O LOBO E A OVELHA - Part. 01

Um conto erótico de Boemio
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2772 palavras
Data: 17/01/2012 09:28:21

A história que agora vai ser contada chegou até meu conhecimento através do saber oral, transmitido de boca em boca de modo que não se sabe o quão verídicas são as informações nela contida e nem seus casos cabendo e cuja única finalidade é seu registro informacional e a função desta pequena nota é salvaguardar o autor em seu propósito de ser a ponte entre este conhecimento e o caro leitor.

Conta-se a história, em certo lugar inespecífico que vivia um homem num castelo grande e bonito. Suas rendas provinham de enormes terras e fazendas, além de uma somatória incrível de títulos de bem da coroa e dos diamantes que extraia de uma mina na região onde hoje se situa a África.

Não tinha filhos e nem esposa. Seu castelo era inexpugnável e o homem em seus quarenta e tantos anos vivia uma vida de reclusão e de teórico marasmo. Não se percebia movimentações estranhas e uma vez por mês, o mercador mais próximo abastecia sua morada com os mais diversos alimentos e os criados eram poucos: um velho zelador que trancava e abria as portas todos os dias além de ser responsável pelas luzes e lamparinas e uma velha senhora que cuidava dos quartos e banheiros. Como se fazia para o enorme castelo manter-se em ordem pelo pouco contingente de criados era algo quase inexplicável; o que se sabia era isso e o povo de lugar inespecífico não era de especular ou perguntar sobre as coisas inexplicáveis da vida.

Viajando pelos arredores do castelo estava uma Princesa vinda do oriente e cuja peregrinação tinha por fim protegê-la das sucessivas invasões que os bárbaros perpetravam em seu reino. Seu pai preocupado com sua segurança, em comitiva discreta, para fora dos seus domínios, para o castelo de seu irmão que ainda criança viajou para o ocidente donde se tornou um grande monarca. Ele zelaria pela integridade da moça jurada em casamento para seu filho: o Príncipe Eliot.

A princesa tinha um nome: Yukino Shirou. Era de estatura mediana, com pouco mais que 55 quilos muito bem distribuídos como a beleza do sol do oriente. Andava sempre de véu e muito bem coberta porque, segundo mito que viajou todo o mundo naquela época quem a visse sem isso era automaticamente acometido por encantamento e paixão arrebatadora. Quando a moça tinha 15 anos foi vista por um caçador sem o véu por sobre o rosto, no momento em que bebia água dos rios claros do seu antigo castelo. Este, tomado de fervorosa paixão vagou toda a floresta e no final do sexto-dia de exílio voltara fatigado porém por sobre a lança a carcaça de oito lobos os quais jogou aos pés da moça lhe dando como oferenda e prometendo todos os rios e floresta como domínio da sua beleza. Yukino pouco soube o que responder na época, não estava interessada naquela selvageria então se contentou a dar-lhe a potestade da sua voz recusando-lhe tal proposta. O impacto da bela voz da garota fez o homem, em sentido da negação, cortar o próprio pescoço ali e seu sangue espirrou no véu da garota que durante seis dias não saiu do quarto com o peso de uma culpa que não tinha mas que mesmo assim martirizava seu puro coração. Por isso evitava sair, não queria correr o risco de ser a causa da morte de mais um infeliz homem.

Gostava todavia de ver e ouvir os pássaros cantando de sua janela. De manhã cedo se podia ver a mais bela das mulheres redobrada em atenções, os pássaros pousavam-lhe nos dedos e cantavam aos seus ouvidos e entre essas horas, Yukino esquecia-se da maldição de ser bela e seu véu voava por sobre as cordilheiras ao sabor do vento e os pastores, que ficavam esperando este momento escondidos atrás das arvores suspiravam eternos amores e de seu rebanho ofereciam ao rei os melhores animais para banquetes imemoriais. Yukino não sabia que comia da carne lhe oferecida por amor nada respondia e um a um destes pastores nenhum sobreviveu já que perdidos na desilusão acabavam comidos por animais selvagens.

