A TRAIDORA

Um conto erótico de DIRETOR
Categoria: Heterossexual
Contém 1770 palavras
Data: 16/12/2011 10:55:48
Assuntos: Heterossexual, Sexo

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Quando tinha 22 anos, me casei com Rogério. Eu o amava demais, desde a adolescência quando namorávamos no pátio da escola ou atrás da venda do meu pai. E foi por essa época que tudo começou:

Rogério tirou minha virgindade quando eu tinha 16 anos, na sala de minha casa enquanto meus pais dormiam. Correu tudo muito bem, obtive prazer intenso com a coisa toda e passamos a manter relações sempre que podíamos. Eu era completamente apaixonada!

Meu problema começou cerca de um ano depois, aproximadamente, quando conheci Alberto em uma festa Junina. Na verdade, já o conhecia, mas nunca tinha trocado com ele mais do que algumas palavras. Ele era uns 5 anos mais velho, sem grandes atrativos, não era alto ou musculoso. Mas era safado! Sempre me olhava com desejo descarado. Sabia muito bem da minha relação com Rogério, mas vivia me lançando olhares devoradores que me desconcertavam. Naquela noite de festa, tive uma pequena discussão com Rogério, porque ele já estava bastante alto e não parava de beber. Foi a deixa para Alberto.

Emburrada, disse a Rogério que ia embora para casa e me afastei do grupo que comia espetinhos de carne e tomava cerveja, dirigindo-me à entrada do ginásio onde se desenrolava a festa. Nem bem eu saí pelo portão, dei de cara com um sorridente Alberto.

- Posso acompanhá-la? – Perguntou de mãos nos bolsos e ar de menino bonzinho.

Aquiesci. Em parte, por raiva de Rogério por não preferir ficar comigo, em parte por curiosidade. Afinal, toda mulher gosta de saber-se atraente.

Subimos pela rua, dobramos à esquerda, depois à direita, uma rua pequena e escura que servia de excelente atalho até minha casa. Tão logo ficamos distantes dos olhares alheios, Alberto segurou em minha cintura, me puxou contra si e encostou-me na parede de uma casa.

- O que é isso? – Tentei protestar, olhando diretamente em seus olhos.

- Calma! Eu só quero conversar com você. – Disse ele, com uma voz calma, pausada e cheia de malícia.

Fiquei alguns segundos indecisa, sem saber como reagir e foi tempo o bastante para que a coisa toda acontecesse: Eu olhava sem ação para aqueles olhos, sentia os braços fortes me puxando contra ele, ouvindo as palavras quentes que ele pronunciava lentamente e que iam penetrando em minha mente, propagando seu calor por todo meu corpo.

- Eu sei que você ama seu namorado. Isso não tem nada a haver com amor. – Dizia ele, enquanto eu sentia suas mão me segurando com firmeza, mantendo seu corpo quente me prensando contra a parede, seu rosto bem próximo ao meu. – Eu só quero ter você, preciso ter você.

Sei que eu devia ter gritado, esbofeteado, chutado e saído correndo. Afinal, ele agia como um completo cafajeste, totalmente desrespeitoso e eu tinha um namorado. Mas não consegui. Na verdade, para ser bem sincera, essa idéia nem me passou pela cabeça. Aquela situação inesperada me excitava demais, o modo como o canalha me segurava e o modo como agia, me deixavam completamente entregue.

Alberto, percebendo minha falta de reação, sentiu-se ainda mais livre para agir. Descendo uma das mãos pela lateral do meu corpo, segurou em meu quadril e apertou seu corpo ainda mais contra o meu na altura da cintura, me fazendo sentir o volume rijo sob suas calças. Estava muito duro.

Assustada, coloquei as mãos em seus ombros e empurrei para me afastar. Para minha surpresa, ele não resistiu muito, afrouxou seu abraço permitindo um ligeiro afastamento, mas sem me soltar.

- Eu não quero nada a força, delícia. – Disse com aquele tom de voz que penetrava por meus ouvidos e me descia até minha virilha, deixando minha calçinha ensopada. - Quero que você goste, que você queira, que você me dê.

- Eu... eu.. não posso. – Tentei dizer, mas minha voz saiu rouca e extremamente sensual, mais convidando que protestando. Era como se meu corpo todo conspirasse contra mim.

Alberto, ainda segurando em minha cintura com uma das mãos, com a outra abriu a braguilha da calça lentamente, sem pressa, dando-me todo o tempo do mundo para reagir e tirou seu pau para fora. Olhei.

Era um falo grosso, cabeçudo, que pulsava muito duro com suas veias saltadas. Se até aquele momento eu pensava em resistir, não mais! A visão daquela pica enrijecida diante de mim fez com que eu só pensasse em como seria a sensação de senti-la. Então, fechei os olhos.

Culpa! Era só o que sentia mais tarde, deitada em minha cama, o travesseiro regado de lágrimas. Minha mãe, sentada à cabeceira, tentava me consolar dizendo que brigas de namorados são coisas comuns e corriqueiras, que eu não devia deixar isso me afetar tanto, que logo estaria tudo bem novamente. Claro, ela não compreendia minha culpa, atribuindo-a à minha discussão com Rogério, ignorando totalmente que o que eu sentia era culpa. Culpa, não apenas por ter estado com outro, mas por ter gostado e gostado muito!

