YKNP II

Um conto erótico de killinghearts
Categoria: Homossexual
Contém 1309 palavras
Data: 31/12/2011 16:02:10
Última revisão: 31/12/2011 16:08:12
Assuntos: Gay, Homossexual

Havia chegado em casa faziam umas duas horas. Já tinha tomado banho, fumado os meus dois cigarros da tarde e ouvido uma boa dose de música para me relaxar. Sim, a música é essencial para mim; é o refúgio, o porto de abrigo e o guarda-chuva... a música para mim é isso tudo. Talvez seja isso tudo porque nunca tive ninguém que me aconchegasse numa noite fria, nunca tive ninguém que me deixasse pagar o sorvete (ou que me pagasse até). Tinha os meus amigos, mas era diferente. Sabia que podia contar com todos eles, para o que desse e viesse. Mas faltava-me o amor.

Eu não via em Diogo um futuro amor, para mim foi puro fruto do acaso. O encontrão não quis dizer nada e talvez nunca mais o ia ver durante o Verão. Pelo menos eu pensava assim para contrariar as minhas fantasias, até porque já me machuquei muito por causa das fantasias.

Já se tinham passado uns dias desde aquela tarde na piscina e estava eu em casa, morrendo de calor, com uma vontade enorme de me jogar na piscina privada do meu vizinho. Claro que não seria capaz de tal, e por isso fiquei em casa. Fiquei navegando pela internet, sem nada para fazer. Até que encontro o perfil de Diogo. Diogo Tavares era o seu nome. Fiquei um pouco relutante em adicionar ou não... Engraçado como nós temos até medo de adicionar alguém no Facebook quando nossos pais nem isso tinham para se conhecer! A relutância passou e o adicionei. Logo ele aceitou e veio logo falar comigo no chat.

Diogo: Oi, você é aquele moço que eu derrubei não é? rsrsrs

Bruno: Oi, sim sou eu! Como vai?

Conversa vem, conversa vai, descubro que Diogo mora numa cidade perto da minha (uns 20 minutos de ônibus chegariam para ir da minha cidade à dele) e que gosta do mesmo tipo de música que eu, se bem que é bem mais aberto a novos estilos. Eu sempre fui fechado para tudo mesmo, para o amor, para a música, para a amizade... mas que bicho do mato que os meus pais conceberam! Trocamos contatos e à noite, depois do jantar, falo com ele no msn. Falamos sobre diversos assuntos, até que ele me convida para ir tomar um sorvete, e adivinhem? Ele pagava. Pronto, já tinha alguém para me pagar o sorvete! Combinamos ir no dia seguinte. Iríamos ao IceCreamParadise, fica na cidade dele. Ficou combinado que eu iria no ônibus das 15.30h.

Eram 11h da manhã e eu ia acordando a muito custo (adoro a minha cama, quem não adora?). Tomei um banho, me vesti. Coloquei uns calções pretos justos, uma camisola verde escura e uns tênis pretos. Almocei e às 15h recebo uma mensagem dele: 'Oh rapaz, não se esquece do nosso sorvete! :D'. Logo eu respondo 'Acha que eu iria esquecer? E calma que ainda faltam 30 minutos para o ônibus!'. Ele respondeu com esta sms que me deixou de queixo caído: 'Sabe, é que eu tenho medo que você não se lembre de mim quando eu me lembro imenso de você...'. Ok, definitivamente esta sms mudou por completo a minha ideia em relação a ele; portanto, poderia ser um futuro namorado?

Fui no ônibus, cheguei no IceCreamParadise e sentei logo numa mesa no fundo, porque aí estava mais fresco. A decoração era linda, paredes vermelhas escuras, chão preto e branco, uma jukebox ... parecia que estava nos anos 50/60! Ele demorou em chegar, mas só o sorriso dele quando me viu apagou toda a minha raiva por ter esperado uns quantos minutos (ele demorou uns 10!).

- Para quem dizia que não queria que eu me esquecesse... Chegou atrasado! - ri.

- Me desculpa, vim correndo. Sabe, é que tive que tratar de uns problemas aí... - falou ele um pouco nervoso mas rindo logo a seguir.

- Posso saber quais problemas?

- Pode... É que eu acabei com a minha namorada porque estou apaixonado por outra garota... E imagina o drama que foi.

- Ah, entendi... - não sei se ele notou a minha tristeza, se bem que eu consigo ser um bom ator.

