_ Fernando...?! Posso entrar?
_ Ohh... Entra aí, cara! [Risos] Só um segundo, Guido... Deixa só eu acabar essa ligação... Falo já contigo...
_ Tá massa! Fica a vontade...
Depois de um tempinho...
_ Pronto, Guido! Rapaz, tá com mais de uma semana que a gente não se vê!
_ Bicho, Ahrrr...! Foi uma semana de cão! Eu estou de licença, na verdade... Mas hoje eu não podia deixar de vir falar contigo, né?!
_ Ahh... [Risos] Você ficou sabendo?! [Risos] Caralho! Ainda estou meio atordoado... [Risos]
_ Eu fiquei feliz demais, Fernando! A virose até passou! [Risos] Como foi isso? [...] Não é que você não seja capaz! Não é isso, pelo amor de Deus! [risos] Mas a rapidez! Nem um ano nesse cargo! Caralho!
_ Pra você ver... [Risos]
O telefone de tocou para ele... Após uns segundos só ouvindo, Guido ficou alterado e disse para a pessoa que estava do outro lado da linha...
_ Se você tirar uma colher que seja daí, eu chamo a polícia e te denuncio como ladra! Você é muito vagabunda! Eu fui bom demais em mandar seus panos de bunda para a casa da sua mãe, sua cachorra!
_ [?]
_ Nada! N.A.D.A! Entendeu? Nada é nada... coisa nenhuma!
_ [?]
_ Naaaaaaada! Porra! Nada!
_ [?]
_ Olha... Faz assim... Vai lá! Vai! Mas vai agora... Estou discando para a polícia!... Mas vai mesmo! E não ligue mais pra mim... sua vaca! Rapariga barata! [...] NÃO LIGA MAIS! ... E VAI AGORA LÁ NA MINHA CASA PEGAR QUALQUER COISA! AGORA, TÁ?!
Desligou... Peguei um copo com água e o entreguei... Ele tremia de ódio...
_ Guido... Desculpa eu me meter... mas... era a Marta?
Ele respondeu positivamente com a cabeça, enquanto tomava a água... Entregou-me o copo vazio.
_ Ordinária! Puta, puta, puta... PUTA BARATA!
_ Calma...
_ Mas a culpa é minha! Minha! O que é que eu poderia esperar de uma mulher que eu conheci no meio de uma folia de carnaval, e ali mesmo, no meio da multidão, abriu minha bermuda, botou minha pica pra fora, agarrou-me e levantando um pouco a saia e afastando a calcinha pro lado botou minha rola na entrada da boceta... e só sossegou quando a enchi de gala?! [...] Me fala!? Eu poderia esperar o quê? “Uma vez Flamengo... sempre Flamengo”, Fernando! Achei até que demorou! [...] Puta não se conforma com uma mesma pica por muito tempo, cara!? É igual e BAITOL... [Pausa] Desculpa, Fernando! Eu estou nervoso, transtornado... Não estou nem sabendo o que digo...
_ Sabe sim... Mas deixa pra lá... O que foi que houve?
_ Deixa pra lá, não! Desculpa mesmo, cara. Você sabe que nunca tive problemas quanto esse teu lado... Nem quando a gente era moleque! Não... Olha aí sua cara... eu falei merda e deixei você constrangido! Desculpa mesmo, bicho... de coração!
_ Guido... deixa isso pra ser falado outra hora... A gente tem coisas mais interessantes para conversar! Eu estou vendo que você está passando por uma barra pesada – que você estava dando o nome de “virose”! Vamos conversar um pouco sobre isso!? Pra quê ficar debatendo sobre minha sexualidade agora? Só quero que você reflita sobre o seguinte: Toda generalização é burra! Inclusive essa que eu acabei de fazer! [...] E isso vale para tudo!
_ Fernando, você é muito legal! Se fosse outro, ia me jogar porta a fora.
