Mais do que paixão 13

Um conto erótico de Peter
Categoria: Homossexual
Contém 2226 palavras
Data: 07/12/2011 15:02:13
Última revisão: 07/12/2011 15:05:08

- Duvido muito. – Escrevi para Diana no MSN.

- Então, aonde eu boto o colchão? – Falou Gregory se aproximando.

- Bota no meu quarto, do lado direito da cama.

- Di, vou sair, preciso arrumar as coisas pro Gregory dormir ¬¬, se der, depois volto, até mais, beijos, fui... – Saí então do MSN.

- Cadê o Alan? – Perguntei curioso.

- Tá na outra sala, mexendo no note. – Disse ele mostrando tédio em sua fala.

- Bem, como arrescém são 18h46min, acho que tá muito cedo pra ir dormir né e, ainda tem a janta. Se quiser usar o PC, pode usar. Eu vou tomar banho.

- Vai ter janta ainda? - Falou ele irônico.

- Não sei, minha tia adora socar comida nas pessoas, talvez se a gente conseguir convencer ela de que não precisamos mais comer, ela não faça, hehehe...

- Vou avisar ela então. Tome cuidado quando for tomar banho, se você resbalar e cair, não vou estar lá pra te ajudar viu? – Disse ele tirando sarro da minha cara.

- Maldita hora em que eu fui atravessar aquela rua, agora tenho que ficar ouvindo isso?... – Disse baixinho, enquanto Gregory saía da sala de estar e eu me dirigia ao banheiro para tomar banho.

Começo a me despir e logo entro para baixo do chuveiro. A água começa a sair gelada, mas rapidamente ela esquenta, fazendo seu vapor invadir por completo o box. Aquele calor, aquela fumaça, a água caindo sobre meu corpo, fez minha memória recobrar lembranças passadas que havia tido com Andrew. A vez em que tomamos banho juntos, onde podia sentir seu toque em minha pele, seu calor incendiar minha mente e sua boca puxar meus lábios em meio a suspiros. Relembrar os perfeitos e românticos tempos que havíamos passado juntos, fez meus pensamentos viajarem. Me escorei na parede e, aos poucos meu corpo nu descia deslizando sobre ela, até chegar ao chão. Onde fiquei sentado e me propus a responder a uma própria pergunta minha:

- O que eu devo fazer?... Por que não há o que fazer, estou procurando a resposta, mas eu não acho. Por que eu não encontro? Por quê? Por quê? Por quê?! – Falei irritado.

Não estava achando uma saída, mas em algum momento eu teria que achá-la... Poderia demorar? Poderia, mas a única coisa a fazer seria esperar, essa seria a opção mais próxima de uma resposta. A quem visse de longe, acharia que as coisas estariam bem comigo, mas a quem visse de perto, veria realmente que “bem” era uma palavra que não andava junto a mim ultimamente.

Levantando devagar do chão, tento mudar a expressão fúnebre de meu rosto para não levantar suspeitas sobre o meu estado emocional para os outros. Com ensaboadas lentas, termino o banho enxaguando o cabelo, desligo o chuveiro e começo a secar-me. Já quase completamente seco, enrolo-me na toalha e sigo para o quarto. Sem muito prestar atenção ao redor, fecho a porta do quarto e removo a toalha que cobria as pernas para secar as costas.

- Tudo bem pra mim, mas você vai querer ficar realmente nu na minha frente?

Quando ouvi aquelas palavras, uma porção de sentimentos tomou conta de mim, substituindo totalmente a tristeza por vergonha, ódio e raiva. Assim, peguei rapidamente a toalha e a envolvi pela cintura. De costa, me viro de frente para Gregory já com a toalha enrolada:

- O que você tá fazendo aqui?! – Disse em tons altos, mostrando olhos enfurecidos e uma expressão aniquiladora.

- Dando uma olhada no seu quarto, por quê? – Disse ele paciente, na cara dura.

- Como assim por quê? Esse é o meu quarto, você achou que eu ia me vestir aonde? Na cozinha?! Na garagem?!

- E como é que você não me viu? Você entra nos lugares e ignora as pessoas que estão neles?

- Não, eu não ignoro, mas eu não imaginava que você ia estar aqui e, eu estava pensando em outras coisas, minha cabeça tava meio longe, eu também tenho problemas!... – Suspirei por um momento. Minhas emoções se acalmaram. – Olha, deixa eu terminar de me vestir e depois você olha o que quiser, tá bom?

- Okay. – Gregory saiu do quarto e eu tranquei a porta.

Sozinho no quarto, relaxo os ombros, sento na cama e caio para trás. Depois de me vestir, botar minha calça do pijama e uma camiseta antiga, abro a porta e vou ao encontro de meu irmão:

- Alan, onde é que você tá?

- To aqui! Mexendo no note. Mas já vou dormir. – Fui até ele.

- Mas não tá meio cedo não?