- E aí já decidiu o que vai comer?

Escolhemos os dois o mesmo, sorvete de limão com chocolate. Ficamos falando e rindo imenso, a nossa amizade estava-se construindo. Sei lá, tínhamos imenso em comum, e isso não é tão normal assim acontecer. Resolvi, ao fim de algumas risadas, voltar ao assunto 'ex-namorada'.

- Desculpa falar deste assunto novamente, mas você pelo menos sabe se essa garota que você está apaixonado está também apaixonada ou interessada por você? - falei curioso.

- Olha, vou ser sincero: não sei. Eu acho que sim, e vou encontrar com ela depois de estar com você. - falou ele com um sorriso que me hipnotizava.

- Se quiser eu posso ir já, para você estar com ela... - falei cabisbaixo.

- Nossa, acha mesmo? Ainda são 16h, você pensa que se vai livrar de mim assim tão facilmente? - riu.

Dei uma risada também, porém estava um pouco triste... minhas esperanças tinham morrido logo no momento em que ele falou que ia ter um encontro com uma menina. Saímos do ICP e ficamos andando pela cidade. Fazia um calor tremendo, parecia um inferno. Chegamos a um local com muitas árvores em volta e onde a sombra não faltava; portanto, local ideal! Ainda para mais tinha um chafariz! Eu já pensava em começar uma pequena guerra de água, mas não o ia molhar sabendo que ele tinha um encontro. Fiquei quieto olhando aquilo em volta... É como andar num deserto e encontrar uma poça de água no meio; nós estávamos cheios de calor e aquele lugar era o paraíso.

De repente sinto que estou sendo molhado, e claro, só poderia ser Diogo.

- Você quer guerra? - falei.

- Vem então! - exclamou, atirando mais água.

Comecei atirando água e ele foi desistindo, até que eu já estava bem perto dele e ele estava desistindo aos poucos.

- Pronto pronto! Para Bruno, você ganhou! - falou, meio rindo meio sério.

Atirei mais um pouco de água mas logo ele me parou. Segurou meus braços e disse mais uma vez 'pára!'. Dessa vez ele estava sério e olhando bem nos meus olhos.

- Sabe a garota que eu falei na sorveteria?

- Sim... - sério que ele tinha voltado a esse assunto? Fiquei logo aborrecido.

- Você não é uma garota, mas é por você que eu acho que estou apaixonado.

Ok, meu mundo caiu. Fiquei sem reação, e eu não sou pessoa de ficar sem reação. Nem conseguia olhar em seus olhos, sei lá, estava tão atordoado...

- Você não sente o mesmo? Eu sei que sente... - Falou ele, sorrindo.

Já chegava de sofrer. Dessa vez eu não ia perder um dente, dessa vez eu não ia sofrer. Então falei, olhando bem fundo nos seus olhos:

- Sinto.

E aí ele me beijou. E não, não consigo descrever esse beijo... só sei que foi mágico mesmo. Nossos corpos molhados, ele segurando meus cabelos ruivos e eu ali, quase morrendo. Eu não conseguia mover meus braços e pernas. Fiquei estático!

- Você tem um ônibus agora, não é? - falou Diogo, esperando que a resposta fosse qualquer coisa como 'eu posso ficar mais um pouco'.

- Sim, é daqui a dez minutos. Tenho que ir, adeus. - nossa, mas que burro.

- Ok, até mais. - disse me dando um abraço.

Cheguei em casa ainda molhado, pensando em tudo o que tinha acontecido. No quão burro eu fui e no quão bom o beijo foi. Será que ele ficou desapontado comigo? Eu nadava em questões. Minha cabeça estava a mil e eu precisava de descansar. Me limpei e dormi. Dormi até não conseguir mais.

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bom, essa é a 2ª parte do Youth Knows No Pain. espero que tenham gostado e obrigado pelos comentários e votos! boa passagem de ano e espero que encontrem tudo de bom nesse ano que vem, 2012. beijos e abraços (:

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Comentários

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O conto esta muito bom !!!!! Parabens!!!

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Bom conto. Se você também curte uma boa sacanagem entre machos de verdade, não perca tempo. Clique no meu nome e leia meus contos. Não deixe de comentar. Até mais.

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Feliz ano novo p vc tb kra ta lindo o conto

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nossa que legal me add ai ashsocute@hotmail.com

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