YKNP V

Um conto erótico de killinghearts
Categoria: Homossexual
Contém 1596 palavras
Data: 21/01/2012 16:41:20
Assuntos: Gay, Homossexual

Os últimos dias de verão corriam bem devagar. Faltava uma semana para o início de mais um ano letivo, e eu sinceramente não estava preparado. Não chorei quando vi Diogo com Renata, mas estava destroçado. Não deixei de comer nem me fechei em casa como frequentemente acontece com toda a gente, mas passei a fumar cada vez mais; não que fumasse dois maços por dia, mas um ia de boa!

A minha ânsia de fumar maconha também crescia. Eu já tinha fumado, mas apenas uma vez... fiquei alterado, mas não era algo que eu quisesse mesmo até esta semana. Conhecia quem fumasse disso. Carlota gostava. Não que fumasse frequentemente (nem tabaco!), mas era menina para fumar maconha sim. Então quando surgiu a oportunidade, Carlota arranjou e fumamos. Eu estava bem assim... Um pouco perdido, um pouco sem-noção do chão que pisava, um pouco como um cara que gosta de todas as voltas que uma montanha-russa dá. Passei a fumar maconha algumas vezes. Não para mostrar que fumava daquilo, mas sim porque me fazia voar para um sítio qualquer onde esquecia Diogo. Carlota me disse que era bom para esquecer, mas não para resolver.

Chegou o primeiro dia de aulas e com ele todo um novo sentimento de 'começar-de-novo' mas também de pena. As férias eram tudo o que os alunos desejavam... mas também havia sempre a ânsia de voltar à escola. Pois bem, gente nova muito bem vestida (demasiado até) para o primeiro dia de aulas. Demasiado perfume no ar que até me dava vontade de gregar. Quem já andava na escola há mais anos mantinha-se praticamente igual, à excepção de um ou outro caso.

Eu não estava com muita vontade de voltar à escola, mas mantinha a minha boa-disposição apesar de não ter motivos para tal. Renata tinha entrado na escola, frequentava o 1º de ensino médio. Claro que ela me evitava olhar... mas eu queria resolver as coisas com ela. Eu sei que ela tinha sido o motivo da minha separação com Diogo, mas ela não sabia da minha relação com ele e notava-se arrependimento nos seus olhos. Sendo assim, fui ter com ela.

- Oi Renata! - falei, tocando em suas costas.

Renata ficou pálida mesmo, mas respondeu.

- Oi... Tudo bom?

- Podia estar pior. Olha só, pode vir comigo ali no cantinho? Quero falar uma coisa para você.

- Ok...

Eu não sabia se ela pensava que eu a ia espancar e espero bem que não.

- Olha é... eu quero resolver as coisas com você. Eu sei que você não sabia que eu e Diogo... - até me custava dizer o que tínhamos sido - namorávamos. Por isso eu não estou chateado com você nem tão pouco lhe desejo mal. Eu gosto de você como pessoa e quero dizer que estou numa de boa, ok?

Notei contentamento nos olhos dela. Ela me abraçou logo na hora.

- Muito obrigado, Bruno! Eu não sabia mesmo. Eu já tinha falado com Diogo antes de vocês os dois se conhecerem... Nós falávamos muito mesmo. E chegamos a ter um encontro e tal... E depois ele disse que tinha alguém especial e que tinha que acabar por ali. Esse alguém era você. Depois, lá no acampamento, aconteceu... - dizia tudo isto com sinceridade. Custava-me ouvir o 'alguém especial', mas eu tinha que ultrapassar essa barreira.

Voltamos para junto dos nossos amigos em comum e já lá estavam Irene, Carlota, Daniel e Filipe. Expliquei para Filipe e Irene o que tinha conversado com Renata, enquanto que esta se juntava aos seus amigos da sua idade. Claro que Daniel e Carlota estavam sempre juntos. As aulas foram passando e no fim combinamos ir a um café para não ir logo para casa. Ficamos lá até bastante tarde, conversando sobre tudo e mais alguma coisa. No fim, me dirigi para meu ônibus com Filipe, que morava perto de mim e por isso ia no mesmo bus. Filipe foi para sua casa e eu andei para a minha. E quem estava lá no portão? Sim, isso mesmo, Diogo.

- Oi... - dizia ele de um jeito meio nervoso, tentando sorrir.

- Olá e adeus. - nossa, entrei mesmo a matar.

- Espera. Podemos falar? - Diogo falou de um jeito sério.

- Falar sobre você ter tirado todas as esperanças a Renata quando começamos a namorar dizendo que tinha encontrado alguém especial e depois me trair com ela? É disso que você quer falar? Ou me vai pagar um sorvete para eu me render aos seus encantos? É isso, Diogo? Ganha vergonha. - tinha um nó na garganta e só me apetecia chorar e quebrar a cara dele. Mas me mantive calmo.

Eu ia abrir o portão, mas ele me segurou a mão e encostou sua cara na minha.

- Diga que não sente nada por mim. Diga. - falou Diogo.

Eu não sabia o que responder... Mas mais uma vez respondi.

