestiu. Pegou as camisinhas usadas e jogou em cima do monte de feno. Descemos a escada. Ele voltou a fazer um agradinho nos focinhos das vacas. Quando saímos para fora o dia estava acabando. Ele parou e me olhando muito sério falou: “Amanhã a gente vai voltar. E depois, e depois, e depois, até no sábado.” Voltamos conversando e rindo, falando bobagem como dois adolescentes. Eu estava absolutamente feliz. Tinha transado com um cara que apesar de eu ter conhecido apenas uma semana antes era o cara da minha vida. Disso eu tinha certeza. Chegando em casa jantamos com os pais dele e ficamos de papo, sempre aquela conversa complicada com o Ernst tentando traduzir as coisas. Numa hora ele foi no quarto dele e voltou com um violão. Não tocava muito, mas tocava legal. Escolheu musicas brasileiras, tudo bossa nova. Cantou “Corcovado” em alemão. Quando fomos dormir ele me levou na porta do meu quarto, olhou para um lado e para o outro para ver se não vinha ninguém e me deu um beijinho dizendo: “Boa noite. Sonhe com os anjos.” Ao que eu retruquei: “Não quero anjo, quero sonhar com voce.” Ele riu.
O resto da semana foi como ele tinha dito. Fodemos direto. Fizemos de tudo. Ele sempre com aquele jeitão de macho mandão durante as fodas. Mas eu introduzi inovações tipo lamber o cuzinho maravilhoso dele. Ele nunca esporrou dentro da minha boca. Se ele não fez e eu não fiz também. Mas lambemos as nossas porras. Eu estava completamente apaixonado. Ele, se não estava, escondia os sentimentos muito bem. Nunca mais falou no tal do Heinrich. Falava da casa dele, do dia a dia dele, mas no cara nunca mais falou. No sábado de noite, depois que passamos a tarde transando, ficamos conversando do lado de fora da casa depois que os pais dele foram dormir. Eu estava triste e feliz ao mesmo tempo. Mas achei que tinha que falar: “Ernst. Eu estou amando voce como nunca amei ninguém...” Ele interrompeu: “Eu desde o momento em que eu olhei para voce naquele dia do primeiro concerto. Na minha cabeça veio a idéia de que voce era o meu parceiro para a vida inteira. Eu te amei ali, naquele momento.” Eu fiquei besta porque eu tinha pensado a mesma coisa. Mas continuei: “Mas voce sabe que o nosso caso não tem futuro. Eu moro no Brasil e tenho a minha vida lá. Voce a mesma coisa. Mora na Alemanha e tem a sua vida aqui. Assim para nós vão sobrar esses momentos de felicidade infinita que a gente teve.” Ele me olhou nos olhos e perguntou: “Voce é religioso?” Eu respondi: “Não muito. Sou católico, batizado e fico nisso. Nada de Missa e que tais. Mas tenho fé em Deus sim.” E ele: “Então. Eu sou muito religioso. Assim eu não acredito que Deus nos tenha dado um ao outro para tirar depois. Eu não sei como vai ser o nosso futuro, mas tenho certeza de que vai rolar alguma coisa. Mas nós temos que colaborar. Vamos jurar que não vamos perder o contato um com o outro. Nem que seja só pelo telefone.” Eu concordei. Já estava ficando tarde e eu ainda tinha que levantar cedo e pegar o trem para ir para Frankfurt pegar o avião. Assim nos levantamos. Nessa hora ele me abraçou e me deu um beijão. No dia seguinte ele me levou na estação de trem. Tirou de uma pasta um embrulho que me entregou. Eu abri. La dentro tinha uma fotografia autografada e com dedicatória do maestro que regeu os concertos e um DVD. Ele explicou: “Esse é o DVD da 9ª. de Mahler que eu falei que o cara ficou me filmando o tempo todo. Eu estou de cabelo grande porque não sabia que ia ser filmado e não cortei. Mas é uma forma de voce me ver sempre que quiser.” Na estação não rolou beijo nem nada. Mas um abraço apertado teve sim e eu pude sentir o corpo dele junto do meu, mais uma vez.