_ Guido... eu tenho trinta e dois anos... você pode imaginar quantas coisas negativas, ofensivas, agressivas eu já escutei até aqui? E não foram de forma indireta ou “por tabela” como essa que você falou... Foram diretas mesmo! Apontadas a mim?
_ [?]
_ Não, não é? Nem eu! Tantas foram que aprendi a saber a hora de questionar, me defender, argumentar, justificar... ou simplesmente ignorar. Quando a gente nasce, algumas habilidades já vem naturalmente e vamos pouco a pouco aprimorando: comer, fazer coco, fazer xixi, comunicar que tem fome, que não está gostando disso ou daquilo... Mas outras a gente tem que aprender: andar, falar... Tudo isso, obrigatoriamente! A não ser que haja uma limitação... uma deficiência. [...] O gay, quando se percebe assim, e – comparando com o que está além dele – vê-se diferente... não é fácil! Para alguns, sim... Mas para a grande maioria, é um choque! Mas quando ele decide que vai ser o que é, é como se ele nascesse novamente e outra necessidade surge... inevitavelmente: lidar com o preconceito. Não tem como fugir! Ou ele faz isso ou ele não vai agüentar e, como há diversos exemplos conhecidos na história, ele desiste de viver!
_ Que é isso, Fernando? Não é assim não!
_ Guido! É assim, sim! É impossível um homossexual viver sua homossexualidade sem sofrer preconceitos... todos os dias! TODOS OS DIAS! [...] Veja bem! Eu estou me referindo a quem é gay! E tem sua orientação sexual resolvida e conhecida. Não estou falando nem dos que optam não vivê-la e nem dos que optam vivê-la na clandestinidade...
_ Optam? Mas não foi você mesmo que certa vez disse que ser gay não era opção!
_ E não é! Ser homossexual é uma coisa. Viver a homossexualidade é outra. Eu sou gay. Mas quando eu me reconheci assim, eu poderia ter optado por abafar isso dentro de mim e namorar com garotas, casar, ter filhos, netos, bisnetos... Porém... lá na velhice, deitadinho na cama... só esperando a minha hora, provavelmente eu iria fazer uma retrospectiva da minha vida e ia chegar a seguinte conclusão: passei pela vida e não vivi. Atuei. Fecham-se as cortinas do teatro!
_ Porra! Mas viver assim... tem quem consiga?
_ Tem. Só tem... Claro que eles vão se sentir frequejando... quase cedendo, sabe? É muito forte a parte sexual do ser humano! Lutar contra o desejo é muito complicado! Precisa ter muita força! E sabe o que fazem para dar “carga na bateria”? Antes que acabe cedendo, passam a atacar os que não foram covardes como eles! A coisa é tão doentia que alguns elegem isso como a grande missão da sua vida!
_ Por isso que o pessoal fala que os carinhas que batem em gays nas ruas... esses homofóbicos extremistas... são gays enrustidos, não é?
_ Bem... Aí novamente a generalização! A maioria sim! Mas nem todos... Guido, vou falar a verdade. Em alguns casos eu até entendo que um cara decida abdicar do seu prazer sexual e viver de acordo com o que as pessoas chamam de “normal”. São tantas realidades diferentes! Eu não posso dizer que essa decisão é correta ou não! Cada um sabe de si. Eu não agüentaria. E voc me conhece a bastante tempo e sabe que eu até tentei namorar com garotas. Mas só fiz isso porque eu não tinha certeza de que era gay. Eu nem sabia o que era prazer! Pra mim, prazer era gozar! Quando eu transei com um cara e senti prazer... Nem contei pipocas! Ali mesmo, eu decidi: É isso que eu quero pra minha vida! Eu quero sentir prazer, dar prazer... ser feliz!
_ Enfrentar família, colegas de trabalho... não deve ser fácil mesmo...
_ Não... Não é fácil! Mas lutar contra os outros é muito mais fácil que lutar contra si! Há coisa pior que cruel, perverso, algoz de si próprio? Porque é isso que acontece! [...]
_ E você aprendeu a lidar com o preconceito como?