- É assim que você quer me conquistar de novo? Você sabe que eu sinto, mas sabe que eu não quero sentir. Me larga.

Diogo me beijou. Beijou e foi embora. Ainda bem que não tinha ninguém nas ruas. Mas afinal o que ele queria? Vem até minha casa de bike, quer falar comigo com cara de cachorro e depois me beija e vai embora? Definitivamente ele me magoava cada vez mais.

Precisava de maconha. Sim, mas uma vez. Uma vez que Carlota me tinha apresentado um cara que vendia maconha (e que era bacana pra caramba), entrei em contato com ele e fui até sua casa (a uns quinze minutos a pé da minha) e comprei. Feito. Cheguei em casa, fui para minha garagem e fiz o 'charro'. Fumei todo (não era muito grande), e fiquei em plena paz. Parecia até que ouvia o som dos passarinhos cantando em meu redor, me fazendo dançar e rir. Assim eu estava feliz e não existia Diogo na minha cabeça. Acabei por ir direto para a cama, e ainda bem que meus pais não tinham chegado. No dia seguinte era sábado, por isso a preocupação do alarme não existiu (e nem ia existir porque não me iria lembrar).

Dormi até às 7h da manhã. Acordei cheio de fome e comi a caixa dos cereais com leite toda. E mais uma vez assistindo desenhos animados. Faz lembrar algo? Pois é, fiz o mesmo no dia em que Diogo veio até minha casa e acabou por acontecer a nossa primeira vez. Me arrepiei, e coloquei os auscultadores em meus ouvidos para me distrair daquele sentimento de perda e de raiva. Deu uma música de Beirut. CARAMBA, mas porquê? No dia em que aconteceu o que aconteceu nós ouvimos Beirut. Uma conspiração universal se abatia sobre mim. E ele não me saía da cabeça. Fui dormir mais uma vez e acordei perto das 11h com uma mensagem... de Diogo.

'Oi. Quero estar com você e resolver as coisas. Nem que eu tenha que te ir buscar a casa.'

Eu tremi todo e involuntariamente sorri para o ecrã. Passado meia hora respondi, convicto.

'Ok, se quiser vamos até ao parque que tem na minha rua, não costuma estar lá ninguém e talvez estejamos mais à vontade. Pelas 17h, pode ser?'

Ficou combinado. Chegou a hora e eu já estava pronto. Peguei num cigarro e acendi. Não deu para fuma-lo todo até porque o parque era a dois minutos da minha casa.

- Vinha fumando? - falou Diogo, sentado e sereno. Sorriu quando me viu e claro, eu tremi porque esse cara mexe muito comigo.

- Sim, vinha. - falei, sem qualquer reacção.

- Escusa de estar assim. Eu sei que foi muito mau tudo o que aconteceu e que você está sofrendo muito, mas eu quero muito você. Muito mesmo. - seus olhos quase vertiam lágrimas, mas ele não permitiu.

- Você está com lágrimas nos olhos? Nossa. Quem devia estar assim era eu. E se você quer voltar, então porquê me beijar e depois ir embora?

- Para deixar você pensando nisso.

- Não pensei. A maco... - percebi que tinha quase falado demais. Ele era contra a maconha e todas as drogas (apesar de fumar tabaco), mas era contra mesmo.

- Maconha? Você está fumando maconha? - perguntou, indignado.

- Sim, às vezes. Para esquecer você. - falei, vermelho e com vontade (mais uma vez) de chorar.

Ele me abraçou. E meu mundo caiu. Chorei muito, chorei tudo.

- Eu não quero que você fume dessa merda. Eu quero que você volte para mim. Se eu te faço isso, então me deixa fazer melhor.

- Eu não quero. Não vou voltar para si depois do que você me fez.

- Quer sim e só está sendo orgulhoso. Eu amo você, amo muito mesmo.

- Se você me amasse não me teria traído.

- Eu sei, mas aquilo foi um erro. Toda a gente merece uma segunda oportunidade, e eu quero que você me dê.

- Eu não quero dar. Se me amasse teria descartado ela. Não foi o que aconteceu.

Ele me beijou mais uma vez.

- Não sente nada, Bruno? - perguntou.

O beijei novamente. Mas depois do beijo saí correndo e fui para casa. Queria deixá-lo na expetativa como ele me deixou. Eu ouvi ele chamando por mim enquanto que eu corria. Ele correu também, mas eu corri mais rápido. Mas não corri do amor.

O outono vai começar.

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bom, esse é o capítulo que serve de passagem do verão para o outono. espero que tenham gostado. eu sei que demorei demasiado a postar esse capítulo, mas não estou motivado... agradeço a todos os que comentam e que dão notas, mas custa ver outros contos que para mim não têm nada de novo e que recebem muitos mais votos que o meu e comentários. pronto, falei. espero que compreendam. abraços!

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Comentários

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incrivel, provavelmente seu titulo eh q n atrai leitores.

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ATENÇÂAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!! eu só queria sua atenção! Moro em pernambuco meu msn é thiago-junior2010@hotmail.com.br quem quiser add . pronto!

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