“Já estou imaginando o sucesso que esta gravação fará na Internet! Parabéns pelo belo cacete!’
Foi este o conteúdo do e-mail que meu padrasto recebeu, junto à gravação de pouco menos de um minuto, na qual ele aparecia sendo chupado por nossa empregada na cozinha, numa madrugada qualquer.
Fiquei até com pena quando vi seu sangue desaparecer do rosto e o suor descer pela sua testa. Estávamos todos na sala vendo um filme e apenas ele estava um pouco mais afastado, na mesa da sala de jantar, conferindo suas mensagens com meu notebook. Apenas eu percebia seu nervosismo denunciado pelo tremor das mãos que mal conseguiam digitar algo.
Levantou-se e foi até a cozinha. Fui logo em seguida com a desculpa de beber água. Ele estava na porta que dava para o quintal, olhando para nada, concentrado em seus pensamentos, dúvidas, preocupações e medos gerados pelo e-mail de um desconhecido que agora o tinha nas mãos.
Só percebeu minha presença quando abria geladeira. Olhou em minha direção. No rosto estava estampado o incômodo que aquilo estava causando e que, definitivamente, tinha tirado sua tranqüilidade. Estávamos olhando um para o outro... ele aguardava enquanto eu acabava de dar os últimos goles; eu, satisfeito, percebia a transformação daquele homem: antes, extremamente seguro de si, de atitudes fortes e determinadas, autoritário, auto-suficiente, orgulhoso de sua carreira militar sempre em ascensão; agora... frágil, vulnerável, pequeno, passivo...
Assim que pousei o copo sobre a mesa, ele perguntou:
_ Gustavo, amanhã é o aniversário de um colega meu. Um camarada que tem sido um grande companheiro desde que entramos no Exército. Tenho muita estima por ele. Nós sempre sacaneamos um com o outro... e ele está me devendo uma... [Risos] Aprontou uma brincadeira no meu aniversário, o sacana!!! Agora é a minha vez! [Risos] Tem como eu enviar uma mensagem para ele, sem que ele descubra quem eu sou? [...] Na verdade, o que eu quero saber é o seguinte: como ele poderia descobrir a identidade, caso eu criasse um e-mail falso? Tipo, localizar quem o enviou... Há como fazer isso?
Pensei comigo mesmo: “Muito espertinho...”. Entrei no jogo dele:
_ Álvaro, até há, mas através da Justiça! Ou então, ilicitamente, um hacker possivelmente consiga fazer isso! Hoje em dia é muito complicado! Existem muitos serviços de e-mail... Alguns, de sites mais sérios, maiores, exigem até CPF na criação da conta. Isso faz com que informações falsas impeçam a criação da conta... Mas há outros que pedem informações elementares, que podem ser falsas, e apenas usam, para concluir o cadastro, aqueles verificadores que mostram umas letras meio bagunçadas para que você as identifique e pronto!
_ Porra! É foda...
_ Hummm...?!?
_ Não, não... Só pensei alto... Poxa! Assim é de lascar! A Internet tem suas vantagens... muitas, aliás! Mas também tem muitos defeitos... um deles é deixar o usuário vulnerável...
_ Mas se é só para “tirar uma onda” com seu amigo, se quiser, usa o meu! Depois você vai contar mesmo!!! O bom da piada, nessas situações, é a revelação de quem é o autor... não é?
_ Não... Acho melhor fazer outra coisa... Nem sei se ele confere os e-mails com freqüência... Vai que, justo no dia, ele não confere?” Eu vou “passar batido”!
Rimos.
_ De todo modo... obrigado!
_ Se resolver voltar atrás, pode usar o meu!
Álvaro saiu da cozinha arrasado! Entrou no quarto. Depois de um tempo, minha mãe notou sua ausência entre nós e foi ao quarto deles. Voltou e comentou:
_ Está deitado... com dor de cabeça. [...] Para o Álvaro sentir esse tipo de dor, precisa acontecer uma coisa muito séria. E para que ele se deite por conta dessa dor, além de séria, precisa ser muito grave!
Meu irmão mais velho, Jonas, procurando tranqüilizá-la, disse:
_ Não deve ser isso! Afinal, não faz muito tempo, ele estava conosco, rindo... numa boa!
E minha irmã caçula, Lívia – que é filha de Álvaro com mamãe – concordou:
_ O papai deve estar cansado! Pode até ser uma estafa! Ele mesmo me disse que não via a hora de tirar férias!
E minha mãe:
_ Pode ser! Está com dois anos que o Álvaro não sai de férias! Mas isso é porque ele quer assim! As férias ficam disponíveis... Ele quer? Não!!! Então, quem pode obrigar?
