A história de nós três - Parte 15

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1595 palavras
Data: 17/01/2012 03:51:16

Então gente... o que é bom dura pouco. Estamos nos momentos finais do conto "A História de Nós Três". Agradeço aos emails de todos. Valeu mesmo.

"Como assim? Você não pode ir.. e...e...e eu?"

Realmente fiquei sem entender o que estava acontecendo com o Phelipe. Se pelo menos alguém o tivesse tratando mal ou magoado ele de alguma forma. Minha mãe ficou responsável de leva-lo para a cidade dele, ficava há umas 3 horas da nossa casa. Tentei de tudo para convencer o meu irmãozinho a ficar, mas nada adiantou. Ele foi embora com a minha mãe.

Aqueles dias seguiram chuvosos. Faltavam poucos dias para a nossa viagem para Argentina. Era uma tarde nublosa típica de São Paulo e eu tive um estalo. Beijei meu amor que estava dormindo ao meu lado e deixei um bilhete. “Volto já. Beijos. Seu noivo”. Chamei a Priscila e expliquei para ela o que estava pretendendo fazer, ela se auto convidou. Fui ao posto de gasolina abasteci o carro e me taquei para a pequena cidade. Precisava descobri o porquê de o meu irmão estar agindo daquela forma.

A cidade era realmente pequena. Eu e a minha irmã estávamos nos guiando pela carta que a mãe dele mandou para o nosso pai... perguntamos de muitas pessoas o endereço. Eu sou muito metropolitano acho que não conseguiria morar no interior. Tudo quieto e sem vida.

Encontramos a casa pequena. Todos estavam olhando para a gente, quando descemos do carro parecia que estávamos num disco voador. Andamos até a pátio e eu bati palma. Alguns pessoas ficaram só de olho na gente. Uma senhora idosa foi nos atender, gentil ela nos convidou para entrar e nos ofereceu um café delicioso.

- Quer dizer que vocês são os irmãos do Phelip?! – perguntou.

- Sim somos. – respondeu a Priscila.

- Mais meu Deus... são tão branquelos. – ela disse rindo.

- É somos sim. – falei segurando o riso.

- Ele lembra muito o nosso outro irmão que era moreno. Totalmente diferente de nós. – explicou a Priscila.

- E.. e onde está o nosso irmão dona Joana?! – perguntei.

- Ele foi jogar bola na rua com os amigos... lá no campão. – ela disse apontando pela janela.

- Eu vou lá... Pri fica aqui com a dona Joana. – falei enquanto me levantava.

O cheirinho de mato molhado realmente é contagiante. Nos transporta, nos remete uma lembrança que nunca vivemos antes. Caminhei até um campo onde alguns garotos jogavam bola. Ao me ver seus olhos ficaram vermelhos e ele correu. Tive que alcança-lo o que não foi fácil.

- O que aconteceu? Nós não te tratamos bem? – perguntei olhando fixamente nos olhos dele.

- Não. – disse ele com a cabeça baixa.

- Olha para mim. Nós meus olhos e diz... agora. – falei apertando minhas mãos nos braços dele.

- Você quer que eu fale... – disse ele chorando. – Eu falo... você só pensa no Paulo... nunca gostou de mim. Acho que a única coisa em mim que te agradou foi que eu lembro ele. Eu não amo o Paulo, não posso amar alguém que eu nunca conheci. Mas eu amo você... você está vivo. E eu te conheci, tentei de tudo para te agradar, me preocupei com você.

- Eu sei... – falei ao sentir uma gota de água no meu rosto e começou a chover.

- Então não tinha espaço para mim. Para você eu era apenas o novo Paulo, eu não era o Phelip. E eu vi como você estava transtornado naquele dia. Eu decidi melhor ficar longe de você. - disse ele gritando por causa da chuva forte.

- Eu amo você realmente fui me apagando em você pelos motivos errados, mas a tua maturidade me conquistou... você é meu irmão. Você é o meu sangue e eu nunca te machucaria. Se cheguei a te magoar te peço perdão.. vim de São Paulo até aqui para te pedir para me dar mais uma chance e pedir para você ser o padrinho do meu casamento.

Phelipe me abraçou chorando e ficamos ali na chuva abraçados.

- Que coisa mais gay. – brinquei passando a mão na cabeça dele.

- Não é gay. É apenas o nosso jeito de amar. Agora vamos ver se você é bom no futebol, como o nosso irmão era. – ele disse jogando a bola no campo.

Nunca brinquei tanto na minha vida. O Phelip me apresentou para todos os amigos dele, falava de mim com orgulho. Valeu a pena aquela fugidinha. O ar do campo me fez um bem imenso. Me senti outro homem ao sair de lá. A avó de Phelip ficou preocupada e ofereceu a casa para passarmos a noite. Fui a drogaria preocupado em ficar gripado próximo a data do meu casamento.

Meu irmão estava diferente também, mais carinhoso e pediu para eu e a Priscila conhecermos a cidade. Nosso passeio durou pouco afinal a cidade era quase um ovo. Tomamos sorvete na pracinha e conhecemos outros parentes do Phelip, um povo acolhedor... que diga a minha irmã que se engraçou para um parente dele. Dormimos tarde. Meu irmão todo tempo preocupado se eu estava me sentindo bem, ou precisa de alguma coisa. Conversamos madrugada adentro.

- Pedro... tá dormindo?!

- Não... você não deixa. - falei rindo.

- Desculpa. - disse ele ficando quieto.

- Fala moleque?!

- Posso deitar ai com você?! - ele perguntou baixo.

- O que?!!

- Posso deitar ai com você?!

- É melhor eu ir para a tua cama... aqui em baixo está quente pra caramba. Não sei como você consegue. - falei me levantando e deitando ao lado dele.