_ Entendendo que o preconceito não é um problema meu! É um problema de quem sente! Antes eu sofria quando alguém me xingava... porque aquilo me fazia sentir como um doente, um coitado... aí eu enfraquecia dando ao agressor forças, marra, moral... e ele ia tomando conta do pedaço. Guido, eu chegava a faltar aulas só de imaginar que seria alvo de chacota! Tinha vergonha... Quando uma professora repreendia um colega que me zoava... eu ficava com vergonha por ela! Uma vez, na sexta série, quando entrei na sala, tinham desenhado no quadro negro um cara de pau duro, bem exagerado, e outro chupando... e meu nome do lado do que chupava. Assim que eu entrei e vi, os que estavam na sala começaram a rir... todos! E na mesma hora, um professor de História entrou. Ele viu, riu e olhou pra mim: “_ É você Fernando? Mas rapaz... que gula!”.
_ Mentira! Foi mesmo?
_ Juro! Guido, eu cheguei a me assustar... A gritaria, as gargalhadas, as porradas que os alunos davam nas cadeiras...! Parecia um estádio na hora do gol! E ele “maestrando” aquela putaria toda! Eu saí da sala chorando e encontrei a professora de Inglês mal saí da sala. Ela perguntou o que tinha acontecido e eu falei assim, mais ou menos... Cara, ele pegou minha mão e foi em direção a sala. Bem no momento que aparecemos na porta, o professor estava olhando o desenho, rindo e dizendo assim: mas tá muito magrinho... o Fernando é mais cheinho!
_ Puta que pariu!
_ Para o azar dele, essa professora era filha do diretor! Guido, mais de dez anos na escola! O cara foi posto pra fora por justa causa! Cara, eu não queria que chegasse a tanto! Até pedi ao diretor que reconsiderasse... Mas foi em vão! Depois um colega de sala me disse que esse professor morava bem próximo da casa dele, e por lá ele era conhecido por xingar os gays e que incentivava o filho a meter a porrada nos caras que dessem pinta... e o garoto ia na onda...
_ Um professor, Fernando!? É de lascar!
_ Mas essa não foi a melhor parte! O filho dele fazia a sétima série... e ficou na escola. No ano seguinte, foi encontrado dando o cu pra dois colegas depois da educação física! Pensa! Esse negócio foi rasgado na escola inteira! O bichão...o machão... [Risos] Nem eu, que dava toda a pinta, jamais fiz isso! [...] Quer dizer, mais ou menos! [Gargalhadas]
_ Safado! [Gargalhadas] Conta aí, conta!!!
_ Depois eu falo! [...] Só pra concluir: não tem jeito. Tem que saber lidar com os preconceitos. Saber que nem sempre vale a pena bater de frente, saber que alguns devem até ser relevados pois os que agridem são tão vítimas quanto os agredidos... e saber que alguns merecem ser denunciados. Até dar um troco... se valer a pena! [...] Agora conta sobre a Marta...!
_ Chifre, Fernando! Vou contar bem objetivo, mas deixa para falarnos sobre isso outra hora... Pode ser? Cada vez que falo, fico pra morrer!
_ Tudo bem...
_ Cheguei em casa de surpresa... depois que cheguei ao trabalho um outro segurança pediu para trocarmos de escala e eu aceitei, e retornei para casa... ora, meu amigo... Abri a porta da sala... a rapariga estava sentada em cima da rola de um carinha bem novinho, e outro do lado, mais novo ainda, com a rola dentro da boca dela...
_ Oh, Guido!
_ Fernando... a sorte dela foi eu ter deixado a arma no serviço! Cada um dos caras tomou um murro na cara e ela eu peguei pelos cabelos... nua... jóquei na rua! Uma vizinha foi que pôs para dentro de casa e de lá... Só Deus sabe!
_ Cara...
_ Tá doido, bicho! Pensa na sensação de humilhação! Dois brochotes, cara! [...] Porra! Cadê eu ter coragem de botar a cara na rua?! Por isso arranjei essa licença! E hoje eu saí... só eu é que sei! Mas não poderia deixar de vir te dar os parabéns e me despedir... Você viaja amanhã, não é?
