Boa Noite ... Então ... este conto não acho que não servem para aqueles curtem algo sexual. É um romance, uma história de amor e aprendizado com pitadas de romance gay. É bom relaxarmos e curtimos uma leitura leve. Para entender melhor a história basta clicar no meu nick que está acima e poderá conferir as primeiras partes. Por favor, comentem lá em baixo e dê sua nota aqui em cima. A participação de vocês é essêncial para mim.
— Não, calma. — respondeu o Dr. Maurício me deixando mais tranquilo. — Pelo amor de Deus. — murmurou para si mesmo. — É que eu, eu gostaria de saber, se você aceitaria sair comigo? —perguntou, ficando vermelho.
— Claro. — respondi, quase que em um sussurrossa foi a única resposta que eu encontrei.
Depois do susto, conversamos mais um pouco e trocamos telefone, então, segui para a minha casa. A primeira coisa que eu fiz foi deitar na minha cama. Fiquei atravessado com a cabeça em direção à porta.
— Posso entrar? — perguntou Paulo.
— Desde quando você precisa de permissão?
— A partir do momento em que você virou herói!— ele exclamou, pulando em cima de mim.
— Idiota. — urrei de dor. — Você não cresce, né? — indaguei o empurrando e ficando em silêncio. — Ei, Paulo.
— Oi.
— Eu te amo. — me declarei.
— Eu sei disso. Você é obrigado a me amar. — brincou Paulo, levando um chute nas partes baixas. Cortesia do meu pé direito.
— Estou falando sério, idiota. Apesar de tudo, você sempre me ajudou e defendeu. — recordei de todas as vezes que o Paulo foi meu herói.
— Só maninho, que agora você tá crescido e não precisa do seu irmão mais velho.
— Preciso sim. — protestei. — Sabe, com o caso dessa moça, pensei como a vida é curta. Temos que aproveitar os momentos com aquelas pessoas que nós amamos. — olhei para o Paulo e sorrimos, aquilo significava apenas uma coisa.
— Priscila! — nós gritamos juntos.
— Olha só. — minha irmã soltou ao nos ver deitados na cama. — Festinha particular? Esqueceram de mim? — ela questionou, pulando em cima de nós.
Realmente, eu tinha uma ligação de amor eterno com meus irmãos. Não de amor carnal, entende, mas o amor em sua fase mais pura e cristalina. Creio que se nós não fossemos irmãos de sangue, seríamos amigos. Eu não ia descansar até encontrar os dois.
No último Natal, a minha mãe me deu de presente uma caixa de DVD's, que mostravam nossa infância e adolescência. Nós sempre fomos carinhosos uns com os outros, chegando até a deixar algumas pessoas encabuladas.
Vez ou outra, assistíamos os DVD's. Pense em uma zoação sem fim. O Paulo sempre teve as orelhas salientes. A Priscila foi gordinha. Eu tive problemas com espinhas na adolescência. Você pode imaginar os apelidos, né? Mas, tudo com carinho e respeito (juro).
Para a minha surpresa, o Dr. Maurício me ligou no mesmo dia. Combinamos de assistir uma sessão de cinema no final de semana. Não sou o tipo de cara das redes sociais, mas abri uma conta no Facebook para stalkear o meu date.
Natural de São Paulo. Formando no último ano. Quase nenhuma foto pessoal. A maioria das postagens eram sobre medicina. Ok, talvez essa espionagem tenha fracassado. Fiquei admirando a foto do perfil dele, a única disponível.
No dia do encontro demorei horrores para escolher uma roupa. Meu irmão, que vivia mais no meu quarto do que no dele, tentou me ajudar. Digamos que o Paulo era meu estilista profissional. Quando se tratava de enrolação, ele era medalhista, porque pegava a menina que queria.