- Pedro... eu sempre pedi a Deus... - ele disse com aos mãos na cabeça.

- O que mano? - Falei colocando apenas uma mão na minha cabeça, por causa da cama pequena.

- Ter irmãos. Você e a Priscila cairam do céu. Vocês são do jeito que eu pedi.

- Você pediu um irmão gay?! - falei fazendo Cócegas nele.

- Não... bobo. Isso veio de bônus... - ele disse rindo. - Um irmão que me ama e não me julga.

- Eu que ganhei de Deus um irmão maduro e cabeça aberta. - falei abraçando e beijando a testa dele.

- Obrigado.

- Ei... volta com a gente.

- Claro.... você veio atrás de mim. Você não desistiu de mim.

Nos despedimos de dona Joana e fomos para casa. Quando chegamos nossos país ficaram felizes ao verem Phelip. O Mauricio estava de plantão e eu decidi ir no cartório para conversar com um amigo meu advogado. Ele falou que por enquanto a melhor opção para nós era realmente ir para Argentina. Perguntei também sobre adoção e ele me encaminhou para uma amiga dele assistente social. Ela disse que adoção para casais homo afetivos não era impossível e que ela mesmo já tinha representado alguns casais do mesmo sexo. Ela foi bem técnica.

Finalmente chegou o dia da viagem para a Argentina fomos um grupo grande Eu e o Mauricio, a Luciana, nossos pais e meus irmãos. A única que falava espanhol de nós era a Luciana então ela foi a estrala da viagem (rsrsrsrs). A viagem foi tranquila, tirando a cara de espanto dos meus sogros, e a chata dor de ouvido que eu fiquei. O melhor é que ficamos na parte de trás do avião e fomos namorando. Já que nas poltronas da frente estavam meus pais, na fileira do lado os pais do Mauricio. A Lu e a minha irmã estavam nas cadeiras do lado e meu irmão sozinho atrás.

Chegamos pelo horário da noite em Bueno Aires. Esperamos um amigo da Luciana chegar para nos levar ao hotel. O local era legal e moderno eu o achei lindo. Tiramos muitas fotos e jantamos também. No outro dia fomos ao cartório para realizar o casamento. Eu estava bastante nervoso. Então era isso, depois de alguns minutos eu seria o Sr. Pedro Augusto Elias.

Na verdade foi tudo muito informal. Quando voltássemos ao Brasil que seria realizado uma festa com os parentes e amigos de ambos. O juiz perguntou se queríamos dizer algo um para o outro. (Foi o que a Luciana traduziu rrs).

- Pedro... aqui na frente de pessoas que nós dois amamos eu juro a você, que se um dia te fizer chorar é de felicidade, se um dia te deixar triste é porque não vou estar perto de você, se um dia te machucar é de um forte abraço que eu vou te dar. Meu maior medo era que você fosse uma pessoa fútil e ao conhecer meus pais eu pude ver quem você realmente era. Naquele dia Pedro, eu descobri que você era o homem que eu queria estar fazendo isso. Eu já disse que te perdi duas vezes... e nunca me senti tão só como naqueles dia. Eu vou te amar, te proteger e lutar para você ter uma vida feliz ao meu lado.

Todos aplaudiram. De repente alguns brasileiros que estavam no cartório se aproximaram.

- Mauricio... – respeirei fundo para não chorar. – Eu te disse e vou repetir. A Luciana é a culpada de eu te conhecer – ri um pouco. – Minha vida realmente começou no dia em que eu abri meus olhos e olhei diretamente nos seus. Pude ver ali a minha vida toda, apenas não sabia. A cada dia que eu te conhecia como homem e como amante eu ia te amando e te querendo. Você fez por mim o que muitos outros não fizeram, me amou... me amou no prazer... me amou nos problemas. Deu um novo sentido a minha vida. Eu te amo. Meu Doutor. – falei beijando ele.

*Se vocês curtiram, por favor comentem e votem no meu conto e ajudem a divulgar também para amigos e colegas. Agradeço vocês e boa leitura.

Se tiver dúvidas ou comentários podem enviar para o email:

contosaki@hotmail.com

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Comentários

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GENTE NAO CONSIGO PARAR DE CHORAR É LINDA ESSA HISTORIA TO AMANDO

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nossa muito bom, vc escreve muito bem

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FANTÁSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSTICO.................................. MARAVILHOSAMENTE PERFEITO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Quando eu me prepara para ler os teus contos, eu já deixo um lenço sempre por perto... nota mil

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Leio dsdo começo + so agora criei 1a conta p/ comentar! mto bom vc m fz chora mmmmmmmmmmmto, pois tbm perdi 1a pssoa q amo! Scut as músiks "Vento no litoral", "Os bons morrem jovens" e "Via Lactea" do Legião Urbana, são tristes + tem uma mensagm boa a passar! m add aiw: ErroHumano_16@hotmail.com

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mt linduuuu, sensacional maravilhoso fantastico

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Lindo, lindo, perfeito. Não tem outras palavrass que possam descrever.

Quero encontrar um amor que nem esse. Construir uma vida ao lado do homem que eu amar.

Obrigado por me fazer viajar em seus contos.

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Quero casar tb rsrs! Ta lindoooooooo!!! Ja te falei que vc tem o dom ne!!!! Contiua que o "seu caminho" ta perfeito!!

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Legal boa sorte espero que um dia meu noivo matheus crie coragm e nos acabemos casando tenho apenas 17 anos mais sinto que eu e ele somos um só .

E boa sorte na adoção ,quero dizer que acompanhei todos os seus contos"um beijão e disculpa por não comentar os outros um abraço " kaio diego me adicione no msn kaio_diego_1@hotmail.com

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