_ Poxa, cara! Obrigado pela consideração! Mas eu acho que essa coisa de ficar se escondendo por vergonha não está correta,não! Primeiro porque quem deve ter vergonha é ela! Ele cometeu o erro! Você foi vítima! E segundo que a gente tem que encarar as coisas adversas de frente e cabeça erguida! Ficar encolhido nem combina com um homem desse tipo que você é!
_ Que tipo que eu sou? [Risos]
_ Que tipo? [Risos] Moreno, alto, forte, peludo, gostoso, com um sorriso avassalador, as pernas grossas... e um cacete que faz a gente gozar só de olhar! [Gargalhadas]
_ [Gargalhadas] Oh, bicho fuleiro! Vou sentir falta dessas tuas sacanagens, Fernando! Sério mesmo!
_ Ahhh... Depois de amanhã você nem lembra que eu existo!
_ Cabra injusto! De todos os colegas de infância, qual foi o único que não se desligou de você? Mesmo quando soube que você “queimava o carretel”! [Gargalhadas]
_ Eu sei, Guido! Estou brincando! [...] Pra você ver... Que falta aqueles babacas me fizeram? Nenhuma! Nem lembro que eles existem! E eu poderia ter queimado uns dois... Mas só nós sabemos até hoje que eu tive uns rolos com eles!
_ Pois é... Deu o cu para eles... E eu, naquela época, doido pra te comer... e você só se esquivando! Baitola! E depois de adulto também... Lembra, eu bêbado querendo te agarrar e você rindo e correndo? Agora vem com esse papo de moreno gostoso! [gargalhadas]
_ Quando a gente era rapazinho, eu não quis porque eu morria der medo dessa rola preta enorme! E depois de adulto, Guido, eu mudei de atitudes... Abandonei aquela onda de sexo por sexo! Para mim, sexo só é bom associado a um relacionamento legal... uma pessoa com quem eu viva um romance... Putaria não é mais comigo!
_ [Risos] Agora a “mocinha” quer casar é?
_ Exatamente! Quem sabe se em outra cidade eu não encontro alguém que goste de mim, que eu goste também, e que possamos viver juntos...
_ E aquele cara, o que trabalhava no banco... Eu pensei que vocês estavam firmes! Já estavam juntos a quanto tempo?
_ O Félix... três anos! Guido, olha pra mim... eu tenho cara de amante?
_ Fernando... [Risos]... você não tem cara nem de gay! As pessoas só sabem porque você fala mesmo... “Ah, eu fui com meu namorado pra tal lugar...” [Gargalhadas] Mas tem muita gente que não acredita! Um cara todo malhado, bonitão, só anda bem vestido, até um dia desses era segurança de um shopping desses... tão eficiente que era, em seis meses passou para o comando de alas... chefiando quinze seguranças..., agora foi promovido para um cargo alto, de uma filial em outro Estado!... Acreditar que um cara assim é gay, porra, realmente é foda!
_ Se eu fosse um cabeleireiro, tudo bem?!
_ [Gargalhadas].
_ Meu amigo, eu sou gay, mas eu sou macho. Mais macho que muitos que andam por aí! E mais: entre um salão de beleza, onde eu vou passar o dia vendo mulheres se embelezando... e um setor se segurança, onde só tem homens fortes, másculos, exalando testosterona... [Risos] é a mesma coisa de escolher ente um pântano dos horrores, o salão; e o paraíso florido (a segurança)... Só se eu fosse doido pra optar pelo pântano!
_ [Gargalhadas] Você deveria ser comediante... Safado! Então seu interesse é esse! [Risos] Essa foi boa!
Naquele momento, deu um clique na minha cabeça. Num supetão, convidei...
_ Guido! Cara! Vem comigo!
_ Oi?
