Vamos lá turma..... seguindo o bonde, Este conto não acho que não servem para aqueles curtem algo sexual. É um romance, uma história de amor e aprendizado com pitadas de romance gay. É bom relaxarmos e curtimos uma leitura leve. Para entender melhor a história basta clicar no meu nick que está acima e poderá conferir as primeiras partes. Por favor, comentem lá em baixo e dê sua nota aqui em cima. A participação de vocês é essêncial para mim.
Acordei com uma ligação do meu namorado. Estávamos completando três meses de namoro. Ele me parabenizou pela colação de grau da faculdade. Finalmente, me livraria daquele lugar e receberia o diploma.
Para celebrar, a mamãe preparou um banquete de café da manhã. Ela estava toda animada com mais um filho se formando. Na mesa, os meus alimentos favoritos como, por exemplo, pão francês, bolo de milho, tapioca com queijo, suco de graviola e pudim de coco.
— Nossa! — exclamei ao ver a mesa posta. — São os meus favoritos. — não resisti e comi uma tapioca.
— Bom dia. — mamãe desejou, antes de me abraçar e beijar meu rosto.
— Olha se não é o mais novo publicitário do pedaço. — falou meu irmão, me abraçando por trás.
— Comportem-se. — repreendeu minha mãe.
— Mãe, por favor! — pediu Paulo. — São os últimos momentos do Pedro bebê. Daqui a pouco, ele é homem feito.
— Eu faço tudo, né? — brinquei, aproveitando o abraço do Paulo. — E agradeça a mim por você desencalhar.
— Essa doeu. — falou Paulo, se afastando e fingindo ser atingido por uma bala .
— Gente, por favor, não esqueçam que a minha colação de grau é nessa quinta-feira. — informei.
Estava ansioso para receber meu canudo e conseguir um emprego decente. Fui até a casa dos pais de Maurício e os convidei para a minha colação. Eles falaram que há tempo não saiam de casa e, por isso, não tinham roupas adequadas.
Pedi para usar o banheiro e os deixei na sala. Tudo bem, eu sei que as pessoas vão falar: "Eu menti". Não queria ir ao banheiro, na realidade, fui ao quarto deles e mexi no guarda-roupa. Pegue um papel e caneta para anotar os tamanhos das roupas dos dois.
Missão cumprida! Me senti o próprio Tom Cruise em "Missão Impossível". Eu espero que eles gostem da surpresa que estou preparando, porque é de coração. Aproveitei para tomar um café e saborear um bolo de fubá.
A conversa estava ótima, mas precisava ir para casa. No estacionamento, lamentavelmente, encontrei o Márcio. Será que ele não faz nada da vida? Que droga. Não vou mentir, o Márcio é um gato. Ele ganhou todos os concursos de beleza da nossa escola, mas era uma pessoa podre por dentro.
— Como você consegue? — ele perguntou, enquanto eu abria a porta do carro.
— Consigo o quê? – indaguei, revirando os olhos e entrando no carro.
— Consegue namorar alguém pobre, que não tem onde cair morto. Alguém que precisa morar de favor. — Márcio disse, apoiando o cotovelo na janela do carro.
— Como você consegue? — rebati, colocando os meus óculos de sol.
— O quê?
— Olhar no espelho todas as manhãs e perceber o monstro que você se tornou — joguei e acelerei o carro, sem perder tempo em ouvir uma tréplica.
Eu precisava fazer alguma coisa. Tirar o Maurício e os pais dele daquela casa tenebrosa. Seria precipitado pedir o Maurício em casamento? Acho que sim. Ok. Sem ideias tão radicais. Mas, o que eu poderia fazer para ajudá-los?
Fui ao centro da cidade fazer umas compras básicas. Depois dei uma passada na faculdade para assinar alguns papéis. Até brinquei com a secretária que estava assinando a minha liberdade.
À tarde fui pegar o meu namorado no trabalho e decidimos fazer um programa diferente. Fomos para um motel. Na entrada, quando paramos o carro para solicitar o carro, o meu coração ficou acelerado.
Escolhemos a suíte "Fundo do Mar". O quarto era bonito. Na parede, havia uma espécie de pintura que simulava um aquário. A cama era em formato de concha. O Maurício não perdeu tempo e partiu para o ataque. Eu perdi a conta de quanto orgamos tivemos.
No dia seguinte, pedimos café no quarto. Aproveitei para ir até o carro para pegar os presentes e convites para a minha formatura. Entrei com as caixas e o Maurício colocou os óculos.
— O que é isso? — ele perguntou, rindo.
— Tá. Primeiro promete que não vai ficar com raiva?
— Claro. — Maurício garantiu, arrumando os óculos. Aquele movimento sempre me deixava mais apaixonado por ele.
— Fui à sua casa hoje para convidar os seus pais para a colação de grau. Eles falaram que não tinham roupas adequadas. Hoje é o meu dia de fada madrinha – respondi, enquanto sentava na cama e entregava as caixas para ele.
— Pedro. — Maurício deixou gentilmente os pacotes na cama e me abraçou. — Eu te amo.
