PRIMEIRAMENTE GOSTARIA DE AGRADECER AOS LEITORES POR TODOS OS COMENTÁROS E PELAS NOTAS. CONFESSO QUE JÁ HAVIA DESISTIDO DE ESCREVER ESSE CONTO, MAS A PEDIDO DE ALGUNS LEITORES VOLTO A ESCREVE-LO. ESPERO QUE GOSTEM.
Agora vamos ao conto:
Sentei num canto do jardim em silencio, apenas pensando em Hugo e sua namorada, não vi o momento, mas dos meus olhos começaram a sair lágrimas. Dizia pra mim mesmo em pensamentos:
- Por que estou chorando? Hugo é o meu melhor amigo, eu deveria estar feliz por ele, a Carlinha é uma pessoa maravilhosa e todo mundo a adora. Meu Deus! Por que meu coração dói tanto? Não é possivel! Ele é meu primo e nós somos machos, não posso estar amando outro homem!
Na minha mente uma confusão tão grande estava acontecendo que não notei a presença de Hugo, ele havia sentado do meu lado, não sabia dizer a quanto tempo ele estava ali.
- Estive te procurando por toda a casa, queria te dar os parabens pelo concurso. - disse de uma forma tão meiga e carinhosa que só me deixou mais confuso.
- Hugo, na boa! Você não deveria estar com sua namorada estúpida não? Porra! Me deixa cara!! Coisa chata!! Vai lá, vai atraz dela! Num tá vendo que quero ficar sozinho não?
- Pow Thi, meu desculpe cara. Eu te fiz alguma coisa? - disse num tom gentil de quem estava preocupado.
- VOCÊ NASCEU CARA!!! FOI ISSO QUE ACONTECEU!!! AGORA ME DEIXA EM PAZ!! QUE PRA MIM ESSA FESTA JÁ DEU O QUE TINHA QUE DAR!!! E MAIS UMA COISA! SEJA FELIZ COM AQUELA GAROTA ESTÚPIDA QUE NÃO NUNCA VAI TE AMAR DA FORMA QUE ..
Não tive coragem de terminar aquela frase, apenas me levantei e corri por aquele jardim em direção a saída da casa. Meu coração estava tão acelerado e minha boca tão seca, não acreditava que tinha dito aquilo tudo pra ele, justo pra ele, que era o meu melhor amigo e agora meu grande amor.
Segui andando até minha casa que era bem próxima a de Hugo, local onde estava sendo realizada a festa. Deitei de bruchos em minha cama me sentindo a pior pessoa do mundo, o cara mais estúpido e ingénuo do mundo, como é que meu primo ia me amar se ele tem uma namorada linda e eu era apenas um cara gordo e me sentia tão feio.
Passei o dia seguinte todo em meu quarto deitado em minha cama, não conseguia me levantar da cama, muito menos comer alguma coisa. Minha família pensou que eu estava assim por estar partindo no dia seguinte, o que eles não sabiam era que eu estava agradecendo a Deus por eu estar indo embora, queria de qualquer forma esquecer aquilo tudo. Mas ainda existia um último desafio, encarar o Hugo no aeroporto na despedida de nossos vôos.
Acordei pela manhã e com muita luta levantei da cama. Minhas malas já estavam prontas e meus pais aguardavam na mesa para tomar o café da manhã. Sentei a mesa e fui obrigado a comer uma maça. Depois de me despedir da minha empregada entrei no carro com meus pais e seguimos em direção ao aeroporto, no caminho paramos na casa de minha avó e a pegamos.
Chegamos no aeroporto e Hugo já estava lá com seus pais. Ao ve-lo lá de pé com sua namorada me fez reviver toda aquela situação do jardim, minha boca voltou a ficar seca e meu coração acelerado. A dor voltou a machucar no peito.
De cabeça baixa me aproximei de toda minha família, cumprimentei a todos, as mulheres com beijos e abraços e aos homens com aperto de mão. Na hora de cumprimentar Hugo olhei dentro dos seus olhos e pude ver uma tristeza tão grande que me deixou confuso. Não era apenas a tristeza de estar deixando sua família para tráz, havia outra coisa por traz daqules olhos cheios de lágrimas, algo profundo e intenso.
Procurei ao máximo ficar afastado de toda a familia. Em situação normal não gosto de despedidas, e agora tudo estava pior ainda por eu estar deixando Hugo partir, de certa forma seria melhor a se fazer, ele nunca me amaria da forma que eu estava o amando, seria o certo a fazer, nós eramos homens e ficar com ele seria errado.
A última chamada para o vôo de Hugo foi feita, e com ela grande número de lágrimas brotaram nos olhos de todos. Hugo se manteve forte e não chorou, despediu-se de Carla, em seguida de seus pais, de nossa avó, de meus pais e por último havia ficado eu.
Estendi a mão para cumprimenta-lo, mas para minha surpresa Hugo me abraçou forte, e de seus olhos caíram lágrimas. Também não contive o choro, agora minha garganta tambem estava apertada, um sentimento de desespero começou a tomar conta de mim, só agora percebi que ele estava partindo, e eu não iria ve-lo por muio tempo, mesmo que não ficassemos juntos, só de ve-lo para mim já bastaria. Hugo levou sua boca próximo ao meu ouvido e sussurrou:
- Eu te amo Thi. Sempre te amei, e me desculpe te fazer sofrer. - afastou-se de mim e não olhou para tráz, passou pelo portão de embarque, me deixando em lágrimas.