- Tá, mas amanhã a gente vai acordar cedo né, então...

- Claro, tem razão. E o... – Queria que ele completasse a frase, não queria nem pronunciar o nome de um certo alguém.

- Gregory? Tá no banheiro.

- Esse mesmo. – Fiz cara de nojo.

- Você não gosta muito dele né?

- O que você acha? – Ironizei e ele riu. O som das tormentas aumentava a cada relampejo.

- O Greg é um cara legal, você vai ver quando conhecer ele de verdade. – Meu irmão tentava arrumar a situação.

- Espero que você tenha razão... – Disse entediado.

- Você já vai dormir Alan? – Disse Gregory saindo do banheiro.

- Já sim. Já estou desligando aqui.

- Bom, eu vou olhar um pouco de TV, depois eu vou deitar. – Fui em direção à sala.

- Ah Peter, Como é que vai o seu amigo, o tal de Andrew, ele se recuperou bem? Eu sei que faz tempo, mas sempre me esqueço de perguntar.

Ter ouvido o nome de Andrew me fez parar, meu irmão não havia falado nada de mais, mas só de ouvir o seu nome, meu corpo teve que parar para pensar. De um jeito estranho, eu digo então:

- Ele tá bem sim... Bem até de mais. – Disse secamente.

- Como assim bem até de mais? – Meu irmão falou confuso.

- Nada Alan, ele tá bem, só isso. Você não tinha que ir dormir? – Estava ficando chateado já.

- Patada. Parece a mãe. Boa noite pra você então cavalinho. – Meu irmão estava tentando amenizar, sei que ele não havia perguntado por mal, mas a sua pergunta não havia me deixado bem.

- Boa noite. – Disse. Então os dois foram cada um para o seu quarto determinado.

Apaguei a luz da sala e o ambiente escureceu, liguei a TV e logo botei em um canal de filme, não estava a fim de dormir tão cedo assim naquele dia. O filme estava bacana, era uma comédia romântica, mas logo em sua metade, a TV apaga, desliga completamente, havia faltado luz. No escuro total, levanto para ligar as luzes, mas nenhuma delas acende. Suspiro fundo e um trovão realmente forte dispara do céu, me assustando com o seu barulho estrondoso. Voo até o sofá e me jogo de baixo das cobertas, ficando no breu absoluto da sala sozinho, bufando de um jeito pensativo, voltando mais uma vez aos mesmos incômodos e problemas.

- Então, o tal Andrew é seu amigo? – Disse Gregory se aproximando da sala e cutucando “os meus incômodos e problemas”.

- Você não devia estar dormindo? – Disse eu procurando ele com olhos no escuro.

- Perguntei primeiro. – Ele sentou no sofá em que eu estava.

- Acho que ele é ou era meu amigo, sei lá eu... Por que quer saber? – Falei intrigado.

- Apenas amigo? – Disse ele insinuando algo que não queria que ele insinuasse como alternativa.

- Sim, o que mais podia ser? – Falei convicto de minha resposta.

- Eu vi o jeito que ele olhava pra você no momento em que eu te empurrei da frente do carro.

- Que jeito?

- O jeito que dizia que vocês não eram apenas amigos.

- O que você tá insinuando, que eu... – Disse irritado com a dedução de Gregory.

- Não sou pré-conceituoso nem nada, vou ser a última pessoa que vai te julgar algum dia. – Disse ele me interrompendo rapidamente, tentando dizer o quanto antes de alguma forma que se eu fosse gay ele não teria nada contra ou algo do gênero.

- Por que você está falando sobre isso? – Confuso, agora eu estava.

- Por que ele ainda gosta de você.

- Me diga algo que eu não saiba. – Disse entrando realmente na conversa.

- E você? Gosta dele?

- Eu vou estar mentindo se eu disser que não... – Disse triste, não precisando esconder o olhar desanimado em função do escuro.

- E o que lhes impede de prosseguir então?

- A prima dele, ela disse que [...] – Contei toda a história para Gregory e, quando terminei, continuei. – E é por isso que eu não posso ficar com ele.

- Tá, daí você desistiu por isso?

- Como assim desisti por isso? O que você quer que eu faça? – Disse cansado de sempre fazer meus sentimentos voltarem à esse assunto e acabarem deixando-me numa pior.

- Ela não disse a você que na guerra e no amor vale tudo? Então, o que você está esperando para bombardear ela?

- Não sei como fazer isso...

- Eu já te dei a dica, é só você agir agora.

- Valeu... Eu acho... Então, que tal você me contar o que você fez com o verdadeiro Gregory?

- Hehehe, esse é o verdadeiro Gregory, chato, chato e legal.

- Ah bom, por que eu só conhecia o chato e chato, não sabia que tinha um legal escondido no meio. – Disse dando boas gargalhas. Ele riu junto.

- Você não tá a fim de dormir não?

