Aquela frase me balançou. Quando me virei vi Robert com o rosto vermelho de raiva e olhando para Marcio com um ódio incrível. E parecia que o Marcio estava disposto a criar confusão ou provar alguma coisa pra si mesmo. Mesmo percebendo a cara de pouco amigos que Robert fazia, Marcio puxava papo e eu tentava encerrar logo pra acabar com o clima chato que tava rolando, mas Marcio falava sobre assuntos do colégio, até que começou a lembrar do dia que demos um beijo, no dia que fomos ao cinema, até que Robert não aguentou:
- Seu idiota, até quando você vai ficar relembrando histórias com meu namorado?
- Ah, vocês tão namorando? Foi rápido hein Carlos.
Nesse momento Robert se armou todo. Percebendo que poderia rolar uma briga eu puxei Robert pro outro lado e ouvi os risos do Marcio como se tivesse vencido uma guerra. Fomos pra um canto mais reservado e eu fiquei acalmando meu namorado até que resolvemos dançar.
Pra vários colegas de classe apresentei Robert como meu namorado. Percebi várias pessoas felizes por mim e outras com cara de espanto e até nojo, mas nem liguei.
Ficamos rindo e curtindo a música que tava bem legal até que Marcio chegou na pista e começou a dançar perto de nós. Robert percebeu e já começou a ficar vermelho e eu fingindo que nada acontecia. Até que em dado momento Marcio começou a pular e, acredito que propositalmente, passou a mão na minha perna e só parou na minha bunda. Foi o estopim pro Robert:
- Tira a mão dele se não quiser ficar com a cara marcada no dia da sua festa.
- O namoradinho tá nervoso tá? Sabe que ele gosta de mim né, seu inseguro do caralho.
Robert já ia partir pra cima do Marcio, mas graças a ajuda de colegas do colégio o seguramos. Tive que repreendê-lo, pois sabia que Marcio havia bebido:
- Robert, eu te pedi pra não arrumar confusão. Tá vendo que esse trouxa bebeu e você sai do sério assim tão fácil.
- Vai ficar do lado dele Carlos. Quer saber, eu nem devia ter vindo e ele deve tá certo, você deve gostar dele mesmo. Vou embora.
Nem deu tempo de dizer mais nada. Ele saiu como um touro me deixando ali com uma cara de perdido. Marcio saiu da pista e eu fui pro jardim pra tentar digerir o que aconteceu: repreendi Robert sem ele ter culpa de nada. A festa foi passando e eu fiquei ali apenas pensando na minha vida e nas explicações que teria que dar depois dessa maldita festa. Decidi beber uma água e depois ir embora.
Cheguei à cozinha, peguei o copo com água, bebi, e quando ia saindo uma mão me puxa pro interior da casa. Fui levado a um dos quartos e claro que eu sabia quem era né. Só podia ser Marcio. Entramos no quarto, ele fechou a porta e veio me beijando. Ele tentava enfiar a língua na minha boca, mas eu resistia até que o empurrei na cama:
- Você tá louco Marcio? Que porra é essa?
- Eu quero você. Eu já disse que te amo e quero ter você de uma vez por todas.
- Eu tô com o Robert e eu gosto muito dele. Não tô afim de ficar com alguém que não quer nada sério de verdade. Tô cansado de brincar.
- Quem sempre brincou comigo foi você. Enquanto eu dizia que te amava e tentava fazer de tudo pra ficar contigo você fazia o que? Se esquivava toda vez que eu te tocava e me deixava na vontade. Além disso eu nunca ouvi você dizer que me amava. A gente não terminou porque eu não queria ficar com você, e sim porque amo tanto você que eu quero que seja feliz e não te via feliz comigo.
- E o que te fez mudar de ideia agora?
- Eu não consigo imaginar você com aquele idiota do Robert. Ele não te merece. Fica comigo, pelo menos hoje?
- E você acha que eu sou o que? Palhaço, eu nem devia ter vindo nessa festa idiota.
Quando ia saindo do quarto ele me puxou com tanta força que eu caí em seu colo. Ele começou a me beijar novamente e eu tentando empurrá-lo, até que o tesão me dominou. Não dava pra esconder, eu realmente sentia muitas coisas pelo Marcio. Ele foi meu primeiro amor, amor platônico até então. Ele me beijava com uma vontade muito gostosa e eu ia cedendo. Quando dei por mim já estava deitado, com ele em cima de mim beijando meu pescoço. Ficamos só de cueca e ele explorava cada centímetro do meu corpo, me deixando com ainda mais tesão. Nem preciso dizer o quanto meu pau estava duro com toda aquela sensação que tava rolando. Tava tão envolvido que hoje nem consigo dar muitos detalhes dessa noite. Quando dei por mim novamente estava de ladinho esperando sua rola invadir meu cuzinho. E não demorou muito, lembro que doeu bastante, talvez por não ter tido lubrificação, já que não me lembro de nenhum sexo oral entre nós. A camisinha ajudava um pouco já que tinha certo lubrificante, mas a dor foi grande. Quando a dor passou ele me fudeu gostoso de ladinho e depois bombou forte de quatro. Alguns minutos depois, caímos exaustos e gozados na cama.
Acordei no outro dia com Marcio do meu lado morrendo de vergonha, remorso e decepção comigo mesmo. Era um misto de sentimentos que dominavam minha cabeça. Avistei minha roupa, me vesti sem que Marcio acordasse e sai da casa dele torcendo pra que ninguém me visse e deu certo.
Pego meu celular e vejo ligações da minha mãe e do Robert. Ah, o Robert. No meio da rua a culpa ia ficando cada vez maior. Será que deveria contar a verdade? Será que ele me perdoaria? Será que conseguiria continuar namorando com ele, mesmo sabendo que ainda sinto algo bem forte pelo Marcio?
As perguntas iam me dominando até que cheguei em casa. Mas as perguntas só aumentaram quando eu abri a porta e vi
Robert sentado no sofá da minha casa ao lado da minha mãe.
As duas caras de interrogação só me aterrorizavam mais...
Mais uma parte postada. Agradeço mais uma vez os comentários, não colocarei o nome dos que comentam pra não cometer a gafe de esquecer alguém, mas fico muito feliz quando vejo a nota e os escritos bacanas sobre minha história. Como já disse, é uma história real e pretendo termina-la quando chegar à fase que vivo hoje, e no ritmo que tá não deve demorar muito. Os comentários é que me motivam a continuar escrevendo, portanto conto com vces! Obrigado sempre