— Eu também te amo. E quero que você e sua família façam parte da minha vida. Mauricio acho que está na hora de vocês saírem daquela casa. — sugeri.
— Estou pensando nessa possibilidade, Pedro. Estou juntando uma grana para comprar um terreno e fazer uma casa. A casa do sonho deles. — revelou Maurício, chorando.
— Eu posso falar com meu pai e....
— Não amor, não conseguiria. O que o Rodolfo vai pensar de mim? Eu dou um jeito. Não se preocupe. — limpando as próprias lágrimas.
— Amor. Para de ser orgulhoso. O papai conhece a família do Márcio. Vai. Cede, apenas dessa vez. — o abracei.
— Vou pensar, amor. — ele disse, me beijando.
***
O dia tão esperado chegou. Tive que ir mais cedo para saber como seria tudo. Eu comecei a ficar preocupado com a demora dos meus familiares e do Maurício. Porém, eles chegam todos juntos. Os pais do meu namorado estavam usando as roupas que eu dei de presente, estavam todos lindos.
Meu paraninfo (padrinho de formatura) foi meu irmão. Eu pedi a ele, pois era como se fosse um ritual de passagem. Na entrada do canudo, o meu irmão me abraçou e levantou, fazendo todos rirem.
— Você é perfeito. — disse Paulo no meu ouvido. — Tenho orgulho de dizer às pessoas que você é meu irmão. E se chorar eu te derrubo desse palco.
Após a cerimônia partimos para o local onde seria realizado um jantar de formatura. Como a nossa turma era pequena, nós decidimos não fazer uma festa gigantesca, apesar de ser o desejo da mamãe.
Durante o jantar aconteceu algo desconfortável, mas que graças a Deus soubemos contornar. Os pais do Maurício não conseguiam usar os talheres. Eles ficavam olhando um para o outro, perdidos. Sorte que o Paulo pensou rápido e os tirou daquela situação.
— Gente. Sabe do que eu sinto falta? — Paulo perguntou, largando o garfo e a faca.
— Do que meu filho? — quis saber mamãe, curiosa.
— De comer com as mãos. — ele olhou para Priscila e eu. — Lembra quando nós éramos crianças e disputávamos quem acabava primeiro?
— Ah, não. Quem sempre ganhava era a Priscila. — protestei.
— Eu topo se vocês toparem. — disse minha irmã, colocando o guardanapo no pescoço.
— Eu quero também. — afirmou Luciana, prendendo os cabelos.
— Vamos pessoal? — Paulo começou a contagem e comemos iguais loucos.
A disputa estava acirrada. Comíamos como desesperados. Até meus pais e os pais do Maurício entraram no jogo. Porém, um fato interessante: o gosto da comida é diferente quando pegamos com as mãos. Aquele frango estava excelente.
Brindamos muito naquela noite. Pela nossas vidas, os relacionamentos e o futuro. Meus pais levaram o seu Francisco e dona Antônia para casa e nós ficamos curtindo a festa.
Era o primeiro evento que eu ia acompanhado do Maurício. Agíamos como um casal. Tá, nós éramos um casal, mas não havia preconceito ali. Tava todo mundo muito bêbado para perceber.
Éramos duas pessoas apaixonadas se divertindo. Eu olhei em volta, o Paulo estava dançando abraçadinho com a Luciana e minha irmã estava se agarrando com um homem aleatório. Juro que era o meu professor de Marketing Digital.
— Eu estou muito feliz. — garanti, dançando com o Maurício.
— Obrigado. Obrigado por fazer parte da minha vida. Eu vi o que você fez pelos meus pais hoje. Já fiquei com pessoas que me esnobaram por eu ter uma família humilde. — ele contou, olhando para mim e sorrindo.
— Sorte a minha. Eu te encontrei. Não vou deixar você fugir. Eu te amo. — eu o beijei. E que beijo.
— Eu aceito. Não posso mais ficar naquela casa. O Márcio sabe sobre nós e fica fazendo piadas, eu não quero quebrar a cara dele. — Maurício disse, me abraçando forte.
— Amor, você não deve descer ao nível dele. Preciso confessar uma coisa. Meus pais levaram os seus para conhecer um apartamento. É um lugar bonito. E tenho certeza que está no teu orçamento. — expliquei.
— O que eu faria sem você? Eu estava perdido antes de te conhecer. Eu te amo. — Maurício se declarou e me beijou. Depois disso, eu não lembro de mais nada.
Dor de cabeça. Eu tentei levantar, mas não conseguia. Abri os olhos e a claridade me cegou por alguns instantes. De repente, escutei um bipe que vai ficando mais forte. Olhei para o lado e o Maurício estava dormindo pelado. O sacudi para que ele desligasse o bipe.
Observei o Maurício desligando o bipe. Cara, como eu fiquei tanto tempo sem ter esse homem na minha vida? Eu queria que aquele momento durasse para sempre, mas o maldito bipe voltou a apitar. O Maurício levantou, vestiu as roupas e saiu correndo para o hospital.