Eu falei, compreendendo a decisão de meu padrasto:
_ Também, mãe... tirar férias para passar um mês dentro dessa casa, sozinho... todo mundo passa, praticamente o dia fora! Deus me livre! Eu faria o mesmo! Pelo menos trabalhando, a gente pode conversar... se distrair... Parece que o dia passa mais rápido! [...] Eu... na segunda semana de férias, já fico doido que voltem as aulas! Já estou sofrendo, só em pensar que daqui a uma semana eu entro de férias! [...] Aí, pense na merda! Não me conformo de haver esse desencontro entre as férias da faculdade e as férias das escolas! Se meus colegas estivessem de férias, juntava a turma e ia para a casa de praia! Mas aqueles porras ainda estão fazendo cursinho ou o terceiro!
Jonas disse:
_ Também... só tem amigo moleque! E burros!
¬_ Mas é muito otário! Não há nenhum moleque e muito menos burro! Quase todos têm a mesma idade que eu... E não passar no vestibular não tem nada na ver com ser inteligente!
_ Ah... Realmente... tem a ver com beleza, não é?
_ Se fosse inteligência que contasse, você não teria entrado, Jonas. Por que mais burro que você... ainda está para nascer! Há tanta coisa em jogo! A concorrência, o estado emocional do candidato, até a sorte!
_ Sorte! [Gargalhadas] Não nem loteria! Ou bingo! Ou a sua prova foi daquelas que você vê quatro opções, aí começa a cantar: “Mamãe disse que eu escolhesse essa daqui, mas como sou teimoso eu vou escolher essa daqui!” Aí marca!
Caímos todos na gargalhada... Minha mãe até tirou o semblante preocupado, e perguntou:
_ Sorte como, Gustavo?
_ Eu posso dizer que tive sorte, mãe. Qual era meu ponto fraco? Meu pesadelo!
_ Física, não era? Você chegou a chorar naquele simulado que houve no colégio! Fechou várias matérias, mas em Física não atingiu nem o mínimo! Eu cheguei até a comentar com o Álvaro sobre isso! Eu não dizia para você, para não te deixar pra baixo, mas eu morria de medo de você não passar, por conta dessa matéria, e entrar numa depressão! Rezei, rezei, rezei... Era você lá fazendo a prova e eu aqui, me valendo de tudo que é santo... Ainda bem que a prova de Física foi logo no primeiro dia! Quando você chegou, todo confiante, já se considerando aprovado sem nem ter feito as outras provas... meu coração ficou tão aliviado... Lá fui eu para outra seção de orações... agora para agradecer!!!
_ Foi sorte! Mas não foi sorte no sentido de escolher, aleatoriamente uma opção e esta ser a correta! A sorte foi a seguinte: de todos os conteúdos de Física, só uns três eu dominava. Dominava mesmo! Mas eles nunca eram cobrados! Eu conferi três provas de vestibulares passados, e eles não apareciam! Sempre cobravam mais tópicos ligados à eletricidade – que eu detestava! Quando abri a prova... Não acreditei! Cheguei a ficar com os olhos cheios d’água! Juro! Quando eu saí da sala... Já estava certo de que passaria! [Risos] Agora fala... Não foi sorte, não?
Meu irmão, então, reconheceu:
_ É mesmo! Não tinha visto por esse lado! E ainda tem mais: como não vinha sendo cobradas essas matérias, com certeza não foram bem exploradas nos cursinhos... Eles sempre se baseiam em provas passadas... Quer dizer: a galera foi pega de surpresa e muitos devem ter se dado mal!
_ Cara, se você visse no ponto de ônibus... o povo louco! Já contando com a eliminação! Tive sorte! Tive muita sorte mesmo! Agora esse negócio de sorte para marcar na “cagada”, comigo nunca funcionou!
E minha mãe, morrendo de rir:
_ Sabe por quê? Porque você é teimoso... a musiquinha diz que eu mando escolher uma e você escolhe outra! Vá por mim... Eu sei o que estou falando!
Começamos a rir alto e meu padrasto apareceu na sala...
_ Oi, amor! Acordamos você! Melhorou?
_ Melhorou! Eu estava deitado e só escutando a diversão que estava aqui... resolvi me juntar!
_ Venha para cá!
Ele sentou com mamãe e a conversa rolava solta... até que chegou na dispensa de Carla, a empregada que estava em nossa casa há quase cinco anos. Jonas, aproveitando que se falava sobre os compromissos do dia seguinte, soltou:
_ A propósito, mãe... estou sem camisas limpas para trabalhar. Como é que vai ser?
