- Eu pensei bem e cheguei a conclusão que a gente pode tentar, mas eu quero ser extremamente honesto com você. Eu amo o Érik, e isso não vai mudar do dia pra noite, mesmo depois desse tempo todo.
- Tudo bem... eu fico feliz de ter essa chance e eu....
- Tem algumas condições.
- Tava demorando...
- Deixa de ser bobo. Então. 1º, eu não to pronto pra fazer sexo ainda, então nem tente; eu preciso de carinho, mas não excessivamente; você pode me beijar, mas não na frente dos outros, assim como me abraçar e etc. E o mais importante, não crie muitas expectativas porque eu não quero te magoar se eu não conseguir.
- Vou seguir todas, enquanto ao sexo eu não vou te tocar sem a sua permissão. Eu gosto de você, e a única expectativa que eu tenho é a de fazer você gostar de mim.
- Então ta.
Ele me deu um beijo e nós ficamos namorando no meu quarto. Ele me fazia bem, mas não era a mesma coisa. Eu não o amava, eu não fiquei esperando anos por ele, enfim, ele não era o Érik. Mas mesmo assim ele me fazia bem e eu seria capaz de tentar amá-lo.
Nós ficamos juntos por 2 meses, sem sexo, até que eu recebi um convite pra uma festa. E nós fomos. Estava lotado la, muita gente bonita dançando, meus amigos estavam lá, nos divertimos muito.
- Amor eu vou pegar alguma coisa pra beber, você quer?
- Quero sim, pega uma coca pra mim Gá.
Estava dançando quando dei de cara com ele. Ele não tinha mudado quase nada, ele estava com uma calça jeans, sapato meio social (aquele branco com listras do lado, meio esporte chic) uma camiseta branca e uma camisa xadrez azul de manga cumprida que parecia que ia explodir com o tamanho do braço dele. Ele estava parado olhando pra mim, parecia que tinha visto um fantasma. Ele estava vindo na minha direção quando o Gabriel apareceu e me deu um selinho me entregando a coca. Quando olhei de novo ele estava saindo, fui atrás dele.
- Érik! Érik! Érik eu to falando com você! Érik para!
- Oi, Enzo tudo bem?
- Tudo bem? Tudo bem!? Você não poderia ser mais cínico não é?
- Se perguntar se você esta bem é cinismo então...
- O que você veio fazer aqui?
- Eu... vim pra festa...
- Para de mentir.
- Eu não to mentindo. Alias eu não tenho que te dar satisfações, quem tem que te dar explicações aqui é seu namoradinho! Porque pelo visto você superou bem o fim do nosso namoro não é mesmo? Eu sempre soube que ele ainda ia te roubar de mim. Você nunca me escutou! E olha ai! Foi só eu ir embora que você ja tava dando pra ele!
- Cala a boca!
E dei um soco na cara dele. A confusão tava armada. Todos olhavam pra nós e muitos saíram pra ver o que estava acontecendo. Nós estávamos no chão, eu encima dele o socando e ele tentando se defender. Eu queria descontar toda a raiva que eu tinha nele naquele momento. Lagrimas escorriam do meu rosto, eu estava vermelho e ele me olhava aterrorizado enquanto eu batia nele. Ele não me bateu ou nem ao menos se defendeu direito. Ele ficou lá parado. Então alguém me agarrou pelas costas e me tirou de cima dele:
- Me solta Gabriel! Eu vo mata esse filho da puta!
- Enzo, para! Olha o show que você t atando!
- Que se foda! Eu vo matar ele!
- Não fala isso que você vai acabar se arrependendo.
- Se tem uma coisa que eu me arrependo é de amar esse idiota! Me tira daqui!
Érik ficava parado tentando se levantar do chão me olhando. Tinha sangue saindo da boca dele, e um corte na sobrancelha. Gabriel me tirou de la e me levou pra casa. Eu chorava muito. De ódio, de amor, de arrependimento.
- calma, amor, mas o que aconteceu?
- Ele falou... que eu não tinha.... nem ligado dele ter ido embora, e que eu... nem sofri e fui direto dar pra você.
- Filho da puta.
- Mas... esquece ele.... só me abraça.
Ele me beijava de um jeito carinhoso. Então eu comecei a beijar o pescoço dele. E fui tirar a camiseta dele.
- tem certeza?
- Não fala nada, só me beija e me ama.
Ele tirou a camisa e me deitou na cama. Ele beijava cada milímetro do meu corpo. Tirou minha calça, meus sapatos, minha cueca e começou a me chupar. Eu sentia um tesão imenso mas eu só pensava no Érik. Ele me colocou de bruços e começou a enfiar. Não doía, era muito gostoso. Ele me comia com carinho, devagar, ritmado, e isso me lembrava o Érik. E pensava no Érik, eu chamava o Érik, eu queria o Érik. Então ele gozou, me virou de frente e me chupou até eu gozar e me beijou, ficamos deitado, nús, eu estava com a cabeça no peito dele. Ele dormiu, mas eu não conseguia. Eu comecei a chorar em silencio, eu me arrependia mais do que tudo. Eu queria me matar, não era o Gabriel que eu queria, apesar de ser lindo e gostoso e foder muito bem eu não o amava.
Não dormi a noite toda, de madrugada eu levantei e me sentei na poltrona do meu quarto de frente pra janela. Continuava chorando. Então ele apareceu ele me levantou se sentou na poltrona e me colocou no colo dele.
- não foi do jeito que você queria não é mesmo?
- Me desculpa.
- A culpa não é sua Enzo.
- É sim, você não merece isso. E foi muito bom, mesmo, mas...
- Mas eu não sou ele.
- É.... mas eu gosto muito de você e a gente pode tentar de novo.
- Enzo. Para. Você não me ama, e eu sempre soube disso, você sempre me disse isso, só que eu acho que eu não posso arrancar esse amor do seu coração. Se você realmente ama o Érik, vai atrás dele.
- Mas ele me odeia. Ele ta bravo comigo. Ele não vai querer olhar na minha cara e foi ele quem quis terminar.
- Ele terminou porque ele te ama. Pelo que você me contou... se eu me lembro bem ele terminou porque ele estava de magoando.
- É...
- Então... amanha você vai falar com ele.
- Mas e nós?
- Nós ja acabamos faz tempo, nós só não queríamos enxergar. Nós somos melhores amigos do que namorados.
- Acho que você tem razão.
- Vem vamos dormir.
- Ok.
Ele me levou até a cama e dormimos. Ele me fazia bem, iria ser bom tê-lo como amigo.
Continua