Isso tudo se passou em agosto do ano passado. Voltei para o Brasil e recomecei a minha vidinha (de que eu gosto, me considero um cara feliz). A única coisa é que o Ernst nunca mais saiu da minha cabeça. A coisa que eu mais gostava era ficar lembrando dos nossos momentos antes de dormir. Tinha vez que rolava punheta, tinha vez que não. O Ernst não telefonou. Até que em outubro quando eu cheguei do trabalho a minha mãe falou que um cara falando inglês mas com muito sotaque tinha telefonado querendo falar comigo. Ela tinha explicado que eu estava trabalhando e que chegava por volta das oito horas, horário do Brasil. Ele então tinha pedido que eu telefonasse para ele. Não importava a hora porque ele estaria ao lado do telefone, mesmo que fosse de madrugada. Disse ainda que eu tinha o numero do telefone dele, mas que pediu a minha mãe que anotasse o numero novamente, caso eu tivesse perdido. Fui direto para o meu quarto e liguei para Alemanha. Ele atendeu no ato. Eu ouvi aquela voz linda, calma, aquele sotaque alemão: “Oi Ernst. Tudo bem?” E ele: “Tudo bem. Vou ser objetivo para a ligação não ficar cara. Queria que voce viesse passar o Natal e o Ano Novo comigo aqui.” Eu retruquei: “Não dá, cara. Eu ainda não consegui por as minhas finanças em ordem. E também tem o meu trabalho. Queria muito, Deus sabe que eu queria muito ver voce, mas não dá.” E ele, insistindo: “Dá sim. Voce vai gastar só a passagem que voce pode comprar a prazo. Aqui voce não vai gastar nada, ou quase nada, porque voce vai ficar comigo aqui em casa.” Nessa hora eu fui sincero: “Sem chance. Não vou ficar com voce dividindo o apartamento com o Heinrich. Tudo bem que só olhar para voce ia ser um sonho, mas ver voce com o seu namorado não ia ser legal.” Ele na mesma hora: “Não tem mais Heinrich. Ele agora mora na Espanha.” Eu fiquei calado. E ele: “Gabriel. Voce ainda está aí?” Eu respondi: “Vocês se separaram ou é só um troço transitório?” Ele respondeu seco, diferente do modo que ele geralmente falava: “A gente se separou. Eu não podia viver com um cara amando outro. Porque eu te amo de verdade, e é para sempre. Assim foi cada um para um lado. Teve choro, malcriação e tudo, mas a gente acabou. Voce vem?” Eu pedi que ele me desse mais uns dias para eu dar uma resposta, que eu telefonava para ele no fim de semana. Combinamos a hora e eu desliguei. Cara, a partir daí foi o maior desespero. Eu queria muito ir, muito mesmo, era a coisa que eu mais queria na vida. Mas era foda. A passagem tudo bem, eu parcelava. Mas e o resto? E o escritório? Mas Deus ajudou e a coisa rolou legal. Consegui que os caras me dispensassem dez dias, a partir de 22 de dezembro, mas que eu tinha de estar de volta no dia 3 de janeiro impreterivelmente. O resto, a grana, não foi Deus, foi o meu pai mesmo, com a ajuda da minha mãe. Ainda consegui umas roupas de inverno que o meu pai guardava do tempo em que ele morava na America, quando ele conheceu a minha mãe. No sábado telefonei para o gringo dizendo que eu ia. O carinha ficou até com a voz embargada. Aí pintou outra foda. Arranjar passagem. Os vôos todos cheios. Direto para a Alemanha não teve jeito. Consegui, a duras penas, e assim mesmo só consegui confirmar no inicio de dezembro, um vôo que me deixava em Milão. Aí tinha de pegar um trem que me levasse a Munique, atravessando toda a Áustria. Mas tudo bem. O Deus do Ernst estava ajudando.
Cheguei em Milão e fui imediatamente para estação de trem. Estava frio mas as roupas do meu pai quebraram o galho. A viagem demorou mas finalmente cheguei em Munique. Quando saltei do trem estava frio pra caramba e as roupas do meu pai não serviram para nada: parecia que eu estava de camiseta e bermuda. Peguei minha bagagem e fui andando em direção a saída. Numa hora fui agarrado por trás e uma voz falou no meu ouvido: “Esse é o cara que eu amo e vou amar a vida inteira. Ele veio e está comigo. Hoje é o dia mais feliz da minha vida.” Me virei e abracei o Ernst. Abracei com força por dois motivos: primeiro porque eu amava ele e depois porque ele estava quentinho. Ficamos assim abraçados e o alemão, aproveitando que estava de capuz que escondia a nossa cara me sentou um beijão. Eu fiquei envergonhado de estar beijando o cara na frente de um monte de gente, mas ele falou: “Não esquenta. Aqui quem não é respeita quem é.” Nos largamos de fomos em direção a entrada do Metro. Ali dentro estava aquecido. Para minha sorte a estação em que nós saltamos era super perto da casa do Ernst. Ele mora num terceiro andar de um prédio moderno, muito bonitinho. É um apartamento pequeno, de quarto, sala, banheiro e cozinha, mas muito arrumado e com uma decoração bonitinha e cuidada. Ele me conduziu pelo