_ E você lembrou agora... quase noite? [...] Olha, prestem atenção todos! Não temos mais a Carla! A alimentação eu já consegui resolver: uma marmitaria entregará todos os dias. As roupas também: uma lavadeira virá de quinze em quinze dias... do mesmo modo uma diarista! Mas no dia-a-dia nós temos que nos virar. Estávamos acostumados a chegar e ter tudo prontinho... Não tem mais, entenderam?
Meu padrasto não dava um pio. Jonas, irritado, soltou os cachorros em cima de Lívia:
_ Tá vendo, idiota?! Você agora deveria assumir o lugar dela pra deixar de ser fofoqueira!
_ Fofoqueira é uma ova! Ela deveria ter sido mais responsável! Sabe-se lá quem era esse namorado que ela trazia para cá? E se ele estivesse com ela e eu chegasse mais cedo, saísse do banheiro só de calcinha como sempre faço! [...] Se não tinha nada demais e ela confiava nele, como ela mesma falou, precisava esconder? A gente nunca nem viu esse cara! Se fosse um bandido e tivesse se aproximado dela com algum interesse em roubar, seqüestrar...
Minha mãe concordou:
_ A Carla era tratada aqui como uma pessoa da família. Quantas vezes ela escutou eu falar com vocês que ao se envolver com alguém, trouxesse para apresentar?! E eu ainda falava as razões de se fazer isso! Não, não, não... Gosto, ainda, muito dela. Mas para viver numa casa que passa o dia sob sua responsabilidade, é necessário confiança. E ela perdeu a minha!
Eu disse:
_ A senhora tem razão, mãe. Mas dispensar assim, na primeira derrapada, sem considerar os outros anos que ela foi impecável... Achei precipitado. Radical! Já passamos mais de um mês fora... Ela ficou sozinha! Quando voltamos, estava tudo como antes! A senhora deveria ter pensado mais! Quem sabe proibir que ela o trouxesse para cá. Que se encontrassem fora! Ai, se ela repetisse o erro... tudo bem! Mas da forma como a senhora fez... eu, sinceramente, não aprovei. Todo mundo tem direito a uma oportunidade de se redimir!
Jonas complementou:
_ E olha que ela foi sincera, respondeu na bucha! Se fosse outra, teria dito que não sabia de quem era a camisinha, ou, pior! Ter acusado um de nós de ser o parceiro dela... Tipo para ganhar uma grana na base da chantagem... Isso rola direto!
Eu, só para sacanear:
_ E você Álvaro... o que pensa sobre isso?
_ Eu e sua mãe temos um trato, desde o início do nosso casamento, que os assuntos domésticos são da alçada dela. Eu só opino se ela pedir. E decisões finais, nem que ela implore, eu me recuso a dar. Portanto, muitas coisas, quando eu tomo conhecimento, já aconteceram tem mais de uma semana! Só para você ter uma idéia! Eu me responsabilizo pela parte financeira. E os dois juntos acompanhamos a educação de vocês... Tudo conversado, discutido, primeiro entre nós dois, e depois entre todos... Não foi sempre assim?!
E minha mãe:
__ Por isso tem dado certo! Cada um cuida da sua parte... e se responsabikiza pelos sucessos e fracassos relacionados a ela! [...] Mas com relação â Carla, como sua saída iria mexer com todos nós: nossa rotina mudaria! E isso também mudaria com relação aos gastos... resolvi participar ao Álvaro, antes, inclusive, de comunicá-la minha decisão. Ele disse que isso caberia a mim decidir... E digo uma coisa: Não me arrependo!
E Jonas:
_ Que coisa boa, mamãe! A senhora quer a camisa agora, para lavar?
E Lívia:
_ Mãe, faz um sanduiche para mim!
E eu:
_ Mãe, meu quarto precisa de uma organizada!
Minha mãe:
_ Eu me arrependo! Eu me arrependo! Pronto! Eu me arrependo1...
Foi uma zorra! Começamos a rir... E até Álvaro parecia ter se desligado do seu problema, digamos, “virtual”. Fui para o meu quarto levando o meu notebook e escutei ele pedir o de Lívia.
Rapidamente, enviei outro e-mail, anexando mais um vídeo – nesse, ele insistia em comer o cu dela, mas ela não cedia. Ele então foi na boceta. Carla era uma putinha safada mesmo, pediu para que ele não tirasse a farda! Delirava com aquela rola robusta!
No e-mail, escrevi:
“Essa loirinha deve ter um cuzinho muito gostoso, heim?! Pena que ela foi embora sem que você arrombasse suas preguinhas rosadas! Também, um pauzão desses, mesmo apetitoso, dá medo! Seus companheiros das Forças Armadas vão tocar muita punheta assistindo sua performance...”
