Recinto de intimidade, o banheiro é o lugar onde as mulheres satisfazem a curiosidade — que todas têm — de ver e comparar seus atributos. Algumas com timidez, outras com desfaçatez, todas olham o que todas mostram. As gregas da antiguidade tinham o gineceu; as alunas de hoje dispõem do banheiro da escola. Foi nesse ambiente que eu, Érika, pus, pela primeira vez, a mão numa boceta. 26 de junho de 2007, boceta de Yara.
Foi também nesse ambiente que, dois anos depois, eu pus, pela primeira vez, a mão na boceta que atiçava minha curiosidade. 26 de junho de 2009, boceta de Juliana.
— Vem comigo? — convidou ela.
Quando entramos no banheiro, uma menina do primário levantou minha saia, olhou, depois levantou a de Juliana. Olhei. A calcinha era rosa.
E foi parar na minha mão.
— Deixa que eu seguro.
Ela tinha o mesmo costume que eu tenho: tirar completamente a calcinha para urinar, o que ela fez arregaçando a saia até a cintura. Então eu vi.
Nenhuma vulva é exatamente igual a outra. As diferenças às vezes saltam aos olhos. As semelhanças também.
— Que bocetão, Juliana! — exclamei.
Ela riu enquanto eu puxava da memória a boceta de Rafaela para compará-la com a que meus olhos viam. Ambas tinham a racha longa e fina, que desaparecia entre as pernas. Ambas tinham grandes lábios rechonchudos e proeminentes que se fechavam sobre as ninfas, escondendo-as quase. Ambas eram macias... macias...
— Tira a mão daí!
— Só mais um pouquinho...
— Deixa pra domingo.
Domingo?
— A gente vai se reunir domingo — disse Micaela por telefone. — Você vem?
Claro que fui.
Joana me esperava do lado de fora do cinema, para que eu lhe pagasse o ingresso.
— Temos outra debutante — disse ela.
Convidada várias vezes para participar, Juliana sempre se esquivava. Mas, como membro da comunidade que o clube mantinha no Orkut, mantinha-se informada das novidades. Ao saber que eu fazia parte do clube, decidira-se.
— Fica perto de mim — pediu ela segurando minha mão enquanto subíamos ao mezanino, como se corresse algum perigo do qual eu poderia livrá-la.
A única coisa de que eu queria livrá-la era da calcinha. Mas isso ela fez sozinha, seguindo o ritual, pouco depois do apagar das luzes.
E começou a sessão. Mariângela, à minha direita, pegou minha mão e colocou-a em contato com sua xoxotinha, a fim de receber o mesmo tratamento que ela dava a Joana. Esta, por sua vez, tinha a mão sob a saia de Micaela. Na extremidade direita da fileira, estava Sabrina; na esquerda, Juliana. Rai não pudera vir.
Assim, em delicadas siriricas, passamos os quinze primeiros minutos do filme. Apenas Juliana não se decidia. Mas eu decidi por ela. Pegando a mão em que ela mantinha a minha, coloquei-a entre minhas coxas. Logo ela movimentou a mão e encontrou meus lábios íntimos, que ela acariciou.
E se encantou.
Muitas mulheres que se masturbam (será que alguma não o faz?), e principalmente quando se masturbam, têm a fantasia de apalpar o sexo de outra. Isso não implica, necessariamente, homossexualidade; pelo menos no sentido estrito do termo. Faz parte da natureza feminina, generosa em toques e carícias. Essa foi a origem do clube.
Tendo dado o passo decisivo, Juliana posicionou melhor a mão. Pressionando levemente o dedo médio em minha rachinha, ela sentiu a textura agradável e a umidade que também encontrei na sua, quando as mãos mudaram de direção. O que ela me negara no banheiro da escola estava agora à minha disposição, entre suas pernas convidativamente escancaradas. Masturbando-a com os conhecimentos adquiridos nos últimos dois anos, eu senti sua excitação crescer e seu coração bater forte. E mais forte bateu ao ver Mariângela se posicionar entre as pernas de Joana para chupar sua boceta. Tum-tum-tum. “Eu também quero”, dizia o coração de Juliana. Tum-tum-tum. “Chupa minha boceta.” Tum-tum. “Por favor!”
Não chupei. Não porque não quisesse. Quando eu ensaiava fazê-lo, eis que Mariângela vem entre minhas pernas e ali permanece até o final da sessão. E foram orgasmos múltiplos, orgasmos continuados, orgasmos gostosos, que me fizeram esquecer de tudo e de todas para me concentrar egoisticamente no meu prazerRetirado do livro Érika 13. Veja todos os meus livros, seguindo o link
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