Assim muito se alegrou quando em comemoração ao 19º aniversário foi jurada em casamento com este dito príncipe que não conhecia porém a descrição e o impacto da palavra Príncipe já lhe bastavam. Queria mais era fazer seu pai feliz e se livrar de dizer não para amores impossíveis.

Estava justamente a este caminho, em uma carroça onde também levava-se alguns jarros pra fingir-se mercador quando foram atacados por violenta ordem de mercenários. Os homens que ali estavam lutaram bravamente porém pereceram e ela, assustada, escondeu-se em um dos jarros e ali permaneceu calada e quieta de modo que estes não tiveram nem sequer noção que ali havia uma moça e era a mais linda das flores do campo.

Todavia essa sorte durou até a noite quando o bando, não se sabe o número exato mas agiam sobre ordens de um único homem, bebendo todos os odres de vinho veio por acaso abrir aquele em que se encontrava tal garota. Tiram-na de lá e por efeito do álcool logo que a viram ficaram cobiçosos de seu corpo.

O chefe deles era um homem alto e corpulento com terríveis marcas pelo corpo e o olhar sombrio. Despiu a garota que em prantos viu-se completamente nua e indefesa. Na vista de tal encanto todos ficaram parados um momento, simplesmente contemplando a nudez marcante da garota que como pérola caiu nos braços de porcos. Yukino não se lembrava de algo mais terrível que aqueles olhos famintos a lhe comer o corpo se despudorada já se sentia sem seu véu e enquanto se cobria com as mãos o chefe deu inicio a mais longa de suas noites. Não falava uma palavra do idioma ali corrente de modo que aquilo que falava se exprimia só em gritos.

O chefe lhe puxara os longos e lisos cabelos e arrancou um beijo longo e pútrido. Ela sentia o hálito seco de bebida e o forte suor que passava de um corpo a outro e foi deitada na relva e em folhas secas. Lutar era em vão, tentou fazer isso mas o que fizeram dela foi algo muito cruel. Com o mesmo chicote que se batia nos cavalos deram-lhe uma surra sem igual. Yukino nunca apanhara de ninguém e sua pele era alvo como de um cordeiro, ao menor toque do chicote já ficava vermelha e assim como não entendia a língua dos mercenários este não sabiam seu idioma e não entendiam as inumeráveis e ardentes suplicas de piedade que perpetrou até encolher-se toda e em lágrimas e permitir, sem nenhuma reação as explorações impudicas do chefe deles. Tentara fechar os olhos mas aquilo era pior do que agüentar aquelas mãos sujas lhe percorrendo os seios alvos, a barriga definida e as coxas articuladas. Tremeu toda e correu o risco de dar continuidade a seção de chicotadas quando aqueles dedos chegaram em seu lugar mais delicado. Gemeu, chorou sem resultado e as mãos exploravam cada centímetro do seu corpo, os lugares mais bem guardados de sua vida. a vibração foi geral quando soube-se que era virgem e logo todos estavam despidos esperando a sorte grande de possuí-la. Yukino nunca vira um homem nu em toda a sua vida e achou aqueles todos monstros das fábulas que lhe contava sua ama. Não resistiu quando teve as pernas abertas e a penetração forçada. O membro do chefe não era o mais robusto e indelicado que sentiria naquela noite mais foi o primeiro e marcou-lhe profundamente a alma.

Não sabia se sentia mais dor ou asco. Talvez fossem diretamente proporcionais. O movimento também não ajudava. Ele era grosso e animalesco. O oposto do que imaginava aos braços do seu príncipe encantado que agora estava distante e ainda bem não podia ver do que faziam na sua amada. Ainda estava com o chefe dentro do corpo quando outro lhe por baixou, levantara-a como se não tivesse peso e seus pés foram amarrados bem distantes de todo seu corpo. Na sua boca para evitar os gritos e possíveis guardas lhe colocaram uma terrível Ball Gag que lhe deixava as mandíbulas completamente abertas de modo a quase quebrar seus perfeitos dentes.