corredor até o quarto, abriu a porta e eu vi uma cama de casal. Parei olhando para a cama. Ele sacou o que eu estava pensando e falou: “O Heinrich levou a cama que estava aqui porque era dele. Levou também o colchão. A roupa de cama é a mesma. Já transei com caras aqui depois que nos separamos.” Eu me virei para ele: “Voce transou com outros caras nesse tempo?” E ele: “Por que voce está perguntando? Ciúmes?” Eu dei uma risadinha e mandei: “Não. Estou aliviado porque eu transei também.” E ele: “A gente é jovem, tem tesão e por mais que a gente se ame, estamos longe um do outro. Assim era transar ou bater punheta. Eu preferi transar.” E eu: “O mesmo.” Ele continuou: “Agora vamos arrumar a sua roupa no armário. Eu vou ter que te emprestar roupa porque essa que voce trouxe vai te matar de frio. Vamos logo porque a gente tem um monte de coisa para fazer.” E eu: “Que coisas que a gente tem para fazer se não cair nos braços um do outro e se amar pra caramba?” E o Ernst: “Vamos cair nos braços um do outro sim. O tempo todo. Mas agora voce vai me ajudar a acabar de enfeitar a árvore de Natal e fazer a comida do nosso jantar.” Fomos para a sala. A arvore era um pinheirinho de verdade. Penduramos uns troços nela. Ficou bem bonitinha. Quando acabamos fomos para a cozinha. Nessa hora ele perguntou: “Quer uma cerveja?” Eu fiz que sim com a cabeça. Ele abriu uma janela e tirou lá de fora uma garrafa, dizendo: “Essa é belga e das boas. Fiz questão de comprar para voce.” Abriu a cerveja que era boa pra caramba, mas o que eu quero dizer é outra coisa. O Ernst estava super carinhoso, falando daquele jeito que me acalma e tudo, mas tirando o beijo que a gente tinha se dado lá na estação não tinha rolado mais nada. Eu tinha imaginado que quando a gente ficasse sozinho ia logo cair um nos braços do outro, arrancar as roupas e começar um fodão de tremer as paredes. E não estava sendo assim. Quando eu olhava para a bunda dele, ou o volume na frente ou o olho lindo dele o meu pau dava uma inchadinha, mas depois, com o papo, voltava ao normal. Mas o Ernst estava fazendo o gênero dona de casa recebendo hóspede. Eu estava frustrado. De verdade. Fizemos o jantar que não demandou muito trabalho porque era tudo comida semipronta Ele pôs a mesa. Meteu duas velas. Foi na janela pegou mais duas garrafas de cerveja. Nos sentamos. Ele falava sem parar. Aí eu estava quieto. Não dizia nada. Na verdade eu estava era muito puto. Começamos a comer e a beber. No meio do jantar ele arrancou pela cabeça as duas camisetas que ele estava usando. Revi o corpo dele, os peitinhos, os cabelinhos que ele tinha no meio. Ele falou: “Tira também.” Eu tirei. Ficamos nos olhando sem falar nada. Eu aí vi que ele estava se ajeitando na cadeira, nitidamente arriando as calças sem se levantar. Fiz o mesmo (difícil pra caramba, experimentem). Ele esticou a mão sobre a mesa e segurou na minha. Senti novamente aquela mão forte, quente e delicada. Um arrepio percorreu o meu corpo. Ele se levantou e eu vi que ele estava de pau durão, empinado, com a cabeça cheia de melação. Levantei também. Ele deu a volta pelo lado da mesa e me conduziu para um sofazinho que tinha. Nos sentamos e ele me abraçou me beijando. Numa hora ele se afastou e eu ,imediatamente me curvei e pus o pau dele na boca. Ele suspirou. Comecei a chupar, sentindo o cacete dele durão. Forçava tudo, até a garganta. Quando enfiava tudo a minha cara ficava enfiada nos pentelhos dele. O cheiro que saia dali não dá para descrever de tão bom. Chupei um tempão. Ele ficava com as mãos enfiadas nos meus cabelos. Eu chupava e punhetava o corpo do cacete. Ele começou a ficar agitado, a suspirar e a gemer. E eu lá chupando. Senti que ele deu uma tremida forte, sinal que o gozo dele estava chegando. Continuei a chupar. Ele tentou levantar a minha cabeça, mas eu forcei e o primeiro jato de porra foi dentro da minha boca. Afastei a cara e punhetando ele fiz ele esporrar a minha cara toda. Quando vi que não saia mais nada me recostei no sofá. Ele aí dobrou o corpo e começou a me chupar. Segurava nos meus ovos, lambia os meus pentelhos, voltava a chupar. Eu não demorei a gozar. Ele fez o mesmo que eu, engoliu o