Oi, meu nome é Paulo tenho 28 anos sou médico e faço residência em São Paulo, sou branco, cabelos louros, 1,92 m de altura, olhos verdes e o corpo definido por anos de academia. Sempre me relacionei com mulheres, desde meus 17 anos pegava as minas, e até ganhei a fama de garanhão e comedor, tinha sempre várias ficantes fixas, mas namorada séria nenhuma, gostava mesmo era da farra, e isso ficou melhor quando passei para o vestibular de medicina em Pelotas, minha fama com as mulheres melhorou ainda mais. Entrei na facu e como todo bom universitário, altas farras e orgias, mas me restringia apenas as mulheres. Minha sala tinha 60 pessoas, e era composta de 38 mulheres, 21 homens e Rodrigo, um menino muito bem relacionado na facu, as meninas o adoravam, os professores davam toda credibilidade a ele, e alguns carinha do campus eram doidos pra pegá-lo, ele era gay assumido, porém ele era diferente de todos os gays já visto, ele agia como homem sempre, como ele mesmo diz: “sou homem como qualquer outro porém tenho atração por outro homem nada à mais”. Tínhamos um relacionamento restrito apenas acadêmico nunca fomos amigos, chegamos até a fazer um ou outro trabalho em grupo, mas nada de mais. Até o dia que descobri que ele estava defendendo em sua monografia uma plataforma de pesquisa para o Mal de Parkinson, e que ele faria residência para neurocirurgia, sabia que ele era capaz disso, mas mesmo assim fiquei admirado com a sua determinação.
Nós nos formamos e cada um tomou seu rumo, logo fui procurar um hospital para completar minha especialização, e consegui uma vaga num renomado hospital de São Paulo, e fui para o meu primeiro dia de residência, e para a minha surpresa, encontro Rodrigo, ele logo me reconheceu fez um aceno com a mão e eu o retribui, o chefe do hospital, apresentou nossas funções, e ao corpo médico da casa. Com 6 meses meu relacionamento com Rodrigo foi ficando cada vez mais estreito, sempre falava com ele, ele me tirava dúvidas, me ajudava bastante, pois ele sempre foi muito aplicado e logo no hospital perceberam isso e deram um jeito de transformá-lo em monitor dos residentes, minha admiração por ele só aumentava, e sabia que queria ser como ele. Mais 8 meses se passaram e Rodrigo era o residente mais cobiçado (profissonalmente) do hospital, tanto por funcionários do hospital quanto pacientes, ele se tornará, melhor que muitos atendentes do hospital, e logo apareceu a oferta para ele iniciar sua plataforma de pesquisa para o tratamento do Mal de Parkinson, e Rodrigo veio me contar pessoalmente todo eufórico, fiquei muito feliz por ele, e após esse fato comecei a olhá-lo de forma diferente, até que me ofereci para trabalhar com ele em sua pesquisa, ele me aceitou e me acolheu, trabalhamos juntos por 4 meses e percebi o quanto Rodrigo era dedicado, todos os dias revisava as anotações, tentava novas abordagens, e sempre com muita calma, doçura e muita alegria, não sabia o que estava acontecendo comigo mas quando não estava com ele sentia um vazio enorme, até que uma certa vez um médico atendente o convidou para sair e ele aceitou. Fiquei com tanta raiva, ódio, ciúmes, não era para mim ter ficado daquela forma, pois não tínhamos compromisso algum, e até onde sabia eu era exclusivamente hétero. No dia seguinte Rodrigo chegou todo feliz no hospital, e a meninas amigas dele rindo e falando que sabiam de toda sua euforia. Nisso chegou o atendente, mais feliz ainda e cheio de piadinhas (sabe aquela cara de: “trepei a noite toda e quero que o mundo se dane”, pois é essa era a cara do desgraçado). Isso me deu um ódio mortal, que a minha vontade era de quebrar a cara do sujeito. Aquele dia trabalhei muito mal, e no fim do dia Rodrigo tendo me visto pra baixo e agitado, como ele sempre notava e dava atenção as pessoas, me chamou até uma sala e perguntou o que estava acontecendo comigo. Nessa hora minha vontade era de chorar, pois tinha medo de dizer a ele que estava com ciúmes dele, e ele continuo a me questionar sobre o meu comportamento daquele dia, e eu sentado na sua frente e com a cabeça baixa, escorreu uma lágrima em meu rosto, e minha boca quase que involuntariamente balbuciou,
-Quero você para mim.
Quando percebi o que tinha acabado de dizer não acreditei, mas tinha certeza que nunca tinha sido tão verdadeiro o que sentia, meu corpo estremeceu e fiquei ansioso pela sua resposta. E então ele disse:
-Por que você não me disse antes?
Uma euforia tomou conta de mim e parti para beijá-lo, meu corpo, minha carne, pedia ele, e o beijei ferozmente como alguém que precisa de oxigênio quando está se afogando, ele me retribuía com a mesma intensidade ficamos um bom tempo assim, até que ele me disse:
-Aqui não, podem nos pegar. Vamos para meu Ap. lá ficaremos melhor.
Continua...