Sentia que sua vagina se alargava a cada passo que o chefe dava dentro dela e já não tinha noção de quem eram as mãos que tanto lhe bolinavam. Somente de beliscões sua bunda e seios estavam minados de nodoas vermelhas. Viu estrelas e experimentou a mais terrível das dores quando o homem que ficou por baixou dela, descontente de molestar seus seios e apertar os glúteos achou por bem e por direito penetrar dentro do orifício em que tecnicamente só devia sair coisas.

Aquela era uma dor que transcendia o corpo e nas aulas de filosofia oriental que teve era algo mais parecido com as provações que o grande Deus da vida dava aos seus súditos. Algo que agora ia entrando lentamente para dentro do seu corpo e rompendo as barreiras naturais. Seu grito ensombro não podia ser escutado a mordaça não lhe deixava e por um momento desmaiou ante aquela violação. Infelizmente para seu azar aquele que lhe rompia o ânus era o mais bem dotado entre todos e quando acordou tinha um pênis na boca e sentia-se ultrajada, algo objeto além de violada.

No peso de muitas mutilações caminhou aquela noite negra. Yukino não tinha descanso e por muitas vezes trocou de posição e sem falar nenhuma palavra pois além da mordaça experimentou quando esta foi tirada que não era bom falar alguma coisa. Quando simplesmente fez uma petição ao seu Deus os homens lhe puxaram pelas tetas e deram muitas palmadas e chicotadas obrigando-a a chupar o pau mais grosso enquanto apanhava. Pouco a pouco aquelas experiências de dores lhe entravam no cérebro e quando pensava em falar calava. Era o inverso ou a mesma coisa que sua voz fizera naquele pobre pensara que se vivo estivesse matava todos aqueles mercenários de um só golpe. Via-se completamente massacrada. Antes as amarras que lhe colocavam para não fugir foram substituídas pelo medo de apanhar e as posições exigidas eram mais um instinto do que propriamente servidão.

Os mercenários ouviam histórias que as mulheres de olhos puxados eram as melhores no quesito sexo e que conseguiam posições que as brancas e mulatas nem sonhavam.

Por isso judiaram tanto de seu corpo recém-inaugurado, abriam demais suas pernas, iam fundo demais dentro dela. Ficava nas pontas dos dedos os pés e da mão, de quatro tendo de agüentar dois homens em seus buracos e mais um na sua boca, sem poder gaguejar ou simplesmente gaguejar. A fogueira acesa reverberava as sombras sinistras de cada posição. Exausta acabou adormecendo enquanto o ultimo dos homens ainda em pé lhe exigia lhe penetrava o ânus já anestesiado. Dormira sobre as coxas do mercenário que iniciou toda a curra e ainda dormiu sem poder fechar os lábios, com a mordaça e a boca preenchida pelos testículos murchos do homem que pouco a pouco em seu pesado descanso se encheria de novo. Não se pode dizer como tal donzela pode dormir depois de tantas fustigações e ainda sendo perpetrada tão arbitrariamente. Yukino sonhou nesta noite que encontrava o grande dragão e que este viera para dar fim a todos os seus carrascos e na hora que suas chamas consumiam a carne dos mercenários ela foi acordada com um triste e gelado balde de água.

Tremia toda, quase acaba em convulsões tamanho susto de se ver de novo entre aqueles homens, totalmente nua e dolorida da noite anterior e toda molhada. O vento da manhã que tantas vezes adorou agora lhe causavam penosos arrepios. Uma corda foi amarrada em seu pescoço e depois em seus joelhos, as mãos amarradas pra trás de modo que não pode ficar ereta e teve de caminhar assim, quase de quatro, sem poder ver muitas coisas além dos pés dos mercenários e o chão de terra e pedra que trilhava descalça. Sofreu muito durante todo o trajeto de dois dias em que passou na mão daqueles mercenários. De vez em quando paravam para fustigá-la e estuprá-la, quando tinha fome não sabia como pedir sem apanhar de modo que só os roncos de seu estômago falavam uma língua coerente e em resposta a suplica do corpo lhe eram jogadas frutas ao chão e quando abaixava para comer na certa já havia um homem a lhe penetrar os buracos. A noite era muito pior do que o dia. Além de frio não havia muitos obstáculos. Não sabia para onde era levada mas era exibida como um animal por onde passava. Pararam em um bar onde ocorreu um bacanal com a pobre moça que não se sabe como saiu viva de lá tamanha curra que levou. Trocavam seus belos e infinitos dotes por bebida e jogos e as prostitutas do local não se incomodavam com a condição da pobre moça, não sabiam que era uma escrava forçada, surrupiada do seu direito de liberdade.

