Olá leitores! Obrigado por todos os comentários e desculpem-me a demora, mas estive sem tempo esta semana pra postar a continuidade do conto... Mas agora vamos deixar de conversa e recuperar o tempo perdido...
Continua...
Anteriormente em “Um amor pra toda vida”
Desde meus 12 me apaixonei por um menino, lindo. Branco, malhado, boca carnuda, cabelo preto arrepiado, nariz fino e um olhar azul penetrante. Esse é o Cauê, filho mais novo da irmã adotiva da minha mãe, ou seja, meu primo.
- Cauê eu Te Amo!
- Eu também te amo! Meu amigo! Meu priminho...
- Cauê eu Te Amo muito... Mas, não como amigo, não como primo, não como irmão... Eu te Amo como homem!
Cinco dias depois de ter me declarado pro Cauê não o vi um dia sequer. E agora estávamos dentro de um carro.
- Eu te Amo Ryan! Esses dias sem o teu carinho, sem o teu abraço, sem você! Foram os mais difíceis de enfrentar. Nunca pensei que você fosse tão importante pra mim! Mas eu vi que Eu Te Amo!
- Cauê eu te Amo! – E nós finalmente nos beijamos.
Depois de toda a confusão que Lucas inocentemente nos colocou eu e o Cauê estávamos sozinhos no “nosso” quarto.
Nós nos olhamos e nos beijamos. Foi intenso e com amor, ele me beijava como se fosse a última vez. Nossos corpos estavam grudados num abraço, enquanto nossas línguas se entrelaçavam nas nossas bocas, com paixão. Nós finalmente transamos...
“Um Amor pra toda vida 01x05”
Acordei logo cedo, o Cauê estava lindo dormindo ao meu lado. Me levantei devagar sem fazer barulho e fui até o banheiro. Tomei um banho rápido, me arrumei e desci. Estava um barulho, todo mundo conversando na conzinha. A minha mãe (Fernanda), meu pai (Flavio), minhas tias (Sônia, Iara e Raquel), o marido de minha tia Iara (Carlos), as amigas da minha tia (Vanessa e Carol) e o Lucas.
- Bom dia gente!
- Bom dia – todos falaram.
- Ryan! Finalmente acordou. Cadê o Cauê? (Sônia)
- Ta dormindo ainda...
- Você pode acordar ele, por favor? (Sônia)
- Claro tia...
- Filho, não vai dar os parabéns do Lucas? (Fernanda)
- Ah mãe, eu já dei... Fui o primeiro!
- é verdade tia! Ele e o Cauê. (Lucas)
- hum...
- bem, eu vou acordar o Cauê e já desço.
Subi pra acordar o Cauê, que estava do mesmo jeito quando eu sai do quarto. Como ele é lindo! Seu cabelo todo bagunçado, seu rosto, sua boca... Cheguei perto dele e já fui o beijando. No inicio ele não correspondeu, pois ainda tava dormindo, mas depois começou a corresponder. Percebi que ele havia acordado.
- Isso é assédio sabia?
- Ah, bobo! Desde quando é assédio beijar o namorado? – Nós dois rimos... Ele ficou olhando nos meus olhos e eu nos dele – O que foi?
- To vendo como eu perdi tempo de ser feliz – ele falou e me beijou.
- Meu amor! Não fala isso... Agora nós vamos recuperar todo o tempo perdido.
- Sem dúvida – ele me puxou e me beijou, foi quente, romântico, lindo! Nós fomos parando com selinhos e eu fui falando...
- Agora, o senhor desce! Todos estão esperando por você.
- Você falou que nós talvez não fossemos pra o aniversario?
- Não! Temos que inventar alguma coisa.
- Ou falar a verdade.
- Não dá... Tem o Lucas...
- Agente fala que estávamos passeando, só nós dois, quando achamos o menino... Como é mesmo o nome dele?
- Bruno.
- É, o Bruno.
- Ta, então se arruma logo – Nós nos beijamos mais uma vez e ele foi pro banheiro. Eu desci e fui tomar café.
Já estava terminando quando o Cauê chegou.
- Bom dia pessoal.
- Bom dia – todos falaram.
- Gente, já que estão todos aqui. Preciso fazer um comunicado – O Cauê falou e eu congelei. O que ele ia falar agora. Sobre o Bruno ou sobre nós dois?
- o que foi Cauê? – tia Sônia falou.
- Eu e o Ryan não vamos poder ir a festa do Lucas – ele falou e eu pude relaxar um pouco.
- Porque não? Quero vocês dois lá na minha festa ou não vou considerá-los mais como primos.
- Calma Lucas – eu falei.
- Então, é que eu e o Ryan estávamos dando uma volta pela cidade ontem a noite e nós encontramos um garoto na praça... – Ele falou e olhou pra mim querendo que eu continuasse a história.
- e o que ele tem haver com a minha festa?
- então Lucas – eu falei – é que ele foi agredido por um bando de marginais e nós o encontramos e o levamos pra o hospital. O estado dele não era muito bom.
- Nossa filho! Até Campos agora está assim perigosa?
- É mãe. Então nós ficamos de ir visitá-lo hoje pela manhã, pra ver se estava tudo bem. E avisar a família dele sobre o ocorrido.
- mas o porquê ele foi agredido? – tia Raquel perguntou.
- por ser gay – todos ficaram chocados com a minha resposta e ficaram preocupados com o garoto.
- É inadmissível que no mundo em que vivemos ainda hajam pessoas que agem desse tipo.
- Pois é tia Fernanda, cada um tem o direito de escolher sua opção sexual e jamais se podem julgar uma pessoa pela sua escolha – Cauê defendeu o Bruno.
- Concordo com você Cauê. Então, nós vamos no hospital e vocês podem ir pra fazenda. Se der nós vamos..
- Ta bem.. Agora façam de tudo pra ir... – tia Iara pediu.
- claro, claro.
O Cauê sentou pra tomar café e nós ficamos conversando sobre a festa, o Buffet, a decoração e tudo mais... A festa ia começar a tarde e ia seguir até a noite com uma boate. A fazenda era da nossa família há 5 gerações e tinha passado por uma reforma e estava muito diferente e tinha um espaço bem grande pra alugar pra shows e tudo mais. Pelo jeito que todos estavam falando a festa ia ser incrível. Mas nós precisávamos ir pro hospital.
O Cauê terminou o café da manhã e eu falei.
- vamos?
- agora mesmo.
Nós fomos pro hospital e no caminho fomos conversando sobre nosso namoro.
- Cauê, eu pensei que você fosse falar que nós estávamos namorando.
- relaxa Ryan... Ninguém vai saber.
- Só o Lucas né.
- É... Depois do que ele fez.
- Mas você sabe que não teve nada de mais.
- Pelo que você me contou.
- Você não esta acreditando em mim não é? – olhei pra ele com uma cara de raiva.
- Claro meu amor. Mas é que você fica tão lindo com raiva.
- besta!
- lindo!
- te amo!
- também te amo!
Chegamos no hospital e eu fui logo pra recepção enquanto o Cauê estacionava o carro.
- Bom dia, eu gostaria de visitar um amigo.
- desculpe, mas as visitas não são nesse horário.
- bem, ele foi agredido ontem a noite e foi eu que o trouxe pra cá. Ninguém da família dele sabe sobre o ocorrido e eu preciso conversar com ele pra avisar aos pais.
- Ah, deve ser o rapaz que esta sem ficha aqui.
- é, o medico que o atendeu disse que iria ajeitar tudo até eu vir agora pela manhã.
- Claro você pode entrar. Ele está no quarto 7.
- Mas eu estou esperado meu... Primo. Ele também me ajudou a trazê-lo pra cá.
- tudo bem. Mas só vocês 2 podem entrar.
- ok.
O Cauê chegou na recepção e nós entramos no quarto do Bruno. Ele estava dormindo e eu fiquei o olhando.
- Ryan? Ta tudo bem?
- Isso é inaceitável, uma pessoa apanhar por querer ser feliz, por ser gay. Isso é totalmente inaceitável. Eu estou com um sentimento dentro de mim... De revolta. De ódio – Eu comecei a chorar e o Cauê me abraçou, colocou minha cabeça no seu peito e fez carinho na minha cabeça.
- Calma meu amor. Ele vai ficar bem. Tudo isso vai passar.
- espero que sim!
Ele me beijou e quando eu me virei o Bruno estava olhando pra agente.
- desculpem-me! Eu não queria atrapalhar..
- não relaxa... Nós que não devíamos estar fazendo isso aqui!
O Cauê ficou nervoso e o Bruno percebeu.
- não precisa ficar com vergonha não. Eu sei o que é isso – Cauê apenas deu um sorriso pra ele.
- e então? Como você esta? – perguntei.
- melhor, só estou sentindo um pouco de dor.
- que bom.
- mas eu ainda não sei o seu nome.
- é Ryan e o dele é Cauê. E você, é Bruno né?
- é, mas como você sabe?
- Sua carteira de identidade, que alias esta comigo.
- ah... Verdade...
- Esta aqui. Do mesmo jeito que eu peguei.
- relaxa. Eu nem vou conferir... Ah, brigado Ryan pelo que você fez por mim ontem a noite, sem nem me conhecer.
- que nada rapaz. Eu faria isso por qualquer um.
- mas foi comigo. Vou ter uma divida com você pra sempre.
O Cauê ouviu aquilo e ficou com um pouco de ciúmes.
- Meninos, eu vou ficar aqui fora esperando você Ryan.
- ok. Tudo bem.
Assim que o Cauê saiu o medico entrou na sala.
- e então? Como esta o meu paciente?
- bem melhor doutor Gustavo – Bruno falou.
- que bom. Ah, foi você que o trouxe hoje de madrugada não foi?
- foi sim!
- bem, ele apenas fraturou o braço, e algumas lesões leves, ele vai ficar essa noite me observação, amanhã ou depois ele receberá alta.
- que bom né Bruno. Brigado doutor – Bruno apenas deu um sorriso pra mim.
- agora tem um problema.
- a ficha dele?
- isso mesmo, eu vou fazer a ficha no meu nome. Nós dois tivemos uma conversa esta manhã e nós optamos por isso.
- tudo bem. Mas e os seus pais Bruno?
- prefiro que eles não fiquem sabendo.
- bem, então ótimo. Vou deixar meu número com o senhor...
- você! Senhor é muito velho. Eu sou jovem ainda. Não aparento? – Agora que ele falara, pude observar o quanto ele era jovem e bonito. Tinha na faixa de uns 25 anos, branco, corpo definido, cabelo preto liso apontando pra todos os lados, uma boca vermelha carnuda, olhos castanhos claros e uma bunda invejável.
- Aparenta sim. Então, você me liga caso ocorra algo.
- tudo bem.
Dei o número pra ele, conversei alguns minutos com ele e o Bruno e sai em seguida. O Cauê estava encostado na parede do outro lado da porta.
- e então?
- ele vai ficar em observação esta noite e amanhã ou depois receberá alta.
- que bom então. Vamos pra festa já que esta tudo bem?
- vamos sim. Mas tem uma coisa que esta me perturbando.
- o que?
- te conto no caminho...
Continua...
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