PAI E FILHO (NÃO HOUVE PECADO!)

Um conto erótico de Memel
Categoria: Homossexual
Contém 5081 palavras
Data: 16/07/2011 08:20:29
Assuntos: Anal, Filho, Gay, Homossexual, Oral, Pai

Já era noite e o clima estava bem abafado em Fortaleza. A falta de vento, ainda mais numa área tão aberta como aquela por onde eu caminhava não era normal. Sentia o suor correndo pelo rosto e da nuca ao cóccix. Olhava para as árvores ali próximas e mais pareciam artificiais! As folhas não se moviam!

Mais a frente, avistei a sorveteria que, obviamente, estava bem movimentada. Aquele era um dos “points” da cidade. Mas aquela movimentação era mais comum aos finais de semana. Em plena terça-feira... era novidade! Alguns vendedores ambulantes aproveitavam para ganhar seus trocados.

Já próximo à entrada, parei e conferi o dinheiro que guardava no bolso. Tinha o suficiente para amenizar aquele calor insuportável! De repente, senti uma mão tocar meu ombro e me virei:

_ Boa noite, Moço!?

Era uma senhora, de idade bem avançada, com uma simplicidade que ia além do que mostrava na maneira de falar, na humildade da roupa que vestia, nas expressões faciais e gestos que acompanhavam sua abordagem. A delicadeza como falava e a paz que refletia seus olhos miúdos me arrancaram um sorriso que, automaticamente foi correspondido. Ela vestia roupas claras... bem claras mesmo... mas de muitas cores...

_ Olha, como são lindas! Uma pessoa especial merece um presente assim... Leve uma... É bem baratinha!

_ São lindas mesmo, tia! Mas hoje eu estou tão desprevenido... Pra senhora ver, estou aqui catando moedas para tentar comprar uma bola pelo menos de sorvete! Esse calor está um sufoco! Como a senhora consegue usar tantas roupas assim... uma saia comprida... embora seja linda!

_ Vai andar muito ainda, não é?

_ Vou!

A senhora riu e disse:

_ Cadê sua carteira?

Eu achei estranho, mas tireia do bolso e mostrei-a. Já ia abrir, quando:

_ Não. Não abra. Ponha na palma da sua mão.

Não sei o que me deu, mas acabei fazendo o que ela pediu. Ela então pôs sua cesta de rosas sobre as pontas dos céus pés e pôs uma mão sobre minha carteira e a outra por baixo da minha mão. Foi assim... rápido... nada disse. Fiquei olhando para ela.

Ela sorriu. Pegou sua cesta e disse:

_ Fica para outra vez, não é?

_ Assim que eu arranjar um “amor”, eu trarei aqui e comprarei uma de suas lindas rosas...

_ Mas não é só um amor que merece ganhar uma rosa destas. Não há dinheiro que pague a emoção ao receber uma rosa! Pode ser um botão, pode ser um ramalhete... o gesto é o que importaBem... Até outro dia!

Aquilo me deixou pensativo. Ela continuou oferecendo as rosas e eu me aproximei da porta da sorveteria. As mesas estavam quase todas ocupadas. Entrei discretamente e, chegando ao freezer, a moça com uniforme colorido e muito simpática, entregou-me o recipiente para que eu colocasse as "bolas".

Eram tantas opções! Fui colocando uma bola de cada sabor. Quando vi, o pratinho estava no limite. Entreguei-o para que fosse pesado.

Eu fiquei com receio de não ter como pagar. Quando abri a carteira tinha algumas cédulas de dez reais que eu não lembrava de tê-las ali. Me deu um arrepio e olhei para trás... Ví a senhora bem de frente à entrada da sorveteria acenando para mim...

Quando a moça recebeu o meu recipiente com o sorvete, olhou com admiração, abriu um sorriso e comentou, atraindo a atenção dos que estavam próximos a nós:

- Nossa! Que lindo! Colorido... Parece um arco-íris!

Fiquei um pouco envergonhado, e sorri. Só então percebi como tinha ficado bonita aquela mistura de cores que as bolas de sorvete formavam no recipiente. Ela pesou e disse o valor. Bem menos que eu tinha imaginado. Cheguei a me arrepender de não ter comprado a rosa que a senhora havia me oferecido anteriormente.