Apaguei os rastros, desliguei e voltei para a sala.
Álvaro sentava-se à mesa comendo biscoitos e o notebook estava inicializando. Sentei-me no sofá, numa posição perfeita para visualizar sua expressão ao encontrar a nova mensagem. Fingia ter atenção ao que era exibido na TV... De repente, ele fez uma cara de espanto, olhando para a tela e começou a tossir e engasgar com o biscoito que comia. O rosto estava fixando roxo e mamãe foi dar umas pancadas nas costas dele. Tive vontade de rir, mas não pelo estado dele, mas pelo modo como mamãe, conservando os costumes de sua criação interiorana, o ajudava...
_ Levanta os braços, Álvaro! Levanta! [Pancadas nas costas] São Brás! São Brás! São Brás!
_ Pronto! Pronto!
_ Saiu?
_ Saiu... Saiu o biscoito, um pulmão, o coração deu uma deslocada...
Não nos agüentamos e caímos na gargalhada. Até Álvaro não resistiu... Minha mãe era uma comédia... Soltava cada uma! Ela tinha um santo para cada situação... Isso era típico da minha avó e minha bisavó – que ainda eram vivas e totalmente ativas.
Álvaro foi para a varanda e lá, na penumbra do espaço que tinha as luzes apagadas, ficou... calado, olhar triste... deitado numa rede feita de cipós.
Mais alguns minutos, minha mãe foi para junto dele, e em seguida Lívia. Eu e Jonas continuamos na sala, mas tudo o que conversavam eu escutava. Lívia falou:
_ Papai, eu não trabalho ainda, mas escuto tanta gente falar: “A gente trabalha pra viver! Não pra morrer!”. O senhor é sempre tão “Caxias”: nunca falta, já vi o senhor ir trabalhar até com febre; não se atrasa; chega aqui, às vezes, super tarde para cumprir tudo o que deve... Pelo amor de Deus, pai! Tire umas férias! Peça quinze dias... depois o senhor pede mais quinze!
_ Filha, eu não suporto ficar em casa! Eu adoeço! [...] Mas fique tranqüila! Eu estou bem!
Minha mãe falou:
_ Ah, está! Todos nós estamos vendo que você está muitíssimo bem! Não poderia estar melhor! Peça logo essas férias, homem! Melhor que pedir uma licença para tratar da saúde... É isso que vai acontecer se você insistir nisso! Entenda que você não é máquina! Se as férias existem é porque elas são necessárias! Ou você pensa que esse período que o trabalhador tem é um prêmio, ou uma cortesia do patrão? Não, Álvaro... é uma necessidade!
Meu padrasto ficou calado. Lívia sugeriu:
_ Mamãe, o Gustavo não disse que entraria de férias agora? E que estava chateado por não ter companhia para passar uns dias na praia? Então... Papai poderia ir com ele... Ao menos um pode fazer companhia ao outro...
_ Boa idéia, filha. QWue você acha, Álvaro?
_ Eu acho ótimo! Ainda mais que eu me dou muito bem com ele!
Eles me chamaram e lançaram a idéia... Concordei na mesma hora. Ficou tudo acertado... Iríamos no início da semana e os demais no final de semana.
Nos dois dias seguintes, não mandei e-mail. Na quarta feira, enviei outro, no qual ele comia Carla – Ela apoiada na cama, e ele socando em sua boceta por trás... Em seguida, ela senta em seu pau, fazendo-o logo gozar. A mensagem era a seguinte:
“ Que loirinha quente, heim? Mas quentinho mesmo deve ser esse cuzinho, que ela não libera! Mas não fique preocupado... esses vídeos vão fazer muito sucesso... Ainda mais por conta desse cacete tão safadinho!”
À noite, ele chegou derrotado. Não quis nem mesmo nos acompanhar ao aniversário de meu primo. Ficou em casa... e eu sabia bem o que tinha causado aquele desânimo!
No sábado, enviei umas fotos; Ele verificou os emails quando já estava em casa... durante a madrugada... por isso não pude assistir ao seu desespero.
O dia da viagem chegou e ele acordou cedo, animado, preparou tudo no carro e partimos. Pediu que levasse o notebook e eu o coloquei dentro do carro. Na estrada, abasteceu o tanque de gasolina e o porta-malas com cervejas. Ele só tomou uns dois goles da que eu bebia, pois tinha receio de fiscalizações na estrada. Assim que chegamos, ele começou a beber.
O dia corria e ele tomava uma cerveja vez ou outra... mas nada alterava em seu comportamento... Brincalhão, ele ia puxando papo, contando comédias que rolavam no quartel... Anoiteceu.
_ Vamos dar um mergulho no mar?
_ Ah, Álvaro... não inventa...
_ Gustavo... que preguiça é essa? A praia é praticamente no jardim!
_ [Risos] Não é por causa da distância, não, macho! É o frio que é grande! E o mar fica violento!
_ Que conversa pra boi dormir é essa?! Vamos! Vamos! Levanta!
_ Não... [Risos] Pára! [Risos]
_ Vamos! Anda! Vou matar você de cócegas! [Risos]
_ [Risos] Pára...! [Risos] Eu vou... Eu vou...! [Risos]
E fomos. Eu, de sunga e camisa e ele com um calção de tactel. Ventava frio e eu estava de braços cruzados...
_ Que frio!
_ Friozinho bom... Deixa de ser mole!
_ Vai logo, Álvaro... Dá esse mergulho logo... Quero voltar!
_ Eu, não! Nós! [Risos]
_ [Risos] Com certeza... Vamos só esperar o Papai Noel, o Saci-Pererê e o coelhinho da Páscoa chegarem! Eles já estão no caminho!
_ [Risos] Nem vem que não tem! A gente entra... depois eles vão onde estivermos! Anda! Tira essa camisa!
Ele chegou perto de mim e foi levantando minha camisa... Eu corri e ele veio correndo atrás de mim. O cabra corria demais! Eu ria demais e isso ia me fazendo diminuir a velocidade. Ainda dei uns “olés” fazendo cair na areia. Aí é que eu ria mesmo...
Caído, ele segurou em meus tornozelos e eu caí. Tentei me soltar, mas ele tinha muita força. O corpo dele era quente, eu me sentia bem ali. Ríamos. Toquei, sem querer em sua pomba...
_ Êpa! Aí é golpe baixo!
Rimos.
_ Não, Álvaro... Sério mesmo! Estou morrendo de frio! A gente entra amanhã... Eu prometo!
_ Está bem... Então me espera...
Ele foi... Pulava no mar, mergulhava, e eu o olhando da areia. Ele tirou o calção e ficou rodando-o na mão... o mar impedia que sua rola aparecesse. Uma onda derrobou-o e eu morri de rir quando vi seu calção ser levado mar a dentro. Ele saiu pelado. Eu lhe dei a camisa, que ficou apertada nele. Voltamos para casa...
_ Tá vendo!? Castigo por me obrigar a ir!
_ Foi praga que você jogou em mim!
_ Castigo!
_ Praga!
_ Castigo!
_ Praga!
_ Castigo!
_ Praga!
Rimos. Ele me abraçou caindo sobre mim no sofá. Ficamos face a face... Ele disse olhando em meus olhos...
_ Coisa boa... Pra se divertir nem é preciso estar no meio de um monte de gente!
_ Não precisa nem haver alguém, além de você mesmo! Uma pessoa tem que saber ser companhia agradável de si própria! Mas... é claro... dividir momentos tão alegres como esse com outra pessoa, também é muito bom...
_ O que faz desse momento ser melhor é que estamos mais soltos um com o outro. Desde que casei com sua mãe, embora você sempre tenha sido muito atencioso e... carinhoso comigo... Nunca tivemos um momento como este!
_ Verdade!
Ele ficou um pouco em silêncio, e repentinamente levantou.
_ Quer uma cerva?
_ Quero.
_ Pega lá seu notebook.
Fui e trouxe para a sala. Ele me entregou a cerveja e foi ao quarto. Voltou com um DVD na mão.
_ Que é isso?
_ Põe aí...
Fiquei branco ao ver que eram os vídeos que eu mandava nos e-mails. Controlei-me olhei para ele...
_ Então era você, Álvaro!?! Você era o namorado secreto da Carla?
Ele riu e pousou a latinha sobre a mesa. Aproximou-se.
_ Engraçadinho... Tão inocente!!! [Risos] Pode acabar a palhaçada!
_ Que palhaçada?
_ Adivinha de onde eu copiei esses vídeos... Dos emails, será? [Risos] Não... de um DVD que estava dentro do seu notebook e que achei, sem querer, quando fui tentar colocar um filme, naquele dia do aniversário... quando todos saíram!
Caí na gargalhada.
_ Porra, vacilei!
_ Cachorro! Quase me fez perder o juízo!
_ Cachorro é você! Traindo minha mãe na própria casa de vocês! Esse castigo ainda foi pouco! Eu só não ia era pôs na Internet... Aí era demais!
_ E você estava me castigando... pela sua mãe mesmo?
_ Claro!
_ Será que não era por você?
_ Por mim! Nada a ver!
_ [Risos acompanhado de um gole de cerveja] Primeiro no papel de chantagista... um descuido o fez ser descoberto... Pela próprio chantageado! Agora, o filho que ante a mãe traída, toma para si a sede de justiça! [Risos]
_ Cheio de gracinhas...
_ Não deu certo, novamente, Gustavo!
_ Oi? Não entendi...
_ Até segui esse mesmo raciocínio: “O filho toma as dores da mãe!”... Mas as palavras são, muitas vezes, armadilhas! Eles podem nos denunciar! Olha só: “Parabéns pelo belo cacete!”... Agora essa: “Também, um pauzão desses, mesmo apetitoso, dá medo!”; E mais esse: “Ainda mais por conta desse cacete tão safadinho!”...
Fiquei mudo. Ele ainda estava apenas com minha camisa... rindo, pôs o pau sobre o tampo da mesa... estava ficando duro. Tirou a camisa...
_ Confesso que você me pegou de surpresa... duas vezes! Primeiro ao constatar que você sentia desejo por mim. Isto ficou evidente aí no que você escreveu! Nunca imaginei que você tivesse interesse por homens!
Ele riu, passou a mão em meu cabelo. Eu já estava doido para pular em cima dele. Álvaro continuou...
_ E segundo por, inesperadamente, de uma hora para outra, me ver sentindo desejo por você! Foi surpresa mesmo! Admiração, carinho... eu já sentia, mas como padrasto e enteado. Mas agora, depois de saber que você sentia ciúmes, desejo por mim... Eu enxergo você diferente! Por que você nunca se insinuou... deu pistas sobre o que sentia?
_ Isso não é coisa antiga, Álvaro. Na verdade, pode até ser que eu já sentisse algo, mas eu nunca reconheci como desejo... sabe... quer você sexualmente! Só quando desconfiei de vocês, num pedaço de conversa que escutei, bateu aquela coisa... como se eu estivesse sendo traído! Aí, consegui que um colega meu da faculdade me emprestasse a câmera - E ele próprio instalou! Quando assisti... Aí não tive mais dúvidas... Era paixão, tesão...
_ Você me conhece faz um tempo... Nunca na minha vida me vi numa situação dessas! Querer, desejar... tocar punheta... com a cabeça voltada para outro homem... Isso era fora de cogitação! Nunca nenhum outro cara nem chegou a tocar na minha rola! E agora... não consigo mais segurar!
_ Eu fiz isso por sentir raiva! Era como se, fora minha mãe, deveria ser comigo o seu prazer...
_ Agora será!
_ Pensei que, se você descobrisse um dia... teria ódio de mim!
_ Nos primeiros cinco segundos, tive! Depois, achei engraçado... e bati uma punheta vendo suas fotos pelado que estavam no notebook.
_ Você viu? Quem autorizou?
_ A mesma pessoa que autorizou você a me filmar trepando... Mas deixa pra lá! Foi uma punheta muito boa... Mas acho que assim, corpo a corpo,. Será melhor!
_ Gostou dos elogios ao cacete?
_ [Risos] Primeiro... obrigado pelos parabéns! [Risos] Agora, “apetitoso e safadinho” eu não sei.! Você acha que é um belo cacete mesmo?
Apenas ri. Agora o bichão estava duraço, apontando para o alto... Segurando aquela rola, meu padrasto disse:
_ Olha! [Sorriso malicioso] Veja só a situação em que você me deixou... safado!
_ Hummm... Parece que é realmente como eu descrevi... Pra não ficar na dúvida... Vamos ver se ele é, de fato, apetitoso e safadinho?
_ É tudo o que mais desejo! Mas antes... quero sentir ...
Eu estava sentado e ele em pé. À medida que falava, ia se curvando e se aproximando do meu rosto. Eu tremia de nervosismo. Ele segurou meu queixo e trouxe minha boca para junto da sua. Enfiou a língua na minha boca. Eu chupava aquela língua com tanta força... Ele me ergueu e então nossos paus estavam grudados, mas ainda havia minha sunga separando-os. Ele baixou-a. Era incrível aquela sensação!
Parou o beijo e olhou sorrindo para mim...
_ Vamos para o quarto...
Ele me levava segurando minha mão... apressado... Antes de deitar, voltou a me abraçar, deu umas pinadas... rola com rola... e sorrindo me falou:
_ Eu estou nervoso pra caralho!
_ [Risos] Não parece! Parece mais que está tarado pra caralho!
_ Isso também! [Risos e um beijo selinho] Estou me sentindo um adolescente, quando vai trepar pela primeira vez... e não sabe por onde começar!
_ Você ainda tem a vantagem de ter transado com mulheres... E eu?!
_ Você é virgem Gustavo? Não acredito!
_ Sou! Para mim, isso tudo é novo. Mas parece que o desejo me faz sentir o cara mais experiente do mundo! Eu nem quero saber por onde começa... Eu quero tudo! O que vai ser primeiro, ou quinto, ou vigésimo... não importa! Eu quero tudo!
_ Tudo!? Opa! Tudo tudo? [Beijo] Tudo mesmo? [Beijo]
_ Tudo... E mais um pouco! Vem cá logo!
Puxei meu padrasto e caímos sobre a cama. Ele ficou sobre mim e começamos a nos beijar, e nos esfregar, e gemer... tudo com muita intensidade... ferozes, mas desajeitados... lobos famintos que buscava um no outro, saciar suas fomes.
Álmaro lambia meu pescoço, colocava a língua em minha orelha... apertava minhas carnes... Dei um jeito de ficar sobre ele e comecei a lamber sua pele e a morder, sem agressividade, seu corpo até ficar de frente para seu caralho. Segurei-o e passei a língua ao redor da cabeça...
_ Isssss...! Chupa minha rola, vai! Testa se é gostosa!
Olhei aquela cara maliciosa, safada e cheia de desejo. Abocanhei seu cacete que pulsou em minha boca gulosa...
_ Ahhhhhhhhhhh...! Issssssssssssss...! Isso, chupa! Chupa! Ahhhhhhhhhhh...!
_ É deliciosa! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Muito mais que eu pensei! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Deliciosa!
_ Muito boa essa chupada! Ahhhhh...! Chupa ! Chupa! Ahhhhh...! Que gula, heim! Mata essa fome! Ahhhhhh...!
_ Hummm...! Hummm...! Hummm...! Ohhh! Ohhh...! Ai!
_ Engasgou? Tenta novamente! Isso! Isssssssssssssss...! Assim! Assim! Ohhh...! Me chama de papai! Chama!
_ Que rola deliciosa, papai! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Meu papai tesudo! Gostoso! Hummm...! Hummm...!
_ Ahhh... filhinho! Ahhh...! Chupa meus ovos! Isso meu filhinho safado! Filhinho do papai! Ahhhhhhhhhhhh...!
Eu chupava aqueles ovos com uma satisfação que nem consigo descrever! Eu colocava um na boca, depois o outro, e ás vezes os dois. Álvaro delirava, Segurava minha cabeça e esfregava contra os ovos! Eu estava inebriado com aquele cheiro gostoso que tinha ficado em seu corpo desde sua entrada no mar. Ele me puxou...
_ Vem cá, vem! Vem cá pro papai! Você está me enlouquecendo!
Álvaro voltou a me beijar... chupava minha língua com força enquanto apertava minha bunda.
_ Ai que delícia, papai! Como o senhor é tarado!
_ Sou... Sou tarado pelo meu filhinho putinho safado! De quem é essa bunda? Heim?
Ele dava palmadas em minha bunda, enquanto esfregávamos nossos paus...
_ É do papai!
_ É do papai, é?
_ É só do papai!
_ E o filhinho quer o cacete do papai todinho enfiado nesse cuzinho... Quer?
_ Quero! Ahhhhhhhh...! Quero, papai!
_ Oh... Quer mesmo!? Então fica de quatro que o papai quer sentir o gostinho desse cu virgem! Fica, safado! Isso... Issssssssss...! Safado!
_ Ai! Dá palmada, dá!
_ Toma! Rebola essa bunda! Yoma! Issssss...! Abre a bundinha... Isssssssssss...! Ahhhhhh...! Delícia! Ahhhhhhh...! Cuzinho gostoso!
_ Aiiiii...! Aiiiiii...! Hummm...! Hummm...! Que língua tarada, papai! Hummm...! Hummm...! Assim! Mete! Hummm...! Isso! Hummm...! Hummm...!
_ Tá gostando, filhinho! Tá? Diz pro papai!
_ Tô... Hummm...! Hummm...! Tô! Aiiii...!
_ Pede mais! Pede o que você quiser!
_ Eu quero sua rola! Hummm...! Hummm...! Rnfia essa rolona gostosa!
_ Você quer minha rola, quer?
_ Quero! Hummm...! Hummm...! Mete todinha! Hummm...! Hummm...! Hummm...!
_Quer que a rola do papai entre aqui? É aqui que você quer?
