- Por que isso velho...?
Matheus se esgueirou pelo chão buscando se distanciar, ficando prensado contra a parede. A expressão de medo do amigo elevou o tesão do deus viking a enésima potência. Os olhos azuis pareciam mais claros ainda com o brilho maldoso que saltava deles. Segurando os cabelos do morenão com uma mão, usou a outra para lhe dar tapinhas leves no rosto enquanto dizia:
- Matheuzinho, Matheuzinho, hoje cê vai dar igual gente grande.
Sem soltar os cabelos do outro, começou a andar em direção à sala, assobiando uma canção, indiferente ao esforço do parceiro em acompanhá-lo se arrastando de quatro pelo chão.
No ambiente luxuosamente decorado, Felipe deixou-se cair sobre o sofá, com um suspiro de satisfação, enquanto sua humilhada presa permanecia no chão, a face meio crispada de dor pelos cabelos puxados sem dó. Obrigado a levantar a cabeça, recebeu a encarada assustadora do macho e se encolheu espantado ao levar o gosmento cuspe na cara.
Matheus sempre foi um cara grande. Sua estrutura física impressionava desde a infância e o jeitão marrento enganava muito em relação à sua indole. De certa forma, isso era uma sorte, pois evitava vários confrontos. Pouca gente tinha o atrevimento de se engraçar com um grandalhão daqueles. Os amigos mais próximos conheciam o seu medo pelo embate físico e acabavam por protegê-lo, principalmente Felipe, a presença mais constante ao seu lado. Por ironia, esse conhecimento do parceiro, que tantas vezes o protegeu, agora era utilizado de modo inverso. O loirão sabia que com aquele porte seu colega poderia dar trabalho, mas sabia ainda com mais certeza que não daria. O cagão não tinha coragem de levantar um dedo nem para uma mosca.
Retirando a bermuda, o loirão exibiu o pau, totalmente duro, apontando para o teto. Com um sorriso cínico, se levantou deixando o cacete na altura dos lábios do passivo de joelhos a seus pés. Um tapa na cara foi o suficiente para ter a ordem cumprida:
- Chupa!
A boca macia e quente realmente era mágica. Fácil entender porque Thiago valorizava tanto a chupada do amante. Felipe metia alucinado, segurando o amigo agora pela nuca, mantendo-o com a cabeça estável e praticamente imóvel. Assim conseguia autonomia para usar o pau como bem quisesse, chegando até mesmo a atravessar a garganta do boqueteiro.
Matheus nunca tinha experimentado outra porra. Percebeu que existiam gostos diferentes. A do nerd era adocicada, do seu algoz se revelava um pouco mais ácida. Teve ansia de vômito, mas ao levantar os olhos de encontro aos do ativo não restaram dúvidas. Tinha que engolir. Intimidado como estava não seria capaz de qualquer ato que despertasse mais violência.
- Por favor, agora chega... Pediu, humilde, permanecendo de joelhos como estava.
- Que isso viado, a gente mal começou. Vou esfolar muito esse cuzinho, cê hoje vai sentir o que é dar para um macho de verdade.
Mal finalizou a fala, o deus viking ergueu o rapaz indefeso puxando-o pela camiseta, o que fez com que ela se rasgasse. Simulou um murro, só pelo prazer de ver a expressão apavorada do grandão. Não ia fazer nada que pudesse deixar marcas. Tapas bem aplicados já estavam de bom tamanho e eram suficientes para controlar um banana daqueles.
Atirado sobre o sofá, o morenão foi ajeitado de bruços sobre um dos braços. O short foi arrancado sem qualquer cuidado, deixando a grande bunda exposta. O tapão ecoou na sala vazia. Em uma última tentativa desesperada, Matheus voltou a cabeça para trás, pedindo submisso:
- Não faz isso mano... Por favor...
O efeito foi inverso. Nos anos de transas com Thiago, Felipe tinha aprendido muito sobre si mesmo, e uma dessas descobertas tinha sido seu gosto pela dominação. Mais ainda que o nerd, ele extrapolava o fetiche aos níveis do sadismo. Ver o molecão pronto para o abate, ainda por cima com aquela carinha, fez o pau do cara saltar em um movimento involuntário, tal o tesão.
As pistoladas foram frenéticas, fazendo ouvir o conhecido barulho produzido pelo encontro entre os corpos. As lágrimas molhavam o belo rosto do moreno, um pouco avermelhado de tapas. O choro não era apenas por sua incapacidade de reação. Cheio de culpa, ele percebia que estava gostando da situação, e seu pau duro pressionado contra o tecido do sofá não dizia o contrário.
O gozo foi simultaneo. Enquanto sentia o cu molhado pela porra do macho, Matheus gozou fruto da fricção do cacete espremido debaixo de si, funcionando como uma punheta. Amolecido, teve o corpo virado, vendo-se nos braços do seu comedor. Com uma língua dura invadindo sua boca macia, recebeu o primeiro beijo daquela foda animal.
- Vai pro chuveiro cara, toma banho sozinho e relaxa. Vou usar o outro banheiro e daqui a pouco tem mais. Não se enxuga direito, porque quero te pegar molhadinho.
Dando as ordens com indiferença, o deus viking seguiu satisfeito, com andar vitorioso, para a sua suíte no sítio. Caminhando com dificuldade, Matheus resolveu que era melhor cumprir o que fora determinado. Estava prisioneiro em um local totalmente isolado, onde nem mesmo uma carona conseguiria. Conformado, sabia que o garanhão ia comê-lo o tanto que quisesse. Debaixo da água quente chorou novamente, agora pela sua fragilidade que o tinha colocado em tal situação. Com certeza para alguém com a sua natureza era sempre bom ter um protetor por perto. Acabara de constatar que, infelizmente, nem sempre isso seria possível.
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