Olhei, panoramicamente, e fui caminhando em direção a uma mesinha que tinha acabado de ser desocupada. À medida que ia passando entre as várias mesas, percebia alguns olhares direcionados ao arco-íris doce e gelado que levava em minhas mãos. A travessia parecia nunca terminar, tamanha era minha vergonha! Sentei-me e olhei em volta. Mal conseguia saborear aquela obra de arte saborosa e colorida que, inexplicavelmente, atraía olhares. Ainda bem que aquela situação durou pouco tempo. Logo as atenções tomaram outras direções.

Passados alguns minutos, um grupo entrou: uma família composta por um casal mais maduro, dois jovens rapazes, uma moça aparentemente mais jovem que eles e uma menininha, muito bonita. Devia ter seis ou sete anos.

Acopmodaram-se próximo à minha mesa. Conversavam, riam. A senhora ria tanto, de algo que um dos rapazes comentava, que chegava a correr lágrimas dos olhos. O homem de cabelos levemente grisalhos alternava entre o semblante sério e o riso discreto, principalmente diante da agitação da garotinha. Abraçava-a, beijava sua cabeça e ela soltava uma gargalhada. Era muito linda! Tinha uma alegria destacada em seus grandes olhos azuis – que se tornavam ainda mais vívidos pelo contraste com o castanho escuro de seus cabelos que formavam cachos.

Ela corria de uma extremidade da mesa à outra. Tentava pegar a bolsa da irmã – que, vez por outra, mostrava-se irritada:

- Pára Fê! Vai sentar com o papai ali. Olha lá, teu sorvete tá derretendo todo. Vai, vai... Vê se fica quieta!

E a menina, em resposta, apenas sorria... mas continuava ali, tirando a paciência da irmã.

Os olhos azuis da menina, de repente, foram em direção a entrada da sorveteria e, por poucos instantes, ela mostrou-se quieta, observando a chegada de dois animados rapazes. Tinham a mesma faixa etária dos seus irmãos. A garotinha os acompanhava, ali, parada, até o momento em que eles sentaram à mesa. Então ela voltou a correr de cá para lá... de lá para cá.

De vez em quando voltava a olhar para os dois, sentados um frente ao outro, sorridentes, falantes, felizes. Estavam usando bermudas estilo surfista, camisas de malha e sandálias de couro – não eram iguais. Cores e estampas faziam a diferença. Um deles, moreno mais escuro e mais alto, que usava óculos, levantou-se e foi ao balcão. O outro, moreno também, mas um pouco mais claro ficou observando a movimentação da garotinha, que lhe arrancava sorrisos. Ela, percebendo que fazia sucesso, ficava ainda mais agitada. Algumas vezes, a menininha dirigia seus olhos azuis ao rapaz e acenava... Ele correspondia.

Dali a pouco, o outro rapaz retornou à mesa, trazendo apenas um recipiente de sorvete. Percebi que, tal como o meu, era muito colorido. O outro, olhando para o pratinho, sorriu e, embora eu não pudesse escutar claramente, observei o movimento de seus lábios:

- Que lindo! Parece um arco-íris!

Cada um deles pegou uma colherinha e passaram a provar os diferentes sabores. Conversavam, riam...

O rapaz sem óculos, certa hora, apontou para a menininha e comentou algo que foi respondido com um largo sorriso do outro. A menininha permanecia lá... agitada... serelepe.

De modo bem natural, um dos rapaz levou até a boca do outro uma colherinha de sorvete. Algumas pessoas olhavam, discretamente. O outro correspondeu com o mesmo gesto e, deixando o canto da boca do colega um pouco melada, pegou um lencinho de papel e limpou seus lábios do amigo... carinhosamente.

Quando percebi, a menininha estava parada, olhando fixamente para aquela cena. Os dois repetiram o gesto, trocando colherinhas de sorvete. Desta vez, percebi que o senhor grisalho os olhava. Sério.

De repente, a menininha correu até a mesa deles e se aproximou daquele com quem havia trocado sorrisos. Ele recebeu a garotinha com um beijo na cabeça. A família inteira olhava naquela direção. Haviam parado de conversar e apenas olhavam. Outras pessoas também observavam. Ela olhou para o rapaz de óculos, sorriu, voltou o olhar para o outro e perguntou, com o braço erguido e o dedo apontando para o primeiro:

- Ele é seu namorado?

