- É, algum dia, talvez...
- Nossa.
- Mas isso se você quiser. Mas não precisa responder agora sabe... eu sei que você é muito novo ainda e isso pode ser meio prematuro...
- Érik.
- Oi, amo.
- Cala a boca e me beija.
E ele me beijou. Eu não podia acreditar que ele queria mesmo se casar comigo. Eu estava completamente feliz. Nós transamos mais uma vez naquela noite, mas ao amanhecer tivemos que ir embora.
As duas semanas seguintes correram extremamente bem...
Em uma quinta-feira recebi uma mensagem do Érik me dizendo que não poderia me buscar na escola, porque tinha que resolver um problema no trabalho, eu teria que ir a pé pra casa e sozinho pois as meninas foram fazer um trabalho na biblioteca. Eu ia andando tranquilo e meio distraído por uma rua pouco movimentada quando alguém me agarra tampando minha boca e me puxando. A pessoa, um homem, me arrastou pra um beco, me jogou no chão e me deu um soco. Disse que se eu gritasse seria pior. Eu não o reconheci, mas ele aparentava um 40 anos, bem vestido e com cara de psicopata. Ele me chutou e me chamou de viadinho.
- O que você quer comigo?
- Cala a boca seu viado filho da puta!
E me chutava mais uma vez. Ele então abriu a calça e tirou um pau grande e duro pra fora. Eu chorava a implorava, mas ele não me dava ouvidos. Ele me forçou a abrir a boca e enfiou seu pau em minha boca. Eu sentia nojo, repulsa daquele homem. Eu não tinha como me defender. Ele estuprava minha boca como uma buceta e me batia quando eu encostava meus dentes sem querer. Então ele gozou em minha boca e me fez engolir sua porra. Quando eu pensei que não poderia piorar ele me agarrou e abaixou minhas calças e meteu de uma vez. A dor era insuportável. Eu chorava e implorava pra parar, ele não me escutava e bombava mais forte. Ele então gozou novamente, depois de uma eternidade e me jogou no chão. Me chamando de bichinha nojenta e imunda, e foi embora, me largando no beco.
Minhas pernas estavam bambas, minha cabeça doía assim como as partes do meu corpo que foram atingidas por seus socos e chutes. Eu me sentia humilhado, sujo, com o cheiro daquele homem. Meu cu doía, e eu não tinha forças nem pra erguer minhas calças. Eu sentia o sangue escorrer por minhas nádegas, misturado com a porra do filho da puta. Eu só peguei meu celular e disquei o numero:
- Oi, amor!
- Érik... por.. favor..
- Enzo? Enzo o que foi? O que aconteceu?
- Érik... vem me buscar... (eu soluçava de tanto chorar, eu mal conseguia falar)
- Ta bom amor, onde você ta.
- No beco perto de casa... por favor...
- Calma, amor, eu to indo... eu te amo, vai ficar tudo bem.
- Vem .... logo.
Ele desligou e eu fiquei la. Eu não conseguia me mover. Eu chorava demais. Uns 10 min ele chegou. Correndo, e me olhou horrorizado, nada disse apenas me abraçou.
- o que fizeram com você meu amor?
- Ele... me forçou... eu não queriaQuem, Enzo fala.
- Eu não sei... ele... me estuprou.....
Eu o abracei com força. Eu chorava de soluçar, ele começou a chorar também, ele me ajudou a por minha roupa no lugar e me levou até o carro. Entrou comigo em casa, e me deu um banho. Eu não conseguia parar de chorar. Eu não conseguia tirar aquele rosto da minha cabeça.
- Você quer comer alguma coisa? Você ta com fome?
- Não...
- Enzo, você tem que comer, vai te fazer bem.
- Eu não quero.
- Mas Enzo.
- EU NÃO QUERO!
- Tudo bem... dorme um pouco você ta precisando.. eu vo ficar com você.
- NÃO PRECISA, PODE IR EMBORA. VOLTA PRO TRABALHO! ISSO É CULPA SUA! VOCÊ ME ABANDONOU NA ESCOLA!
- Não, Enzo! Não é verdade, eu disse que não podia te buscar hoje por...
- EU NAO QUERO SABER! SAI! SAISAaaai..... aaa..aaaiShhhh calma, calma.... – ele falou me abraçando... – vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem...
Eu acabei dormindo nos braços dele. Ele ligou para os meus pais e contou o que aconteceu, e ligou para a policia também. Eu estava em choque. Eu não o deixei me tocar mais. Eu não o deixava me beijar. Não trocava de roupa na sua frente e só dormia de roupa, calça, meia, e blusa de manga cumprida. Eu o afastei de mim, e foi sem querer. Eu tinha medo dele, medo do meu próprio amor. Eu acabei entrando em depressão e acabei me afastando cada vez mais do Érik. Eu via em seus olhos o medo de me perder, e a decepção por não fazer nada em relação a mim, porque eu mesmo não permitia que ninguém fizesse nada.
2 meses se passaram e não acharam aquele homem. Eu não ficava mais sozinho com Érik e nós estávamos mais afastados do que nunca. Ele tinha parado de chegar perto de mim, eu me esquivava toda vez que ele tentava e isso o machucava. Comecei a terapia e fui me recuperando aos poucos. Eu não saia mais, era da casa pra escola da escola pra casa e sempre com alguém me buscando, fosse meu pai ou minha mãe, pois eu não permitia que Érik fosse me buscar na escola.
Em um fim de semana meu pais resolveu que iriamos para o sítio, o nosso sítio, meu e do Érik. Eu não queria mais acabei cedendo. Fiquei no nosso quarto sozinho, ele não foi. Era o quarto principal e eu me lembrava daquela noite, eu então percebi que o tinha perdido, e o quanto sentia sua falta.
A noite quando fui me deitar eu chorei por não o ter mais, foi então que eu senti suas mãos em meus ombros e quando eu me virei ele estava lá. Lágrimas escorriam de seus olhos e aquilo partiu meu coração.
- Por que você esta chorando?
- Porque eu te perdi. E a culpa foi minha. Eu não devia ter te deixado sozinho aquele dia.
- Érik. Me desculpa, não foi culpa sua. Eu me fechei. Mas eu ainda te amo.
- Ama?
- Amo... – eu acariciei seu rosto – e se você tiver um pouco de paciência comigo, você vai ver com o tempo que esse amor não passou.
- Eu te amo, meu bebê.
Ele me deu um beijo. Foi um beijo magico. Foi como se fosse nosso primeiro beijo. Não aconteceu nada naquela noite, não que ele tenha tentado. Ele só me abraçou e eu dormi em seus braços.
Continua.......