Como é meu primeiro conto, ignorem os erros!
Meu novo quarto estava claro, e brilhante por causa da luz do sol que penetrava janela de vidro e refletindo o brilho na parede verde em todo o quarto. E eu deitado e cansado da viagem que tinha acabado de fazer. Tinha me mudado de Belo Horizonte para o interior da Bahia com minha mãe, porque ela tinha se separado do meu pai e ficou com minha guarda. Também aqui nós tínhamos parentes próximos... Não ia ser difícil. Nada complicado. Meu irmão mais velho ficou com meu pai. Eu sempre gostei mais da minha mãe do que do meu pai, só pelo fato dele ser um pouco agressivo, mas nem por isso eu não tinha um bom relacionamento com ele.
A casa era simples agora. Um pouco pequena, porém como era apenas para minha mãe e eu, aceitei bem, porque eu era um pouco “revoltado” em BH. Melhor dizendo muito. Isso tudo era resultado das brigas dos meus pais. Eu saia á noite para baladas com amigos e só voltava de madrugada, usava um corte de cabelo um pouco assustador, usava lentes vermelhas – para mostrar minha raiva, eu sabia que isso era infantil, mas não dava à mínima, - roupas pretas e essas outras baboseiras. Mas agora voltei a ser eu mesmo. O garoto normal de 16 anos que ia fazer o 2ª ano em um colégio novo. Ótimo.
Estava com medo do colégio. Isso era óbvio quando vi meu rosto pálido no espelho do banheiro. Todo mundo já se conhecia, e eu sou horrível em fazer amizades, nunca tomo atitude. Depois de toda a rotina matinal, peguei minha mochila e dei um beijo na minha mãe.
— Boa aula, filho. – disse ela sorrindo. Minha mãe se chama Sarah, ela sempre foi compreensiva comigo até quando eu estava revoltado. Eu apenas assenti, sorri, e sai. Como era um pouco perto, eu decidir ir andando. Estava frio, mesmo com o sol já brilhando. Liguei meu velho iPod, e caminhei ao som de The Fear – Lily Allen, adoro essa musica. Depois de umas três músicas eu cheguei ao colégio, que não era tão grande como o que eu estudava em BH. Tinha muita gente já... Conversando, pulando de alegria por ver seus amigos. Eu apenas perguntei para um funcionário onde era a sala do 2ª ano e ele apontou para a sala, que tinha uma placa ao lado escrito “2ª Ano”. Eu devia ter corado de vergonha. Porque eu mesmo não procurei?
Sentei em um banco esperando o sinal. Agora tocava um Born This Way, foi ai que eu dei um sorriso e comecei a acompanhar a música. Uma garota tocou meu braço e fez sinal para tirar o fone.
— O sinal já tocou... – e sorriu, ela era linda. Cabelos castanhos claros, olhos um pouco verdes e um sorriso matador. – Prazer meu nome é Mariana. – estendeu a mão.
— Érr, meu nome é Daniel. – segurei sua mão macia. Logo entramos e já tinha começado a nos identificar com várias coisas.
Não precisa nem dizer que eu e Mariana ficamos amigos. Quando eu disse a ela que eu era gay ela disse que nunca desconfiaria se não contasse. Nunca fui de dar pinta nem nada, eu era super de boa. Apesar de escutar Lady Gaga e tal. Nunca tive coragem para contar para minha família só para meus verdadeiros amigos, eu só contei isso para Mariana depois, isso só adiantei um pouco. Na sala tinha meninos bagunceiros, as patricinhas e aquela merda toda de panelinha, que eu odiava. Em BH eram todos juntos. Eu e a minha turma – desse colégio - éramos do grupo que nem bagunçava nem estudava de mais, a gente só estudava na véspera kkk. Alem da Mariana, tinha o Matheus que era bonitinho, mas hétero... Sei disso porque ele é namorado da Mariana. Camila, Bruna e Thiago, que não foi muito com minha cara, tô nem ai.
Um tempo depois...
Estava no meu quarto com Mariana conversando e rindo à toa. Ela tinha trazido o seu notebook com um modem para me mostrar o povo do colégio. Eu não tinha computador, uma coisa que eu nunca que nunca me deu vontade de ter, eu usava internet no meu pobre e velho celular.
— Nossa Dan, olha como esse é lindo! – ela já tinha me posto um apelido, eu não aceitei muito no começo, mas de tanto ela insistir eu acabei deixando. Olhei a foto no facebook do carinha que nem era bonito, eu já estava irritado. Eu queria meu shopping, meu cinema, meu Mcdonalds! Estava dois messes sem eles! Aqui não tinha porra nenhuma. Eu ia morrer.
— Como vocês se divertem aqui nesse fim de mundo? – perguntei um pouco irritado demais.
— Não chame minha cidade de fim de mundo não ein! – disse ela rindo. Eu sorri da cara que ela fez, como se a tivesse ofendido profundamente. — Agente viaja escondido para uma cidade vizinha à uma hora daqui. – disse rindo, claro que eu não acreditei e revirei os olhos e cai na minha cama. Ela sorriu e ficou em cima de mim. — É verdade meu gostoso! Se não acredita, se prepare sábado à tarde e eu te mostro o que agente faz. – Fiquei com medo do desafio, mas aceitei.
Fim da Primeira Parte. Se gostarem, continuo.