primeiro jato e dirigiu o resto para a cara dele. Imediatamente nos abraçamos e começamos a lamber as nossas caras, sugando a porra um do outro. Nos beijávamos também, misturando o nosso suco com as nossas línguas. Numa hora ele deu uma risadinha e falou: “Essa foi a sobremesa. Agora vamos lavar a louça. Se levantou e foi pegar os pratos e o resto. Eu via o corpo maravilhoso do Ernst. Tinha hora que eu não agüentava e agarrava ele por trás e beijava e lambia o pescoço dele, encaixando o meu pau na rachinha da bunda dele. Ele ria. Quando acabamos eu nem perguntei nada. Segurando no braço dele encaminhei o alemão para o quarto. Na porta ele parou: “Vamos tomar um banho? Estou fedido.” Eu retruquei: “Que banho nada. Eu quero voce fedido, quero sentir os teus cheiros verdadeiros.” Ele me beijou e me puxando, sentou-se na beira da cama e me fez sentar também. Ficamos segurando um o pau do outro, punhetando bem de levinho e nos dando beijinhos e lambidas nas caras nos pescoços. Numa hora eu segurei o braço do Ernst, levantei e meti a cara no sovaco dele. Tinha cheiro de desodorante mas tinha também de suor. Uma delícia. Fiquei lambendo. Ele não falou nada. Em seguida me ajoelhei no chão e levantei as pernas dele, expondo a bunda. Vi aquele cuzinho cabeludinho e lindo. Afastando as nádegas comecei a lamber. Lambia o cuzinho, lambia e beijava a bunda dele, depois subia, sempre lambendo e chegava no saco dele. O Ernst é muito cabeludo naquela parte. Mas o importante era o cheiro que me deixava doido. Cheiro de sexo, cheiro de suor. Pus uma bola na minha boca e chupei com força. Depois desci de novo. Chegando novamente no cuzinho, cuspi nele para lubrificar e numa hora enfiei a pontinha do meu dedo. Ele deu um suspirinho. Fiquei assim um tempão. O alemão estava deitado, com os braços abertos na cama sem se mexer. Numa hora eu abaixei as pernas dele e fui subindo no corpo dele, lambendo sempre. Passei pelos pentelhos metendo a cara neles. Pelo pau eu passei direto, só dando um beijinho na cabeça melada. Segui os fios de cabelos até o umbigo e fiquei brincando com a língua ali. Ele nessa hora tremia de tesão, encolhendo a barriga. Subi mais e caí de boca nos peitinhos, lambendo e chupando até que eles ficaram durinhos. Depois subi mais, lambi muito o pescoço dele, a orelha dele e finalmente cheguei na boca e mandei um beijo super apaixonado. Nessa hora eu falei: “Eu te amo muito, Ernst!” Ele não respondeu, mas se levantou foi no criado mudo tirou um vidro de lubrificante, umas camisinhas e falou: “Vira de bruços, Gabriel!” Ali estava o gringo assumindo o seu jeito de “macho predador”. Vestiu a camisinha, lubrificou o pau e a minha bunda. Deitou-se em cima de mim. Ficou fazendo um vai e vem. Eu sentia o pau dele na racha da minha bunda. Ele pediu, pediu não, comandou: “Abre as pernas.” Eu obedeci. Ele encaminhou o pau para o meu cu. Quando encontrou enfiou direto, bem do jeito dele. Eu já não sentia muita dor quando ele enfiava em mim, mesmo assim dei uma gemida alta, quase um grito. Ele enfiou mais, até o fundo, até que eu sentisse os pentelhos dele na minha bunda. E começou a fazer aquele vai vem ritmado, nem depressa nem devagar. Tinha os braços em volta do meu peito. Enfiava a cabeça no meu pescoço e me lambia. Ficou assim um tempo enorme. Eu já não sentia dor nenhuma, mas sentia um prazer que não dá para descrever. O pau dele ia fundo na minha barriga. Numa hora ele tirou o pau de dentro de mim. Mandou que eu me virasse de costas na cama. Levantou as minha pernas e ajoelhando na cama procurou o meu cu novamente. Enfiou o cacete nele. Ajeitou-se, aproximando-se mais de mim e enfiou mais, quase até o talo. Fodeu um tempo. Eu aí já estava maluco, falando alto: “Me fode, cara, me fode!” Ele continuava naquele ritmo dele. Numa hora dobrou o corpo e veio em direção da minha boca. Me beijou fundo, enfiando o linguão, sempre fazendo o vai e vem. Quando ele endireitou o corpo novamente viu que eu estava de pau durão. Segurou nele e aproveitando o resto de lubrificação que estava na mão dele começou a me punhetar, no ritmo igual ao dele. Ficou assim por um tempo e me virou de lado na cama. Com um braço levantou uma perna minha e enfiou novamente. Dava beijos na minha nuca. Em seguida me pôs de quatro na cama e falou: “Agora vou esperar o gozo vir.” E ficou fazendo o vai e vem. Eu senti quando o gozo dele chegou porque ele enrijeceu o corpo e apertou o corpo dele contra a minha bunda. Gemia forte agora. Até que começou a falar: “Eu te amo, Gabriel, eu te amo. Voce é minha vida.” O gozo dele demorou a acabar, como sempre. Quando acabou ele largou o corpo. Eu também e ele ficou sobre mim. Imóvel. Só curtindo. Numa hora ele falou: “Agora é voce. Vem.” Ele dizia isso de uma forma muito apaixonada. Uma graça. Como das outras vezes enfiou uma camisinha em mim, lubrificou o meu pau e a bunda dele. Deitou-se de bruços, me esperando. Eu fodo diferente do Ernst. Comigo não tem essa de ritmo igual o tempo todo até o gozo chegar. Eu enfio e começo o vai e vem forte, rápido. E foi o que eu fiz. Eu não queria mudar de posição. Queria gozar no meu amor. Ia ser naquela posição mesmo. Ele me ajudava movimentando o rabo. E assim foi. O meu gozo quando chegou foi uma coisa muito maluca. Eu me sentia como estivesse todo dentro dele. Não o pau somente. O corpo todo. Eu me sentia um com ele. Quando acabei fiquei um tempo parado em cima dele. Depois me deitei de costas ao lado dele. Fui no meu pau, tirei a camisinha e espremendo ela, derramei a minha porra toda na boca do Ernst e dei-lhe um beijo. Ficamos curtindo a porra com as nossas línguas. Uma coisa que eu tenho de dizer. Desde a nossa primeira foda lá no estábulo e nas outras que se seguiram o meu pau ficava duro o tempo todo. Mesmo quando eu estava sendo comido ficava de pau durão. Não tinha aquela de depois do gozo ele dar uma amolecidinha. Ficava durão sempre. E naquela noite foi a mesma coisa. Talvez por isso veio idéia na cabeça do Ernst. Se levantou, pegou novamente o lubrificante, enfiou uma camisinha em mim, pos as pernas dos dois lados do meu corpo, virado de frente para mim. Mandou o braço para trás segurou o meu pau e encaminhou ele para o cu dele. Quando sentiu que estava no lugar certo relaxou o corpo. O meu pau entrou. Ele olhou para mim e disse: “Quero que voce goze assim.” E começou a movimentar a bunda. Eu ajudava fazendo um vai e vem. O pau dele durão como se estivesse olhando na minha cara. Eu segurei no pau dele e comecei a punhetar o Ernst. Punhetar com força, super rápido. Aproveitava a melação dele que saia sem parar e ajudava na lubrificação. Eu ainda não estava perto do gozo quando ele deu uma tremida e um berro: “Vou gozar!” Eu senti que o cu dele apertava o meu pau. E ele gozou uns jatos de porra que melaram o meu peito. Acabou o gozo dele mas ele não parou de movimentar o corpo. Acabei gozando. Ele aí saiu de cima de mim e com os dedos foi pegando a porra dele que estava no meu peito e foi passando nos meus lábios. Eu abria bem a boca para pegar mais porra. Depois me abraçou e me beijou. Ficamos mais um pouco abraçados, ele com a cabeça no meu peito e eu fazendo carinho no cabelo dele. Até que ele foi se levantando e dizendo: “Agora vou tomar banho e depois voce vai.” Eu respondi: “Que banho que nada. Vamos dormir abraçadinhos e meladinhos.” E ele: “Não. Vamos tomar banho porque estamos fedidos de porra.” Eu insisti: “Isso. Melados e cheirando à nossa porra.” E ele: “Não. Vou tomar banho e depois que eu sair voce entra.” Naquela frase tinham duas coisas: primeiro que era hábito dele não dormir sujo. Depois para ele banho era banho, não rolava sacanagem. Tudo bem. Era troço tipo questão cultural e eu tinha que respeitar. Iam pintar coisas culturais minhas e ele ia ter de respeitar também. Rolaram os banhos. Ele foi primeiro e eu depois. Quando eu saí ele estava acabando de arrumar a cama onde tinha posto lençóis limpos. Na hora me passou pela cabeça que aquele porra de alemão ia querer dormir sozinho e eu no sofá da sala, ou ao contrário. Fiz até uma cara de puto. Mas não foi isso o que rolou. Ele se deitou e pegou na minha mão me puxando: “Vem. Vamos dormir abraçados que é uma coisa que eu venho sonhando desde que eu te conheci. Vem.” E foi assim que aconteceu. Nos aconchegamos um no outro e dormimos. Eu tenho uma tese de que quando dois caras transaram e depois dormiram juntos (homem e mulher também) se rola entre eles alguma coisa na linha do afeto, além do obvio tesão, esse troço se manifesta de manhã, quando acordam. É um sorriso, é um agrado, é a vontade de passar a mão no outro, etc. Nós não passamos a noite inteira agarrados, até porque não estávamos acostumado com isso. Acordamos virados de costas um para o outro, cada um no seu canto. Mas nos viramos e nos olhamos. Naquele momento é que nos demos conta de que o que parecia impossível tinha acontecido: estávamos juntos novamente, nos amando pra caramba. O que atrapalhou foi que o Ernst olhou no relógio e mandou: “Merda. Estou super atrasado para o ensaio, não tenho tempo nem para fazer a barba!” E se largou para o banheiro. Entrou e fechou a porta. Ficou um tempo e saiu. Eu continuava deitado. Ele falou: “Vai voce agora. Enquanto voce faz as suas coisas eu vou preparar o nosso café.” Aí foi que rolou uma coisa ruim. O café do Ernst era café solúvel. Uma merda. O pão era torrada. O que se salvava era a manteiga. Nunca comi uma tão boa. Vaca alemã é foda. Enquanto a gente comia ele me entregou um papel dizendo: “Vou ensaiar o dia inteiro porque de noite tem espetáculo de Natal. Nesse papel tem uma lista que eu fiz das coisas que eu acho que voce quer conhecer. Tem o nome e o endereço de um restaurante. Ele é bom e barato. Às oito da noite vai na bilheteria do teatro que vai ter um bilhete no seu nome. Depois do espetáculo me espera na saída dos músicos e a gente vai comemorar o Natal.” E completou: “Pega no armário umas roupas de inverno porque essas que voce trouxe não vai te proteger do frio. Pega as que voce quiser.” Levantou, me deu um beijinho e se largou, nem tive tempo de dizer que queria comemorar o Natal com ele, em casa. De qualquer forma andei pra cacete, senti frio pra cacete e às oito estava no teatro. A orquestra em que ele tocava era boa mas nada demais. O programa foi valsa a maior parte do tempo. Foi legal. Na saída esperei por ele. Mal ele chegou eu fui falando: “Queria comemorar o Natal com voce. Sozinho.” Ele deu aquele sorriso lindo dele e falou: “Nós vamos ter o nosso Natal sim. Mas depois. Munique é cheio de cervejarias. Eu escolhi uma em que vão jovens. É muito legal. Todo o mundo canta e bebe cerveja pra caramba. É divertido, garanto. Depois a gente vai para casa e faz o nosso Natal.” Na cervejaria ele cantou pra caramba. Eu fiquei na minha porque não conhecia as musicas e não entendia as letras. Na volta transamos pra caramba. Estávamos com um tesão infinito. Fizemos de tudo e depois dormimos. Quando a gente acordou ele estava virado para mim com uma perna em cima das minhas pernas. Eu levantei o corpo e dei um beijinho em cada um dos peitinhos dele. Ele riu, se levantou e foi direto para o banheiro, onde fechou a porta novamente. Quando ele saiu eu mandei: “Ernst. Ontem e hoje voce entrou no banheiro e fechou a porta. Não sei se voce foi mijar, cagar ou os dois. Não é que eu goste de mijo ou de merda. Nem do cheiro eu gosto. Mas acho que um casal como nós não pode entrar no banheiro e fechar a porta. Se a gente se ama, como eu acho que a gente se ama tem que partilhar a intimidade também. Eu quero entrar no banheiro com voce cagando e começar a fazer a barba ou escovar os dentes. E voce o mesmo comigo.” Ele parou surpreendido com o que eu tinha dito. Ficou um tempo calado e mandou: “É que com Heinrich era assim. Depois dele eu nunca mais passei a noite com outro cara. Dormindo eu quero dizer. Voce é o primeiro. Em Berlim se eu deixasse fechar a porta aqueles negos malucos eram capazes de cagar até dentro da banheira. Mas voce tem razão. A gente é um casal. Então tem que dividir tudo. Mas levanta logo. Hoje eu estou de folga e vou te levar em um monte de lugar. No fim da tarde vamos nos banhos.” Eu perguntei: “O que são banhos?” Ele respondeu: “Uma espécie de sauna. Só que grande.” Eu retruquei: “Ernst, ouve o que eu vou dizer porque não vou repetir. Eu te amo pra caramba. A nossa foda faz parte desse amor. Não é a razão do nosso amor porque eu te amei antes de transar com voce pela primeira vez. Então não quero fazer sacanagem na frente de ninguém e muito menos com mais pessoas.” Ele riu e mandou: “Mas quem falou em sacanagem? Os banhos são um lugar onde todo o mundo vai. Crianças inclusive. Voce sabe que a gente não tem praia. E mesmo que tivesse com esse frio ninguém ia agüentar. Então tem casa de banho. Tem piscina aquecida. Tem sauna também. São só homens, claro, que ficam pelados e tudo. Mas ninguém olha para ninguém. Tem moleque correndo e fazendo esporro. E ouve voce também. Eu jamais vou partilhar a nossa transa com ninguém, nem na frente de ninguém. A nossa transa é nossa e só nossa. E já que falamos nisso vamos dar uma chupada nos nossos paus.” Só nele tocar no assunto o meu já deu uma saltadinha. Ele se ajoelhou e segurando meu pau com dois dedos, puxou a pele para trás e meteu ele na boca. Eu gosto que nego chupe o meu pau com ele ainda meio mole porque assim pode por todo ele na boca, sem ter de fazer vai e vem. A merda é que o sacana endurece rapidinho. Mas ele chupou apertando a minha bunda e enfiando a mão no meio da racha. Numa hora ele parou e perguntou: “Rola um sessenta e nove? “Claro que rolava. Nos deitamos novamente e começamos a chupar os nossos paus. Eu, de vez em quando, esticava a cabeça e lambia o cuzinho dele e ele o mesmo comigo. Lambíamos os nossos sacos. Estava bom pra caramba. Ficamos assim um tempão, mas não chegamos a gozar. Nos separamos e ele foi pegar lubrificante e camisinhas. O pau dele parecia que ia explodir de tão duro. Ia vestindo ela mas parou e disse: “Não. Hoje é voce primeiro.” E vestiu a camisinha em mim. Deitou-se de costas na cama, levantou as pernas expondo o cuzinho e falou: “Quero fazer de frango assado porque quero ver a sua cara enquanto voce goza.” Eu só falei para ele: “Voce vai ser amado como nunca foi na sua vida inteira.” Lubrifiquei o pau, a bundinha dele, inclusive enfiando o dedo para lubrificar o cuzinho por dentro. Me aproximei e coloquei o pau na portinha. Forcei um pouquinho e logo a cabecinha entrou. Enfiei mais e ele deu um suspiro. Comecei a foder. Numa hora segurei no pau dele e punhetei. Eu estava doido de tesão. De repente ele começou a suspirar forte e a falar um monte de troço em alemão. E eu fodendo. Recuava quase tirando o pau da bunda dele e tornava a enfiar. Numa hora passou para o inglês e praticamente berrava: “Me fode! Me fode fundo! Gabriel eu te amo! Enfia esse cacete todo em mim. Não para!” Eu me curvei buscando a boca do Ernst. Demos o maior beijão. E fui fodendo até o meu gozo chegar. Chegou e chegou forte. Eu me esvaí dentro dele. Gozei segurando a mão dele. Nem vi a cara dele durante o gozo, mas quando abri os olhos ele estava me olhando com o olho arregalado. Só disse: “Voce goza lindo.” Mas não perdeu tempo. Levantou, vestiu o pau, passou o lubrificante, melou a minha bunda e falou: “Quero de frango também.” Me deitei, levantei as pernas apoiando no ombro dele e me ofereci para o meu amado. Diferente das outras vezes ele não enfiou direto. Enfiou só a cabeça e logo tirou. Enfiou de novo e tirou de novo. Só a cabecinha do pau. Aquilo estava me dando um prazer doido. Fez mais um pouco e enfiou tudo e começou a foder de verdade, naquele ritmo constante dele. Me punhetou um pouco mas não muito. Claro que numa hora curvou o corpo e começou a me beijar. Me fodia e me beijava. Depois esticou o corpo e começou a foder forte, em busca do gozo. Eu olhando para a cara dele direto. Durante o gozo ele virou a cabeça para trás, com a boca aberta, gemendo que nem um doido. Apertava as minhas coxas com uma força que chegava a doer. Até que relaxou. Saiu de dentro de mim e deitou-se do meu lado. Ficou um tempinho parado e depois tirou a camisinha do pau e pos ela na minha boca dizendo: “Chupa com força. É o meu sêmen que eu estou te dando.” Eu quase ri. Não falava nem ouvia a palavra sêmen em inglês fazia anos. De qualquer forma suguei a porra toda. Depois nos beijamos. Ainda ficamos deitados, cada um mexendo com o dedo no peitinho do outro. Depois ele se levantou e foi na direção do banheiro. Deu uma mijada. Eu acompanhei ele, cruzando o meu jato com o dele. Ele achou a maior graça. Depois pegou o creme de barbear e começou a passar na cara. Nessa hora ele estava curvado sobre a bancada para aproximar a cara do espelho. Eu do lado dele fazia a mesma coisa, mas numa hora eu olhei para a bunda dele. Que coisa linda. Branquinha, durinha, empinada. Da racha saiam uns pelos vermelhos. Quando acabamos, escovamos os dentes e entramos no chuveiro. Estávamos molhados e ensaboados. Eu não resisti e comecei a punhetar o Ernst usando o sabão como lubrificante. Num instante ficamos de pau duro. Ele perguntou: “É para gozar?” Eu respondi que era. Ele retrucou: “Então chupa que é mais gostoso.” Afastei o corpo dele para tirar o sabão do pau e me abaixando comecei a chupar. Enfiava o cacete dele até a minha garganta. Punhetava ele ao mesmo tempo. Estranhamente não demorou muito para chegar o gozo. Ele esporrou na minha boca. Engoli tudinho. Aquela porra grossa e gostosa. Deixei um pouco na boca para dividir com ele. Nos beijamos. Depois foi ele quem se abaixou e agasalhou o meu pau na boca. Pode ser papo de apaixonado, mas a chupada do Ernst foi a melhor que eu já recebi na minha vida toda. Ele diz o mesmo em relação a mim. Gozei na boca do alemão. Nos beijamos depois, claro. Acabamos o banho, fomos tomar café (uma merda, repito) e saímos. Andamos por Munique inteira. No fim do dia voltamos para casa. Pedimos uma pizza. E depois de ver um pouco de televisão (eu boiando direto) voltamos a foder e depois dormimos. E foi assim a semana inteira. Fomos também a alguns restaurantes. Voltamos duas vezes nos tais “banhos”. No dia trinta e um ele ia tocar com a orquestra novamente. Eu fui como da outra vez e como da outra vez o programa foi quase todo valsa. Eram umas dez horas quando o troço acabou. Dessa vez voltamos direto para casa. Enquanto ele estava no ensaio eu tinha saído e comprado aqueles troços de Natal: castanhas, nozes, bolo inglês e coisas assim. Comprei também um vinho espumante alemão (para champanhe não rolava grana). Arrumei e enfeitei a mesa. Na Alemanha vendem umas toalhas de papel com motivos de Ano Novo. E pratos também. Quando chegamos em casa ele ordenou: “Tira a roupa toda.” Enquanto eu tirava e ele também ele foi no quarto e veio com duas echarpes brancas de seda. Me entregando uma e falou: “Enrola no pescoço para passarmos a meia noite usando um negócio branco para nos dar sorte.” Olhou no relógio e disse: “Onze e meia. Vem sentar do meu lado.” Eu sentei. Ele aí falou: “Pega no meu pau que eu vou pegar no seu. Começa a me punhetar que eu vou fazer o mesmo com voce. Vamos comandar o nosso gozo. Aquele que estiver querendo gozar avisa o outro para largar o pau dele. Vamos tentar gozar quando der a meia noite. Os dois juntos, ao mesmo tempo. Se a gente conseguir vai nos dar sorte e a gente vai conseguir ficar junto para o resto das nossas vidas. Não vale chupar ou ficar alisando o outro. É só segurando no pau.” E ficamos vendo a televisão e batendo um no outro. Claro que rolaram uns beijinhos na bochecha. E agora pasmem! À meia noite conseguimos gozar ao mesmo tempo! Claro que melamos o sofá que tivemos de limpar depois. Ele gozou lindo dizendo “Obrigado Deus!” Quando acabamos nos demos um beijão, desejando Feliz Ano Novo. Estávamos ainda de paus duros. O Ernst numa hora se levantou do sofá e separando as nádegas sentou-se no meu pau que entrou todo porque estava lubrificado pela porra que tinha melado ele na punheta. O troço me pegou se surpresa, mas eu dei um berro: “Ernst, voce esqueceu a camisinha!” Sem sair do meu pau e começando a rebolar ele falou: “Conosco nunca mais camisinha. Vamos assumir o compromisso que vamos usar com qualquer outra cara que a gente transe. Mas conosco nunca mais.” E ele me fez gozar. Depois eu fiz o mesmo com ele. Ainda fomos para o quarto e gozamos de novo, um dentro do outro e sem camisinha. A sensação da porra dele entrando no meu cu foi maravilhosa. Foi uma espécie de casamento entre nós.
No outro dia eu voltei para o Brasil, a tempo de estar no escritório no dia 3 de janeiro. Ele me levou na estação onde demos uma choradinha quando nos despedimos. Ele jurou que virá passar o mês de junho, que são as férias dele, aqui no Brasil comigo.
Esse conto termina aqui. Do nosso futuro eu não sei. Quando eu souber eu escrevo outro conto.
Fim.