O JUDOCA

Um conto erótico de Romantico
Categoria: Homossexual
Contém 1554 palavras
Data: 17/12/2011 04:43:42
Assuntos: Homossexual, Gay

Eu nunca fui muito fã de esportes , mas chega uma hora aonde precisamos de alguma atividade para sair da ociosidade.

Eu resolvi fazer uma luta , sempre quis fazer algum tipo de defesa pessoal , algo que ajudasse a adquirir mais confiança e resolvi ingressar na academia de artes marciais do meu bairro.

Quando cheguei no primeiro dia de aula , eu fiz minha matrícula e consegui o último horário , eram poucos alunos neste horário e eu me animei por ser uma turma pequena e de iniciantes.

No primeiro dia de aula foi bem legal , conheci os outros três alunos e nos enturmamos e ficamos batendo papo enquanto o instrutor não chegava.

Quando ele entrou eu não prestei muita atenção , pois estava guardando o celular na mochila , mas quando o vi , sabe aquela coisa do tipo “o mundo para” , foi exatamente esta sensação que eu tive. O cara é tudo de bom e mais um pouco , começando pelo rosto perfeito , aquele tipo de rosto de ator americano gato , cabelo corte asa delta , cabelo liso , um sorriso lindo , aqueles olhos negros e a pele clara , 1,80 e o corpo atlético que o kimono somente realçava.

Ele entrou , procurou conhecer cada aluno , perguntou o nome de cada um e foi super atencioso.

Eu não conseguia me concentrar muito perto dele , ele mexia realmente comigo e na academia todas as garotas deliravam por ele , porém , em suas lindas e fortes mãos , havia um detalhe , o cara era noivo.

A Noiva dele esteve umas duas vezes na academia , realmente era linda , simpática , aquele tipo de garota mignonzinha , toda paty , era a noiva dele. Enfim ... um gato daquele solteiro seria um milagre.

Eu me esforçava pra agradar o professor , rolaram diversas oportunidades de ficar conversando com ele depois da aula , obviamente que eu sempre me continha pra não dar na pinta. Rolava um bom entrosamento entre nós e ele sempre mantendo a distancia pra não perder o vinculo de professor e aluno , mas ao mesmo tempo ele sabia me fazer sentir avontade.

Nossos papos sempre foram relacionados a questões sociais e humanas , ele inclusive me convidou para conhecer um orfanato no qual ele trabalha como voluntário e eu também integrei ao grupo no serviço social , eu organizava alguns eventos e jogos recreativos , eu já possuía várias formações em artes plásticas e música e ensinava pintura e teclado para as crianças.

Depois que começamos a trabalhar juntos nesse projeto , nossa amizade se fortaleceu ainda mais , ele começou a se abrir mais para mim e volta e meia me contava sobre os problemas no relacionamento , as brigas com a noiva que não concordava muito com o fato de ele se dedicar a causas comunitárias.

Ele tem berço , o pai é dono de uma grande empresa , ele tem uma herança e o esporte é um hobbie que ele se dedica por gostar e não por dinheiro, inclusive na própria academia em que eu comecei com ele há uma parte social que ele também atua e ele revertia boa parte do dinheiro que ele recebia dos pagantes para custear kimonos dos alunos sem recursos.

Ele realmente é um cara admirável , com 23 anos e com uma maturidade tão além.

Pelo fato de estarmos juntos no orfanato ele esticava um pouco o tempo e me dava aulas lá mesmo e um dia que marcou muito foi quando nós ajudamos a cuidar das crianças na faixa de um a três anos , ele se enrolou um pouco na hora de segurar os bebês menores , eu o ajudei , mas o mais lindo foi quando ele sentiu firmeza e conseguiu segurar o bebê e engraçado que o garotinho que estava agitado ficou tranquilinho no colo dele , eu comentei que ele tinha o maior jeito de paizão , ele deu aquele sorriso de leve , mas a forma que ele olhava pro bebê , aquele jeito de pai , nossa , eu fiquei me questionando , a noiva dele não imagina o homem maravilhoso que tem do lado.

Alguns dias depois eu percebi que ele estava um pouco calado , eu fui sondando de forma bem sutil , afinal , não queria ser tão intrometido , apesar da nossa amizade eu senti que era algo mais sério.

Soube que o noivado deles tinha acabado , eu não vou negar que vibrei com a idéia , apesar de o realismo me dar aquele “alou , acorda” como um cara daqueles iria olhar para mim de outra forma que não fosse amizade.

Eu me aproximei e ele não reagiu mau , ao contrário , comentou comigo o ocorrido , senti o pesar , afinal , um noivado antecede um passo mais sério e para um relacionamento que estava nesse nível terminar sem deixar resquícios e mágoas era impossível. Mas ele contou que de uns tempos para cá as coisas entre eles não eram mais as mesmas e as brigas constantes , a divergência de opiniões e ideais , enfim , a afinidade , a química havia acabado.

Eu me mantive ao lado como um bom amigo, apesar de ter um sentimento por ele , eu sabia a minha posição e mesmo enquanto só amigo eu me sentia bem por tê-lo por perto.