— Não dá muita trela não — aconselhou Paulo, olhando com desdém para algumas roupas minhas. — Faz o misterioso, estilo: James Bond
— Hum rum. Ok, Paulo, vou aceitar dicas suas de relacionamento. — respondi de forma irônica. — Vejamos o seu namoro mais longo foi. — parei e coloquei a mão no queixo. —, deixa eu ver. — mais uma pose dramática. — Ah, é mesmo você nunca namorou. Seu periguete. — joguei uma camiseta em cima dele.
Sou pontual. Cheguei no horário combinado. Queria causar uma boa impressão. Por causa do clima frio, escolhi uma camisa branca com os dizeres: "Not Today Satan", uma jaqueta jeans rajada, calça jeans e tênis preto. Eu estava decente. Talvez, o Maurício não saísse correndo quando me encontrasse.
Finalmente, o momento que eu esperava. De longe, consegui identificar o Maurício. Meu Deus. Que gato. O que será que ele viu em mim? Maurício usava um suéter preto com uma camisa social por baixo (deixando apenas a gola para fora), calça social preta e sapatos sociais. Como alguém pode ficar gato de suéter?
Demos um aperto de mão diferente para os padrões. Depois de um bate-papo amistoso, seguimos para a sala de cinema. Compramos pipoca doce e dividimos um refrigerante. Parecíamos dois adolescentes, até que ele tomou coragem e pegou na minha mão.
Resolvemos jantar e prolongar a noite maravilhosa. O Maurício era inteligente, gato e super descolado. Ele me deixou em casa e demos nosso primeiro beijo. Foi mágico. Saímos outras vezes para nos conhecer.
— Você gostou do filme? — ele perguntou.
— Sim, Dr. Maurício.
— Ei. Estamos fora do hospital. Pode me chamar de Maurício.
As coisas foram acontecendo de maneira natural. A minha química com o Dr. Maurício, quer dizer, com o Maurício, era surpreendente. Com um mês, nós decidimos ficar juntos. Não rolou um pedido de namoro, como eu expliquei, o nosso relacionamento fluiu de forma orgânica.
Em casa, os dias que se passaram foram de adaptação. Havia uma nova integrante na família, a Luciana. Ela era uma pessoa simples, doce e muito quieta. Eu sabia que por dentro, a Luciana ainda estava em pedaços.
Passar o que ela passou, sem a ajuda de ninguém, não deve ter sido fácil, mas graças a Deus minha família maravilhosa estava ajudando nessa recuperação.
— Oi, com licença? — disse Luciana, batendo a porta, mas esperando uma resposta minha.
— Oi, Lu. Entra. — falei, deixando o livro de lado e dando atenção para a Luciana.
— Está muito ocupado? — ela perguntou, ficando parada ao meu lado.
— Luciana. Você já está morando conosco há quase um mês aqui. Já é de casa. Pode deitar aqui ao meu lado. — pedi, batendo na minha cama.
— Pedro. Eu preciso dar um rumo na minha vida. Vou arrumar um emprego. — Luciana contou. — Sei que tenho pouca experiência, mas sou jovem, tenho 20 anos. Que tipo de emprego acha que eu conseguiria?
— Lu. Se você quiser posso falar com meus pais. Eles sempre precisam de ajuda na fábrica.
— Pedro? O teu celular tá vibrando.
— Alô, Maurício? — falei com um sorriso bobo no rosto. — Oi. Claro que gostei, sempre é bom sair com você, mas você tá me devendo uma revanche no futebol de sabão. Eu deixei você ganhar. Claro. Está marcado. — desligando o celular.
— Vocês ainda estão saindo? — quis saber Luciana.
— Eu...
— É Luciana. — Paulo me cortou, entrando no quarto. — Ele está de namoradinho novo. Eu preciso falar sério com esse doutor. — Paulo disse em tom de ameaça, antes de deitar ao meu lado.
— Aff. Paulo vai arrumar uma namorada pra você também. — retruquei, deixando ele deitar no meu ombro.
— Eu estou namorando — disse, batendo na minha testa.
— Ficar com periguete não é namoro, ok. Priscila vem aqui no meu quarto!!! — gritei. — Desculpa Luciana, mais cedo ou tarde, você iria descobrir que a família que te acolheu é de loucos.
Minha irmã entrou no quarto e se jogou em cima de Paulo. Parecíamos crianças ali. Na verdade, o que eu amo na minha família é essa cumplicidade, não há maldade. Eu acariciava o cabelo do meu irmão e sabia que não seria discriminado, pois era algo genuíno.
Foi a primeira vez que eu vi a Luciana sorrir e era legal inclui-la nesses momentos. Eu sentia um carinho muito grande por aquela menina. Passamos a madrugada conversando, brincando com jogos de cartas e decidimos fazer um lanche.
Nesse dia, descobrimos uma das muitas qualidades da Lu. Ela era uma ótima cozinheira e seus pratos sempre tinham um toque chic.
Acordei de manhã com o braço da Priscila no meu rosto e o pé do Paulo em cima da minha barriga. A Luciana estava deitada no sofá. Quando olhei para o relógio me desesperei, eram 13h. E eu havia combinado com o Mauricio que iríamos almoçar juntos.
Corri até meu quarto e peguei meu celular. 14 chamadas não atendidas. Retornei a ligação, mas estava na caixa postal. Decidi tomar meu banho e ir ao encontro dele. Ao chegar no hospital o vejo comendo sozinho no refeitório.
— Tem lugar para mais um nessa mesa? — perguntei.
— Sempre. Pode sentar. — ele disse, puxando uma cadeira.
— Desculpa. — lamentei. — Eu perdi a hora. Estava com meus irmãos e a Luciana. Acabei...
— E como a Luciana está? — ele perguntou.
— Bem, a cada dia me impressiono mais com essa garota. — comentei, sentando ao lado dele.
— Tem certeza que você é gay? — Maurício indagou, ficando vermelho.
— 100% gay e 200% na sua. — respondi, meio que sem pensar e me arrependendo, porque ficou mais dramático do que imaginei.
— Eu terminei o almoço. Gostaria de ir para um lugar mais tranquilo? — Maurício sugeriu com uma expressão séria.
O Maurício me pegou pela mão e me levou para um enorme corredor, que ficava em uma ala afastada do hospital. Meu coração batia mais forte que um tambor, acelerado e ritmado. Confesso que quando se trata de relações íntimas eu sou uma lesma.
Chegamos em um quarto vazio. Ele trancou a porta e me deu um beijo de tirar o fôlego. Ficamos na pegação por uns 20 minutos. Eu me senti em "Grey 's Anatomy". Cara, transei no quarto de um hospital e com um médico gostoso.
Eu estava meio tenso, acho que foi o primeiro lugar estranho que transei na vida. A excitação do proibido, misturado com o desejo pelo Maurício me fez ter um orgasmo maravilhoso. Deitamos, um ao lado do outro, suados e cansados.
— Foi bom para você? — ele perguntou, enquanto eu me abraçava.
— Maravilhoso. — respondi, totalmente sem fôlego.
— Agora vem a parte mais difícil.
— Qual? — perguntei, olhando para ele e evitando beijá-lo, porque nossos rostos estavam próximos.
— Conhecer as famílias. — Maurício explicou, me abraçando.
— Mas você meio que conhece todos da minha família. — o avisei, acariciando o peito dele.
— É. Eles conhecem o "Dr. Maurício". — fazendo aspas com os dedos. — E não sou nem Doutor, não tenho doutorado. Mas, estou cansado de corrigir as pessoas. — confessou. — Eles precisam conhecer o Maurício, teu namorado.
— Namorado? — perguntei, o provocando.
— Sim. Eu sei que não pedi, mas dentro do meu coração você é o meu namorado, Pedro.
— Tudo bem. — eu disse, rindo. — Claro, vamos marcar sim. Mas aviso logo a minha família é meio pirada. — salientei.
*Se vocês curtiram, por favor comentem e votem no meu conto e ajudem a divulgar também para amigos e colegas. Agradeço vocês e boa leitura.
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