Algum tempo atrás comecei a escrever um conto para este site, no entanto comecei a cansar-me e a ficar sem tempo para acabá-lo, pelo que ficou inacabado. Recentemente, fiquei novamente com vontade de escrever, motivo pelo qual recomeçarei um novo conto.
O conto que irei escrever será do tipo “romance” e não do tipo “erótico” como são grande parte dos contos que aqui se encontram, é ficcionário, isto é, é pura imaginação. Se para algumas pessoas poderá ser interessante, presumo que muitas odiarão devido à escassez de cenas de sexo que terá.
Quando comecei a escrever, reparei que estava a pormenorizar demasiado e apesar de achar que é assim que a escrita ganha qualidade, este é um site que as pessoas gostam de coisas mais objectivas e rápidas, motivo pelo qual comecei a colocar mais discurso indirecto e menos discurso directo ou nunca mais sairia daqui. É bastante provável que achem isto uma seca, devido ao tempo que demoro a desenrolar a acção. Aceitam-se críticas construtivas!
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Trim… trim… trim…
A consciência de Marco despertou e este abriu os olhos, acabava de acordar de um sono que se prolongara durante as últimas 9 horas, uma perda de tempo a seu ver, no entanto algo necessário para que o corpo recuperasse as forças que tinha perdido durante as férias de Verão que tinham, oficialmente, acabado no dia anterior. Eram 7:30, horas de se preparar para ir para o seu primeiro dia de aulas, um dia que tinha ansiado muito, pois seria o primeiro dia do seu ano de formatura.
Marco retirou os lençóis azul carmim, que sua mãe tinha-lhe comprado, de cima do seu corpo e levantou-se. Dirigiu-se à sua mesa-de-cabeceira, de onde retirou um par de boxers e foi para a casa de banho, que se situava junto ao seu quarto, para tomar banho, retirando todo o suor que se tinha acumulado no seu corpo devido aos tantos sonhos e pesadelos que tinha tido durante a noite.
Acabado de tomar banho, Marco vestiu-se e foi tomar o pequeno-almoço, desencontrando-se com os seus pais que já tinha partido para o respectivo trabalho, o pai para a esquadra da polícia, onde era director, e a mãe para o hospital, pois era médica.
Uma vez despachado, preparado para ir para a escola, onde encontraria alguns amigos que não tinha conseguido ver durante o Verão inteiro, saiu de casa e começou e dirigiu-se para a paragem do autocarro. Pelo caminho encontrou a Carla, a sua melhor amiga, que também se dirigia para a escola.
Carla: Olá Marco, que saudades.
Marco: Olá Carla, também tinha saudades tuas.
Carla: Sabes como é, os meus pais sempre que chega as férias escolares de Verão gostam de me levar a viajar, é difícil estar contigo nessa altura.
Marco e Carla eram amigos há apenas 3 anos, no entanto, desde a data que se tinham conhecido, pouco tempo demorou até ficarem grandes amigos, havia poucas coisas que não soubessem um do outro, andavam praticamente sempre juntos, motivo pelo qual eram, muitas das vezes, mencionados como namorados, quer pela família, quer pelos amigos. No entanto, Marco nunca tinha sentido esse tipo de atracção pela Carla, apenas a via como uma boa amiga e confidente.
À medida que iam caminhando, os dois amigos iam partilhando as experiências que tinham acontecido durante as suas férias, Marco gostava de ouvir os vários locais que Carla visitava, pois embora os seus pais também viajassem, muitas dessas vezes eram durante o seu período de aulas, pelo que tinha de ficar em casa para não faltar às aulas.
Após chegarem à paragem do autocarro, entrado nele e chegado à escola, várias palavras foram trocadas com antigos colegas, as mais populares, “tudo bem?”, “como foram as férias?”, entre outras. Marco e Carla dirigiram-se à sala onde teriam a primeira aula do ano, seria química. Junto à porta da sala encontraram o Gonçalo, também um dos melhores amigos de Marco, embora não fosse tão confidente quanto a Carla.
Gonçalo: Olá, então Carla tens de me contar como foram essas férias, eu e o Marco fartámo-nos de ir à praia durante o Verão todo.
Carla: Conto-te mais tarde, já estou um pouco cansada de dizer sempre as mesmas coisas. Mas quem me dera ter estado pelo menos uma semana com vocês, mas sabes como são os meus pais, gostam de viajar e aproveitam até ao último momento.
Marco: Deixa lá Carla, temos o ano lectivo inteiro para matar as saudades. Enfim, já sabem quem vai ser o novo professor? Ouvi dizer que o antigo reformou-se…
Gonçalo: Espero bem que seja um “bacano” e de preferência menos “cota” e que já agora faça testes fáceis.
Carla: Concordo contigo na parte do “bacano” e do “cota”, no entanto os testes do professor eram bem fáceis, não temos a culpa que não estudasses. – disse-lhe apreendendo Gonçalo.
Gonçalo: Não tenho a culpa de não ser tão inteligente como tu e o Marco, nem todos temos a mesma capacidade de captação.
Carla: Por isso mesmo, se não tens a mesma capacidade de captação devias estudar mais – disse-lhe apreendendo-o mais uma vez – não tenho razão Marco?
Marco: Tens sim, acho que o Gonçalo encosta-se demasiado a nós, se agora pudemos ajudar o mesmo poderá não acontecer no futuro quando formos para a faculdade, afinal de contas queremos todos cursos diferentes.
Gonçalo: Eu não me encosto a vocês…
Carla: Olhem, olhem, acho que é o professor que aí vem, espero bem que seja este…
Marco e Gonçalo também olharam para o fundo do corredor que conduzia à porta da sala onde eles se encontravam, a andar nele estava um homem que deveria ter por volta de 25 anos, ele tinha os cabelos castanhos-claros, olhos verdes, ombros largos e devia medir 1.79m.