Yukino passou a temer mais as horas em que sua coleira passava fora das mãos do mercenário chefe do que aquelas em que era forçada a na posição incomoda acompanhar o mesmo passo do seu demônio dominador pois nessas horas eram as que mais maltratavam seu corpo outrora virgem e agora usado de todas as formas. Envergonhava-a como era comida de hora em hora e quando passava e via pés diferentes envergonhava-se mais ainda pois eram estranhos a vê-la nua, não que naquela terra alguém não fosse estranho mas em seu pensamento mas era uma coisa ser vista, usada e abusada por aqueles da primeira noite e outra completamente distinta por passageiros em troca de dinheiro ou por cerveja nas tavernas. Aqueles dois dias em que tudo acontecera com ela, retiravam a cada parada, estocada, penetração, arrombamento, chupada, chicotada seu sonho de princesa e restava somente a sua beleza que não se esgotava e da pele alva todas as manhãs se renovava de modo que podiam bater que no outro dia era como se não tivesse apanhado. Dormiu bem pouco e pensava em um modo de matar-te nestas horas em que o sono lhe pegava ainda sim chegou bem ao seu destino: o castelo do homem solitário do começo da narrativa para onde os mercenários geralmente faziam seus negócios. É claro que haviam desperdiçado a chance de cobrar muito mais dinheiro pela deusa nipônica que tinham na coleira, se não tivessem caído na tentação e de boca o seu corpo virgem valeria uma fortuna imaginável, mas mesmo assim, apesar das fustigações que sofrera no caminho, de longe era a garota mais linda que um homem podia ter visto e se não fossem mercenários bons muito antes do final do trajeto já haveriam perdido a posse dela tamanhos ataques e tentativas de larápios surrupiarem-lhe. Yukino não sabia que tinha de agradecer por isso e muito menos entendia qualquer palavra e quando falava sua voz doce nos ouvidos sádicos que a dominavam pareciam balidos de ovelha. Assim por esse som característico de sua terra natal unida com o fato de sua pele ser alva e quase sem marcas a não ser a que eles fizeram e mesmo assim iam desaparecendo ela ficou conhecida nas mãos deles como Escrava Ovelha o que muito agradou o homem que Yukino não pode ver já que estava mais abaixada que de costume. Sentiu sim as mãos dele passando entre suas cavidades e seios, o sentiu guiando-a como uma cadela e não pôde entender muita coisa da negociação; surpreendentemente, quando conseguiu parar um pouco em algum lugar sem alguém a lhe surrar, a lhe comer, a lhe maltratar, dois pássaros pousaram-lhe sobre seus ombros curvados, sentiu seus pezinhos lhe cutucando e o canto deles lhe tirou um profundo peso que carregava na alma e alegrou seu jovem coração maltratado. Foi com grande alegria que viu os mercenários indo embora e o homem lhe puxando pela coleira improvisada pra dentro do castelo sua futura gaiola. Mal sabia o que lhe esperava pois se soubesse preferiria ficar com seus antigos carrasco. O Homem dissera-lhe algo que compreendeu das histórias da ama sobre uma dama e seu bobo e da qual originou a principal referência desse conto na oralidade:

— Se você é uma ovelha minha deliciosa jovem eu sou o Lobo dessa estória! HAHAHAHA

Seu choro se confundiu com a risada macabra!

(...) CONTINUA.

Desculpem os erros de português. Não tenho tempo de uma revisão mais precisa destes textos e espero que apreciem este conto. Qualquer sugestão para temas ou criticas ao meu trabalho favor encaminhar para meu email: sadoboemio@yahoo.com.br.

Cordialmente,

Boemio

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Boemio a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível