Número 25

Um conto erótico de Pandora (v)
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1584 palavras
Data: 25/06/2011 23:56:44

Num mundo regado a caos e desordem, dançavamos. Os parceiros haviam sido escolhidos de acordo com as compatibilidades. O questionário tinha umas cem questões, eram entregues na entrada. As mulheres entravam em uma sala e os homens em outra. Ao terminar o questionário, as respostas eram calculadas por um sistema que ninguém queria revelar. Cada um ganhava um número e deveria sair da sala na ordem dos mesmos.

Após responder ao questionário, tanto mulheres quanto homens eram enviados a uma outra sala, para maquiagem, unhas, roupas, cabelo, barba e bigode. O nome do lugar era algo que incontestavelmente levava a pensar que essas cortesias estavam implícitas. “Primeira impressão” eles se denominavam como agencia de encontros.

Meu numero era 25, eu resolvi ir até lá por que já estava sozinha a algum tempo, trabalhando e estudando sempre, nunca tinha tempo pra pensar em me comprometer com alguém. Mas queria, afinal com os anos passando e todas as minhas amigas casando, eu acabei me sentindo estranha. Uma de minhas amigas solteiras tinha topado ir comigo, então resolvemos criar um código. Caso uma fizesse o sinal a outra iria auxilia-la.

Saí da segunda sala e havia um homem parado no corredor, alguns passos a frente. Segurava a placa com o número 25 em uma das mãos e distraidamente passava a mão nos cabelos lisos. Dei dois passos a frente sem fazer barulho, ele continuou olhando para frente. Levantei minha placa da mesma forma que ele segurava a dele e continuei caminhando. Quando estava quase em frente a ele, ele olhou para mim e sorriu.

- 25 huh?

- Pois é– baixei a cabeça e ri

- gostaria de dançar?- disse esticando-me o braço

- claro! – trancei meu braço ao dele, e caminhamos ao fim do corredor, que levava a uma grande sala de pisos preto e branco, de onde vinham musicas animadas. Alguns dos casais já não estavam presentes nesta sala, ao todo havia uns 14 ou 15, conversamos ate minha amiga sair do corredor. Ela passou por nós e me fez o sinal que havíamos combinado. Olhei nos olhos dele, suspirei e disse que precisava ir.

- O que houve? Eu estou sendo chato?

- Não Gustavo, você é ótimo... mas eu combinei com minha amiga que caso ela não gostasse do numeroEla ia fazer o sinal e vocês iam sair... deixando o 26 e o 25 que não tem nada a ver com isso feito dois idiotas...

- não... Eu ... grrr mas que droga.. não é isso, e se a gente trocar de lugar, eu falo com ele e vejo se consigo resolver alguma coisa...

- Chama ela pra conversar e eu me resolvo com ele, ok?

- ta bom... – antes que eu fosse ele puxou meu braço e me beijou, depois me soltou e pediu pra voltar.

Fomos ao banheiro e minha amiga contou que a primeira coisa que o 26 fez foi apertar sua bunda e em seguida começou a falar besteiras, começamos a rir, eu pedi para ela tentar suportar o 26 afinal o 25 estava muito bom. Ela prometeu tentar. Quando saímos, 25 estava segurando a gola do 26 e dizendo algo de forma séria olhando em seus olhos. Quando nos viu, soltou a gola do homem com quem parecia gritar e sorriu, começamos então a conversar nós quatro. Quando 26 mostrou que se comportaria, 25 me puxou de volta para a pista de dança, continuamos dançando e conversando. Conforme os drinks iam subindo, íamos ficando mais soltos. Minha amiga avisou que o 26 a deixaria em casa e que ia me ligar assim que chegasse. Disse que se demorasse mais de 30 minutos, eu chamaria a polícia. Após 15 minutos ela ligou, eu ainda dançava e era embalada pela voz macia de Gustavo.

-Vamos para um lugar mais aconchegante?

- Eu acho que estou bêbada demais para tomar decisões agora...

- Vamos para minha casa?

- Acho melhor eu ir para a minha e você vai para a sua...

- Você dorme lá, e quando lembrar seu endereço, eu te levo, ok?

- Tá...mas... – ele me beijou, até chegar no carro, fomos tropeçando e riamos muitos pelo álcool. Quando chegamos ele abriu a porta para mim e sorriu, durante o caminho, insistia em passar as mãos por minhas coxas, eu estava morrendo de tzao pra falar a verdade, mas queria fazer um charminho... guardar para o segundo encontro... sabe... mas estava ficando difícil resistir àquelas mãos.

Quando chegamos a casa dele, ele me mostrou seu único comodo e o sofá que ficava na sala, era um sofá grande, começamos a conversar e ele sempre sedutor e tentando algo além do que eu estava disposta a oferecer. Ele acabou cansando-se, levantou e voltou com um travesseiro e um cobertor.

- Você esta muito segura de que não quer dormir na minha cama hoje.

- Eu te disse, estou com sono...

- Durma bem então...

- Boa noite!

Ele parecia com raiva pelo fato de eu estar realmente jogada no sofá, quase dormindo. Foi engraçado dormir alí, mas quando as cobertas aqueceram meu corpo eu peguei no sono, deve ter passado umas duas ou tres horas, mas eu não estava pensando em procurar o relógio. Alí estava ele. Me observando como um olhar fascinado, eu não entendi exatamente o porque, mas la estava ele para esclarecer minhas dúvidas.

- Faz exatamente oito horas que te conheço, acho que esperei de mais para um segundo encontro... mas não quis te acordar!

-Eu.. ahmm... – fiquei sem o que falar, imaginem...

- Sei lá, pareço meio louco... Mas eu não consigo dormir, olhando você aí no sofá... Assim... Eu... – foi minha vez de calá-lo com um beijo, ele riu do artifício que usava quando queria me calar ou me via sem palavras. Ficamos nus mais rápido do que seria possível prever se contássemos num cronometro. Ele tinha mãos fortes e sabias, tocavam meu corpo de forma completamente excitante, me fazendo gemer e morder os lábios. Colocou-me na posição que queria e ali fizemos sexo, calmo, selvagem, alternado, desfrutamos do prazer juntos, como se fosse algo marcado, mas sem previsão de acontecer.

- você é perfeita...

- você também...

Ficamos ali deitados, respirando forte. Então ele chegou perto de meu ouvido e sussurrou:

-Você já pensou em fazer isso com as mãos presas por correntes? Sem poder se mexer...

- Não, mas deve ser algo muito estranho e excitante...

- Imagine se você sentir apenas pelo tato da pele do corpo, de olhos vendados, ouvidos vedados e talvez com uma mordaça. Sentir apenas o corpo de seu amante roçando no seu e quanto ouve a penetração ocorrendo dentro de você e não envolta pelos barulhos exteriores, e todo esse fulgor preso pela angustia de não poder expressar suas vontades ou ver qual o próximo passo de seu dom.

-Você me deixou completamente excitada agora... Mas também com medo...

- Claro que não faremos tudo ao mesmo tempo ainda... fique aqui, vou te mostrar meus brinquedos...

- Ta bom...

Depois de alguns minutos ele voltou, eu estava nua, envolta no cobertor. Ele colocou alguns objetos na mesinha de centro e pegou a corrente que havia mencionado ela tinha nas pontas, pulseiras de couro, que não se distanciavam muito uma da outra, estava meio confusa com o que deveria fazer, ele me disse pra olhar, pegar, fazer o que bem entendesse. Dei uma olhada nas pulseiras e na corrente, comecei a imaginar que seria difícil escapar delas, pois tinham uma boa estrutura e pareciam bem resistentes, coloquei uma das pulseiras para ver como ficaria em meu punho. Ele observava cada um de meus movimentos. Ele estava nu também, então era praticamente impossível esconder sua excitação naquele momento distraído.

- Você esta morrendo de vontade de colocar a outra no meu outro punho, não esta?

- Como você adivinhou?

Eu ri e ele me puxou para um beijo, longo e molhado. Deixei que ele prendesse meu outro punho, então ele prendeu a corrente em um gancho na parte inferior do sofá. Disse que caso eu estivesse desconfortável, deveria dizer uma palavra e ele mudaria o que estava fazendo, combinamos a palavra, mas ela não parecia necessária.

Ele pegou uma vela vermelha e acendeu, deixando sobre a mesa. Mexi os braços só para ter certeza de que eles estavam presos, aquela situação era excitante. Gustavo passava os dedos por meu corpo, demorando em meus seios e grandes lábios. Às vezes beijava meu corpo, eu estava cada vez mais com tezão, ele pegou a vela que estava em cima da mesa e sorriu.

-Feche os olhos agora.

Não disse nada, apenas fechei os olhos enquanto suas mãos grandes passeavam por meu corpo, derrepente tive uma sensação estranha, algo quente caindo sobre minha barriga, ainda de olhos fechados imaginei ser a cera da vela, aquela sensação começou a subir por minha pele, chegando aos meus seios, quando ele começou a derramar a vela em meus mamilos senti minha intimidade cada vez mais umidecida. Soltei um gemido baixo, ele disse que eu podia abrir meus olhos e eu o fiz, olhando para meu corpo coberto por cera vermelha, ele observava minha reação, e riu dizendo que eu estava linda. Tentei mexer os braços, esquecendo que eles estavam presos.

- Tentando fugir sua safada?

- Não, tentando te puxar para mim.

- Você quer que eu a possua safada?

- Quero

- Então peça...

- Me possua me faça sentir tudo o que você for capaz, me faça sua.

Não foram necessárias muitas palavras, logo estávamos usufruindo do prazer, juntos.

Claro que havia muito mais a saber e conhecer sobre aquele mundo de correntes e apetrechos, mas isso fica pra uma outra noite.

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Comentários

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voce é homem? Dominador? sou submissa a tres anos e estou sem dono no momento

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muito bom,me convida para um barato nesse talvez eu acha um numero de uma putinha

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