_ Cara, quando você chegou eu estava falando justamente com o rapaz que estava indicado para ser meu assistente na administração da segurança do shopping... esse para onde eu vou! O cara ligou pedindo desculpas e colocando a vaga à disposição!
_ Fernando...
_ Cara, o salário é o dobro desse que você recebe. Outra coisa: o que tem aqui pra segurar você? Esse papelão da Marta?... Olha, mas a resposta é logo! A viagem é amanhã!
_ Me dá até a noite? Eu ligo ou vou até sua casa!
_ Depois das nove! Chego da academia nesse horário!
_ Fechado!
Guido saiu da sala e eu comecei a lembrar de situações que vivemos juntos, desde a infância. Ele era dois anos mais velho que eu e, ao contrário de mim, que fui uma criança e um adolescente muito retraído, tímido e caseiro, Guido foi, desde sempre, muito avançado, muito popular e muito cobiçado pelas garotas. Aos treze anos, ele já possuía um corpo de adulto... costas largas, pêlos ralinhos pelo rosto, axilas e ao redor do pênis. Já era comum rolarem conversas de que ele estava comendo fulana ou cicrana... e os papos dele, claro, eram bem picantes.
Quando começaram as histórias de que eu era gay, foi imediato o afastamento dos garotos da minha idade. Uns por serem preconceituosos mesmo, mas outros por ordem dos pais que os proibiam de falar comigo. Guido não aderiu a isso! Pelo contrário, me defendia toda vez que presenciava alguém me xingar.
Nunca esqueci a surra que ele deu num outro colega, mais velho que ele, que estava numa roda de conversa, na qual Guido se fgazia presente, e ao me avistar do outro lado da rua, esse cara começou a gritar “Hei, pau no cu! Pei! Matei um gay!” e dava gargalhadas fazendo os outros acompanhá-lo. Guido pediu: “Hei, macho! Pára com isso, cara! Se toca! O cara tá passando na dele ali e tu com essa babaquice... Se liga!”. O cara mandou o Guido tomar no cu que na mesma hora levantou: “Fala aí novamente! É pra eu fazer o quê?”. O cara levantou também, cheio de marra e achando que os outros iam se juntar a ele. “Qual é Guido! Tá se queimando porque eu to falando do baitola ali. Das duas uma: ou tu anda comendo ele, ou tá se juntando a ele pra dar o boga!”
Nessa hora o tempo fechou. De longe vi a mãozada que o Guido deu fazendo o moleque cair no chão. E aí... surra pra dez o idiota comeu sozinho! Depois Guido veio até onde eu estava e seguimos pra casa – morávamos quase vizinhos.
Foi ali... Exatamente naquele instante que nasceu minha paixão por ele. Paixão essa que ainda queima dentro de mim, mas por saber que ele era hétero e que, portanto, no máximo eu receberia dele uns instantes de sexo, nunca revelei e, pior, sempre recusei as investidas dele. Mas fazia isso na brincadeira, sem que ele ficasse ofendido ou descobrisse meus sentimentos.
Não foi fácil passar todos esses anos escutando suas aventuras sexuais... até presenciar algumas! Mas nossa amizade era muito valiosa para ser jogada fora assim.
Na hora marcada Guido chegou em minha casa.
_ Que cara é essa, cafuçu?
[Risos]
_ Entra.
_ Fuleiro! [Risos] Cara de quem está como “bosta n’água”... mais perdido que “cego em tiroteio”...
_ Guido... pra dizer a verdade, eu já até me arrependi de ter feito essa proposta a você! Arrependido, não! [...] Em dúvida... se fiz certo!
_ Hum... Tem alguma coisa pra beber aí?
_ Tem... Pode pegar!
_ Você também quer?
_ A gente divide...
Ele pegou uma cerveja, tirou a camisa...
_ Falta muita coisa pra arrumar?
_ Não... Você é mais alto... Pega aquela caixa no maleiro do guarda-roupas...