Eu, do meu canto, gelei. O silêncio foi geral. Por segundos eu me coloquei no lugar deles e senti um nó na garganta. Não saberia o que dizer. Naquele momento parecia que todos esperavam sua resposta.

Olhei para a mesa onde os três estavam e tive vontade de sair dali correndo. Não queria continuar testemunhando aquela situação. Olhei para o outro rapaz e percebi uma calma, uma tranqüilidade em seu olhar... Aquilo me deixou confuso.

Ele olhou a sua volta e notou que eram o centro das atenções. Olhou para o companheiro e mostrou um discreto sorriso... Senti que havia algo de mais significativo naquele sorriso... cumplicidade, segurança, força, coragem, valentia... Sei lá. Era como se o rapaz dissesse “Responda. Faça o que deve ser feito... sem medo”.

O rapaz tocou os cachos da menininha com as duas mãos, beijou delicadamente sua face e falou olhando bem em seus grandes olhos azuis:

- Como você é linda! É sim... é meu namorado. Você o achou bonito?

Todos estavam paralisados. Olharam agora em direção à mesa da família. Aguardavam o que fariam... A menina olhou para o companheiro do rapaz, trocaram sorrisos e ela respondeu:

- É lindo! Como você.

E completou, olhando, rapidamente, em direção aos seus:

- Meu irmão também tem um namorado. Ele é tão lindo!

- É mesmo?

- É. Mas ele não veio porque tá voando... Lá no céu!

Todos riram.

- Voando?

Da outra mesa, o irmão da garota, ao qual ela fazia referência, respondeu sorrindo:

- Ele é piloto. Essa menina... é fogo!

A menina voltou a dar atenção ao seu novo amigo:

- Quando eu ficar mocinha, vou namorar um piloto, sabia? - falava ao mesmo tempo em que movimentava a cabeça em sinal de afirmação, e apertava as mãozinhas - só que eu também vou ser "pilota" para ficar sempre com ele, voando... voando...

A menininha concluiu o que dizia quase dançando, balançando os braços, imitando um pássaro, e saltitando de volta à mesa da família. Aproximou-se do pai e deu um beijo nele. Os rapazes sorriam vendo aquilo. O senhor grisalho olhou para eles, sorriu e deu uma piscada de olho.

O clima no ambiente voltou à normalidade. E eu percebi que aquela menininha estava a anos luz de todos nós. Respirei fundo. Levantei e com um sorriso na alma sai. Já fora, avistei a senhora que vendia rosas.

_ Eu quero uma! A mais linda que a senhora tiver.

Ela retirou uma que estava no meio do ramalhete.

_ Essa parece brilhar mais que as outras!

Eu sorri e apontei para o senhor de cabelos grisalhos que estava feliz entre os seus.

_ Entregue a ele...

_ E se ele perguntar quem enviou?

_ Diga-lhe que foi a vida!

Segui meu caminho com minha alma colorida e doce, mas não gelada, como aquele sorvete.

APÓS UM MÊS...

Vinha passando, novamente, em frente àquela sorveteria, mas estava tão desligado que não ouvi o chamado da senhora que vendia rosas. Mas alguém que estava junto a ela deu um assobio e eu virei em sua direção. Ela pediu que eu esperasse e veio até onde eu estava.

_ Oi, meu menino!

_ Olá! A senhora lembrou de mim? [Risos]

_ Claro! Você é muito especial...

_ Eu? [Risos] Queria que fosse verdade... Sou uma desastre!

_ Você só está perdido... mas para se encontrar... basta deixar de olhar para o escuro – pois nada conseguirá enxergar... – e direcionar o olhar para a claridade!

_ Como assim?

_ Venha comigo...

A senhora me levou até um local ao lado da sorveteria onde havia uns arbustos que impedian que a luz que saia das janelas de vidro da sorveteria chegassem às flores que estavam plantadas. Quase não era possível nem identificar as cores deles ou mesmo os tipos de flores que estavam ali. O jardim tornava-se ainda mais escuro devido as árvores que ficavam impedindo também as luzes dos postes de iluminação.

Ele ficou do meu lado. Perguntou:

_ Qual a flor mais bela?

_ Está difícil... Mal posso ver que existem flores!

Ela me olhou.

_ Feche os olhos... e deseje, de verdade, ver com o coração!

Assim eu fiz. Depois de uns minutos...

_ Abra.

