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Creio que a tortura tenha começado bem antes, mas o que minha lembrança alcança se deu quando eu tinha nove anos e estava no aniversário do meu primo Vítor, sentado numa das cadeiras que formava uma meia lua assistindo a uma apresentação de palhaços que tinham sido contratados para animar a festa... Quando a voz de meu pai ecoou pelo salão, atraindo a atenção de todas as outras crianças que estavam como eu atentas ao que os palhaços diziam...
_ Pedro Paulo... senta direito, feito homem... Abre essas pernas! Parece uma menina!
As gargalhadas que preencheram o salão foram muito mais fortes e duradouras que as que os palhaços haviam conseguido arrancar da platéia até aquele momento... Nunca esqueci a cara dos artistas olhando para mim... Não sei se constrangidos por eu ter sido motivo de tantas gargalhadas; Não sei se penalizados pelo meu constrangimento! O que sei é que, a partir daquele momento, virei alvo de chacotas entre meus primos, piadinhas dos colegas da rua (e logo da escola)... mas, o que mais me doía: repreensões constantes de meu pai:
_ Pedro Paulo, anda direito... pára de rebolar quando caminha!
_ Pedro Paulo, pra falar, não precisa gesticular! Já viu homem falar assim?
_ Pedro Paulo, engrossa essa voz! Fala feito macho!
_ Pedro Paulo, se eu pegar você rodeado de meninas brincando... Eu tiro você debaixo de porrada! Vá jogar bola! Esse menino só tem amizade com meninas!
_ Pedro Paulo, eu não quero você de conversinha com o afilhado do Brito! A rua inteira fala que aquele cara é baitola! Quer ficar com a fama também!
_ Pedro Paulo, tome jeito de homem!
_ Pedro Paulo, você já tem dezesseis anos! Vai arranjar uma namorada ou vai querer que todo mundo fique apontando você como veado?
E assim foi até eu não agüentar mais e, aos dezoito anos, começar a namorar uma moça da mesma idade e casar logo! No entanto, eu sabia que jamais seria feliz com ela... E, com dois anos de casado, fiz o que realmente me dava prazer: dei o cu!
A partir daí, comecei uma vida dupla... Mas muito discretamente.
De tanto meu pai marcar em cima, fui ficando com um comportamento de macho. E isso ajudou a esconder meu lado gay – que era alimentado por aventuras casuais, com pessoas bem discretas e que, como eu, tinham interesse em esconder suas reais preferências.
Já estava com quatro anos de casamento quando, após várias tentativas de engravidar minha esposa, descobri que era estéril. Mas, não se por obra do destino, uma criança com dois anos foi deixada em nossa porta e acabamos conseguindo a guarda dela. Era um menino cujos traços físicos eram bem semelhantes aos meus e de minha esposa. Demos a ele o nome de Ricardo.
Ricardo era um garoto descolado desde cedo... Era o oposto do que eu era quando criança! Mas nunca escondemos dele que não éramos seus pais biológicos! Com quinze anos, Ricardo tinha fama de comedor e o telefone de nossa casa não parava de tocar...
Ricardo já tinha dezessete anos quando tivemos que mudar de cidade, pois eu havia sido aprovado em um concurso e fui “lotado” em outro Estado. Lá, foi muito fácil a adaptação, especialmente para Ricardo que, em menos de um mês, já conhecia toda a vizinhança e já era querido por todos.
Eu passava o dia todo fora e mal conhecia os vizinhos dos lados, mas, ainda assim, fomos convidados para um churrasco em comemoração ao aniversário de um rapaz, da mesma idade de Ricardo. Como forma de facilitarmos as amizades entre as famílias, acabamos indo. E foi nesse dia que começou meu tormento: eu simplesmente me apaixonei pelo pai do garoto, que tinha, mais ou menos, a mesma idade que eu, e era policial federal.
A partir daquele dia, minha relação com minha esposa foi definhando pois eu só pensava no cara e fazia de tudo para ficar próximo dele. Ninguém desconfiava de minhas intenções... muito menos o policial! E minha paixão só aumentava a cada dia... E a cada dia eu ia tendo mais certeza de que eu nunca o teria da forma como eu fantasiava, pois o cara era o tipo machão... contava suas aventuras com outras mulheres... No entanto, nem isso conseguia fazer com que eu o tirasse da cabeça!
Já morávamos há mais de um ano ali, colados. E tudo o que eu sabia sobre ele era através do Ricardo, que passava parte do dia em casa e, por isso, tinha um pouco mais de contato com os vizinhos. Eu e minha esposa passávamos o dia inteiro trabalhando...
Numa dada quinta feira do mês de outubro, houve um evento no meu serviço e era opção do funcionário participar ou não. Eu estava louco por uma folga e optei por não participar... Assim, depois do meio dia voltei para casa. No caminho fiquei pensando direto no vizinho, mas lamentando o fato de, justamente naquela semana, ele estar em serviço! Isso fiquei sabendo no início da semana por Ricardo!
Mas havia um lado bom: no período da tarde, Ricardo e o filho do meu objeto de desejo faziam cursinho, portanto, eu teria a tarde toda para soltar meu lado gay na Internet! Era através de sites de relacionamento que conhecia meus casinhos de “hora do almoço”!
Antes de chegar em casa, parei no posto de gasolina e o frentista perguntou se eu não queria uma lavagem no carro. Fiquei tão encabulado com o estado em que estava o veículo que acabei aceitando. Deixei lá e fui caminhando até em casa... Não eram nem duas quadras!
Cheguei, entrei e fui logo para o meu quarto, que ficava no andar superior. Meu quarto era o último e dava vista para o quintal, onde estávamos construindo uma piscina. Tirei a roupa e fui até a janela para abrir as cortinas, para ficar mais ventilado. Quando comecei a puxar os cordões que abriam as venezianas, notei uma movimentação logo depois do buraco (da futura piscina) que já estava sendo revestido. Era onde havia um alpendre e onde estava o material usado na obra.
Posicionei-me melhor e minhas pernas ficaram bambas! Meu vizinho, por quem eu estava louco de paixão, estava com a rola cravada no cu de Ricardo, que rebolava feito uma putinha safada!
Afastei-me dali e sentei na cama... tonto. Eu não podia acreditar! Aquilo não poderia ser real! Os caras mais machos que eu conhecia? Meu filho dando o cu para meu amor “secreto”? Não! Não!
Voltei para conferir... Não havia dúvidas! Eram eles... e pelo que parecia, aquilo não acontecia pela primeira vez, pois, nesta segunda olhada, Ricardo estava deitado de frente sobre umas madeiras e o vizinho metia a rola nele... beijando-o!
Naquele momento muitas coisas passaram pela minha cabeça... Vesti a calça e fui descendo as escadas rumo ao quintal!
Enquanto descia, pensei: posso dar um flagra e acabar com aquela putaria; posso chegar e me meter entre eles, participando daquela festinha; ou posso ficar quieto e, mais tarde, chegar para o vizinho e matar minha vontade, mesmo que seja na base da chantagem!
Cheguei ao último degrau... era hora de decidir!
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O que você faria?
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(01) daria um flagra e acabaria com aquela putaria;
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(02) participaria daquela festinha;
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(03) ficaria quieto e, mais tarde, chegaria para o vizinho e mataria sua vontade [mesmo que fosse na base da chantagem]
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