Ele foi pegar e o fundo da caixa se abriu, deixando cair vários álbuns de fotografias no chão. Rimos. Ele pegou um e começou a passar as páginas. Quando vi, era um no qual só havia fotos em que nós aparecíamos juntos... Várias. Ele deu uma gargalhada...
_ Esse porra!
_ Que foi? Hei, curioso! Guarda isso aí!
_ Calma! Deixa eu ver!
_ Não, Guido! Guarda!
_ Espera! Caralho... Tem umas aqui que eu nem lembrava! Você guardou todas!
Ri todo sem graça... Ele puxou uma e leu o que estava escrito no verso... : “Ah se fosse verdade”. A foto era de um Carnaval, e ele estava me pegando por trás... estávamos de sunga, e meio bêbados... Rindo ele comentou:
_ Se fosse verdade! [Risos] Esse baitola só me dava coice... eu direto querendo comer esse cu dele! Aí escreve: “se fosse verdade”!
_ A verdade a que eu me refiro, não era sobre o que você fazia... era sobre o que você dizia!
_ E o que eu dizia? “Me dá esse cu! Me dá esse cu!” [Risos] Não era isso?
_ Guido... Vamos cuidar?
_ Fala!
_ Se você não lembra...
_ Eu estava melado, porra!
_ Então...
Ele guardou o álbum e ficamos conversando sobre outras coisas enquanto embalávamos as coisas que eu levaria na viagem. Estávamos suados e sujos. Eu falei:
_ Vou tomar um banho!
_ Vou com você!
_ Não...
_ Deixa, cara!
_ Não... Vai primeiro, então!
Ele foi... saiu. Eu entrei no banheiro. Quando saí, entrei no quarto e ele estava com uma caneta piloto com a qual estávamos identificando os conteúdos das caixas que embalávamos.
_ Lembrei!
_ Lembrou? O quê?
_ O que eu falava...
_ Mentira!
_ Era verdade! Aliás, é verdade! Sai do quarto...
_ Como?
_ Sai... Você entra já! Pega uma cerveja pra nós!
Saí, peguei a cerveja...
_ Pode entrar!
Guido havia escrito no espelho: “Eu te amo!”. Olhei e comecei a rir, envergonhado. Ele pegou a cerveja, tomou um gole...
_ Era isso?
Fiquei calado e fui saindo do quarto. Ele me puxou pelo braço...
_ Era isso?
_ Era.
_ E era mentira?
_ Efeito da bebida!
_ Tem certeza?
_ Tenho...
_ Vamos ver...
Ele pousou o copo no chão, me puxou e me beijou... Correspondi.
_ Era mentira?
_ Não sei...
_ Fernando... eu fazia tudo para você enxergar isso. Todo mundo chegava pra mim pra dizer que nós tínhamos um caso, você jogava mulheres pra mim, e até elas desconfiavam que nós tínhamos um rolo... Até no braço eu já entrei por você. Isso é de quem gosta como amigo? Eu fazia tudo pra você ter ciúmes de mim... Até inventava umas histórias... Você, nada! Eu te amo, cara!
_ Mas, Guido...
_ É aquele lance de ser só seu? Eu quero ser só seu! Eu sempre quis! Me dá uma chance?!
Nem respondi... Agarrei-o num beijo louco... Caímos sobre a cama... Fiquei sobre ele e fomos, cheios de pressa, nos despindo...
_ Eu fiquei desesperado quando soube que você ia pra longe de mim! E depois, explodindo de alegria quando você me chamou. Mas eu não queria ir como amigo... Eu quero ser teu companheiro... Eu quero viver essa paixão que está guardada aqui! Diz que me ama!
_ Eu sempre amei você, Guido! Sempre! Mas acreditar no seu amor... Você tem uma vida tão... Sei lá! Será que você vai gostar?
_ Vamos ver isso agora!
Guido pegou meu pau e começou a chupar.
_ Issssssssssss...! Ohhh...! Guido... Que delícia! Issssss...!
_ Tá bom mesmo? Hummm...! Hummm...! Hummm...! Tô fazendo direitinho? Hummm...! Hummm...!