***
Os dois foram passando e, graças a Deus, o Maurício fechou o contrato de um apartamento. Afinal, os seus pais já eram aposentados e o meu namorado ganhava o suficiente para bancar as despesas da casa.
Infelizmente, não contratamos uma equipe de mudança. Fomos o Paulo, Maurício e eu, além do caminhão da empresa do meu pai. Ainda bem que a família do meu namorado não contava com muitos móveis. Quer dizer, tirando centenas de livros.
Estava suado e colocando livros em caixas havia algumas horas. O amor transforma as pessoas, não que eu fosse egoísta, mas o Maurício foi o primeiro namorado que fiz todos os itens habituais.
***
(x) conhecendo as famílias;
(x) formatura;
(x) momentos fofos;
(x) companheirismo;
(x) almoços e jantares na casa do outro;
(x) fazendo a mudança do namorado;
***
Virei uma máquina de embalar livros. Decidi levar uma das caixas para o caminhão e o Márcio me surpreendeu.
— Oi, belezinha. — Márcio chamou a minha atenção. — Então vai levar mesmo os pobretões daqui?
— Márcio, volta para o armário. Caramba andou bebendo, né? Sinto o cheiro de álcool daqui. — afirmei, o deixando sem graça, mas do nada, ele se aproximou e agarrou no meu braço.
— Vem cá. Não acabamos! — gritou Márcio com violência.
— Mas que diabos...
— Escuta aqui, você não vai levar o meu macho embora. Eu mato você. — Márcio me ameaça, antes de socar o meu rosto.
Meu irmão e Maurício ouviram a discussão e correram para ver o que estava acontecendo. Expliquei a situação e meu irmão voou para cima do Márcio, enquanto o Maurício me examinava.
Paulo retribuiu o soco no rosto do Márcio e ele saiu correndo gritando que todos iriam pagar. Fiquei realmente assustado e confuso. "Como assim o Maurício era o macho do Márcio?".
Terminamos de empacotar as coisas e saímos daquela casa maldita. Mauricio e eu, no caminhão que era da empresa do meu pai, já o meu irmão nos seguia no carro.
O apartamento do Maurício não ficava tão distante. Fomos ouvindo uma coleção de rock nacional, que tocava em um programa de rádio local. Repentinamente, um veículo nos cortou. Maurício reconheceu o carro de Márcio. Ele, realmente, estava furioso com a mudança do Maurício.
Fomos perseguidos por muito tempo e meu irmão tentou tirar ele do caminho. Liguei para o Paulo e expliquei de quem era o carro. O meu irmão pediu para não pararmos. Quando estávamos chegando próximo ao apartamento, o louco começou a bater mais forte no caminhão. Tentava desesperadamente nos bater. Eu fiquei nervoso e liguei para a polícia.
Meu irmão se aproximou do carro do Márcio e começou a bater na traseira dele. Ele conseguiu desviar e Paulo perdeu o controle. A caminhonete do meu irmão bateu e capotou várias vezes. No susto, o Maurício tentou dobrar e acabamos virando na rua.
Acordei e estávamos de cabeça para baixo. Pude ver, perfeitamente, o Márcio levantando o vidro do carro e dando um sorriso. Me soltei do cinto de segurança e depois tirei o Maurício. Ele perguntou o que aconteceu, não expliquei, saí do caminhão e vi aquela multidão em volta do carro do Paulo.
Corri em direção ao carro, mas parecia que estava em câmera lenta, vi alguns policiais que já estavam no local. Fiquei chocado com a cena. O Paulo coberto de sangue, tentava sair do carro.
Pedi para ele ter calma e gritei pelo Maurício, que correu para uma ambulância que havia acabado de chegar. Os olhos do meu irmão estavam em pânico. Eu tentava me manter forte, porém, às lágrimas caiam naturalmente.
Os olhos castanhos de Paulo se destacavam em meio ao sangue. Mauricio me tirou do caminho e começou a fazer o atendimento ao meu irmão, ali mesmo, no meio da rua. A polícia nos afastou do carro com medo que pudesse explodir, pois o cheiro de gasolina estava forte.
Paulo tentou me dizer algumas palavras e apontava para o carro. Consegui ouvir: Luciana e o celular.
Fui até o carro e quando cheguei próximo senti um baque. Uma força me jogou longe e um calor tomou a minha face. Cai no chão com o impacto. Vi umas luzes, azuis e vermelhas, se misturando com a escuridão e vozes. Aos poucos perdi os sentidos.
Acordei ofegante. Levantei e estava em uma praia. Era a mesma praia que íamos para passar as férias. Eu não entendi. Lembrava do acidente e da explosão. O que significava isso? Eu estava morto? Eu morri na explosão?
“O que aconteceu? Onde eu estou? Quem é você?”
*Se vocês curtiram, por favor comentem e votem no meu conto e ajudem a divulgar também para amigos e colegas. Agradeço vocês e boa leitura.
Se tiver dúvidas ou comentários podem enviar para o email:
contosaki@hotmail.com