Era incrível! Tudo permanecia como antes: escuro... Mas as flores eram bem visíveis!

_ Agora! Qual é?

_ Todas são lindas!

_ Vá! Pegue uma!

_ Mas...

_ Pode ir! Esse jardim é meu! Vá! Mas veja que alguma deles te chama!

Eu fui... e trouxe. Ela riu.

_ Agora venha aqui...

Entramos em sua casa, muito pequena mas muito agradável. Ao pôr os pés no primeiro espaço, foi me dando uma sensação de iluminação interior... Era tudo muito claro, limpo, cheiroso. Fui acompanhando-a até a terceiro cômodo.

_ Sente-se!

Naquele, só havia uma mesinha baixa e o assoalho era forrado por um tapete de tiras de retalhos brancos e de outras cores bem clarinhas. Dois almofadões próximos a mesinha, também de retalhos de cetim branco. Ela pousou o cesto de rosas do lado. Observei umas cartas parecidas de baralho que ele tirou debaixo da mesinha que era coberta por uma toalha muito alva.

_ Não fique com medo... Aqui é minha casa... e é uma casa de luz, do bem... do amor!

Mas eu não estava com medo... estava nervoso, ansioso...

Ela, de olhos fechados, misturou aquelas cartas e pedia para eu pensar em minha vida, em minhas angústias, em meus problemas... Falou algumas coisas que não compreendi e fiz o que ela me orientou.

Abrimos os olhos e daí em diante, ela não mais olhou pra mim. Espalhou as cartas e foi pedindo para eu continuar pensando em mim e apontando as cartas que me parecessem se destacar entre as outras... Por fim, havia apontado mais de dez. Ela guardou as demais. Ela não me olhava. Começou a falar.

_ Seus pais desejaram muito uma menina. Ela foi gerada, mas não era a hora de vir ao mundo. Sua mãe sofreu... Mas seu pai, muito mais! E logo você foi encomendado... Eles estavam certos que era outra vez uma moça... Você saiu da maternidade com as roupinhas que seriam da primeira... Você sabe disso, não sabe?

_ Sei! Eles me contaram...

_ Mas eles não contaram no momento certo! Você não tinha estrutura para receber essa revelação, primeiro por não ter nenhum poder de determinar como viria ao mundo – como menino ou como menina – segundo por que os frutos que os pais geram, não têm nenhuma obrigação de fazerem certo o que eles fizeram de errado! Os pais não podem criar os filhos para consertarem seus erros! Seus filhos não são uma “segunda chance” de felicidade!

_ Não entendi!

_ Sua mãe decepcionou profundamente seu avô quando perdeu a virgindade com seu pai, que era um homem casado, e, por isso, quis tanto uma menina... para educá-la e fazê-la casar virgem. Mas você nem veio uma menina... e nem se sente um menino! Não estou certa?

_ Está!

_ E está como aquele jardim... escuro! Cheio de beleza, mas só com o coração, com o amor pode enxergar suas virtudes... Sua mãe partiu! Mas sua felicidade está em casa!

_ Como?

_ Aquele que te criou, e que você tanto ama... não é teu pai! E ele te deseja também!

_ Não é possível! Ele não me deseja como eu o desejo! Ele me olha como pai!

+ Isso é o que você pensa! Depois que sua mãe morreu, ele teve outra mulher?

_ Não!

_ Acredite! É você que ele quer! [...] Você foi está pela metade! A filha que eles tanto esperavam veio! Veio com você... juntos! Mas sua mãe... Sua mãe... Por medo...

_ Fale... Por favor! Estou aflito!

_ Vocês foram frutos de uma traição! Sua mãe traiu seu pai e sua irmão nasceu de olhos claros e pele escura! Ela seria a prova da infidelidade dela... então, ela optou ficar com você e dar a menina...

_ Não acredito!

_ Vocês vão encontrá-la... mas quando se entregarem a esse amor! Vá... Seja você e seu pai, essa claridade que vai iluminar essas virtudes e o caminho para chegar à sua irmã. Vá! Vá logo! Depois voltem ... os três!

_ Eu vou... Mas como vou conversar com ele?! Ele é muito bruto!

_ Espere... Leve essa rosa e dê a ele! Isso vai desarmá-lo... hoje é aniversário dele!

_ Eu sei...

_ Confie! Agora! Vá!