_ Tá! Isssssssssss...! Muito! Issssssssssss...! Engole todinha! Isssssssssssssss...!
_ Ahrrrhhhrrr...! calma! Assim eu me engasgo! [Risos] Hummm...! Hummm...! No saco... Quer também?
_ Onde você tiver vontade! Isssssssssssss...! Isso! Issssssssssss...! Ohhhhhhhh...! Vem cá...
_ Como? Assim?
_ Levanta só essa perna... Isso! Sente a lingüinha...
Comecei a beijar a bunda de Guido, mas ele estava tenso. Fui devagar, fazendo ele relaxar e a bunda começou a dar abertura. Fui passando a língua próximo às preguinhas e pouco a pouco ele próprio ia deixando a bunda mais arrebitada. Os pelinhos ao redor do cuzinho me davam um tesão louco, pois era um sinal de masculinidade inconfundível. Comecei a pincelar as preguinhas e já escutava os primeiros gemidos. Lambi, lambi... e ele empinava bastante a bunda e gemia sem nenhuma vergonha...
_ Ohhhhhhhhhhh...! Hummmmmmmm...! Hummmmmmm...! Coisa boa, Fernando! Continua! Hummmmmmm...! Hummmmm...!
_ Guido! Issssssssssss...! Cuzinho gostoso! Isssssssssssss...! Sente a língua te comendo... Ahrrr...! Ahrrr...! Ahrrr...! Tá sentindo? Isssssssssssss...!
_ Tô! Enfia mais! Ohhhhhhhhhh...!
_ Abre a bunda com as mãos! Isso! Agora vai bem fundo... Ahrrrrrrr...! Ahrrrrr...! Issssssss...!
_ Ohhhhhhhh...! Bom demais! Hummmmmmmm...! Hummmm...!
Deixei o cu dele cheio de saliva e levantei. Passei mais saliva no pau e encostei no buraquinho dele. Mexi um pouco por fora...
_ Deixa o cuzinho bem relaxado, Guido...
_ Calma! Devagar!
_ Não prende... Faz força pra fora! Isso... Mais uma vez... Isso...
Meti a cabeça. Ele retraiu, mas eu acompanhei o movimento para o pau não sair...
_ Tira! Tira! Aiii...
_ Relaxa! Relaxa!... Confia em mim... Isso...
_ Não mete tudo, heim!
_ Certo... Relaxa... Pronto...
_ Devagar...
_ Só a pontinha... Oh... Tá vendo, ta passando...
_ Ohhh... Ohhhh...! Hummm...!
_ Isso... Que cuzinho gostoso! Guido, que bunda gostosa essa tua! Arrebita pra mim...
_ Ahhh...! Tá passando! Hummm...! Tá ficando bom!
Meti devagar até o talo...
_ Delícia de cu... engoliu minha pica todinha!
Ele, sem acreditar, passou a mão por baixo e sentiu meu saco encostado no dele...
_ Todinha? [Risos]
_ Todinha... Sente! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Tá gostoso?
_ Tá! Issssssssssss...! Vai... Mais rápido! Issssssssssss...! Isso! Isso!
Comecei a bombar no cu dele e ele já rebolava no meu pau. Levantei uma das minhas pernas e meti com tudo. Na terceira estocada ele anunciou...
_ Fernando... Ohhhh... [Risos] Vou gozar sem punheta! [Risos]
Acelerei mais ainda...
_ Vou gozar... Ahhhhhhhhhhhhhhhhh...! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh...!
Com as contrações do cu dele, comecei a gozar dentro dele!
_ Ohhhhhhhhhhhhhh...! Ohhhhhhhhhhhhhh...! Issssssssssssss...!
Ele puxou a bunda de uma vez. Olhou para mim...
_ Safado! Tirou meu cabaço! [Risos] E agora... acredita?
_ Acredito!
_ Quer casar comigo?
Viajamos juntos e estamos casados há dez anos. Felizes!