Olá meus leitores, mais um capítulo de "Um amor pra toda vida"
(Mas ainda sem cenas hot)
Continua...
Era sábado de manhã, cinco dias depois de ter me declarado pro Cauê e todo esse tempo não o vi um dia sequer. Quando eu ouvia a voz dele me trancava no quarto, na hora das refeições também e só descia depois que ele saia. Estava no quarto e vi quando o Cauê saia de carro e fui na cozinha fazer um lanche.
- Filho nós vamos pra Campos! É aniversario do seu primo Lucas, você vai?
- Claro mãe! To com saudade daquele chato – mas na verdade eu queria fugir um pouco daquela cidade, rever meus amigos e descansar.
- Mas só voltamos na quinta.
- tudo bem.
- Então arruma suas coisas, o Cauê já ta voltando e você vai com ele.
- Porque não posso ir com vocês?
- Sua tia vai com agente e vai levar duas amigas.
- Mas mãe...
- Filho, vai logo arrumar sua mala, nós já estamos indo e o Cauê já está voltando.
- Aonde ele foi?
- Comprar o presente do Lucas que ele esqueceu!
- Ah! Esquecido como sempre!
- É, mas e o senhor? Já foi arrumar as malas?
- To indo...
Subi e fui arrumar minhas coisas, cinco minutos depois minha mãe gritou “Ryan, nós já estamos indo, tchau” eu dei tchau da janela e eles se foram. Eu fui terminar de arrumar minhas malas.
Já tava fechando a mala quando o carro do Cauê parou na frente de casa. Eu tava levando o guarda-roupa quase todo, duas malas de carrinho da grande e mais uma mochila com meu notebook. Quando me virei o Cauê estava parado na porta me olhando.
- Já esta pronto?
- se você puder esperar eu tomar banho.
- vou levar suas malas então e fico lá em baixo te esperando – apenas afirmei com a cabeça e fui pro banheiro, comecei a chorar. Nossa relação estava péssima, meu coração doía, mas eu tinha que enfrentar aquela situação de cabeça erguida. Terminei meu banho, me arrumei e fui ao seu encontro, quando ele me viu descer as escadas se levantou e falou.
- podemos ir agora? – novamente apenas afirmei com a cabeça.
Entramos no carro e eu continuei em silêncio. Dos 286 km que separa o Rio de Campos nós ficamos em silêncio até que eu pude ver “Campos dos Goytacazes” e finalmente quebrei aquele silêncio.
- finalmente estamos chegando!
- Ryan... Eu não to mais suportando essa nossa relaçãoRyan! Para de fazer isso comigo! – Ele parou o carro no acostamento e gritou – Para de ser infantil!
- Infantil? Eu sou infantil? – olhei pra ele com um olhar raivoso – Você sabe o que é conviver 5 anos sentindo um amor proibido? Amando uma pessoa que mora na mesma casa comigo? Você não sabe o que é ser infantil.
- Ryan... Eu... Eu não como nem durmo nada, não consigo fazer nada direito, zerei uma prova na universidade, briguei com meus amigos e ainda você não fala comigo... Eu não te entendo. Você diz que me ama e faz isso comigo?!
- Eu to tentando te esquecer por mais difícil que seja – escorreu uma lagrima do meu olho – não quero que você se preocupe comigo, você vai encontrar uma menina que queira...
- Não Ryan! Eu não quero que você me esqueça. Quero que você fique ao meu lado! – Ele falou olhando nos meus olhos – Você não sai da minha cabeça mais... Eu nunca entendi porque sempre te quis perto de mim, sempre dei carinho mais a você do que aos outros ao meu redor, até com o meu irmão sou menos carinhoso do que sou com você. E depois do que você me disse segunda. Eu pude entender o porquê de tudo isso.
- Cauê não! Não fique...
- Eu te Amo Ryan! Esses dias sem o teu carinho, sem o teu abraço, sem você! Foram os mais difíceis de enfrentar. Nunca pensei que você fosse tão importante pra mim! Mas eu vi que Eu Te Amo! – Aquelas palavras me deixaram perplexo e eu só consegui chorar.
- Cauê eu te Amo! – Ele puxou o meu rosto pra mais perto do dele e me beijou. Aquele foi o beijo mais bonito da minha vida, cheio de amor, saudade e paixão. Seus olhos estavam fechados e os meus também. Nossas línguas dançavam em nossas bocas, pra mim não existia mais nada, apenas eu e ele. Até que fomos parando o beijo com selinhos...
- Eu espero por isso há tanto tempo.
- Ryan... Esse foi o melhor beijo que já dei na minha vida. Te Amo!
- Eu também Te Amo! Muito, muito, muito.