Saí daquela casa me sentindo outro... mais leve e mais confiante. Cheguei em casa e meu pai não tinha chegado da oficina mecânica. Estava no quarto e escutei a porta ser aberta. Quando cheguei à sala, ele estava na porta do banheiro, já tirando o macacão...

_ Papai...

_ Diga, filho!

_ Pegue! Feliz aniversário!

Ele olhou para minha mão oferecendo a rosa – que parecia brilhar ainda mais e exalar o perfume que tomou conta do ambiente – sorriu e a cor rubra das pétalas pareceram se refletir em sua face, ao mesmo tempo que seus olhos deixaram molhar-se discretamente tamanha a surpresa e a emoção. Teve dificuldade de estender a mão para recebê-la.

_ [Sorriso] Que surpresa, filho! Você nunca lembra! Chegue mais perto. Estou com um baita ferimento aqui atrás...

Entreguei-lhe a rosa. Ele cheirou.

_ Me ajude a tirar esse macacão! [...] Nunca vi rosa mais linda!

_ Que foi isso, papai?

_ Foi ao entrar debaixo de um carro... Uma peça me cortou!

_ Tiro tudo?

_ Tire! [...] E ponha essa coisa linda num vaso com água! É linda!

Tirei toda a sua roupa.

_ Vou pegar algo para limpar esse corte... Não é profundo, mas não pode ficar assim. Entre no chuveiro e deixe a água cair bastante...

Ele entrou. Depois de um tempo...

_ Filho!

_ Oi!

_ Pegue sabão novo! Passe aqui...

Fui pegar. Entrei no Box... Ele ficou de costas... Tirei minha camisa...

_ Posso lavar, papai? O senhor é mais alto e os braços são fortes... não vai conseguir! E lá na oficina tem muita sujeira! Pode inflamar!

_ É... E eu não posso ficar com esse braço assim! Logo o direito! [...] Filhinho, pegue um banco desses de plástico. Fica melhor! Ah! Traga o escovão também pra remover assas manchas de graxa!

_ Certo!

Voltei. Meu pai sentou de costas para a entrada do Box e elu comecei a lavar o ferimento, enquanto ele passava o escovão nas pernas limpando a graxa.

_ Pronto papai, aqui está ok. Agora vou ligar o chuveiro...

_ Aproveita e passa o xampu! E passa o escovão nas costas também!

Ao ligar o chuveiro, os respingos de água molharam minha bermuda...

_ Você tem vergonha de ficar nu na minha presença, filho?

_ Tenho. Mais ou menos...

_ Mas eu estou nu também! Tire tudo!

Tirei toda a roupa e fui para trás dele e comecei a passar o xampu.

_ A espuma está caindo no corte... Não está ardendo, papai?

_ Não! Com essas suas mãos, estou quase dormindo! [Risos] Deixe a espuma aí e venha passar o escovão na outra perna... essa eu não consigo!

_ Então afaste um pouco o banco para trás...

Abaixei-me entre suas pernas, fiquei de joelhos e apoiei a perna que ia lavar sobre minha cocha... Peguei o escovão e fui direto ao pé.

_ Não, não! Comece da batata... Já esqueceu? [Risos]

_ Esqueceu?

Ele ligou o chuveiro e caiu água sobre mim. Pegou o xampu e começou a ensaboar minha cabeça enquanto eu esfregava sua batata e seu pé. Ele respondeu...

_ Também... com mais de dez anos... só pode é ter esquecido!

_ Esquecido o quê, papai?

_ Quando sua mãe morreu... não era você que me banhava todos os dias, filho!?

_ Era?

_ Fez isso por mais de um ano... Depois parou! Mas eu entendi... Você era um moleque! Não tinha esse corpão de homem! [Risos] Só uns pelinhos aqui e acolá! Um dia, pediu para eu ensinar como tocar punheta... [Risos] Eu ensinei... Eu bati pra você ver! [Risos] Parece que se assustou quando viu o cacete do papai... [Risos] E nunca mais quis tomar banho comigo!

_ {Risos] Foi? Não lembro mesmo!

_ Ora! Depois era que deveria ter continuado... não é? Tínhamos criado mais intimidade... Mas fugiu!

_ Eu era muito confuso...

_ Eu sei! Eu percebia!

_ O que o senhor percebia?

_ Que você tinha vontade de tocar em mim... mas eu tinha medo!

_ Medo de quê?