Quando fiquei sozinha no escuro do meu quarto, as imagens e sensações voltavam para me assombrar: A mão de Alberto entrando por debaixo de meu vestido, minha perna esquerda erguendo-se quase por vontade própria para facilitar seu acesso, seus dedos experientes e grossos acariciando minha vulva por cima do pano da calçinha já ensopada, depois afastando o tecido para o lado e tocando a carne, ao mesmo tempo em que encostava a glande daquele falo duro, lambuzando-a em mim. A respiração de Alberto em meu ouvido, ofegante de desejo, sua mão esquerda na minha cintura, a outra ajeitando seu instrumento sem pressa alguma, tornando-me completamente conivente, completamente cúmplice, aumentava a sensação de desesperado desejo de ser penetrada. Depois, o sentimento daquela rola grossa vagarosamente se encaixando, explorando, abrindo até tocar o fundo, as bombeadas de foda que me deu, lentas e firmes, meu orgasmo alucinante.

Culpa! Imensa culpa! Mas além da culpa, outra sensação persistia. Lembrei de como voltei para casa correndo sozinha, assim que Alberto se retirou de dentro de mim sem sequer ter me dado um beijo, a sensação da calçinha quente e tão ensopada de fluidos, que esses escorriam por minhas coxas. Ali, deitada sozinha em meu quarto e apesar de toda a culpa, comecei a me masturbar.

No dia seguinte, Rogério me procurou. Estava muito bonzinho e pedindo mil desculpas. A princípio, pensei em contar tudo a ele, mas não contei. Também temia que Alberto desse com a língua nos dentes ou que alguém nos tivesse visto. Mas não. O tempo foi passando e nada acontecia, tudo continuava do mesmo jeito. Eu sentia remorso por ter traído meu amado, mas ao mesmo tempo aquilo tudo me excitava muito, como se o sentimento de culpa ampliasse ainda mais meu desejo. Eu não queria ser assim, mas não podia evitar.

Levou um mês para que Alberto aparecesse novamente. Ele me encontrou na rua, me cumprimentou com frieza e me entregou um papel onde estava escrito: Olaria em meia hora. Depois, seguiu seu caminho sem dizer nada. Joguei fora o papel e fui para casa. Entrei no meu quarto e olhei no espelho. Senti vergonha de mim mesma, pensei em Rogério, no quanto eu o amava, em tudo o que ele significava para mim, em como eu estava errada, que não podia mais ser assim. Joguei-me sobre a cama, levantei-me novamente, fui até a cozinha, voltei ao quarto e, em menos de quinze minutos estava saindo em direção à olaria.

Era uma velha olaria abandonada, nada exceto uma casa velha sem teto e um forno de tijolos, que ficava em um local um pouco afastado, de onde ouvia-se os barulhos da cidade ao longe. Durante um tempo, era usada pelas crianças como local para brincar. Depois, alguém se machucou em uma tábua solta, os pais proibiram e o lugar ficou meio esquecido.

Não havia porta na casa. Entrei, mas não havia ninguém. Chamei uma ou duas vezes, sem resposta, então me sentei em uma pilha de tijolos e esperei. Através do teto inexistente, podia ver algumas pequenas nuvens que escorregavam pelo céu azul, impulsionadas lentamente por um vento que eu não sentia.

- Assim que eu gosto! Boazinha esperando por mim.

A voz tirou-me de minha divagação. Alberto entrara pela porta e aproximava-se, o mesmo sorriso jocoso, o mesmo olhar devorador, o mesmo tom humilhantemente calmo, pausado e arrogante. Imediatamente, senti um frio em minha espinha e um calor entre minhas pernas.

Ele parou diante de mim, ficou me olhando um tempo, depois disse:

- Eu quero um beijo.

Lembrei que, na outra noite não havíamos sequer nos beijado e comecei a levantar, mas Alberto pousou a mão em meu ombro, mantendo-me onde estava. Olhei para ele sem compreender, mas suas mãos dirigiram-se para a fivela de seu cinto, bastante elucidativas.

- Não sou seu namorado. – Disse ele, como se explicasse a uma criança uma coisa totalmente óbvia. – E não quero ser. Não quero saber dos seus planos futuros, nem falar dos meus, nem quero passear de mãos dadas com você pela praça da cidade.

Ao terminar a última frase, sua calça já estava arriada, o volume sob a cueca branca bem diante de meu rosto. Ele colocou as mãos na cintura e esperou.

“Grosseiro arrogante”. Pensei. “O que esse cara está pensando? Por que acha que pode me tratar desse jeito?” E, ao mesmo tempo em que pensava tudo isso, vi que minhas mãos abaixavam a cueca dele, libertando seu cacete ainda meio mole, bem diante de meu rosto. Senti o cheiro do pau, encostei meu rosto sentindo a pele macia, depois o beijei. Sem colocar as mãos nele, fui lambendo em toda extensão até chegar à cabeça, enfiando-o todo na boca. Alberto gemeu alto. Não levou um minuto para que aquele monumento ao prazer estivesse totalmente rijo, apontando para o céu.

Segurando-o com delicadeza, mantive-o em direção à minha boca, trabalhando com afinco enquanto Alberto me dizia o que queria, como queria, me ensinando técnicas que eu desconhecia até então.

Eu masturbava-o com uma mão ao mesmo tempo em que ele segurava em minha nuca e me ajudava a colocar o pau fundo na boca, depois tirar e enfiar novamente, minha língua o tempo todo agitando-se, acariciando, estimulando. Quando ele percebeu que ia gozar, enfiou o pau até minha garganta e senti o líquido quente jorrando em jatos intermitentes.

- Engole tudo, piranha!

Continuei beijando e lambendo cada gota, como se fosse mel, percebendo que minha outra mão acariciava meu clitóris deliciosamente melado.

Alberto, então, afastou-se um pouco, ergueu a calça e ficou observando enquanto eu me masturbava. Fechei os olhos ao sentir um orgasmo poderoso me atingir como uma sucessão de raios atravessando meu corpo.

Quando abri os olhos novamente, ele já não estava mais lá.

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