Ele me deu mais outro beijo, mais demorado ainda que o primeiro e falou...
- Acho melhor agente ir, senão vão perguntar se agente se perdeu.
- É... Vamos meu lindo!
- Lindo? Eu? Você é muito mais!
Sorri pra ele e nós seguimos pra Campos. Nesses 10 km que faltavam para chegarmos, agente conversou tanto, falei tudo que sentia por ele, como começou e como era difícil e ele só ouvindo...
- então ficar perto de mim pra você sempre foi difícil?
- Nos últimos anos, muito!
- mas, porque você não me falou isso antes?
- Cauê, você namorava aquela menina lá... Além de que eu sabia qual seria sua reação... E também por você ser meu primo!
- Ryan, eu vou te confessar... Eu sempre senti algo por você! Mas eu nunca entendi o que era, já que eu sou homem, então isso nunca me passou pela cabeça!
- E hoje? Agora? O que você sente por mim?
- Eu não vou te dizer que o que eu sinto por você é o mesmo que você sente por mim, mas eu to feliz por ter te beijado, eu ainda não acreditei que isso aconteceu de verdade ou se é só um sonho... Mas agora eu tive a certeza que o que eu sinto por você é amor! É paixão.
- Oh, você me fez a pessoa mais feliz do mundo agora! – ele sorriu pra mim e disse...
- Eu nunca pensei que pudesse beijar um homem, mas se esse for você eu quero beijar sempre... Cara... Eu to feliz como nunca estive antes, mesmo com a Mariana eu nunca me senti assim...
- Esse é o dia mais feliz da minha vida! Eu quero gritar pro mundo inteiro ouvir... Que eu Te Amo!
- Eu também Te Amo Ryan, foi o que esses dias sem ti me disseram, mas... Tipo... Isso ainda é novo pra mim, beijar um cara e tudo em publico... Peço pra você ter paciência e esperar um pouco, pra gente poder dizer aos quatro cantos que nós nos amamos!
- Eu sei Cauê, já esperava que fosse pedir isso... Mas mesmo assim eu não ia forçar a barra, porque também eu não tenho coragem de falar pros meus pais...
- Relaxa que eu vou estar com você nesse dia...
- Espero mesmo, nesse e todos os outros da minha vida...
- Pra sempre!
- Não! Pra sempre não Cauê, porque hoje o pra sempre não mais existe! Pelos próximos anos da nossa vida...
- Na alegria e na tristeza...
- Na saúde e na doença...
- Todos os dias da minha...
- E da minha...
- Da nossa vida! – falamos juntos... Eu estava chorando de felicidade, o mundo a minha volta tinha parado... Seu sorriso, seu rosto, agora era meu! Todo meu!
Nós chegamos na casa dos nossos tios e como era grande todos nós íamos ficar hospedados ali... Eu estava com um sorriso de dar inveja a qualquer um e o Cauê também estava na maior alegria...
- finalmente chegaram né...
- Oh mãe, nós nem demoramos assim! – Eu falei feliz da vida.
- É tia, foi porque tinha uma carreta na nossa frente um tempão e não dava pra ultrapassar...
- verdade mãe...
- Agora entrem... O Lucas está lá dentro morrendo de saudade de vocês...
- Vou lá falar com aquele moleque...
- Me espera Ryan, eu também vou, deixa eu só tirar as malas daqui do carro...
Só pra constar, o Cauê trouxe uma mala imensa, que ocupou boa parte da mala, uma das minhas veio na mala e a outra no banco traseiro... Quando minha mãe viu gritou logo.
- Ryan meu filho? O que é isso? Está de mudança é?
- Meu primo favorito vai morar comigo agora é? – o Lucas falou aparecendo na porta.
- Primo! Não... Nem se eu quisesse...
Quando olhei o Cauê toda a alegria que ele tava se transformou em ciúmes...
- Oi Cauê!
- Oi Lucas, tudo bom?
- Levando cara!
- Nossa, como você está mudado!
- é Ryan, to fazendo academia agora... Vou ficar gostosinho! – O Lucas era um gato também, diga-se de passagem que a nossa família só tinha pessoas bonitas. Ele tinha um cabelo preto todo arrepiado, um olho castanho claro (cor de mel) lindo! E uma boca linda, seu corpo todo definido e uma mala bem rebelde... Não era de se jogar fora, aliás, era super pegavel, mas agora eu tinha o Cauê que era todo meu!
Nós entramos, guardamos nossas coisas no quarto. Eu e o Cauê iríamos dormir no mesmo quarto, mas o Lucas já tinha falado que ia dormir lá com agente. O que me deixou um pouco chateado, mas não falei nada. Ficamos jogando conversa fora e depois fomos dar uma volta na cidade.
Continua...
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