_ Medo... porque você era... você só tinha treze ou quatorze anos... e eu tinha vontade de tocar em você também! Medo de influenciar sua vida sexual...

_ Mas naquela época eu já me conhecia, papai! Eu já tinha meus desejos...

_ Ligue o chuveiro!

Silêncio. Olhei para a rola do meu pai e ela estava quase dura, assim como a minha. O enxuguei e me enxuguei e Fomos ao seu quarto. Ele sentou na cama e pediu:

_ Passe a pomada aí no corte...

Enquanto eu passava, de joelhos, atrás dele, sobre a cama, retomei o assunto.

_ Mas eu compreendo seu medo, papai! Não era nem a minha idade que o impedia de deixar nossas vontades... o senhor sabe! Mas o fato de sermos pai e filho! A idéia de pecado!

De repente, meu pai se livrou da toalha e sentou na cama, na minha frente... Seus olhos estavam cheios d’água... Ele passou a mão em meu rosto...

_ Não, filhinho... Agora, você tem vinte anos, não tenho razão para esconder a verdade!

_ Pois fale...

_ Você não é meu filho! Sua mãe engravidou duas vezes de outro homem! Eu sempre fingi acreditar que eram meus... Mas era impossível! Eu sou estéril! Ela não sabia! Mas eu sei quem é seu pai! Sua mãe me disse antes de morrer... E você tem uma irmã!

_ Disso eu sei!

_ Eu estou há anos querendo colocar o meu amor pra fora mas o medo de você me rejeitar era demais...

_ Eu estou segurando isso também papai! Eu sempre te amei como homem... não como pai!

_ Verdade?

_ Juro!

Eu tinha colocado a rosa num vaso fininho no criado mudo do lado da cama do meu pai. Ela ficou inclinada para o sentido contrário ao da cama, como virada para a janela que estava fechada. Antes de nos abraçarmos, fui apagar a luz quarto e meu pai aproveitou para abrir a janela e deixar que a claridade da lua e o vento da noite tornasse o ambiente mais agradável.

Logo que nos deitamos, abraçados, o vendo se encarregou de virar a rosa para nossa direção, e ela parecia estar mais brilhante e exuberante ainda! Como se fosse combinado, eu e meu pai olhamos para ela, depois nos olhamos e trocamos um carinhoso beijo.

Sentia o corpo, os pelos, o calor, o cheiro do meu pai como jamais tinha sentido. Anos e anos guardando aquela vontade de possuirmos um ao outro, de trocarmos prazeres... Quanto tempo desejei mergulhar naqueles peitos peludos, ser marcado por aquela barba sempre bem cuidada, ser mordido por aqueles dentes tão brancos... ser apertado pela força dos seus braços musculosos.

Agora, eu ouvia a ordem que nada se igualava às ordens daquele que por vinte anos foi o responsável pela minha formação humana, social, cultural: foi quem me ensinou a respeitar e a me fazer respeitado; me ensinou a demonstrar satisfação e/ou insatisfação, sem constranger ou humilhar; me ensinou a olhar os outros de igual para igual, nem por cima, nem por baixo...

Papai estava passando os dedos entre meus cabelos tendo minha cabeça recostada em seu peito farto de pelos ainda com um leve cheiro de gasolina. Respirava forte. Fez um barulho na garganta e, com a voz rouca, mas segura, ordenou (mas em tom de pedido):

_ Filho... fica ali na frente da janela... Deixa eu te ver iluminado pela lua!

Eu levantei um pouco envergonhado pois estava de pau duro. Eu escondia minha rola com as duas mãos e sorria.

_ Apoia os cotovelos na pedra da janela e abre um pouco as pernas!

Agora não havia como esconder. Eu me mostrava inteiro...

_ Fica de costas! [...] Isso! [...] Lindo! Meu anjo!

Virei. Meu pai se punhetava. Rimos...

_ Agora é sua vez!

Ele foi e eu sentei na beira da cama. Ele já ficou com os cotovelos apoiados e o pau duríssimo. Não pedi para que ele se virasse...

_ Vem cá, papai!

Segurei sua rola e chupei a cabeça...

_ Isssssssssssssssssss...! Quanto tempo! Quanto tempo! Ohhhhhhhhhhhh...!

_ Hummm...! Hummm...! Hummm...! Que vontade eu tinha! Hummm...!