Sem as amarras do compromisso , nós começamos a sair mais , íamos muito a festas , jogar sinuca e coisas do tipo , ele me apresentou aos amigos dele , uma galera muito legal , sempre rolava uma zoação do tipo “ o casalzinho” porque nós sempre andávamos juntos e ele não esquentava , eu procurava sempre levar na esportiva também e a galera era tranqüila , ele não saia com quase nenhuma garota , ficávamos juntos quase o tempo todo , mas só na amizade e sem nenhuma insinuação.

No finalzinho do ano , um dos projetos que fazíamos parte nos convidou para monitorar as crianças junto com uma equipe para um sítio no final de semana.

Nós fomos juntos no ônibus e fomos fazendo aquela zoeira saudável no ônibus junto com a garotada. Chegando lá , nós curtimos o dia junto co as crianças , piscina , churrasco, aquelas comidas de sítio , foi realmente um dia bem proveitoso.

No final do dia todas as crianças estavam bem cansadas e dormiram cedo , eu fiquei responsável por colocar os menores para dormir , fiquei lendo um livro pro mais espoletinha que mesmo cansado não se rendia ao sono , mas depois da leitura ele desabou no sono , quando saí do alojamento das crianças eu vi que ele estava sentado na escada me olhando .

Ele me disse que achava super bacana a forma com que eu interagia com as crianças. Senti que naquele momento algo inexplicável estava rolando entre nós , eu temi estar confundindo as coisas , ele me chamou para um passeio pelo sítio , fomos andando até uns bancos que beiravam uma pequena quadra de futebol .

Ele me contou sobre a infância , sobre as travessuras dele , me mostrou uma cicatriz no cotovelo resultado de um tombo do cercado dos bois que ele foi pentelhar na fazenda dos avós e que por sorte não se acidentou feio.

Nós curtimos aquele momento nostálgico e eu contei de algumas coisas da minha vida também ... sem que percebêssemos rolou algo diferente , ele estava sentado no banco e eu deitado no colo dele , já eram quase duas horas da manhã e nós estavamos ali , depois de muito rir e lembrar de nossas infâncias , nós ficamos algum tempo em silencio , não senti nenhum constrangimento da parte dele , pelo que estava rolando.

O silencio demorou um tempo até ele quebrar com o convite para o quarto , eu levantei e ele se ajeitou um pouco no banco, baixou a cabeça e ficou pensativo , eu perguntei a ele se poderíamos ir , ele me respondeu com um tom irônico mas ao mesmo tempo atencioso e gentil , ele me perguntou se eu não tinha me tocado do que rolou , eu hesitei um pouco em responder , mas não agüentei , disse que eu era apaixonado por ele e que não agüentava mais aquilo , que apesar de ele ser um amigo maravilhoso o que eu sentia por ele ia além.

Ele não respondeu , simplesmente me olhou , rolou aquela dúvida de quem tomaria alguma inciativa , começamos a rir , sei lá , foi estranho , bobo , ridículo da nossa parte , ele brincou , que coisa gay , eu comecei a rir e nós nos levantamos , volta e meia olhávamos um para o outro e riamos , não sabia mais o que fazer , eu me declarei , ele não disse nada , mas parecia ao mesmo tempo nervoso e tímido , no meio do caminho ele me puxou e me encostou em uma árvore. Ficamos nos entre olhando e aquela coisa da respiração , eu abaixei o rosto e ele levantou meu queixo com aquele jeito sutil me forçando a encará-lo , ele me beijou , me beijou como eu nunca sonhei em ser beijado , aquele momento que parecia ser eterno , depois fomos para o nosso alojamento , lá , nós não conseguimos fazer mais nada além de ficar ali , juntos , abraçados , não dormimos um minuto , apenas ali , calados, abraçados , parecia que a gente se comunicava por pensamento ou coisa do tipo , mas sabe aquele momento em que você não precisa dizer nada , basta estar ali , junto com a pessoa , sentindo o calor do corpo , o cheiro , o toque , o abraço , aquele momento mágico, único e especial.

Daí pra frente só posso dizer que a minha felicidade aumentou e o que nós vivemos hoje juntos é algo que eu acreditava ser possível só em meus sonhos de adolescente romântico e não nessa realidade maravilhosa e linda que vivo hoje em dia.

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Comentários

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Prezado Pb ou prezada

Não sei porque você se incomodou tanto com os meus textos.

Quanto a veracidade dos fatos, o que importa? o que vale é que muitas pessoas se identificam com o ideal dos meus textos de expressar o amor entre dois homens com a face com a qual ele merece ser visto, como um amor tão bonito quanto o de um casal hetero. Desta forma o que vale é que todos os seres humanos desejam ser felizes e meu objetivo e mostrar que esse amor é possivel e muitas vezes as pessoas se reprimem de viver esse amor tão belo e quem sabe lendo um texto aonde elas enxerguem que não é nenhum bicho de sete cabeças até se sintam motivadas! Não sei porque vc se incomodou tanto ... vc disse em outro comentário que é coisa de bichinha noveleira , mas pra deduzir isto no mínimo você leu o texto até o final o que mostra que de alguma forma ele te prendeu , então meu caro, ou minha cara, deixe os outros sonharem e serem felizes!! e seja também, diminua essa amargura do seu coração!!

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Cara, muito bom. Você realmente toca o sentimento. Parabéns.

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Kra eu simplesmente amei mto bem escrito e detalhado maravilhoso ^^

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nossa muito bom. Gosei horrores com esse conto.

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que historia, fiquei com um tesão danado, continua

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