- To sim, não tem nada pra fazer mesmo, estamos no breu, fazer o que? Borá pra cama então.

No dia seguinte, Alan e Gregory levantaram bem cedo para irem para Porto Alegre, minha tia como sempre levantou junto, pois ela queria muito fazer um cafezinho para eles tomarem antes de partirem. Como minha aula era de tarde, acabei acordando um pouco mais tarde, mas cheguei há ver Gregory levantando cedo da manhã para se arrumar. Ao acordar, ainda chovia um pouco, o tempo continuava feio, mas dava indícios de que ia melhor logo.

Na escola, encontro com Diana do portão, ela me cumprimenta e começa falar em relação ao temporal da noite passada:

- Meu Deus, O que foi aquilo ontem de noite?! – Disse ela arregalando os olhos e fazendo cara de “Oh my gosh!”.

- Nossa, foi feio a chuvarada mesmo.

- Haha, chuvarada? Aquilo foi uma tsunami, pra sair de casa meu pai teve que comprar um barco a vela. – Disse ela séria. – Tá, tudo bem, menos, mas foi feia a coisa.

- Foi, foi mesmo. – Concordei rindo.

- Então, como foi a noite? – Agora ela me olhava animada.

- Por que essa cara? – Disse reprimindo seu olhar malicioso com uma cara risonhamente séria.

- Nada. - Ela riu.

- Foi normal, não gosto de admitir mas o Gregory foi bacana até.

- Claro que foi, um Deus daqueles não pode ser chato mesmo, nem deve. – Ri da frase de Diana.

- No inicio ele tava um porre, daí quando eu fui pra sala olhar TV, ele foi também, daí a gente conversou e tal, ele descobriu de cara que eu gostava do Andrew e, no fim ele me falou algo que eu não tinha pensado ainda que me deu uma ideia...

- Então... Ele reagiu bem?

- Sim, sim, super bem.

- E qual é a ideia que você teve?

- Você vai ficar nos dois últimos períodos de hoje?

- Não, vou sair com o Davi pro centro. – Falou ela toda feliz, deixando uma enorme marca de alegria nos olhos. – Por quê?

- Você me empresta o seu note? Depois eu te explico.

- Tá, empresto sim.

Naquele dia, o tempo passou relativamente rápido, mal havia piscado e já era recreio. Com o notebook de Diana em mãos, sento na biblioteca para fazer uma intensa pesquisa. Ao sentar na cadeira, Ágata passa pela frente da porta de mãos dadas com Andrew, pisca pra mim e silenciosamente fala: Perdedor. Sorrio para ela e retruco em voz baixa: Uma hora você cai, sua vadia...

Ligo o notebook e começo a revirar a vida de Ágata pela internet, buscando informações no facebook, Orkut, twitter, tumblr, Google e todos os tipos de fontes que se tem informação dela e de sua família. Depois de muito procurar e reunir informações, uma ideia se concretiza em minha mente. Pego o celular rapidamente e mando uma mensagem para Diana:

“Desculpa te incomodar, sei que você está no meio de um encontro, quando você puder venha pra escola rápido, acho que descobri algo muito útil sobre uma certa pessoa, vou recuperar o meu amor de volta...”

MSN: will52@hotmail.com

Bom pessoal que curte os meus contos, queria dizer que foi muito bom escrever pra vocês, não sei se esse último saiu bacana, mas queria dizer que a partir de agora talvez eu só volte a escrever em fevereiro ou em março, quando fico de férias vou para a praia e lá não tenho um computador privado ou que eu tenha a liberdade para escrever ou salvar os contos. Sinto muito por não poder escrever mais até lá, mas caso eu consiga dar uma escapadinha e vir pra cá, prometo que tentarei escrever o capitulo seguinte. A minha série não acabou, tem muito mais para acontecer, assim que eu voltar das férias, voltarei a escrever semanalmente. Ah e desculpe pelos últimos contos que estão demorando, ultimamente a minha vida ta ficando meio confusa e corrida, então fica meio de difícil de escrever. Então mais uma vez peço desculpas, espero poder escrever em breve e, obrigado por todos que acompanharam os meus contos esse ano. Valeu Pessoal, até uma outra hora. Aah... E caso esse seja o último conto do ano, Feliz Natal e boa virada de ano para todos! Beijo Grande!

Continua...

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Comentários

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Nossa vou esperar o conto to super anciosaso!!! continua logo viu o mais rapido possivel sou seu fã amo seus contos

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Ok, boas férias!, muito bom como sempre !

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Então, adoro teus contos, pena que demora muito pra continuar..... Escreve logo por favor.... estamos aguardando anciosos..... beijos pra vc

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Então, adoro teus contos, pena que demora muito pra continuar..... Escreve logo por favor.... estamos aguardando anciosos..... beijos pra vc

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FANTÁSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSTICO!!!!!!!!!!!!!!!

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