_ Chupa! Isssssssssssss...! Chupa, meu anjo! Ohhhhhhhhhh...! Ohhhhhhhhhhhhh...!

Papai levantou uma perna e apoiou do meu lado, aproximou mais o corpo, segurou minha cabeça e começou a socar... sem violência...

_ Soca, papai! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Soca, vai! Hummm...! Hummm...!

_ Engole a pica do papai! Isssssssssssss...! Isssssssssssssss...! Todinha! Isso! Ohhhhhhhhhhhh...! Chupa meus ovos! Ohhhhhhhhhhhh...! Ohhhhhhhhhhhhhh...! Danado! Ohhhhhhhhhh...!

_ Que coisa boa, papai! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Ahhhhh…! Muito bom! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...!

_ Fica de quatro, meu anjo! Quero lamber seu cuzinho! Issssssssssssss...! Ohhhhhhhhh...!

_ Ai, papai! Lambe! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Lambe! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Mete a língua lá dentro! Hummm...! Hummm...! Isso! Mais! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...!

_ Que cu gostoso, filho! Ohhh...! Ohhh...! Que vontade de meter minha rola! Issssssssss...!

_ Mete, pai! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Mete esse cacete! Hummm...! Hummm...! Hummm...!

_ Fica de frente! Põe as pernas no meu ombro!

_ E o ferimento?

_ Não está machucando! Relaxa! Assim! Ohhhhhhhhhh...! Tá doendo?

_ Aiii! Um pouquinho, mas dá pra agüentar! Hummm...! Hummm...! Mete mais! Hummm...! Hummm...!

_ Ohhhhhhhhhh...! Toma! Isssssssssss...! Tá entrando! Issssssssssss...!

_ Hummm...! Hummm...! Hummm...! Ai, papai! Mete tudo! Tudo! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh...!

_ Meti toda, meu anjo!

_ Agora arrebenta, papai! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Isso! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...!

_ Ai, filho... Que delícia! Issssssssss...!

_ Come de quatro! Isso! Forte! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...!

_ Ohhhhhhhhhhh...! Safado! Assim o papai goza! Isssssssssssss...!

_ Goza na minha boca! Hummm...! Hummm...! Hummm...!

_ Quer beber a gala do papai? Ohhhhhhhhhhhhhhhhhh...!

_ Quero! Hummm...! Hummm...! Hummm...!

_ Toma! Vem! Isssssssssssssssssssssssss...! Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...! Goza na boca do papai também filho!

_ Vem pai! Hummmmmmmmm...! Vem! Hummm...! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...! Ahhhhhhhhhhhhhhhhh...!

Voltamos a nos abraçar e nos beijar. Parecíamos duas pessoas diferentes. Sentamos no cão, encostados na cama. Papai passou o braço por detrás do meu pescoço... beijou meu rosto.

_ Papai, por que o senhor não me conta de vez minha história?

_ Isso sempre foi um segredo que sua mãe me fez guardar... Mas, já partindo, ela disse que eu saberia a hora de dizer a verdade... e essa hora chegou!

_ Ela morreu há cinco anos... porque só agora?

_ Quando ela morreu, nós já havíamos conversado sobre você... eu já tinha dito a ela que te amava diferente... e ela não reagiu contrária! Acho até que ela sentiu-se aliviada por saber que desse modo estaríamos seguros um com o outro. Filho, desde os seus nove ou dez anos, já era muito evidente sua homossexualidade! Mas eu prometi a ela que só existiria algo entre nós depois da sua maioridade e se partisse de você a aproximação!

_ Eu quis muitas vezes... mas tinha medo! O senhor era meu pai...

_ Nunca fui! Nunca nem tive relações sexuais com sua mãe! Eu era seu amigo! Casei para ajudá-la de uma enrascada com um cara casado. Ela engravidou e perdeu. Me prometeu que nunca mais o encontraria. Mas não cumpriu a promessa! E voltou a engravidar. E então veio você.

_ O senhor acompanhou meu nascimento?

_ A gestação, sim. Mas o dia mesmo de dar a luz eu não vi. Quando cheguei, você já estava em casa! Foi uma confusão! Achávamos que seriam dois, mas era só impressão... pelo seu tamanho!

_ Quem é meu pai?

_ Um ex patrão dela... Mas não queira saber, meu anjo! Ele não lhe quis, deu as costas a sua mãe... mas isso nunca lhe fez falta! Você cresceu com um pai e uma mãe que te deram muito amor! E hoje... A partir de agora... Você passa a ter um pai e um homem!

_ Papai... o senhor me ama mesmo?

_ Demais! Demais! [Risos] Esse foi o melhor presente da minha vida! Vamos tomar um banho!

_ Vamos! Mais tarde eu quero lhe contar uma coisa...

Tomamos um longo banho cheio de carícias, de chupadas de línguas, de mamilos, de cacetes, de sacos, de cuzinhos... sempre um no outro. Depois saímos para passear e dormimos juntos. Nosso amor era, para os outros, o mesmo de sempre – embora comentassem sobre como estávamos mais unidos e felizes – mas entre quatro paredes, cada vez mais, nossa paixão e nosso desejo aumentava.

Alguns meses depois, fomos à sorveteria... exatamente onde tudo havia começado! Assim que chegamos, procurei por todos os lados , mas não vi a senhora das rosas.

_ Papai, vá entrando que eu já vou!

_ Mas aonde você vai?

_ Vou aqui vizinho... Quero que o senhor conheça uma pessoa!

Papai entrou e eu fui até a casa da senhora. A porta estava fechada, mas por dentro havia uma movimentação. Bati. Bati mais uma vez. Bati pela terceira vez... Uma voz fraquinha respondeu:

_ Sim?

_ Olá! A senhora está bem? Vim aqui há alguns meses... lembra? A senhora falou sobre minha vida! Por favor... Queria que a senhora conhecesse meu pai!

_ Não posso... Não posso... Não consigo levantar!

_ A senhora não está bem?

_ Não se preocupe...

_ Eu posso forçar a porta?

_ Não se preocupe... Siga!

Tentei forçar, mas não consegui. Corri até a sorveteria e gritei por meu pai. Nesse momento pude ver aquela mesma família da garotinha que dançava saindo e entrando no carro. Todos já haviam entrado no carro, exceto a moça, mãe da garotinha que viu minha aflição gritando por meu pai e deixou todos no carro e veio a mim...

_ Aconteceu alguma coisa? Você foi assaltado?

Eu gritei:

_ Paaaaaaaaaai! Depressa!

Meu pai se aproximou...

_ Que desespero é esse?

_ A senhora que vendia rosas aqui... está trancada, morrendo...

A moça olhou para os outros que estavam no carro e pediram para que esperassem... e seguimos eu, a moça e meu pai... mas o senhor de cabelos grisalhos também vinha atrás.

_ Afastem-se! – Disse papai...

Ele arrombou a porta e a senhora estava numa cama... arquejando. De repente, eu e a moça pegamos, cada um, em uma das mãos dela. Ela sorriu e olhou para o senhor de cabelos grisalhos:

_ Seus filhos! Esses são seus filhos!

Meu pai olhou para mim:

_ Esse é seu verdadeiro pai!

A moça correu e me abraçou. Olhamos juntos para a senhora... que dormiu para sempre.

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Comentários

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bem que podia ter a contiuacao de como seria depois que ele descobrisse

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Maravilhoso, espetacular, estonteante, magnífico! Tantos e quantos mais adjetivos seriam necessários para qualificar o conto e o autor? Infinitos! Parabéns, mesmo. Confesso estar até mesmo sem palavras. Procurava um conto erótico e envolvente, mas este me paralisou, extasiou, adentrou-me por todos os poros. Abraços e obrigado pelo presente que nos deu a todos. Espero e tenho certeza, todos os demais leitores, por outros contos.

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Existe a possibilidade de entrar em contato com o autor?

Conto bom demais.

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Pô Show de Bola! Parabéns Mesmo! Nota 10.

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Exemplo de conto completo: excita, emociona, diverte e faz refletir! Parabéns!!!!!

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CARA QUE CONTO BONITO. PARABÉNS, VOCÊ É DE UM ESTILO... MUITO BOM, VÁ EM FRENTE.

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Cara, meus parabéns por esse espetacular conto. Deveria pensar em escrever um livro com contos ou uma história do gênero.

Continue assim.

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São relatos assim que tornam o site um ambiente agradável de visitar! Contos com conteúdos! Sexo por sexo... chega num ponto que se torna repetitivo! Mas um conto que mistura erotismo, romance... Ah! Aí sim... Merece 10!

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