O dia que ela seria minha

Um conto erótico de Hot Cherry
Categoria: Homossexual
Contém 565 palavras
Data: 10/12/2011 13:08:50

Sim, ela morava em minha mente desde minha adolescência. Lembro-me bem quando a conheci no fim de meus 17 anos de idade.. Após muito papo pela internet, marcamos um cinema durante a tarde. Duas adolescentes, um inocente cinema... quem desconfiaria?

Aguardei nervosa por ela, e a cada presença que se aproximava eu tremia. Um mix de ansiedade, de vergonha pelas sacanagens trocadas em palavras escritas, de tesão - que mesmo sendo ainda imaturo, já era voraz...

Ela chegou. Nos abraçamos meio sem graça, escolhemos o filme, pagamos nossa entrada e fomos.

Sentamos no fundo, conversamos um pouco. O cinema vazio... Lembro-me que meu aniversário estava próximo e eu a convidei pra um barzinho. Ela comentou sobre a banda que tocaria no dia e as luzes se apagaram. Ela me pediu uma bala, eu não tinha. E um silêncio pairou sem fim entre nós.

O filme rolou e no meio dele, peguei sua mão. Trocamos carinhos tímidos, mas, no íntimo minha vontade era voraz. Eu queria atracá-la na parede, ali mesmo. Prensá-la com toda minha força e lhe beijar puxando seus longos e cacheados cabelos. Eu estava louca, não consegui pensar direito, eram muitas coisas passando em minha mente.

Loucos devaneios.

No fim das contas, acabei por não fazer nada. O filme acabou e fomos ao banheiro. E ali, eu não podia deixar passar minha vontade. Um banheiro que me lembrava um deserto. Não havia um ruído se quer, uma alma que passasse por ali pra nos privar de bons momentos. Peguei sua mão e a puxei com força para dentro de uma das cabines. Fechei a porta, e assim, pude externar todo meu desejo ardente, empurrei -a com força contra a parede, como um macho faz pra ganhar território, eu me sentia o macho, sentia que era muito mais forte e ela tão frágil entre meus braços. Passei minha mão por sua nuca e meus dedos por entre seus cabelos, fiz uma leve pressão, embora, minha vontade fosse puxá-los com vigor e a beijei.

Um beijo daqueles de fazer a boca fica dormente e trêmula, onde línguas travam uma guerra sem fim. Eu beijava, eu lambia seus lábios finos, eu mordia. Queria arrancar um pedaço e levar pra mim, mas, que loucura!

Minha mão passeava pelo seu corpo todo. Lembro-me ainda hoje de cada centímetro. Cada beijo fora da boca, cada lambida dedicada ao seu pescoço ou a sua orelha. Cada palavra que sussurrei em seu ouvido ou apenas pequenas insinuações de gemidos. Corpos se tocando, fazendo pressão um no outro. Aquela pressão que faz percorrer um maravilhoso arrepio até a nuca.

Queria mais, queria muito mais, mas, não tínhamos o que fazer.

Amassamo-nos por muito tempo, não sei dizer ao certo, talvez minutos, talvez 1 hora. Paramos, nos olhamos, sorrimos... Eu me recompus e ela fez o mesmo.

Saímos do banheiro como se nada ali estivesse errado, como se não houvesse nada de estranho, como se tivesse passado apenas 1 ou 2 minutos.

Os rostos ruborizados, a respiração ainda ofegante, o tesão gritando dentro do corpo, eu podia sentir minha calcinha molhada dele... Nos despedimos e passamos anos sem nos ver.

Era quase um ritual pessoal, deitar pra dormir, pensar nela, nas mais variadas situações, me tocar e chamar seu nome. Sim, sussurrei seu nome por longas noites, em meio a suor, tesão e saudade. Até que anos, longos 7 anos depois, nos encontramos novamente...

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