Álvaro foi metendo um dedo após o outro... e eu estava cada vez mais desejando ser comido por aquele homem... invadido por aquela chibata... Era muito bom estar naquela cama, abrindo a bunda e oferecendo para o deleite daquele homem que até pouco tempo atrás era, para mim, o melhor modelo de seriedade e retidão. Apesar de mostrar-se um exemplo de macho, cuja virilidade saia pelos poros... só depois de deliciar-me com sua atitude firme e ao mesmo tempo entregue ao que o prazer determinasse... foi que aflorou, loucamente e intensamente essa vontade de ser possuído por ele... Mas, até aquele momento, ele havia superado minhas expectativas... Ele não estava em busca só do seu desejo, do seu prazer... Ele queria o prazer dos dois... E ele aguçava ainda mais minha tara... E estava conseguindo...
_ Eu quero sseu cacete dentro do meu cuzinho, papai! Vem! Olha meu cuzinho chamando... olha!
_ Ohhhh...! Delícia! Pisca, filho! Isso! Pisca! Ahhhhh...! Vou te dar rola! Fica assim mesmo! Relaxa... isso! Mexe a bundinha, filhinho do papai! Ahhhhhhhhhhhh...!
_ Aiii...!
_ Relaxa... Deixa eu entrar nesse cuzinho... Isso! Isso! Se doer muito, avisa que eu tiro!
_ Não, papai... Tira não! Hummmmmmmmmm...! Hummmmmmmmm...! É uma dorzinha gostosa... Aiii! Só um pouquinho devagar... Aiii!
_ Estou colocando com carinho! Tá gostoso, tá?!
_ Hummm...! Hummm...! Tá! Tá bom demais!
_ Pronto! A rola do papai está toda atolada no seu cuzinho! Tá gostoso?
_ Muito, papai”! Aiii, como é bom! Agora fode gostoso esse cuzinho!
_ Não pede isso! O papai fica doido!
_ Fode, papai! Fode o cuzinho do seu filhinho! Mete com força! Hummm...! Hummm...! Hummm...!
_ Pois toma, filhinho! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Toma rola nesse cu! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Isso, safado! Aguenta! Rebola com o pau cravado dentro desse rabo! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...!
_ Hummm...! Hummm...! Ai, papai! Isso! Assim mesmo... com vontade! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Que rola gostosa! Ai! Fode gostoso!
_ Toma! Toma vara nesse cu! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ah, por que você não me ofereceu esse cuzinho a mais tempo! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Ahh...! Agoras vou descontar o tempo perdido!
_ Vai, papai! Desconta! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Aiii! Que delícia!
_ Vem cá! Senta na minha rola!
_ Esse rolão entrou todinho no meu cu?
_ E não quer sair mais! Vem... Senta e deixa o cu engolir minha rola! Isso! Engole, filhionho! Ohhh... que visão! Isso!
_ Ai... A rola está dando umas latejadas dentro do meu cuzinho!
_ Suspende só um pouco.... Deixa assim pra eu bombar bem gostoso! Isso! Toma!
_ Bem rápido! Aiiiiiiiiiiiiii...! Aiiiiiiiiiiiiiiiii...! Mais!
_ Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Aguenta rola… filhinho! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Porra! Que delícia! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...!
_ Ai, papai... Hum...! Hum...! Hum...! Eu vou gozar!
_ Goza em cima de mim!
_ Mete forte! Isso! Isso! Ai! Mais!
_ Goza, filhinho... Goza!
_ Vou gozar! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ai, papai! Ahrrrrrrrrrrrrrrr...!
_ Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Ah...! Quero gozar na sua boca, filhinho... Bota a boquinha aqui! Ah...! Ah...! Ah...!
_ Vai, papai... Quero leitinho!
_ Delícia... safado! Isssssssssssss...! Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhh...! Issssssss...! Isso, engole! Ohhhhhhhhhhhhh...! Engole minha gala pra eu ver! Assim...
[Risos]
_ Gustavo... E aí? Confirma ou nega o que você escreveu nas mensagens?
_ Nega!
_ Nega? Porra... e eu pensando que estava abafando!
_ Nega porque é muito mais que apetitosa e safadinha... muito mais!
_ [Risos] Ahhh...! Eu tinha que corresponder a esse cuzinho... Porra! Eu quero esse cuzinho pelo resto da vida!
_ Pois, se ligue! Se eu descobrir outra Carla na jogada... essa rola tão apetitosa e safadinha vai servir de enfeite para decorar minha estante...! Eu capo!
[Gargalhadas]
_ Safado! De manhazinha tem mais!
_ De manhazinha, não! Agora...Meu papai tarado!